quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Demonstrações do Céu

 

“Disseram-lhe, pois: Que sinal fazes tu para que o vejamos, e creiamos em ti?” — (João, 6:30)

 

Em todos os tempos, quando alguém na Terra se refere às coisas do Céu, verdadeira multidão de indagadores se adianta pedindo demonstrações objetivas das verdades anunciadas.

Assim é que os médiuns modernos são constantemente assediados pelas exigências de quantos se colocam à procura da vida espiritual.

Esse é vidente e deve dar provas daquilo que identifica.

Aquele escreve em condições supranormais e é constrangido a fornecer testemunho das fontes de sua inspiração.

Aquele outro materializa os desencarnados e, por isso, é convocado ao teste público.

Todavia, muita gente se esquece de que todas as criaturas do Senhor exteriorizam os sinais que lhes dizem respeito.

O mineral é reconhecido pela utilidade.

A árvore é selecionada pelos frutos.

O firmamento espalha mensagens de luz.

A água dá notícias do seu trabalho incessante.

O ar esparge informações, sem palavras, do seu poder na manutenção da vida.

E entre os homens prevalecem os mesmos imperativos. Cada irmão de luta é examinado pelas suas características.

O tolo dá-se a conhecer pelas puerilidades.

O entendido revela mostras de prudência.

O melhor demonstra as virtudes que lhe são peculiares.

Desse modo, o aprendiz do Evangelho, ao solicitar revelações do Céu para a jornada da Terra, não deve olvidar as necessidades de revelar-se firmemente disposto a caminhar para o Céu.

Houve dia em que a turba vulgar dirigiu-se ao próprio Salvador que a beneficiava, perguntando: — “Que sinal fazes tu para que o vejamos, e creiamos em ti?” 

Imagina, pois, que se ao Senhor da Vida foi dirigida semelhante interrogativa, que indagação não se fará do Alto a nós outros, toda vez que rogarmos sinais do Céu, a fim de atendermos ao nosso simples dever?

 

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 92


sábado, 11 de fevereiro de 2023

Mais Luz - Edição 617 - 12/02/2023

 

Confira em mais esta edição de nosso boletim eletrônico Mais Luz:

 

https://mailchi.mp/557e44ffcf94/o-amor

 

·        O amor – Léon Denis

·        Ante o Evangelho: A lei de amor

·        Mensagem da Semana: Problemas do Amor – Fonte Viva 91

·        Poema: Mais amor – Casimiro Cunha

·        Oração: Prece de amor - Scheilla

·        Falar - Livro da Esperança 26 – Link da palestra.



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

O amor

 

Todo o poder da alma resume-se em três palavras: querer, saber, amar!

Querer, isto é, fazer convergir toda a atividade, toda a energia, para o alvo que se tem de atingir, desenvolver a vontade e aprender a dirigi-la.

Saber, porque sem o estudo profundo, sem o conhecimento das coisas e das leis, o pensamento e a vontade podem transviar-se no meio das forças que procuram conquistar e dos elementos a quem aspiram governar.

Acima de tudo, porém, é preciso amar, porque sem o amor, a vontade e a ciência seriam incompletas e muitas vezes estéreis. O amor ilumina-as, fecunda-as, centuplica-lhes os recursos. Não se trata aqui do amor que contempla sem agir, mas do que se aplica a espalhar o bem e a verdade pelo mundo. A vida terrestre é um conflito entre as forças do mal e as do bem. O dever de toda alma viril é tomar parte no combate, trazer-lhe todos os seus impulsos, todos os seus meios de ação, lutar pelos outros, por todos aqueles que se agitam ainda na via escura.

O uso mais nobre que se pode fazer das faculdades é trabalhar por engrandecer, desenvolver, no sentido do belo e do bem, a civilização, a sociedade humana, que tem as suas chagas e fealdades, sem dúvida, mas que é rica de esperanças e magníficas promessas; essas promessas transformar-se-ão em realidade vivaz no dia em que a humanidade tiver aprendido a comungar, pelo pensamento e pelo coração, com o foco de amor, que é o esplendor de Deus.

