Confira nesta edição:
- Brilhe a vossa luz
- Ante o Evangelho: Missão do homem inteligente na Terra
- Quem!!?? - Poema
- Tenhamos fé: Fonte Viva
- Prece por liberdade
Confira nesta edição:
Permaneça Jesus sendo o nosso zênite e o nosso
nadir.
Dealba dia novo!
Não obstante, sombras teimosas permanecem
dificultando a claridade solar; as perspectivas de luminosidade plena ainda não
se puderam tornar realidade total.
Na grande transição, há predominância do
instinto humano sobre a razão, que abre espaço lentamente para a intuição.
O homem e a mulher ancestrais com dificuldade
vêm abandonando os arcabouços nos quais se aprisionavam para, encorajados,
avançar com decisão no rumo da grande luz.
Neste momento, contabilizamos glórias da
Ciência, da Tecnologia, do pensamento, da arte, da beleza, mas não podemos
ignorar as devastadoras estatísticas da perversidade que se deriva dos
transtornos comportamentais, da sexolatria que resulta da alucinação do ser
humano na busca do intérmino gozo sensual, da violência que é um remanescer dos
atavismos, ganhando campo nas imensas planícies da perturbação que grassa na
Terra, combatidas tenazmente a ética, a moral, as instituições dignificadoras
como o matrimônio, a família, o respeito que se deve manter umas pelas outras
pessoas.
Sentimos que as criaturas humanas ainda não
encontraram o ponto de realização plenificadora. Isto porque Jesus tem sido
motivo de excogitações imediatistas no campeonato das projeções pessoais, na
religião, na política e nos interesses mesquinhos.
Graças às claridades incomparáveis do
Espiritismo, nosso Modelo e Guia assume o verdadeiro lugar que o Pai Lhe
concedeu na história do planeta terrestre.
Ao Espiritismo, pois, tem cabido a tarefa de
colocar Jesus no centro das aspirações humanas, em considerando a Lei de Amor
de que Ele se fez especial modelo para viger entre todas as criaturas.
Madrugada é esta de desafios! …
As incompreensões e as lutas fazem-se
amiudadas. A resistência dos ideais de
enobrecimento, porém, deve suportar a ardência dos combates férreos
direcionados contra os objetivos em pauta.
Medem-se a força e a grandeza de um ideal pelas
resistências que oferece, superando as batalhas que lhe são direcionadas.
É necessário preservar o Espiritismo conforme o
herdamos do eminente Codificador, mantendo-lhe a claridade dos postulados, a
limpidez dos seus conteúdos, não permitindo que se lhe instale adenda perniciosa,
que somente irá confundir os incautos e os menos conhecedores das suas
diretrizes.
Não se trata aqui de estabelecer um grupo de
conservadores ante o avanço de modernistas. O Espiritismo jamais se candidatará
a divisionismos nas suas fileiras. É uma Doutrina séria porque tem a ver com o
ser imortal. Não pode converter-se num clube de divertimentos em nome da
alegria, do espairecimento e das necessidades de entretenimentos.
A Boa Nova ou notícias de alegria produz júbilo
interno e não algazarra exterior. Por isso mesmo, no renascimento do Evangelho,
ínsito na Codificação, não é lícito que nos transformemos em pessoas insensatas
no trato com as questões espirituais. Preservar, portanto, a pulcritude e a
seriedade da Doutrina no Movimento Espírita é dever que nos compete a todos e
particularmente ao Conselho Federativo Nacional através das Entidades
Federadas.
Jamais o Espiritismo servirá para os prazeres
egoicos, as conversações chulas e o preenchimento dos espaços vazios entre
mentes ociosas de pessoas frívolas. Por isso mesmo, a mediunidade deve ser
exercida santamente, cristãmente, com responsabilidade e critérios de elevação
para não se transformar em instrumento de perturbação e desídia.
Vós sois a luz do mundo! – Propõe o Evangelho
novo, porquanto a Grande Luz é o Mestre, que deveremos insculpir no mundo
íntimo, para que brilhe através de nós.
Não revidar ofensas, manter a consciência do
dever acima de quaisquer conjunturas, perseverar quando outros abandonam ou são
vítimas de defecções, porfiar no bem comum e viver a caridade sob todos os
aspectos possíveis, dominados pelo amor que deflui do incomparável Amigo e
Benfeitor, são as diretrizes de ontem como de hoje.
Mantende o espírito de paz, preservando os
objetivos abraçados e, caso seja necessário selar vosso compromisso com
testemunho, não titubeeis.
