quinta-feira, 23 de junho de 2022
sábado, 18 de junho de 2022
Mais Luz - Edição 583 - 19/06/2022
Confira nesta edição:
- Evangelização espírita de crianças e jovens na FEB: *108 anos de verdadeira luz
- Ante o Evangelho: Simplicidade e pureza de coração
- Mensagem da Semana: Apóstolos - Fonte Viva
- Poema - Vida - Edmundo Xavier de Barros
- Mestre e Senhor - Oração
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quinta-feira, 16 de junho de 2022
Evangelização espírita de crianças e jovens na FEB
*108 anos de verdadeira luz
Foi aos 14 de junho de 1914, na Sede Histórica
da Federação Espírita Brasileira (FEB), situada na Av. Passos, 30, no Rio de
Janeiro, então sob a gestão do presidente Dr. Aristides Spínola (1850-1925) e
do vice-presidente Pedro Richard (1858-1914), que se inaugurou a Escola
Dominical de Doutrina Cristã, evento a ser comemorado por todo o Movimento
Espírita brasileiro, sob as inspirações e bênçãos de Jesus e Ismael. O ensejo
foi motivo de grande júbilo para os corações que lá estavam: “[...] o ambiente
se achava repleto de crianças desencarnadas, entoando hinos de alegria e de
louvor a Deus, ao som de música celestial”.¹
Iniciava-se, na Casa de Ismael, para as crianças
e, anos mais tarde, para os adolescentes, a grande tarefa da evangelização, que
é importantíssima dentre as atividades desenvolvidas pelas instituições
espíritas, no afã de prepará-los para receber os ensinamentos sobre os princípios
fundamentais do Espiritismo, que lhes permitam compreender e aplicar os
conhecimentos doutrinários e a moral evangélica pregada pelo Cristo.
Desde a sua fundação, em 1° de janeiro de 1884,
a Federação Espírita Brasileira jamais deixou de pensar nos cuidados com a
formação moral da criança e do jovem, apenas aguardava o momento propício de
levar a efeito esse nobilíssimo projeto. Considerando que a primeira
providência deveria ser a divulgação de livros infantis, a FEB publicou, em
1901, a obra do Espírito Bittencourt Sampaio (1834-1895): De Jesus para as
crianças.
O expoente trabalhador da seara do Mestre, entre
outras produções espirituais de sua autoria, transmitiu o texto do sugestivo
livro, por meio da psicografia do médium Frederico Pereira da Silva Júnior
(1858-1914), contribuindo para o êxito do futuro tentame, conforme registros do
ano de seu lançamento.²
Entre os servidores que legaram exemplos de
perseverança entusiasta e ardorosa em favor da evangelização está Antônio Lima (1864-1946),
considerado um dos pioneiros do ensino espírita-cristão à criança no Brasil. Em
janeiro de 1904, foi criada uma seção em Reformador, denominada “Diálogos”,
onde o autor “desenvolvia sugestivas e atraentes historietas, nos moldes
didáticos dos melhores educadores”.³
Antônio Lima, no ano do Centenário Kardequiano, em
31 de dezembro de 1904, proferiu importante conferência sobre a “Educação da
Infância sob o ponto de vista espírita”. Em 1915, a FEB publica o seu livro
Espiritismo na infância, esgotando-se rapidamente os exemplares.
Em pouco tempo, o movimento iniciado pela Casa
de Ismael em 1914 se expandiu para todo o País com a criação de novos
agrupamentos de evangelização para a infância, tornando-se a proposta vitoriosa
bem como sua colheita de excelentes frutos. “Em meados de 1932, cerca de 50
Grupos, Asilos, Centros, Federações”,4 todos seguidores do modelo de
ensino sugerido pela FEB, mantinham aulas de educação moral-cristã desempenhando
a abençoada tarefa de formar os futuros espíritas, que haveriam de continuar o
trabalho de amor ao próximo entre as criaturas. Os registros históricos, nesse
período, apontam uma pequena interrupção no funcionamento do núcleo de evangelização
infantil da FEB, sobretudo em função da carência de trabalhadores para execução
das tarefas junto às crianças.
