sábado, 5 de novembro de 2022

Mais Luz - Edição 603 - 06/11/2022

 

Venha ler conosco em mais uma edição de nosso boletim:

https://mailchi.mp/4bd0a5c31829/da-sombra-de-joo-evangelista


* Da sombra de João Evangelista - Joanna de Ângelis

* Ante o Evangelho: O homem no mundo

* Poema: Mensagem do coração - Auta de Souza

* Pai nosso – Fonte Viva 77

* Oração: Senhor e Mestre - Livro: Sol nas almas




sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Da sombra de João Evangelista

 

Trata-se do mais jovem discípulo de Jesus, esse notável filho da zelosa Salomé e do tranquilo Zebedeu.

Nascido em Betsaida (que significa Casa de pesca), onde residiam muitos homens do mar da Galileia, nasceu aproximadamente no ano 10 d. C. e ofereceu a existência à mensagem de Jesus, a quem conheceu ainda muito jovem.

Ao lado de seu irmão Tiago, acompanhou o Rabi nazareno desde quando chamado até o momento da Cruz e prosseguiu fiel no mister, sofrendo perseguições. Desencarnou em Éfeso (Turquia).

A ele Jesus entregou a Sua mãe, antes da morte no Calvário, tornando-a genitora da Humanidade, e dela o fez filho, embora nascido em outra carne, em outro clã.

Após a Ressurreição sublime do Divino Amigo, não tergiversou um momento sequer, sendo-lhe fiel e amado em toda parte, especialmente em Éfeso, onde passou a residir por longos anos, interrompidos pelo período em que esteve exilado na ilha grega de Patmos, por imposição do imperador Domiciano, cruel perseguidor de Jesus e dos Seus discípulos.

Mais tarde, no período do imperador Nerva, já idoso, foi libertado e voltou à sua igreja em Éfeso, tornando a cidade um dos mais respeitados centros da doutrina libertadora.

A sua doçura era cativante e os seus exemplos recordavam o Rabi amado, que procurava imitar com absoluta fidelidade.

Ele participou dos momentos gloriosos da Mensagem: da transfiguração no Tabor, da pesca milagrosa, acompanhado pelo seu irmão Tiago e por Simão Pedro, assim como da multiplicação dos pães e dos peixes, como também da inesquecível Via crucis...

Convivera com Ele, após a luminosa Ressurreição e tornou-se a carta viva do Evangelho.

Jamais deixaria de exemplificá-Lo, de vivê-Lo.

No seu íntimo, clareada pelo amor, pairava, porém, uma sombra que se iluminava a pouco e pouco, até atingir o self coletivo e diluir o seu ego de tal forma que a ponte dual se fez por intermédio do amor.

Sua sede de Jesus era tal, que sempre se ativara à abnegação, de modo a viver o Amigo, tornando-se o espelho que O refletisse em todos os atos.

Apesar desse devotamento e consciência do que deveria fazer para ser feliz, havia a inquietação defluente do que considerava a sua inferioridade espiritual.

Havendo conseguido fruir uma larga existência física, sendo a última testemunha da Presença, todos desejavam vê-lo, tocá-lo, ouvir-lhe as narrativas.

Fiel à promessa de ser o filho da Senhora a partir daquele momento no Calvário, foi buscá-la em Nazaré, na casa de parentes e a trouxe para o seu caminho em Éfeso, onde, realmente, se tornou a mãe da Humanidade sofredora.

Todos que passavam pela região e tinham notícias daquela mulher extraordinária, buscavam-na para ter notícias do filho, deixar-se abrasar pela sua ternura e levar o seu exemplo a outras mães.

Enquanto se encontrava na igrejinha da cidade, no promontório em que residia, ela abençoava os transeuntes, amparava os enfermos, narrava os acontecimentos da sublime existência do Menino.

Acompanhou-a com ternura filial até o momento em que desencarnou.

Um pouco antes, acolheu a arrependida Maria de Magdala nos seus últimos momentos físicos, devorada pelas febres e a hanseníase.

No íntimo desejava viver o holocausto, a fim de igualar-se-Lhe.