Cristo ou Mamon? É fácil eleger Aquele que deu a
Sua pela nossa vida, ensinando-nos mansuetude, retidão e paz.
Meus filhos, é necessário que os atos confirmem
as palavras e que o Espírito do Cristo, habitando em nós, seja a nossa resposta
aos desafios do momento, trabalhando em favor do meio dia da madrugada que
começa.
Muita paz! Que o Senhor nos abençoe!
São os votos do servidor humílimo e paternal de
sempre,
Bezerra
Psicofonia de Divaldo Franco, em 9 de novembro de 2003, no encerramento da Reunião do Conselho Federativo Nacional, na sede da Federação Espírita Brasileira, em Brasília. – Fonte: Jornal Mundo Espírita
“... vou preparar-vos lugar”. Jesus (João, 14:2)
Sabia o Mestre que, até
à construção do Reino Divino na Terra, quantos o acompanhassem viveriam na
condição de desajustados, trabalhando no progresso de todas as criaturas,
todavia, "sem lugar" adequado aos sublimes ideais que entesouram.
Efetivamente, o cristão
leal, em toda parte, raramente recebe o respeito que lhe é devido:
Por destoar, quase
sempre, da coletividade, ainda não completamente cristianizada, sofre a
descaridosa opinião de muitos.
Se exercita a humildade,
é tido à conta de covarde.
Se adota a vida simples,
é acusado pelo delito de relaxamento.
Se busca ser bondoso, é
categorizado por tolo.
Se administra
dignamente, é julgado orgulhoso.
Se obedece quanto é
justo, é considerado servil.
Se usa a tolerância, é
visto por incompetente.
Se mobiliza a energia, é
conhecido por cruel.
Se trabalha, devotado, é
interpretado por vaidoso.
Se procura melhorar-se, assumindo
responsabilidades no esforço intensivo das boas obras ou das preleções
consoladoras, é indicado por fingido.
Se tenta ajudar ao
próximo, abeirando-se da multidão, com os seus gestos de bondade espontânea,
muitas vezes é tachado de personalista e oportunista, atento aos interesses
próprios.
Apesar de semelhantes
conflitos, porém, prossigamos agindo e servindo, em nome do Senhor.
Reconhecendo que o domicílio
de seus seguidores não se ergue sobre o chão do mundo, prometeu Jesus que lhes
prepararia lugar na vida mais alta.
Continuemos, pois,
trabalhando com duplicado fervor na sementeira do bem, à maneira de servidores
provisoriamente distanciados do verdadeiro lar.
"Há muitas moradas
na Casa do Pai."
E o Cristo segue
servindo, adiante de nós.
Tenhamos fé.
Confira nesta edição:
“Através da linguagem, o homem ajuda-se ou se
desajuda.”
Tudo era esperança e júbilo no paraíso; no entanto, o pastor,
que fora também no Planeta Terrestre o primeiro homem bom, trazia consigo
dolorosa expressão de amargura. Os cabelos brancos caíam-lhe em desalinho, seus
pés e mãos tinham marcas sangrentas e de seus olhos fluíam lágrimas abundantes.
O Todo-Poderoso recebeu-o, surpreendido.
O ancião inclinou-se, reverente; saudou-o, respeitoso, e
manteve-se em profundo silêncio.
As interrogações paternais, todavia, explodiram afetuosas.
Como seguia o rebanho da Terra? Observa-se o regulamento da
Natureza? Atendia-se ao caminho traçado? Havia suficiente respeito na vida de
todos? Bastante compreensão no serviço individual?
– Conforme o desdobramento dos negócios terrestres, abriria
novos horizontes ao progresso dos homens. O dever bem vivido conferiria mais
extenso direito às criaturas.
O velhinho, contudo, ouvia e chorava.
Mais austeramente inquirido, respondeu, soluçando:
- Ai de mim, Senhor! As ovelhas que me confiastes, segundo me
parece, trazem corações de animais cruéis. A maioria tem gestos de lobos,
algumas revelam a dureza do tigre e outros a peçonha de víboras ingratas...
- Oh!... Oh!...
Gritos de admiração partiam de todos os lados.
De fisionomia severa, embora serena, o Senhor perguntou:
- Não têm as ovelhas a dádiva do corpo para o sublime
aprendizado na escola terrestre?
- Sim – suspirou o ancião -, mas desprezam-no e insultam-no,
todos os dias, através do relaxamento e da viciação.
- Não possuem a casa, o ninho doce que lhes dei?
- Mas fazem do campo doméstico verdadeiro reduto de hostilidades
cordiais, no qual se combatem mutuamente, a distância do entendimento e do
perdão.
- Não guardam a bênção do parentesco entre si?