Em maio de 1946, o abnegado confrade Dr. Carlos
Lomba (1886-1958) assume a direção da Escola de Evangelho, que há muito vinha
sendo denominada dessa forma, em substituição ao nome dado anteriormente:
Escola Dominical de Doutrina Cristã. O preclaro obreiro, que a meninada carinhosamente
chamava “vovô Lomba”, dedicou-se com fervor ao trabalho desse importante setor
e, em sua gestão, muitas foram as providências apropriadas para o
engrandecimento e a qualidade das atividades que melhor atendessem às
necessidades pedagógicas das crianças. Entre elas, o lançamento, em dezembro de
1950, do “Programa de Ensino para as Escolas de Evangelho segundo a Doutrina
Espírita”, encaminhado a todas as instituições que ministravam aulas desse gênero,
conforme se tinha notícia na ocasião. Nessa época, já funcionava o Departamento
de Infância e Juventude (DIJ) da FEB, responsável pela elaboração da proposta,
aprovada pelo Conselho Federativo Nacional, a qual recomendava às Sociedades Espíritas
que adotassem o referido Programa, como preceituado no item 29, dos “Preceitos
Gerais – Pró-Unificação do Espiritismo Nacional”. O Programa estabelecia a
estrutura e o funcionamento das aulas a serem ministradas, separando as
crianças por idades e ciclos.5
Em 1951, “a antiga Escola Dominical de Doutrina
Cristã da FEB, que há muito vinha sendo carinhosamente chamada Escola de
Evangelho da Federação”,6 passou a ser denominada “Escola de
Evangelho Maria de Nazaré”, constituindo-se em manancial de preciosas oportunidades
no trato dos assuntos evangélico-doutrinários da infância e juventude. Com o afastamento
do Dr. Lomba, após 9 anos de trabalhos ininterruptos, o grupo da juventude, a
partir de 1954, e ao longo dos anos 60, assessorou a Secretaria de Assuntos
Infantis, órgão auxiliar do DIJ, colaborando para continuidade dos trabalhos de
organização e operacionalização da Escola.6
Nesse período, assume a direção do DIJ o saudoso
companheiro Alberto Nogueira da Gama (1918-2003), que se devotou ao serviço com
afinco e denodo.
Em dezembro de 1975, reativou-se o Departamento
de Infância e Juventude, sendo nomeada como diretora Maria Cecília Paiva Barros
(1912-1995), cargo que ocupou até 1980, quando passou a exercer a
vice-presidência da Casa de Ismael. Valiosas foram as contribuições trazidas pela
digníssima companheira e seus dedicados auxiliares. Juntos, promoveram
encontros e seminários, reunindo representantes do Rio de Janeiro e de outros
Estados, constituindo-se em equipes altamente qualificadas para a execução de
determinações mais amplas de ações efetivas sobre a evangelização. Ao
engajar-se com empenho na Campanha Nacional de Evangelização Espírita
Infantojuvenil, divulgada ao público espírita em 9 de outubro de 1977, por
determinação do Conselho Federativo Nacional (CFN), Maria Cecília realizou viagens
para disseminação de seu lançamento, com vistas ao aprimoramento e a expansão do
movimento de evangelização da criança e do adolescente, no Brasil e no
exterior.7
Em 1980, assume a direção do Departamento de Infância
e Juventude da FEB, a professora Cecília Rocha (1919-2012), insigne educadora e
ativa colaboradora, durante muitos anos, do Movimento Espírita do Rio Grande do
Sul, seu Estado de nascença. Sua orientação foi decisiva para a organização e o
desenvolvimento da implantação e do aperfeiçoamento das escolas de
evangelização espírita, no campo Federativo Nacional. Participou do
planejamento, da elaboração e do cumprimento da operacionalização da “Campanha
de Evangelização Espírita”, da infância e da juventude, no início, ao lado de
Maria Cecília Paiva, tornando-se, após alguns anos, “Campanha Permanente”, e
difundindo-a em todo território nacional.8
O dinamismo ardoroso em prol da causa da
evangelização permitiu-lhe realizar inúmeros eventos como cursos, seminários,
encontros nacionais e internacionais, e a formação de equipes de trabalho para a
elaboração de planos de aulas e do Currículo para as escolas de evangelização
espírita infantojuvenil, com o interesse primordial de sugerir uma metodologia
que garantisse a unidade de princípios e de objetivos a serem atingidos pelo programa.
