domingo, 13 de agosto de 2023
sábado, 12 de agosto de 2023
Mais Luz - Edição 643 - 13/08/2023
E nesta edição especial do dia dos pais confira:
https://mailchi.mp/a7246b644dfa/misso-paternidade
- Missão: Paternidade – Momento Espírita
- Ante o Evangelho: Piedade filial
- Possuímos o que damos – Fonte Viva 117
- Poema: Carta aos pais – Casimiro Cunha
- Oração no dia dos pais – Augusto Cezar
sexta-feira, 11 de agosto de 2023
Missão: Paternidade
Ser pai é
missão com que o Senhor da Vida brinda o homem, abençoando a sua masculinidade,
homenageando a sua função cocriadora, ao lado da mulher, que se faz mãe, pelos
vínculos carnais.
Ser pai é ser
protetor, guardião, amigo. Desde tempos muito antigos, essa figura foi tida
como importante na formação dos filhos.
Remonta, há mais
de quatro mil anos, um cartão escrito em argila, encontrado na Mesopotâmia, no
qual um jovem de nome Elmesu homenageia seu pai, formulando votos de sorte,
saúde e vida longa.
Possivelmente,
revivendo aquele gesto, no ano de 1909, Sonora Luise, na cidade de Spokane, nos
Estados Unidos, motivada pela admiração por seu genitor, decidiu homenageá-lo e
criou O dia dos pais.
Não demorou
muito para que outras cidades norte-americanas se interessassem pela data que,
no ano de 1972, foi oficializada como festa nacional, pelo presidente Richard
Nixon.
A comemoração
naquele país ocorre no terceiro domingo do mês de junho, enquanto no Brasil
passou a ser celebrada no segundo domingo de agosto.
Atribui-se o
seu surgimento ao publicitário Sílvio Bhering e a primeira comemoração se deu
no dia 14 de agosto de 1953, data dedicada, segundo a tradição católica a São
Joaquim, patriarca da família.
Ter um dia
para receber homenagens é sempre grato ao coração de quem ama. Momento
especial, ademais, para pensar e repensar a respeito dessa importante missão.
Nos dias em
que se vive a tormenta dos vícios, do tóxico, em particular, que destroça a
criança, ainda nas primeiras experiências infantis, é de nos questionarmos o
quê, na qualidade de pais, temos feito.
Verdade que há
uma grande preocupação com a manutenção doméstica e por vezes, o cansaço nos
toma as forças.
Contudo, a
presença paterna é imprescindível, ao lado da materna, no sentido de educar a
prole, acompanhar o passo dos pequenos e dos mocinhos.
Fazer-se
presente é preciso. Olhar nos olhos dos filhos para lhes sentir as realidades
íntimas, por essas janelas da alma.
Renunciar a um
lazer para estar com eles. Verificar seus compromissos escolares, participar de
uma ou outra atividade social, a fim de que eles se sintam apoiados por sua
presença.
Dialogar com
os filhos, ouvindo-lhes as opiniões sobre a vida, as pessoas, os fatos,
cooperando no esclarecimento de equívocos, auxiliando-os a caminhar pelas vias
do discernimento.
* * *
Com certeza,
pai amoroso que você é, ama seus filhos. Contudo, não esqueça que o amor deve
ser vigilante e perspicaz, para que, em seu nome, não se instale a insensatez e
a sombra se estabeleça.
Pense nisso e
dê o melhor de si a esses rebentos, filhos de Deus, confiados aos seus cuidados
pelo Pai excelso de todos nós.
Pense: esta é
a sua missão na qualidade de pai.
Redação do
Momento Espírita, com base em informações colhidas no
Boletim SEI nº
2160, de 22.8.2009 e no cap. 30, do livro Vereda familiar,
pelo Espírito Thereza de Brito, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
quinta-feira, 10 de agosto de 2023
Oração no dia dos pais
Senhor Jesus!