- Transformam os elos consanguíneos em telas grossas de egoísmo,
dentro das quais se escarneceram.
- E os filhinhos? Não conservam o sorriso das crianças?
- Convertem as ovelhinhas em pequenos demônios de vaidade, que perturbam
todo o rebanho no curso do tempo.
- A pátria? Não lhes concedi o grande lar para a expansão
coletiva?
- Cristalizam a ideia de pátria em absurdo propósito de
dominação, espalhando em seu nome a miséria e a morte.
- E o amor? Determinei que o amor lhes constituísse sagrada
lâmpada no caminho da vida...
- Perfeitamente – prosseguiu o pastor, desalentado -;
entretanto, o amor para eles representa máquina de gozar na esfera física;
quando levemente contrariados em seus jogos de ilusão, odeiam e ferem...
- A verdade? – Tornou o Senhor, compassivo.
- Somente acreditam nela e aceitam-na, se os seus interesses
imediatos, mesmo quando criminosos, não são prejudicados.
- E não te ouvem os ensinos, inspirados por meu coração?
O velhinho sorriu pela primeira vez, em meio da infinita
amargura a lhe transparecer do rosto, e acentuou:
- De modo algum. Recebem-me com indisfarçável sarcasmo. Preferem
aprender em queda espetacular no despenhadeiro, que ouvir minha voz.
- Mas, não combinam entre si, quanto aos interesses de todos?
- Não. Muita vez se mordem uns aos outros.
- Não estabelecem acordos pacíficos com os vizinhos?
- Intensificam as discórdias, atiram pedras ao próximo e o crime
costuma ser o juiz de suas disputas.
- Todavia – continuou o Misericordioso -, e a Natureza que os
cerca? Porventura, não lhes falam ao coração a claridade do Sol, a bênção do
ar, a bondade da água, a carícia do vento, a cooperação dos animais, a proteção
do arvoredo, o perfume das flores, a sabedoria da semente e a dádiva dos
frutos?!...
- Infelizmente – esclareceu o ancião -, vagueiam como cegos e
surdos, ante o concerto harmonioso de vossas graças, e oprimem a Natureza
simbolizando gênios do mal, destruidores e despóticos.
- E a morte? – Indagou o Altíssimo – não temem a justiça do fim?
- Parecem ignorá-la; peregrinam na Crosta do Planeta como
duendes loucos, embriagados de ilusão, indiferentes ao vosso amor, endurecidos
para com vossa orientação, despreocupados de vossa justiça...
Nesse momento, o Senhor Todo-Poderoso mostrou-se igualmente
entristecido. Após meditar alguns minutos, falou ao pastor em pranto:
- Não chores, nem te desespere. Volta à Terra e retoma o teu
trabalho. Outros companheiros contribuirão em teu ministério, encaminhando,
corrigindo, refazendo e amando em meu nome...
Alguém, contudo, estará presente no mundo, colaborando contigo e
com os demais para que as minhas ovelhas infelizes compreendam a estrada do
aprisco pela dor.
Em seguida, cumprindo ordens divinas, alguns anjos desceram aos
infernos e libertaram perigoso monstro sem olhos e sem ouvidos, mas com milhões
de garras e bocas.
Foi então que, desde esse dia, o monstro cego e surdo da guerra
acompanha os pastores do bem, a fim de exterminar, em tormentas de suor e
lágrimas, tudo o que, na Terra, constitua obra de vaidade e orgulho, egoísmo e
tirania dos homens, contrários aos sublimes desígnios de Deus.
Irmão X / Chico Xavier – Livro Estante da Vida
“Linguagem sã e irrepreensível para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós”. Paulo (Tito, 2:8)
Através da linguagem, o
homem ajuda-se ou se desajuda.
Ainda mesmo que o nosso
íntimo permaneça nevoado de problemas, não é aconselhável que a nossa palavra
se faça turva ou desequilibrada para os outros.
Cada qual tem o seu
enigma, a sua necessidade e a sua dor e não é justo aumentar as aflições do
vizinho com a carga de nossas inquietações.
A exteriorização da
queixa desencoraja, o verbo da aspereza vergasta, a observação do maldizente
confunde...
Pela nossa manifestação
mal conduzida para com os erros dos outros, afastamos a verdade de nós.
Pela nossa expressão
verbalista menos enobrecida, repelimos a bênção do amor que nos encheria do
contentamento de viver.
Tenhamos a precisa
coragem de eliminar, por nós mesmos, os raios de nossos sentimentos e desejos
descontrolados.
A palavra é canal do
"eu".