Como vice-presidente, de 1983 até março de 2012, nunca deixou de atuar junto à
área da evangelização de crianças e adolescentes, contribuindo para a
eficiência dos trabalhos realizados na área Federativa e no Campo Experimental
de Brasília, auxiliada pela nova diretora, Rute Vieira Ribeiro, que a
substituiu, com eficácia e dedicação, na execução das atividades do DIJ, de
1984 a 2009. (...)
(...) As palavras do Espírito Bezerra de
Menezes, através do médium Júlio Cezar Grandi Ribeiro (1935-1999),
convidam-nos a prosseguir, sem esmorecimentos:
[...] Que não haja desânimo nem apressamento,
mas, acima de tudo, equilíbrio e amor. Muito amor e devotamento!
A Evangelização Espírita Infantojuvenil
amplia-se como um sol benfazejo abençoando os campos ao alvorecer.
[...] Unamo-nos, que a tarefa é de todos nós.
Somente a união nos proporciona forças para o cumprimento de nossos serviços,
trazendo a fraternidade por lema e a humildade por garantia de êxito.9
Referências:
1.
Reformador, ano 69, n. 9, p. 17(209) a 18(210), setembro de 1951, Origem das “Escolas
de Evangelho” para a infância.
2.
WANTUIL, Zêus. (Organizador.) Grandes espíritas do Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro:
FEB, 2002. p. 253.
3.
Reformador, ano 82, n. 8, p. 11(177) a 14(180), agosto de 1964, A FEB e a criança
– 50 anos.
4.
Reformador, ano 69, n. 9, p. 17(209) a 18(210), setembro de 1951, Origem das “Escolas
de Evangelho” para a infância.
5.
Opúsculo do Programa de Ensino para as Escolas de Evangelho. Posfácio de Carlos
Lomba. Rio de Janeiro: FEB, s/d. p. 1 a 22.
6.
Reformador, ano 82, n. 8, p. 11(177) a 14(180), agosto de 1964, A FEB e a criança
– 50 anos.
7.
Reformador, ano 113, n. 1.995, p.34(190) a 35(191), junho de 1995.
8.
Reformador, ano 130, n. 2.205, p.32(470) a 33(471), dezembro de 2012.
9.
SEPARATA DE REFORMADOR. Rio de Janeiro: FEB, 1986. p. 17
Clara Lila Gonzalez de
Araújo– Revista Reformador – janeiro/2014
*100 anos de verdadeira luz – atualizamos para 108
Apóstolos
“Porque tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens”. Paulo (I Coríntios, 4:9)
O apóstolo é o educador
por excelência. Nele residem a improvisação de trabalho e o sacrifício de si
mesmo para que a mente dos discípulos se transforme e se ilumine, rumo à esfera
superior.
O legislador formula
decretos que determinam o equilíbrio e a justiça na zona externa do campo
social.
O administrador dispõe
dos recursos materiais e humanos, acionando a máquina dos serviços terrestres.
O sacerdote ensina ao
povo as maneiras da fé, em manifestações primárias.
O artista embeleza o
caminho da inteligência, acordando o coração para as mensagens edificantes que
o mundo encerra em seu conteúdo de espiritualidade.
O cientista surpreende
as realidades da Sabedoria Divina criadas para a evolução da criatura e
revela-lhes a expressão visível ou perceptível ao conhecimento popular.
O pensador interroga,
sondando os fenômenos passageiros.
O médico socorre a carne
enfermiça.
O guerreiro disciplina a
multidão e estabelece a ordem.
O operário é o ativo
menestrel das formas, aperfeiçoando os vasos destinados à preservação da vida.
Os apóstolos, porém, são
os condutores do espírito.