Ante o Dia dos
Pais, nós que nos devotamos, com tanto carinho, aos anjos maternos que nos
concedeste, estamos a pedir-te proteção e auxílio a todos os pais do mundo.
Entretanto,
Amado Amigo, em especial, nós te rogamos apoio para todos aqueles:
que sofrem
pelos filhos queridos, arrebatados pela morte e que, muitas vezes, são
obrigados a engolir as próprias lágrimas, por não disporem de tempo para
chorar;
que carregam
nos braços filhos pequeninos, marcados por enfermidades irreversíveis;
que suportam obstáculos
e tentações para serem fiéis aos próprios compromissos;
que se
desgastam em administrações e empreendimentos complexos, a fim de sustentar o
equilíbrio de centenas de companheiros da vida comunitária e não encontram a
paz no reduto doméstico;
que varam o
dia, entre aborrecimentos e tribulações, e chegam sequiosos de tranquilidade ao
íntimo do lar para serem acolhidos unicamente por discussões e palavras
estéreis;
que se
estragam no cotidiano a fim de que os descendentes se habilitem convenientemente
para a conquista de competência e reconforto no futuro;
que possuem
razões de queixa no trabalho profissional, mas se calam, humildes, tolerando
pesados sacrifícios por amor à família;
que faceiam
empeços incontáveis para resgatar as próprias contas;
que recebem o
apelido de “quadrados”, quando oferecem avisos salutares e bons conselhos;
que tombam
acidentados, em serviço, com grandes taxas de tempo e tratamento para voltar ao
reequilíbrio;
e por todos
aqueles que são marginalizados em “quartos do fundo”, depois de encanecidos
pelas atividades com que fizeram a família forte e feliz.
Senhor Jesus
Cristo, abençoa a todos os nossos pais que tantas vezes compreendemos sem amar
ou que nos amam sem compreender e que todos eles sejam sustentados em tua
bendita providência.
Assim seja.
Augusto Cezar /
Chico Xavier – Livro: Augusto vive
Carta aos pais
Não podes
viver a esmo,
Numa estrada
indefinida.
Um pai tem
obrigações
Das mais
nobres que há na vida.
Meu irmão, em tua casa,
Nas ternuras
dos filhinhos,
Personifica o
bom senso
Entre os
beijos e os carinhos.
Por enquanto,
a Terra inteira
Inda é um mar
encapelado.
Se não dominas
a onda
Virás a ser
dominado.
Entende a luz
do caminho.
A tua
finalidade
Não é somente
a da espécie
Nas lutas da
humanidade.
Exige-se muito
mais
Dos teus
esforços no mundo,
Recebeste de
Jesus
Um dom sagrado
e profundo.
Se a missão
das mães terrestres
É conduzir e
ensinar
O teu trabalho
é de agir
No esforço de
transformar.
Não olvides
teus deveres
Na esfera da
educação,
Fazendo de tua
casa
A escola de
redenção.
Um pai que
deixa os filhinhos
Abandonados ao
léu
Não
corresponde no mundo
À confiança do
céu.
Cuida bem dos
pequeninos.
A educação tem
segredos
Que devem ser
estudados
Desde os
tempos dos brinquedos.
A tua função
no lar
Não é somente
prover
Mas adotar
providências,
Procurando
esclarecer.
Ensina os teus
a gastar.
Quem vive
muito à vontade
Pode encontrar
a miséria
No fim da
ociosidade.
Gastar somente
o que é justo
É ser prudente
e cristão.
Quem gasta o
que não é seu
Faz dívidas de
aflição.
Luta sempre,
mas se os teus
Não te
seguirem os trilhos,
Esperemos
nesse Pai
De que todos
somos filhos.
Na pobreza ou
na fortuna,
Esforça-te,
meu amigo.
Exemplifica o
trabalho
E Deus estará
contigo.