Quando escreveu as cartas aos discípulos e especialmente o Apocalipse, iluminou a sombra com as narrativas em grande parte da obra, em razão dos conflitos humanos que remanesciam na conduta desde o berço no lar humilde onde nascera.

A sombra não conseguiu em momento algum turbar-lhe o discernimento e o carinho pelo Amado Benfeitor, cuja saudade impunha-lhe lágrimas de justa saudade, embora a comunhão psíquica mantida.

Era tão grande a sua afeição e entrega, que o Senhor vaticinou que o martírio não o eliminaria, conforme aconteceu.

Foi o único discípulo que teve morte natural mediante o longo desgaste normal dos órgãos.

Ao analisar as dificuldades humanas no processo da evolução, Allan Kardec refere-se às más inclinações que são heranças de existências transatas, muito bem representando a sombra junguiana.

O trabalho de educação moral dá-se através da mente saudável, de modo a diluir a ignorância e o primarismo até manter o discernimento edificante e dourar-se, isto é, desaparecer a treva e fazer-se brilhante.

Essas más inclinações perturbadoras são as heranças dos instintos predominantes e resultado do processo da evolução antropológica, cujas experiências em contínua transformação terminam por manter somente os instintos básicos: dormir, comer e reproduzir-se.

Bem mais tarde, quando transcorridos onze séculos, na personalidade do Santo de Assis, João atingiu o clímax como Cantor das estrelas, vivendo os dias gloriosos da Galileia e suas regiões que constituíam a sonhadora Israel do Deus único.

*

Tende ânimo e não se turbe o vosso coração, para que a sombra perturbadora não abra espaço à verdade e ao amor, confirmando que sois filhos da Luz.

No predomínio da sombra há muitos desafios a vencer, graças aos quais a vitória íntima faz-se mais expressiva e ansiada por todos os viandantes da evolução.

Eis porque anunciou Jesus a respeito da dedicação dos Seus discípulos, quando se refere àqueles que forem fiéis até o fim, não sucumbindo às tentações, com devotamento à vigilância e à oração.

Até hoje as lembranças do apostolado do filho do trovão, como o denominara Jesus e ao seu irmão Tiago, admoestando-os docemente, após a explosão do temperamento, permanecem convidando todos ao mesmo ministério de amor e autodoação.

A jornada de sublimação é larga e difícil, o que equivale dizer: exige o empenho de todas as forças para a superação dos impositivos materiais.

... E o modesto pescador tomou das redes luminosas e alcançou a Humanidade quase toda.

Joanna de Ângelis

Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na reunião da noite de 13 de janeiro de 2021, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia

Palestras CEJG - Novembro/2022

 




Pai nosso

 “Pai Nosso...” Jesus (Mateus, 6:9)

A grandeza da prece dominical nunca será devidamente compreendida por nós que lhe recebemos as lições divinas.

Cada palavra, dentro dela, tem a fulguração de sublime luz.

De início, o Mestre Divino lança-lhe os fundamentos em Deus, ensinando que o Supremo Doador da Vida deve constituir, para nós todos, o princípio e a finalidade de nossas tarefas.

É necessário começar e continuar em Deus, associando nossos impulsos ao plano divino, a fim de que nosso trabalho não se perca no movimento ruinoso ou inútil.

O Espírito Universal do Pai há de presidir-nos o mais humilde esforço, na ação de pensar e falar, ensinar e fazer.

Em seguida, com um simples pronome possessivo, o Mestre exalta a comunidade.

Depois de Deus, a Humanidade será o tema fundamental de nossas vidas.

Compreenderemos as necessidades e as aflições, os males e as lutas de todos os que nos cercam ou estaremos segregados no egoísmo primitivista.

Todos os triunfos e fracassos que iluminam e obscurecem a Terra pertencem-nos, de algum modo.

Os soluços de um hemisfério repercutem no outro.

A dor do vizinho é uma advertência para a nossa casa.