Em todas as grandes
causas da Humanidade, são instituições vivas do exemplo revelador, respirando no
mundo das causas e dos efeitos, oferecendo em si mesmos a essência do que
ensinam, a verdade que demonstram e a claridade que acendem ao redor dos
outros. Interferem na elaboração dos pensamentos dos sábios e dos ignorantes,
dos ricos e dos pobres, dos grandes e dos humildes, renovando-lhes o modo de
crer e de ser, a fim de que o mundo se engrandeça e se santifique. Neles surge
a equação dos fatos e das ideias, de que se constituem pioneiros ou defensores,
através da doação total de si próprios a benefício de todos. Por isso, passam
na Terra, trabalhando e lutando, sofrendo e crescendo sem descanso, com etapas
numerosas pelas cruzes da incompreensão e da dor. Representando, em si, o
fermento espiritual que leveda a massa do progresso e do aprimoramento, transitam
no mundo, conforme a definição de Paulo de Tarso, como se estivessem colocados
pela Providência Divina nos últimos lugares da experiência humana, à maneira de
condenados a incessante sofrimento, pois neles estão condensadas a demonstração
positiva do bem para o mundo, a possibilidade de atuação para os Espíritos
Superiores e a fonte de benefícios imperecíveis para a Humanidade inteira.
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 057
quarta-feira, 15 de junho de 2022
Mestre e Senhor
Mestre e Senhor!
Depois de recebidas
numerosas expressões de Tua Misericórdia Infinita, temos os corações
genuflexos, agradecendo a Tua Bondade!...
Nada somos, nada temos
senão boa vontade, nada representamos senão instrumentos misérrimos de Teu
Amor, nas esferas espirituais que cercam o Planeta como também quando
encarnados, envergando o envoltório perecível da vida material.
Muitos foram os corações
que O buscavam ansiosos! Mas nós nos lembramos de quando distribuías as bênçãos
de Tua Bondade Indefinível, junto daqueles que se encontravam encarcerados nas
concepções do mundo.
Recordávamos o tempo em
que ias de Betsaida ou de Cafarnaum para Cesareia de Filipe, abençoando as
criancinhas.
Eram velhos trêmulos
cujas mãos enregeladas Te pediam o calor da esperança, eram jovens simples e
puros que solicitavam a Verdade do teu Evangelho Divino, crianças que se
agasalhavam na Tua Ternura Inesgotável!...
Rememorávamos tudo isto
e suplicávamos a Tua Assistência.
Muito foi o que nos
deste dos Celeiros Infinitos da Graça, não pelo que valemos ou merecemos, mas por
acréscimo de Misericórdia que nunca negaste aos espíritos de boa vontade.
Agora, Jesus, nós nos
curvamos perante a Tua Bondade!...
Dá-nos a força de
compreender toda a Tua Exemplificação de renúncia, a caminho desse Reino de
Deus, que constitui a Esperança Sagrada de todas as criaturas.
Concede, Mestre, que os
nossos amigos encarnados sintam a vibração de nosso esforço espiritual no
círculo fraterno.
Aos que nos buscarem,
cheios de angústia do coração, concede a fortaleza para o encontro daquele bom
ânimo que sempre ensinaste aos Teus discípulos.
Dissipa as suas
amarguras, como o Sol radioso e amigo das almas, desfazendo a neblina das
ilusões e dos enganos fatais das estradas terrestres!...
Aos que vieram saturados
dos conhecimentos científicos do mundo, muitas vezes submersos na suposta
infalibilidade do dogmatismo acadêmico, proporciona a claridade necessária para
que se façam simples e felizes, de modo a entenderem aquelas verdades que
reservas aos pequeninos.
Quantos chegarem
atormentados pela saudade de todos os que os precederam no caminho escuro e
triste das sepulturas, dá aquela luz maravilhosa da esperança em Teu Amor, para
que, recebendo a Tua Mensagem Eterna no Evangelho, compreendam a redenção
espiritual que nos há de reunir um dia, sob a Árvore Divina do Teu Desvelado
Amor, no plano da Vida Imortal.
Que todos os
trabalhadores de Tua Casa se unam na fraternidade legítima e na edificação
sincera do Teu Reino de Luz Imorredoura.
Dá-lhes a fortaleza de
ânimo que realiza a tolerância recíproca, base sagrada de todas as obras do Teu
Amor.
Eles são operários de
Teu Jardim no mundo que se povoa de sombras antagônicas da destruição.
Seus esforços serão
muitas vezes perturbados pelos contrastes e surpresas do caminho, onde as
multidões se desorientam à distância da realização de Teus Ensinos.