Casimiro Cunha/
Chico Xavier
Livro: Cartas
do Evangelho e outros poemas
quarta-feira, 9 de agosto de 2023
Possuímos o que damos
“É mais bem-aventurado dar do que receber.” — Paulo. (Atos, 20:35)
Quando alguém
se refere à passagem evangélica que considera a ação de dar mais alta
bem-aventurança que a ação de receber, quase todos os aprendizes da Boa Nova se
recordam da palavra “dinheiro”.
Sem dúvida, em
nos reportando aos bens materiais, há sempre mais alegria em ajudar que em ser
ajudado, contudo, é imperioso não esquecer os bens espirituais que, irradiados
de nós mesmos, aumentam o teor e a intensidade da alegria em torno de nossos
passos.
Quem dá
recolhe a felicidade de ver a multiplicação daquilo que deu.
Oferece a
gentileza e encorajarás a plantação da fraternidade.
Estende a
bênção do perdão e fortalecerás a justiça.
Administra a
bondade e terás o crescimento da confiança.
Dá o teu bom
exemplo e garantirás a nobreza do caráter.
Os recursos da
Criação são distribuídos pelo Criador com as Criaturas, a fim de que em doação
permanente se multipliquem ao Infinito.
Serás ajudado
pelo Céu, conforme estiveres ajudando na Terra.
Possuímos
aquilo que damos.
Não te
esqueças, pois, de que és mordomo da vida em que te encontras.
Cede ao
próximo algo mais que o dinheiro de que possas dispor. Dá também teu interesse
afetivo, tua saúde, tua alegria e teu tempo e, em verdade, entrarás na posse
dos sublimes dons do amor, do equilíbrio, da felicidade e da paz, hoje e
amanhã, neste mundo e na vida eterna.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 117
Mais Luz - Edição 642 - 06/08/2023
Confira nesta edição:
https://mailchi.mp/2e75e7caac73/a-fora-do-exemplo
A força do exemplo – Hilário Silva
Ante o Evangelho: Missão dos
espíritas
Mensagem da Semana: Ir e ensinar
– Fonte Viva – 116
Poema: Com Cristo – José do
Patrocínio
Oração dos servos - Emmanuel
sexta-feira, 4 de agosto de 2023
Ir e ensinar
“Portanto, ide e ensinai…” — Jesus. (Mateus, 28:19)
Estudando a
recomendação do Senhor aos discípulos, — ide e ensinai, — é justo não olvidar
que Jesus veio e ensinou.
Veio da Altura
Celestial e ensinou o caminho de elevação aos que jaziam atolados na sombra
terrestre.
Poderia o
Cristo haver mandado a lição por emissários fiéis… poderia ter falado
brilhantemente, esclarecendo como fazer…
Preferiu,
contudo, para ensinar com segurança e proveito, vir aos homens e viver com
eles, para mostrar-lhes como viver no rumo da perfeição.
Para isso,
antes de tudo, fez-se humilde e simples na Manjedoura, honrou o trabalho e o
estudo no lar e, em plena atividade pública, foi o irmão providencial de todos,
amparando a cada um, conforme as suas necessidades.
Com
indiscutível acerto, Jesus é chamado o Divino Mestre.
Não porque
possuísse uma cátedra de ouro…
Não porque
fosse o dono da melhor biblioteca do mundo…
Não porque
simplesmente exaltasse a palavra correta e irrepreensível…
Não porque
subisse ao trono da superioridade cultural, ditando obrigações para os
ouvintes…
Mas sim porque
alçou o próprio coração ao amor fraterno e, ensinando, converteu-se em
benfeitor de quantos lhe recolhiam os sublimes ensinamentos.
Falou-nos do
Eterno Pai e revelou-nos, com o seu sacrifício, a justa maneira de buscá-lo.
Se te propões,
desse modo, cooperar com o Evangelho, recorda que não basta falar, aconselhar e
informar.