O erro de um irmão, examinado nos fundamentos, é igualmente nosso, porque somos componentes imperfeitos de uma sociedade menos perfeita, gerando causas perigosas e, por isso, tragédias e falhas dos outros afetam-nos por dentro.

Quando entendemos semelhante realidade o "império do eu" passa a incorporar-se por célula bendita à vida santificante.

Sem amor a Deus e à Humanidade, não estamos suficientemente seguros na oração.

“Pai nosso...” — disse Jesus para começar.

Pai do Universo...  Nosso mundo...

Sem nos associarmos aos propósitos do Pai, na pequenina tarefa que nos foi permitido executar, nossa prece será, muitas vezes, simples repetição do “eu quero”, invariavelmente cheio de desejos, mas quase sempre vazio de sensatez e de amor.

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 077

sábado, 29 de outubro de 2022

O fenômeno chamado morte

 


A morte não existe no significado de aniquilamento, destruição total, transformação para o nada, separação eterna.

Nosso espírito é indestrutível e por isso é imortal.

Todavia não poderemos permanecer sempre encarnados. Um dia chegará em que teremos de mudar de categoria. A essa mudança é que se dá o nome de morte.

A morte é o fenômeno pelo qual o espírito se desliga completamente do corpo. Ela sobrevém por doenças ou por acidentes que facilitem o desligamento.

Não devemos, portanto, temer a morte. Ela é a porta pela qual ingressaremos no mundo espiritual. E depende unicamente de nós o que lá vamos encontrar: se praticarmos o bem, coisas belas; se praticarmos o mal o resultado do mal que tivermos cometido.

Se não devemos temer a morte, é-nos proibido procurá-la ou desejá-la por mais aflitiva que seja nossa situação aqui na terra. O corpo humano é uma dádiva sublime de Deus, e só por vontade dele é que poderemos deixá-lo. No momento de nosso desencarne é que mais necessitaremos do auxílio divino, especialmente se tivermos vivido distanciados do Altíssimo.

A causa que nos distancia de Deus é não cumprirmos nem respeitarmos os seus mandamentos, todos eles admiravelmente consubstanciados por Jesus no mandamento maior que é: Amarás a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo.

E quando é que nós nos afastamos do Altíssimo e não observamos o grande mandamento?

Quando cultivamos pensamentos impuros, maldosos, egoístas, desonestos. Quando passamos a vida cuidando somente da parte material dela, deixando esquecidas as necessidades da alma; quando desprezamos a lei da fraternidade.

A fraternidade é uma lei cuja observância sempre traz felicidade. Jesus nos ensinou a sermos fraternos assim: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Vós sois filhos de um único pai que é Deus, e vós todos sois irmãos".

Uma das principais pedras de tropeço com que se defronta o homem em sua Vida, é o orgulho que o isola de Deus.

Realmente o orgulhoso não admite que acima de sua pequenez paire uma vontade soberana, à qual deva tudo o que é; e como consequência, o orgulho impossibilita sua regeneração da qual tem necessidade.

Se trabalharmos por livrar-nos destas causas que impedem nossa aproximação de Deus e pautarmos nossos atos pela lei da fraternidade, estaremos incontestavelmente a caminho de gloriosas conquistas espirituais.

No mundo espiritual ocuparemos o lugar que nos será devido pelo progresso que já tivermos realizado.

Uma vez que estamos de passagem pela Terra, é ponto importante para nossa felicidade, quer futura quer presente, a depuração de nossos sentimentos. Depurando-os conquistaremos uma posição dignificante não só como encarnados, como também quando estivermos desencarnados.

Nós estamos sempre apegados a alguma coisa e, principalmente, às nossas preferências. É aconselhável que nós nos apeguemos à virtude, aos bons pensamentos, às boas palavras, às boas ações, para que gozemos da paz e evitemos desilusões e sofrimentos futuros, porque a morte nos colocará irremediavelmente diante de nossa própria consciência.

 

Eliseu Rigonatti – Livro: O Espiritismo aplicado

Fermento espiritual

 “Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?” Paulo (I Coríntios, 5:6)

O fermento é uma substância que excita outras substâncias, e nossa vida é sempre um fermento espiritual com que influenciamos as existências alheias.