Por Teu Nome, hão de
sofrer naturalmente todas as hostilidades da estrada material, mas que todos
eles se sintam unidos Contigo para a execução da Tarefa Divina.
Jesus, nós somos aquelas
crianças que Te pedem proteção e amparo em todos os instantes da vida.
No momento, da alegria,
concede aos operários de Tua Oficina Santa os recursos necessários para a
verdadeira compreensão na vigilância e na oração que nos ensinastes.
Nos instantes de dor, sê
a coragem da alma triste, que deverá despir todos os desalentos do caminho para
a perfeita união com os Teus Desígnios amorosos e puros.
Mestre, seja a união
fraternal de Teus trabalhadores o nosso último apelo!...
Que os nossos irmãos
desenvolvam a tarefa santificada que lhes foi concedida, sob a fraternidade
verdadeira e sincera, onde cada discípulo compreenderá sempre que o maior para
o Teu Coração será sempre aquele que se fizer o menor de todos, conforme os
Teus ensinos.
Que as Tuas Graças sejam
para nós novos motivos de esforço e de redenção no Sagrado Caminho.
E que todos nós,
cooperadores do plano terrestre e operários da esfera invisível, estejamos
sempre unidos no Teu Evangelho para o mesmo trabalho da edificação, assim seja.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Ação, Vida e Luz
sábado, 11 de junho de 2022
Mais Luz - Edição 582 - 12/06/2022
Nesta edição:
- Salvação pela fé- Cairbar Schutel
- Ante o Evangelho: Poder da fé
- Poema: A Terra (Amaral Ornellas)
- Renasce agora – Livro Fonte Viva
- Rogativa de fé - Francisco Spinelli
Salvação pela fé
“E disseram os Apóstolos
ao Senhor: Aumenta-nos a fé. O Senhor respondeu: se tivésseis fé como um grão
de mostarda, diríeis a este sicômoro: arranca-te e transplanta-te ao mar; e ele
vos obedeceria. Qual de vós, tendo um servo ocupado na lavoura ou guardando
gado, quando ele voltar do campo lhe dirá: Vem já sentar-te à mesa; e que antes
não lhe dirá: Prepara-me a ceia e cinge-te e serve-me, enquanto como e bebo; e
depois comerás tu e beberás. Porventura, agradecerá ao servo por ter este feito
o que lhe havia ordenado"? (Lucas, XVII, 5-9.)
A Fé é o maior tesouro da alma.
A Fé é o grande ascensor, é a luz que ilumina os
nossos destinos, enriquece a nossa inteligência e exalta o nosso coração. A Fé
é o emblema da perfeição, é a insígnia do Poder.
Por isso disse Jesus a seus discípulos: “Se
tivésseis Fé do tamanho de uma semente de mostarda, diríeis a este sicômoro:
transplanta-te no mar, e ele vos obedeceria”.
A Fé transplanta sicômoros e transporta montanhas.
A Fé é um cabedal que valoriza a alma, como o
ouro segundo o mundo, valoriza o homem.
Na esfera material o homem vale pelo que tem. Na
esfera espiritual cada um vale pela Fé que possui.
Assim como acontece no mundo material, acontece
no mundo moral e psíquico.
No mundo terreno aparecem os haveres terrenos;
no Mundo dos Espíritos, os haveres intelectuais e espirituais.
Para se possuir legalmente haveres da Terra, é
indispensável o trabalho, o raciocínio, o esforço.
Para se adquirir a verdadeira Fé, haver maior
que todos os haveres da Terra, também é indispensável o trabalho, o raciocínio,
o estudo o esforço.
A prosperidade, quando não vem do latrocínio, do
dolo, é produto do esforço do trabalho. A prosperidade espiritual é uma
conquista do Espírito humano.
Os haveres materiais se resumem no dinheiro; os
haveres espirituais se caracterizam pela firmeza da Fé, que motiva e sustenta a
crença.
A Fé, por isso mesmo, é o tesouro que sustenta
as finanças da Esperança e da Caridade.
O dinheiro facilita o bem-estar físico. A Fé
felicita o homem, não só espiritualmente, como também fisicamente.
