sexta-feira, 2 de dezembro de 2022
A candeia viva
“Ninguém acende a candeia e a coloca debaixo da mesa, mas no velador, e assim alumia a todos os que estão na casa.” Jesus (Mateus, 5:15)
Muitos aprendizes
interpretaram semelhantes palavras do Mestre como apelo à pregação sistemática,
e desvairaram-se através de veementes discursos em toda parte. Outros admitiram
que o Senhor lhes impunha a obrigação de violentar os vizinhos, através de
propaganda compulsória da crença, segundo o ponto de vista que lhes é
particular.
Em verdade o sermão
edificante e o auxílio fraterno são indispensáveis na extensão dos benefícios
divinos da fé.
Sem a palavra, é quase
impossível a distribuição do conhecimento. Sem o amparo irmão, a fraternidade
não se concretizará no mundo.
A assertiva de Jesus,
todavia, atinge mais além.
Atentemos para o símbolo
da candeia. A claridade na lâmpada consome força ou combustível.
Sem o sacrifício da
energia ou do óleo não há luz.
Para nós, aqui, o
material de manutenção é a possibilidade, o recurso, a vida.
Nossa existência é a
candeia viva.
É um erro lamentável
despender nossas forças, sem proveito para ninguém, sob a medida de nosso
egoísmo, de nossa vaidade ou de nossa limitação pessoal.
Coloquemos nossas
possibilidades ao dispor dos semelhantes.
Ninguém deve amealhar as
vantagens da experiência terrestre somente para si. Cada espírito
provisoriamente encarnado, no círculo humano, goza de imensas prerrogativas,
quanto à difusão do bem, se persevera na observância do Amor Universal.
Prega, pois, as
revelações do Alto, fazendo-as mais formosas e brilhantes em teus lábios; insta
com parentes e amigos para que aceitem as verdades imperecíveis; mas, não
olvides que a candeia viva da iluminação espiritual é a perfeita imagem de ti
mesmo.
Transforma as tuas energias em bondade e compreensão redentoras para toda gente, gastando, para isso, o óleo de tua boa vontade, na renúncia e no sacrifício, e a tua vida, em Cristo, passará realmente a brilhar.
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 081
Súplica de solidariedade
Senhor, reconhecendo as
próprias necessidades em que me debato e por sabê-las graves, venho rogar-Te:
pelos que malbaratam os
preciosos dons da saúde na ociosidade e nas dissipações;
pelos que aplicam,
indevidamente, os tesouros e moedas, de que dispõem, na condição de mordomos
transitórios, vencidos pela avareza ou pelas loucuras da enganosa situação;
pelos que, dispondo do
poder temporal, engendram problemas e aflições para o próximo, perdendo
abençoadas oportunidades de serviço;
pelos que se utilizam
das forças do corpo jovem para o mercado da licenciosidade e do sexo
irresponsável, em campeonatos de alucinação;
pelos que desfrutam de
inteligência e a usam para o festival da corrupção e do crime;
pelos que são
aquinhoados com a palavra falada e escrita, derrapando nas vinculações mentais viciosas
para o banquete demorado do ultraje, da acrimônia, da insensatez;
pelos que se encontram
aquinhoados com os recursos preciosos da arte, colocando-os a serviço da
malversação dos valores morais;
pelos que gozam das
relevantes oportunidades de redenção, atirando-as fora por leviandade e
precipitação;
pelos que são convidados
ao exercício do amor e não obstante exploram a alheia afetividade;
pelos que são dotados do
élan da simpatia e aproveitam-no para arrastar incautos aos compromissos
negativos;
pelos que, acenados pela
fé religiosa que lhes pode lenir as dores íntimas, apegam-se ao materialismo
numa atitude teimosa e pertinaz;
pelos que conhecem o
dever e seguem a estrada do erro...
São muitos aqueles que,
enriquecidos de bênçãos, desperdiçam-nas, preferindo a turbulência, a desídia,
a enfermidade.
Os que ora experimentam
limitação e escassez, os que sofrem e vivem sob suores e penas já resgatam os
infelizes cometimentos de ontem, avançando no rumo do porto da paz.
Os outros não. Malversam
os recursos com que foram aquinhoados para impulsionarem o progresso, para
redimir-se, para ampararem a vida, fazendo jus, em razão da usança inditosa, às
expiações dolorosas e lamentáveis do futuro.
... E recordando-Te a
figura sublime crucificada entre dois bandidos, aureolado por espinhos, sob
chuvas de escárnios e de doestos, perdoando-nos a todos, peço-Te permissão para
repetir com unção e sentimento de solidariedade para com eles, os equivocados e
orgulhosos: — “Perdoa-os, meu Pai, porque eles não sabem o que fazem!"