Amemos, pois, com todo o poder do nosso coração; amemos até ao sacrifício, como Joana d'Arc amou a França, como o Cristo amou a humanidade, e todos aqueles que nos rodeiam receberão nossa influência, sentir-se-ão nascer para nova vida.

Ó homem, procura em volta de ti as chagas a pensar, os males a curar, as aflições a consolar. Alarga as inteligências, guia os corações transviados, associa as forças e as almas, trabalha para ser edificada a alta cidade de paz e de harmonia que será a cidade de amor, a cidade de Deus! Ilumina, levanta, purifica! Que importa que se riam de ti! Que importa que a ingratidão e a maldade se levantem na tua frente! Aquele que ama não recua por tão pouca coisa; ainda que colha espinhos e silvas, continua sua obra, porque esse é seu dever, sabe que a abnegação o engrandece.

O próprio sacrifício também tem suas alegrias; feito com amor, transforma as lágrimas em sorrisos, faz nascer em nós alegrias desconhecidas do egoísta e do mau. Para aquele que sabe amar, as coisas mais vulgares são de interesse; tudo parece iluminar-se; mil sensações novas despertam nele.

São necessários à sabedoria e à Ciência longos esforços, lenta e penosa ascensão para conduzir-nos às altas regiões do pensamento. O amor e o sacrifício lá chegam de um só pulo, com um único bater de asas. Na sua impulsão conquistam a paciência, a coragem, a benevolência, todas as virtudes fortes e suaves. O amor depura a inteligência, engrandece o coração e é pela soma de amor acumulada em nós que podemos avaliar o caminho que temos percorrido até Deus.


Léon Denis - O problema do ser, do destino e da dor – capítulo 25


terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Mais amor

 

Rogas à vida o roteiro

Da Esfera Superior,

E a vida responde sempre:

Meditar com mais amor.

 

Procurando, desse modo,

Caminho renovador,

Em toda dificuldade,

Apoia com mais amor.

 

Se esperas pelo futuro

Como ninho aberto em flor,

Arando a terra do sonho,

Trabalha com mais amor.

 

Recebe, pois, o infortúnio

Com desassombro e valor,

Se a provação recrudesce,

Suporta com mais amor.

 

Tolera com paciência

A nuvem do dissabor;

Buscando nova alegria,

Ampara com mais amor.

 

Caluniaram-te a vida?

Perdoa seja a quem for.

Quem vive para a verdade,

Entende com mais amor.

 

Amigos desavisados

Trouxeram-te sombra e dor?

Diante de todos eles,

Auxilia com mais amor.

 

Feriram-te as esperanças

Brandindo verbo agressor?

Não critiques nem te queixes…

Espera com mais amor.

 

Ante o jogo de ilusões

Que o mal te venha a propor,

No cultivo da humildade,

Resiste com mais amor.

 

Se desejas alcançar

A comunhão do Senhor,

Arrima-te à caridade

E serve com mais amor.

 

Casimiro Cunha

Brilhe vossa luz — Autores diversos — F. C. Xavier / Carlos A. Baccelli



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Problemas do Amor

 

“… que vosso amor cresça cada vez mais no pleno conhecimento e em todo o discernimento.” — Paulo. (Filipenses, 1:9)

 

O amor é a força divina do Universo.

É imprescindível, porém, muita vigilância para que não a desviemos na justa aplicação.

Quando um homem se devota, de maneira absoluta, aos seus cofres perecíveis, essa energia, no coração dele, denomina-se “avareza”; quando se atormenta, de modo exclusivo, pela defesa do que possui, julgando-se o centro da vida, no lugar em que se encontra, essa mesma força converte-se nele em “egoísmo”; quando só vê motivos para louvar o que representa, o que sente e o que faz, com manifesto desrespeito pelos valores alheios, o sentimento que predomina em sua órbita chama-se “inveja”.