Mas, assim como o dinheiro não se ganha sem o
trabalho honesto, para que ele seja bem ganho, a Fé não se adquire sem grande
esforço.
Que disse o Mestre, quando os discípulos lhe
pediam lhes aumentasse a Fé?
“Eu
não posso dizer que vos senteis já à mesa e que comais. Trabalhai
primeiramente: preparai a ceia, isto é, trabalhai; cingi-vos, ou seja,
ilustrai-vos; servi-me para aprenderdes a fazer o que eu desejo”.
A Fé não se compra nos templos de mercadores,
nem nas feiras; não se dá por esmola, nem se adquire por herança.
As Graças caem dos Céus, como as chuvas; a
Esperança brilha longínqua como um astro perdido no espaço infinito; a Caridade
aquece, vivifica, ilumina e ampara como o Sol, mas a Fé só se obtém pelo
cumprimento dos mais sagrados deveres, e, especialmente, pela aquisição de
conhecimentos, pois, di-lo Allan Kardec: “Fé
verdadeira é a que pode encarar a razão face a face, em qualquer época da
Humanidade”. É a “Fé racionada" que o Espiritismo proporciona.
A Fé é substância, como substância é a semente
de mostarda.
Todas as graças têm Deus concedido aos homens
menos a Fé! Por isso se vê todas as religiões e todos os religiosos dessas
religiões dotados de dons, a nos cativarem pela bondade, nos maravilharem por
sua paciência, nos atraírem por sua caridade. Entretanto, em todas as religiões
e entre todos os religiosos dessas religiões, notamos logo a ausência de Fé.
E por que assim acontece?
Porque a Fé não se adquire sem estudo, sem
trabalho, sem o exame livre, sem o exercício do livre-arbítrio. E as religiões
e os religiosos, em matéria de livre exame, de livre-arbítrio para o estudo,
são como os cegos em face da luz, são como os surdos em relação aos sons: por
isso não têm Fé.
Quem lhes cega o entendimento?
O dogma, o orgulho de saber, o espírito
preconcebido.
Quem lhes aferroa os ouvidos?
Onde há presunção de sabedoria, dogma, não há
Fé, porque o dogma se mascara com a túnica da Fé e toma, usurpa o lugar da Fé.
Poderosa é a Fé para combater o dogma, assim
como transporta montanhas e transplanta sicômoros; mas a Fé não se impõe pela
força, a cada um foi dada a liberdade de abater o dogma, remover essa pedra que
sepulta a alma humana.
Quando o Senhor proporcionou a recuperação de
Lázaro, fê-lo com “a condição de os homens removerem a pedra do sepulcro”.
A Fé não cabe num sepulcro com lápide.
***
Pediram os Apóstolos ao Senhor: “Aumentar-lhes a
Fé”
Que fez o Senhor?
Propôs-lhe a parábola:
“Qual de vós, tendo um servo ocupado na
lavoura, ou guardando gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: Vem já
sentar-te à minha mesa; e que antes não lhe dirá: prepara-me a ceia, cinge-te,
serve-me enquanto eu como e bebo; e depois comerás tu e beberás”?
A Fé é comida. A Fé é bebida. E assim como o
comer e o beber não se obtêm sem o adquirir e o fazer, também a Fé não se
conquista sem a aplicação de meios adequados à sua obtenção.
A Fé é a sabedoria consubstanciada no amor que
nos conduz a Deus. Esta é a Fé que salva!
Caibar Schutel – Livro: Parábolas e ensinos de Jesus
Renasce agora
“Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus”. Jesus (João, 3:3)
A própria Natureza apresenta preciosas lições, nesse particular. Sucedem-se os anos com matemática precisão, mas os dias são sempre novos. Dispondo, assim, de trezentas e sessenta e cinco ocasiões de aprendizado e recomeço, anualmente, quantas oportunidades de renovação moral encontrará a criatura, no abençoado período de uma existência?
Conserva do passado o
que for bom e justo, belo e nobre, mas não guardes do pretérito os detritos e
as sombras, ainda mesmo quando mascarados de encantador revestimento.
Faze por ti mesmo, nos
domínios da tua iniciativa pela aplicação da fraternidade real, o trabalho que
a tua negligência atirará fatalmente sobre os ombros de teus benfeitores e
amigos espirituais.