Marcelo Ribeiro / Divaldo Franco - Livro: Terapêutica de emergência
sábado, 26 de novembro de 2022
Mais Luz - Edição 606 - 27/11/2022
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Armadura de segurança –
Joanna de Ângelis
Ante o Evangelho: O
orgulho e a humildade
Poema: Dor e felicidade
– Toninho Bittencourt
Corações cevados –
Fonte Viva 80
Rogativa – Bezerra de
Menezes
quinta-feira, 24 de novembro de 2022
Armadura de segurança
“600. A prece torna
melhor o homem?
“Sim, porquanto aquele
que ora com fervor e confiança se faz mais
forte contra as
tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para
assisti-lo. É este um
socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido
com sinceridade.”
O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Quando o problema tomou proporções alarmantes ao
revés de demandares a fonte augusta da prece, banhando o coração com a água
lustral do equilíbrio e da serenidade, hauridos na comunhão com as Esferas Elevadas,
te deixaste arrastar por inexplicável desespero que se fez peso morto a
complicar os movimentos da tua libertação.
Murmuraste, enraivecido: “Tudo de ruim me
acontece!”
Acrescentaste azedamente: “Onde o auxílio superior?”
Revidaste com mágoa: “Sou espírita, mas também
sou humano!”
Completaste revoltado: “Assim não suporto.
Deserto a qualquer hora”!
Gritaste, impelido pela insânia: “Chega! É
demais! Para fazer o bem não é necessário perder a paz, sofrendo tanto!...”
Quando te candidataste à tarefa cristã com que o
Espiritismo te acenava vitória espiritual sobre o pretérito culposo, sorriste
em deslumbramento com a mente em febre de justa emoção, iluminado por
compreensível alegria.
Explicaste, confiante: “A fé será minha lâmpada
na noite do testemunho.”
Esclareceste, empolgado: “Saberei fazer jus à
confiança do Mestre.”
Expuseste, deslumbrado: “Agora encontrei o
roteiro que me faltava”.
Elucidaste, jovial: “Que o Senhor me honre com o
trabalho e a luta na construção da Humanidade melhor!”
Concluíste, fascinado: “Porfiarei até o fim,
haja o que houver! Se a morte chegar às minhas carnes, que ela me encontre de
pé no campo!...”
Quando as palavras de renovação dos Amigos
Espirituais atingem a acústica da tua alma, deixas-te arrastar pelos rios
perfumados da emoção, deslizando no barco da esperança.
O céu, no entanto, não se limita aqui ou ali com
a terra — interpenetram-se terra e céu.
O entusiasmo dinamiza o espírito de luta, mas só
a maturidade favorece o espírito com os valores reais e necessários à luta.
É muito comum aguardarem os crentes desta ou
daquela denominação religiosa que a Providência Divina apresente soluções
facilitadas e respostas prontas para todas as questões.
O Espiritismo, sendo a Doutrina resultante das
experiências dos desencarnados, não favorece a fé acumpliciada com o ludíbrio,
não se compadece das promessas quiméricas nem se apoia no culto à
personalidade.
Não salva. Não resolve problemas. Não adia
tarefas. Mostra a rota salvadora.
Ensina diretrizes seguras. Apresenta os
impositivos da realização. Favorece o crescimento espiritual. Produz responsabilidade
e enseja libertação. Veste o discípulo com a armadura de segurança da dignidade
real. Quando o problema vier... Quando a dor surpreender... Quando a incompreensão
se estabelecer... Quando a enfermidade se instalar... Quando a luta eclodir... Quando
a soledade afligir...
Quando... Quando fores convocado à tarefa para a
qual o Espiritismo vem armando tua mente e teu coração com os instrumentos
rutilantes da verdade, unge-te de humildade, deixa que vibrem as altas
harmonias do Cristianismo em teu mundo íntimo, honrando-te com a oportunidade
de expressar a ti mesmo a excelência do verbo crer, na atividade do ser, pela senda
do merecer. E insistindo sem cansaço, porfiando sem desídia, vencerás trevas e
conflitos, refugiando na oração porque, inspirado por Jesus, a Quem deves
buscar em todos os instantes da vida, a Ele que, há tanto tempo te tem buscado,
paciente...
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco – Livro: Espírito e Vida
Corações cevados
“Cevastes os vossos corações, como num dia de matança.” (Tiago, 5:5)
Pela prosperidade e
aperfeiçoamento do mundo, trabalha o Sol, que é a suprema expressão da Divindade
Vital no firmamento terrestre.
Colabora o verme na
intimidade do solo, preparando ninho adequado às sementes.
Contribui a aragem,
permutando o pólen das flores.
Esforça-se a água, incessantemente,
entretendo a vida física e purificando-a.