*O ódio é, comumente, o amor envenenado de ontem.

O ciúme é o amor vestido de espinhos dilacerantes.

A soberba é o amor desvairado a si próprio. *

Paulo, escrevendo a amorosa comunidade filipense, formula indicação de elevado alcance. Assegura que “o amor deve crescer, cada vez mais, no conhecimento e no discernimento, a fim de que o aprendiz possa aprovar as coisas que são excelentes.”

Instruamo-nos, pois, para conhecer.

Eduquemo-nos para discernir.

Cultura intelectual e aprimoramento moral são imperativos da vida, possibilitando-nos a manifestação do amor, no império da sublimação que nos aproxima de Deus.

Atendamos ao conselho apostólico e cresçamos em valores espirituais para a eternidade, porque, muitas vezes, o nosso amor é simplesmente querer e tão somente com o “querer” é possível desfigurar, impensadamente, os mais belos quadros da vida.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 91

 

* Essa mensagem foi publicada originalmente no Reformador em junho de 1950, página 122, pela FEB e posteriormente no presente livro. Tanto no Reformador quanto no livro “Segue-me” a lição está completa; nesse, porém, estão ausentes os parágrafos 4, 5 e 6  e o versículo estudado é Filipenses, 1:9, enquanto no livro Segue-me o versículo citado é 1:10; no Reformador a citação é Filipenses, 1:9,10.


sábado, 4 de fevereiro de 2023

Mais Luz - Edição 616 - 05/02/2023

Confira em mais esta edição de nosso semanário Mais Luz, que agora conta com uma nova seção – Projeto Examinado o Livro da Esperança (tema de palestra na Casa):

https://mailchi.mp/b2dc46a343f5/bom-nimo

 

·        A trilogia bendita - Neio Lúcio

·        Ante o Evangelho:  Bem e mal sofrer

·        Mensagem da Semana: Varonilmente – Fonte Viva 90

·        Poema: Bom ânimo – Carmen Cinira

·        Oração perante Jesus – Emmanuel

·        Falar - Livro da Esperança 26


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

A trilogia bendita

 


Em tempos remotos, o Senhor vinha ao mundo frequentes vezes entender-se com as criaturas.

Certa vez, encontrou um homem irado e mau, que outra coisa não fazia senão atormentar os semelhantes. Perseguia, feria e matava sem piedade. Quando esse Espírito selvagem viu o Senhor, aproximou-se atraído pela luz d’Ele, a chorar de arrependimento.

O Cristo, bondoso, dirigiu-lhe a palavra:

— Meu filho, por que te entregaste assim à perversidade? Não temes a justiça do Pai? Não acreditas no Celeste Poder? A vida exige fraternidade e compreensão.

O malfeitor, que se mantinha prisioneiro da ignorância, respondeu em lágrimas:

— Senhor, de hoje em diante serei um homem bom.

Alguns anos passaram e Jesus voltou ao mesmo sítio. Lembrou-se do infeliz a quem havia aconselhado e buscou-o. Depois de certa procura, foi achá-lo oculto numa choça, extremamente abatido. Interpelado quanto à causa de tão lamentável transformação, o mísero respondeu:

— Ai de mim, Senhor! Depois que passei a ser bom, ninguém me respeitou! Fiz-me escárnio da rua… Tenho usado a compaixão e a generosidade, segundo me ensinaste, mas em troca recebo apenas o ridículo, a pedrada e a dilaceração…

O Mestre, porém, abençoou-o e falou:

— O teu lucro na eternidade não será pequeno com o sacrifício. Entretanto, não basta reter a bondade. É necessário saber distribuí-la. Para bem ajudar, é preciso discernir. Realmente é possível auxiliar a todos. Contudo, se a muita gente devemos ternura fraterna, a numerosos companheiros de jornada devemos esclarecimento enérgico. Estimularemos os bons a serem melhores e cooperaremos, a benefício dos maus, para que se retifiquem. Nunca observaste o pomicultor? Algumas árvores recebem dele irrigação e adubo; outras, no entanto, sofrerão a poda, a fim de serem convenientemente amparadas.