Cada hora que surge pode
ser portadora de reajustamento.
Se é possível, não
deixes para depois os laços de amor e paz que podes criar agora, em
substituição às pesadas algemas do desafeto.
Não é fácil quebrar
antigos preceitos do mundo ou desenovelar o coração, a favor daqueles que nos
ferem. Entretanto, o melhor antídoto contra os tóxicos da aversão é a nossa boa
vontade, a benefício daqueles que nos odeiam ou que ainda não nos compreendem.
Enquanto nos demoramos
na fortaleza defensiva, o adversário cogita de enriquecer as munições, mas se
descemos à praça, desassombrados e serenos, mostrando novas disposições na
luta, a ideia de acordo substitui, dentro de nós e em torno de nossos passos, a
escura fermentação da guerra.
Alguém te magoa?
Reinicia o esforço da boa compreensão.
Alguém te não entende?
Persevera em demonstrar os intentos mais nobres.
Deixa-te reviver, cada
dia, na corrente cristalina e incessante do bem.
Não olvides a assertiva
do Mestre: — "Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus."
Renasce agora em teus
propósitos, deliberações e atitudes, trabalhando para superar os obstáculos que
te cercam e alcançando a antecipação da vitória sobre ti mesmo, no tempo...
Mais vale auxiliar,
ainda hoje, que ser auxiliado amanhã.
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 056
Paz nas eleições | TSE firma acordo com entidades religiosas
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, se reuniu no dia 6 de junho com representantes de entidades religiosas para firmar um acordo em prol da paz nas eleições de 2022. Hélio Ribeiro, vice-presidente doutrinário da Associação Jurídico-Espírita do Brasil (AJEBRASIL) foi o representante espírita na mesa.
O acordo prima pela promoção de “ações de conscientização relacionadas com a tolerância política, a legitimação do pensamento divergente e a consequente exclusão da violência, como aspectos indispensáveis à preservação da paz social”.
Em sua fala, Hélio Ribeiro recordou que aos 90 anos, Francisco Cândido Xavier, não se privou de seu direito cívico e votou, mesmo não o sendo mais obrigatório, demonstrando seu dever cívico, reforçando a todos os presentes a importância de participar do pleito. “Nas eleições deste ano, queríamos e precisamos de paz. O Brasil é de paz. É daqueles que querem a paz. Que possamos todos nós sermos artífices dela, sendo pacificadores”, comentou.
Estiveram presentes na solenidade as autoridades Maria Cláudia Bucchianeri, ministra substituta do TSE, Rogerio Schietti, ministro do STJ, Luis Felipe Vieira de Mello, ministro do TST, Paulo Gonet, vice-procurador-geral eleitoral e Augusto Aras, procurador-geral eleitoral.
Segundo o TSE, assinaram o acordo representantes das seguintes entidades: Instituto Orí, Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde (Renafro), Templo Shin Budista Terra Pura, Organização Não Governamental (ONG) EducAfro, Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Associação Jurídico-Espírita do Brasil (AjeBrasil), Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), Associação Nacional de Entidades Adventistas do Sétimo Dia (Aneasd), ONG Visão Mundial, Confederação Israelita do Brasil (Conib) e Associação Nacional de Juristas Islâmicos (Anaji). Também assinou o termo o desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região William Douglas, na condição de escritor e pensador.
Campanha Pela Paz no Mundo
A Federação Espírita Brasileira desenvolve a campanha Pela paz no mundo. À luz do Espiritismo, os deveres cívicos devem ser desempenhados em conformidade com os ideais de paz e convivência fraterna, que caracterizam a conduta caridosa uns para com os outros, independe de qualquer vinculação partidária ou religiosa. A Paz é mais que uma escolha, é uma atitude.
Fonte: Portal FEBnet
sábado, 4 de junho de 2022
Mais Luz - Edição 581 - 05/06/2022
Confira nesta edição:
- Espiritismo explicando
- Ante o Evangelho: Aquele que se eleva será rebaixado
- Poema: Sem ouro
- Elucidações – Fonte Viva/55
- Oração do Campo Terrestre ao Semeador Juvenil
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