“Ide e
ensinai”, na palavra do Cristo, quer dizer “ide e exemplificai para que os
outros aprendam como é preciso fazer”.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 116
quinta-feira, 3 de agosto de 2023
A força do exemplo
José do
Espírito Santo, modesto espírita de Nilópolis, Estado do Rio, falava à porta do
Centro, a pequeno grupo de amigos:
— Sim, meus
irmãos, a caridade é a maior bênção.
Nisso, passam dois estudantes, ouvem breves trechos da palestra e avançam conversando:
— Você ouviu?
Todo espírita é só “fachada”!
— Realmente.
Fazem as coisas “para inglês ver”.
Logo depois, os rapazes deparam com infeliz mendigo. Pálido e doente. Sem paletó. Camisa em frangalhos. Pele à mostra.
A tiritar de frio, estende-lhes a mão magra.Um dos
estudantes dá-lhe alguns centavos.
Notam, então,
que José do Espírito Santo vem vindo sozinho, pela rua. E um deles diz:
— Olhe! Lá vem
o “tal”! Aposto que não dará nada a esse homem.
— Sim. Vamos
ver. Afastemos um pouco, senão ele vai querer “fazer cartaz”.
Os dois jovens
ficaram escondidos na esquina, um pouco adiante.
O pedinte roga
auxílio.
José chega
junto dele e o abraça, fraterno.
Em seguida,
apalpa os bolsos e exclama:
—
Infelizmente, meu amigo, estou sem um níquel…
Os jovens
entreolham-se, rindo… Um deles recorda:
— Não lhe
disse?…
O espírita
condoeu-se, vendo a nudez do homem que tremia de frio. Deitou um olhar em torno
para ver se estava sendo observado. Sentiu a rua deserta.
Num gesto
espontâneo, tirou o paletó. Dependurou a peça num portão de residência próxima,
arrancou a camisa felpuda e, seminu, vestiu-a no companheiro boquiaberto, mas
encantado.
A seguir, após
recobrir, à pressa, o busto nu com o paletó, disse com simplicidade:
— Meu amigo, é
só isso que tenho hoje. Volte aqui mesmo amanhã.
E estugou o
passo para a frente, enquanto o necessitado sorria, feliz.
No outro dia,
os dois estudantes estavam no templo espírita, ouvindo a pregação.
Hilário Silva /
Waldo Vieira – Livro: Almas em desfile
*Imagens
retiradas do blog Aulas para Evangelização Infantil
quarta-feira, 2 de agosto de 2023
Oração dos servos
Senhor!…
Auxilia-nos a
entender:
que não nos
ouvirás unicamente pelas palavras que pronunciemos, mas, acima de tudo, por intermédio
dos sentimentos que nos nasçam do coração;
que não te
compreenderemos tão só, através dos preceitos que venhamos a expender em torno
de teus ensinos, mas, sobretudo, pela aceitação do que somos e tais quais
somos, como nos permites ser, para que se realize o rendimento do bem comum;
que não nos
testemunharás confiança, exclusivamente, pelos protestos verbais de veneração
que te revelemos, e sim, além de tudo, pelo trabalho e pelo modo de servir no
criterioso emprego das possibilidades que nos emprestas;
que não nos
entenderás tão somente pelas petições que te enderecemos e pela maneira
determinada de articulá-las, mas, em particular, pelas tarefas, com que te
responderemos a generosidade, distribuindo o bem e a paz em teu nome, e pela
forma desinteressada com que nos empenhemos a fazê-lo.
Observamos,
sim, que a palavra e a instrução, o culto da oração e o trabalho da fé viva são
sempre muito importantes e que não nos cabe descurar de semelhantes valores ao
servir-te; entretanto, Senhor, faze-nos reconhecer que não valemos tanto pelo
que sintamos, pensemos, falemos ou façamos, mas sim pelo que já possas sentir,
pensar, falar e fazer em nós e por nós, hoje e sempre.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Recados da vida