Ninguém vive só.

Temos conosco milhares de expressões do pensamento dos outros e milhares de outras pessoas nos guardam a atuação mental, inevitavelmente.

Os raios de nossa influência entrosam-se com as emissões de quantos nos conhecem direta ou indiretamente, e pesam na balança do mundo para o bem ou para o mal.

Nossas palavras determinam palavras em quem nos ouve, e, toda vez que não formos sinceros, é provável que o interlocutor seja igualmente desleal.

Nossos modos e costumes geram modos e costumes da mesma natureza, em torno de nossos passos, mormente naqueles que se situam em posição inferior à nossa, nos círculos da experiência e do conhecimento.

Nossas atitudes e atos criam atitudes e atos do mesmo teor, em quantos nos rodeiam, porquanto aquilo que fazemos atinge o domínio da observação alheia, interferindo no centro de elaboração das forças mentais de nossos semelhantes.

O único processo, portanto, de reformar edificando é aceitar as sugestões do bem e praticá-las intensivamente, por intermédio de nossas ações.

Nas origens de nossas determinações, porém, reside a ideia.

A mente, em razão disso, é a sede de nossa atuação pessoal, onde estivermos.

Pensamento é fermentação espiritual. Em primeiro lugar estabelece atitudes, em segundo gera hábitos e, depois, governa expressões e palavras, através das quais a individualidade influencia na vida e no mundo. Regenerado, pois, o pensamento de um homem, o caminho que o conduz ao Senhor se lhe revela reto e limpo.

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 076

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Nota da FEB ao Movimento Espírita brasileiro

 


Aproximando-se a realização do segundo turno das eleições de 2022, como expressão da democracia brasileira, em que o povo manifestará sua escolha para a Presidência da República e o governo de alguns Estados, a Federação Espírita Brasileira (FEB) dirige-se ao Movimento Espírita brasileiro e aos espíritas em geral para esclarecer:

 

1.    Em respeito à liberdade individual e à autonomia deliberativa de foro íntimo, a FEB não fez e não fará nenhuma indicação de candidatos;

2.    A FEB não endossa nenhuma manifestação espiritual, veiculada em quaisquer meios, em que se recomenda a escolha deste ou daquele candidato, e conclama os espíritas ao bom senso de se avaliar os conteúdos das mensagens, recordando que não são as assinaturas de personalidades reconhecidas que lhes dão credibilidade, mas o seu conteúdo;

3.    A FEB convida os espíritas para a leitura de materiais sobre o tema Espiritismo e Política, publicados em seu portal e divulgados em diversas mídias sociais no dia 16 de setembro de 2022.


Fonte: Febnet.org.br


sábado, 22 de outubro de 2022

Mais Luz - Edição 601 - 23/10/2022

 

Confira nesta edição:

https://mailchi.mp/a3a13156be3a/o-poder-da-vontade-ilimitado

 

A vontade - Leon Denis

Ante o Evangelho: Pelas suas obras é que se reconhece o cristão

Poema: Rogativa ao Cruzeiro do Sul - Pedro D’Alcântara

Administração – Fonte Viva – 74

Oração - Albino Teixeira



Nascimento de Meimei | 22 de outubro de 1922

 


Irma de Castro Rocha (22 de outubro de 1922, Mateus Leme-MG, 1º de outubro de 1946, Belo Horizonte-MG), também denominada como Meimei é reconhecida por sua brandura, inteligência e amor às crianças, homenageada por muitas instituições espíritas que adotam o seu nome.  

 

Ditou vários livros psicografados por Francisco Cândido Xavier, entre eles: Pai Nosso e Cartilha do Bem, atuando, da Espiritualidade, no acompanhamento de ações de amparo e orientação às crianças.

 

Leia mais sobre sua história: Biografia de Meimei.