O Senhor retirou-se e o aprendiz retomou a luta para conquistar o conhecimento.

Peregrinou através de muitos livros, observou demoradamente os quadros da vida e recebeu a palma da ciência.

Os anos correram apressados, quando o Cristo regressou e procurou-o, novamente.

Dessa vez, encontrou-o no leito, enfermo e sem forças.

Replicando ao Divino Amigo, explicou-se:

— Ai de mim, Senhor! Fui bom e recebi injustiças, entesourei a ciência e minhas dificuldades cresceram de vulto. Aprendi a amar e desejar em sã consciência, a idealizar com o Plano superior, mas vejo a ingratidão e a discórdia, a dureza e a indiferença com mais clareza. Sei aquilo que muita gente ignora e, por isto mesmo, a vida tornou-se-me um fardo insuportável…

O Mestre, porém, sorriu e considerou:

— A tua preparação para a felicidade ainda não se acha completa. Agora, é preciso ser forte. Acreditas que a árvore respeitável conseguiria viver e produzir, caso não soubesse tolerar a tempestade? A firmeza interior, diante das experiências da vida, conferir-te-á o equilíbrio indispensável. Aprende a dizer adeus a tudo o que te prejudica na caminhada em direção da luz divina e distribuirás a bondade, sem preocupações de recompensa, guardando o conhecimento sem surpresas amargas. Sê inquebrantável em tua fé e segue adiante!

O aprendiz reergueu-se e nunca mais experimentou a desarmonia, compreendendo, enfim, que a bondade, o conhecimento e a fortaleza são a trilogia bendita da felicidade e da paz.


Neio Lúcio / Chico Xavier – Livro Alvorada Cristã



Retorno da Juventude

 


Queridos pais,

A Juventude Joseph Gleber começará no próximo sábado!

Incentive seu jovem a estudar as lições do Cristo!

Jesus conta com sua colaboração e nós agradecemos seu esforço!

 

“Os filhos são as obras preciosas que o Senhor lhes confia às mãos, solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.” Emmanuel


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Reunião de pais

 


Reunião de estudo com os pais durante a evangelização das crianças.


Varonilmente

 

“Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente, sede fortes.” — Paulo. (1 Coríntios, 16:13)

 

Vigiai na luta comum.

Permanecei firmes na fé, ante a tempestade.

Portai-vos varonilmente em todos os lances difíceis.

Sede fortes na dor, para guardar-lhe a lição de luz.

Reveste-se o conselho de Paulo aos coríntios, ainda hoje, de surpreendente oportunidade.

Para conquistarmos os valores substanciais da redenção, é imprescindível conservar a fortaleza de ânimo de quem confia no Senhor e em si mesmo.

Não vale a chuva de lágrimas despropositadas, ante a falta cometida.

Arrependermo-nos de qualquer gesto maligno é dever, mas pranteá-lo indefinidamente é roubar tempo ao serviço de retificação.

Certo, o mal deliberado é um crime, todavia, o erro impensado é ensinamento valioso sempre que o homem se inclina aos desígnios do Senhor.

Sem resistência moral, no turbilhão de conflitos purificadores, o coração mais nobre se despedaça.

Não nos cabe, portanto, repousar no serviço de elevação.

É natural que venhamos a tropeçar muitas vezes.

É compreensível que nos firamos frequentemente nos espinhos da senda.

Lastimável, contudo, será a nossa situação toda vez que exigirmos rede macia de consolações indébitas, interrompendo a marcha para o Alto.

O cristão não é aprendiz de repouso falso. Discípulo de um Mestre que serviu sem acepção de pessoas até à cruz, compete-lhe trabalhar na sementeira e na seara do Infinito Bem, vigiando, ajudando e agindo varonilmente.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 90