Pela válvula da língua,
nossas paixões explodem ou nossas virtudes se estendem.
Cada vez que arrojamos
para fora de nós o vocabulário que nos é próprio, emitimos forças que destroem
ou edificam, que solapam ou restauram, que ferem ou balsamizam.
Linguagem, a nosso
entender, se constitui de três elementos essenciais: expressão, maneira e voz.
Se não aclaramos a
frase, se não apuramos o modo e se não educamos a voz, de acordo com as
situações, somos suscetíveis de perder as nossas melhores oportunidades de
melhoria, entendimento e elevação.
Paulo de Tarso fornece a
receita adequada aos aprendizes do Evangelho.
Nem linguagem doce
demais, nem amarga em excesso. Nem branda em demasia, afugentando a confiança,
nem áspera ou contundente, quebrando a simpatia, mas sim "linguagem sã e
irrepreensível para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que
dizer de nós".
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 043
Confira nesta edição:
A sua vida foi uma trajetória de
formidáveis realizações, constelada de belezas, capazes de deixar para o mundo
o que há de mais sazonado, em termos de exemplo de enfibratura moral e talento
intelectual, tudo isto, associado a uma sensibilidade expressiva.
Nascida num lar de poucos recursos, na
cidade de Varsóvia, em 1867, na velha Polônia, abrigava na alma o anseio de
estudar, de avançar e de ser útil à ciência e às criaturas humanas, suas irmãs
da lida comum.
Após as oportunidades de estudar, que
concedeu às irmãs mais jovens do que ela, que era a primogênita, seguiu para
Paris, a fim de formar-se em ciências físicas, químicas e em matemática, o que
logrou em pouco tempo, exitosamente.
Consorciada com o celebrado professor
Pierre Curie, Marya Klodowska passará à história como a excelente Marie Curie,
ou, simplesmente, Madame Curie.
Não obstante as condições de vida nada
fáceis, desenvolveu-se como mulher, esposa, mãe e cientista, sem relegar
nenhuma tarefa, sem abastardar-se, sem encharcar-se de materialismo, apaixonada
pela vida, entusiasmada por tudo o que realizava.
Estudou, pesquisou, amou e converteu-se no
único cientista a receber por duas vezes o prêmio Nobel, o que jamais ocorrera,
até então.
Tendo sido a primeira mulher a tornar-se
professora na Sorbonne, após a morte do marido, permaneceu vibrante e simples,
compreendendo que a missão que Deus delega à mulher é sempre de caráter
especial e sublime, para que ela se perca nos vales de ilusões e sombras do
mundo.
Após anos de ingentes lutas por alcançar os
seus objetivos, após ser alvo das homenagens de inumeráveis instituições
universitárias e científicas pelo mundo, conclui seus dias na reencarnação,
assinalada pela grave enfermidade que o excesso de radiações, oriundas dos
minérios que examinava, sem os necessários cuidados, hoje existentes, lhe
impusera.
Do hospital suíço de Sancellemoz, Marie
Curie pode contemplar, ainda no corpo físico, os resultados maravilhosos do seu
labor em prol do crescimento da Humanidade inteira.
Para que a mulher estude, não precisa
negligenciar o lar.
Para que se desenvolva intelectualmente,
não necessita rechaçar os filhos.
Para que seja independente e se faça
grandiosa, não carecerá de abrir mão do seu valor moral, estribado na ética do
bem e do amor.
Se se levantarem, em toda parte, valores
femininos com essa inquebrantável fibra de Madame Curie, e de outras mulheres
excelentíssimas, com certeza a ciência será tocada pela sensibilidade da alma,
os filhos não serão relegados para a realização profissional de suas
progenitoras, e, com a mente mais voltada para a sua função mais alta, a mulher
não se deixará explorar tanto, pela indústria da prostituição e da loucura, que
toma conta da Terra, nesses tempos definidores dos verdadeiros valores da alma.
Francisco
de Paula Vitor / José Raul Teixeira – Livro: Vida e Mensagem
Nota da Equipe de Divulgação:
À guisa de informação, foi Madame Curie quem desenvolveu a teoria da "radioatividade" (um termo que ela cunhou), técnicas para isolar isótopos radioativos.
Marie e Pierre Curie apresentam ao mundo científico a descoberta de dois novos elementos químicos, o polônio e o rádio. Com essas pesquisas, Pierre, em particular, verificou que a radiação podia matar células de tecido doente, ou seja, iniciou o estudo da radioterapia. Sob a direção de Madame Curie, foram conduzidos os primeiros estudos para o tratamento de neoplasias usando isótopos radioativos. (Fonte: Google)