Fonte: Febnet.org.br


A vontade

 

(...) Querer é poder! O poder da vontade é ilimitado. O homem, consciente de si mesmo, de seus recursos latentes, sente crescerem suas forças na razão dos esforços. Sabe que tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se inevitavelmente, ou na atualidade ou na série das suas existências, quando seu pensamento se puser de acordo com a Lei Divina. E é nisso que se verifica a palavra celeste: "A Fé transporta montanhas."

Não é consolador e belo poder dizer: Sou uma inteligência e uma vontade livres; a mim mesmo me fiz, inconscientemente, através das idades; edifiquei lentamente minha individualidade e liberdade, e agora conheço a grandeza e a força que há em mim. Amparar-me-ei nelas; não deixarei que uma simples dúvida as empane por um instante sequer e, fazendo uso delas com o auxílio de Deus e de meus irmãos do Espaço, elevar-me-ei acima de todas as dificuldades; vencerei o mal em mim; desapegar-me-ei de tudo o que me acorrenta às coisas grosseiras para levantar o voo para os mundos felizes.

Vejo claramente o caminho que se desenrola e que tenho de percorrer. Este caminho atravessa a extensão ilimitada e não tem fim; mas, para guiar-me na Estrada Infinita, tenho um guia seguro — a compreensão da lei de vida, progresso e amor que rege todas as coisas; aprendi a conhecer-me, a crer em mim e em Deus. Possuo, pois, a chave de toda elevação e, na vida imensa que tenho diante de mim, conservar-me-ei firme, inabalável na vontade de enobrecer-me e elevar-me, cada vez mais; atrairei, com o auxílio de minha inteligência, que é filha de Deus, todas as riquezas morais e participarei de todas as maravilhas do Cosmo.

Minha vontade chama-me: "Para frente, sempre para frente, cada vez mais conhecimento, mais vida, vida divina!" E com ela conquistarei a plenitude da existência, construirei para mim uma personalidade melhor, mais radiosa e amante. Saí para sempre do estado inferior do ser ignorante, inconsciente de seu valor e poder; afirmo-me na independência e dignidade de minha consciência e estendo a mão a todos os meus irmãos, dizendo-lhes: "Despertai de vosso pesado sono; rasgai o véu material que vos envolve, aprendei a conhecer-vos, a conhecer as potências de vossa alma e a utilizá-las. Todas as vozes da Natureza, todas as vozes do Espaço vos bradam: 'Levantai-vos e marchai! Apressai-vos para a conquista de vossos destinos'."

A todos vós que vergais ao peso da vida, que, julgando-vos sós e fracos, vos entregais à tristeza, ao desespero ou que aspirais ao nada, venho dizer: "O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos”.

A vós todos, que vos credes gastos pelos sofrimentos e decepções, pobres seres aflitos, corações que o vento áspero das provações secou; Espíritos esmagados, dilacerados pela roda de ferro da adversidade, venho dizer-vos: “Não há alma que não possa renascer, fazendo brotar novas florescências. Basta-vos querer para sentirdes o despertar em vós de forças desconhecidas. Crede em vós, em vosso rejuvenescimento em novas vidas; crede em vossos destinos imortais. Crede em Deus, Sol dos sóis, foco imenso, do qual brilha em vós uma centelha, que se pode converter em chama ardente e generosa”!

“Sabei que todo homem pode ser bom e feliz; para vir a sê-lo basta que o queira com energia e constância. A concepção mental do ser, elaborada na obscuridade das existências dolorosas, preparada pela vagarosa evolução das idades, expandir-se-á à luz das vidas superiores e todos conquistarão a magnífica individualidade que lhes está reservada”.

"Dirigi incessantemente vosso pensamento para esta verdade: que podeis vir a ser o que quiserdes. E sabei querer ser cada vez maiores e melhores. Tal é a noção do progresso eterno e o meio de realizá-lo; tal é o segredo da força mental, da qual emanam todas as forças magnéticas e físicas. Quando tiverdes conquistado este domínio sobre vós mesmos, não mais tereis que temer os retardamentos nem as quedas, nem as doenças, nem a morte; tereis feito de vosso eu inferior e frágil uma alta e poderosa individualidade!"

Leon Denis – Livro: o problema do ser, do destino e da dor