Serve a árvore,
florindo, frutificando e regenerando a atmosfera.
Coopera o animal,
ajudando as realizações humanas, suando e morrendo para que haja vida normal no
domínio da inteligência superior.
Indefectível lei de
trabalho rege o Universo.
O movimento e a ordem, na
constância dos benefícios, constituem-lhe as características essenciais.
Há, porém, milhões de
pessoas que se sentem exoneradas da glória de servir.
Para semelhantes
criaturas, em cujo cérebro a razão dorme embotada e vazia, trabalho significa
degredo e humilhação, inferno e sofrimento. Perseguem as facilidades
delituosas, com o mesmo instinto de novidade da mosca em busca de detritos. Conseguida
a solução de ordem inferior que buscavam, circunscrevem as horas e as
possibilidades ao desenfreado apego de si mesmas, imitando o poço de águas
estagnadas que se envenena facilmente.
No fundo, são “corações
cevados”, de acordo com a feliz expressão do apóstolo. Criam teias densas de
ódio e egoísmo, indiferença e vaidade, orgulho e indolência sobre si próprios,
e gravitam para baixo. Descendo, descendo, pelas pesadas vibrações a que se
acolhem, rolam vagarosamente para o seio das vidas inferiores, onde é natural
que encontrem a exigência de muitos, que se aproveitam deles, à maneira do
homem comum que se vale dos animais gordos para a matança.
Rogativa
Senhor Jesus!
Rogando-te permissão
para reverenciar o divino apostolado, nós te louvamos e agradecemos as
oportunidades de trabalho, das quais nos enriquece a existência.
Abençoa-nos, Senhor, com
a tua infinita bondade a fim de aprendermos a servir-te, na pessoa daqueles
irmãos nossos da Humanidade, tantas vezes em obstáculos maiores do que os
nossos.
Conserva-nos aqui, em
teu amor, e ensina-nos a encontrar-te nas tarefas do bem a que nos designas,
para que não nos percamos nas sombras em que, porventura, se nos envolvam os
caminhos, nos variados climas terrestres!...
Nas horas felizes,
dá-nos a tua inspiração e a tua luz, para que a nossa alegria não se converta em
flor estéril, na seara de tuas bênçãos e, nos dias difíceis, sede nosso apoio
para que a provação não nos abata ou destrua.
Ajuda-nos a
identificar-te a presença divina, em cada coração necessitado de socorro ou de
amor que nos bata à porta e supre-nos de forças e recursos, na magnificência de
teu amparo, no desempenho das nossas obrigações.
Quando a incerteza nos
visite em ação, coloca, Jesus, por misericórdia, a tua mão em nossas mãos e
guia-nos o sentimento, para que o bem se faça, não segundo a nossa visão humana
e estreita, e sim de acordo com as disposições sábias e compassivas de tua
vontade.
Quando possíveis
incompreensões nos impulsionem a qualquer dificuldade de entendimento,
guarda-nos em tua paciência e induze-nos à união e à humildade, auxiliando-nos,
a saber, que a obra de elevação, em que nos permites cooperar é sempre tua e
não nossa.
Faze-nos reconhecer que
a caridade começa invariavelmente de nossas relações mútuas, porquanto, apenas
em nos servindo uns aos outros é que conseguiremos irradiar o amor que nos
deste para distribuir com os nossos semelhantes.
Senhor, ampara-nos e
orienta-nos, para que possamos, um dia, corresponder plenamente ao teu mandato
de confiança!... E, suplicando-te, mais uma vez, acolher-nos em teu coração
misericordioso e augusto, terminamos a nossa rogativa com aquela outra que nos
legaste por luz divina, no caminho dos cristãos de todos os séculos:
“Pai Nosso que estais
nos Céus, santificado seja o teu nome; venha a nós o teu reino; seja feita, oh!
Pai a tua vontade, assim na Terra como nos Céus; o pão nosso de cada dia dá-nos
hoje; perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores; não
nos deixeis cair em tentação e livra-nos do mal, porque teus são o reino, o
poder, a majestade e a glória para sempre!... Assim seja”.
Bezerra de Menezes / Chico Xavier - Livro: Bezerra, Chico e você
domingo, 20 de novembro de 2022
Mais Luz - Edição 605 - 20/11/2022
Confira conosco nesta edição do Mais Luz:
https://mailchi.mp/63f1fbe8ea77/vitria-da-luz
Vitória da Luz - Vianna
de Carvalho
Ante o Evangelho: O
orgulho e a humildade
Poema: A procura da
ideia original - Augusto Álvaro de Carvalho Aranha
Sigamos a paz – Fonte Viva
79
Oração Fraternal -
Emmanuel