sábado, 1 de fevereiro de 2025

Boas obras

 

“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus.” — Jesus (Mateus, 5:16)

 

“Brilhe vossa luz” — disse-nos o Mestre, — e muitas vezes julgamo-nos unicamente no dever de buscar as alturas mentais.

E suspiramos inquietos pela dominação do cérebro.

Contudo, o Cristo foi claro e simples no ensinamento.

“Brilhe também a vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus.”

Não apenas pela cultura intelectual.

Não somente pela frase correta.

Nem só pelo verbo flamejante.

Não apenas pela interpretação eficiente das Leis Divinas.

Não somente pela prece labial, apurada e comovedora.

Nem só pelas palavras e pelos votos brilhantes.

É indiscutível que não podemos menosprezar a educação da inteligência, mesmo porque a escola, em todos os Planos, é obra sublime com que nos cabe honrar o Senhor, mas Jesus, com a referência, convidava-nos ao exercício constante das boas obras, seja onde for, pois somente o coração tem o poder de tocar o coração, e, somente aperfeiçoando os nossos sentimentos, conseguiremos nutrir a chama espiritual em nós, consoante o divino apelo.

Com o amor estimularemos o amor…

Com a humildade geraremos a humildade…

Com a paz em nós ajudaremos a construir a paz dos outros…

Com a nossa paciência edificaremos a paciência alheia.

Com a caridade em nosso passo, semearemos a caridade nos passos do próximo.

Com a nossa fé garantiremos a fé ao redor de nós mesmos.

Atendamos, pois, ao nosso próprio burilamento, porquanto apenas contemplando a luz das boas obras em nós é que os outros entrarão no caminho das boas obras, glorificando a Bondade e a Sabedoria de Deus.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 13

 

 


Você conhece a história da "Dama da Caridade"?

 

Benedita Fernandes nasceu em 27 de junho de 1883, em Campos Novos de Cunha, São Paulo, filha de escravos. Teve infância pobre e difícil. Não se tem registros da data exata de quando, em desequilíbrio, abandonou a casa dos pais.

Em 1903, perambulava pelas ruas de Penápolis, São Paulo, causando tantos incômodos à população que, considerada louca, foi recolhida à cadeia pública. Nessa época, não existia nenhum cuidado ou tratamento específico aos loucos das ruas, senão a reclusão.

Portadora de pertinaz obsessão, recebeu os cuidados do carcereiro Padial, que a alimentava e protegia.  E João Marcheze, espírita e fundador do Centro Espírita Discípulos de Jesus, lhe aplicava passes, aliados aos ensinos da Doutrina Espírita.

Com esse tratamento, Benedita recobrou a consciência e partiu para Araçatuba, onde foi acolhida por um casal de amigos, que a ajudou quando completamente desorientada pela mediunidade que aflorava. Depois de uma forte crise psíquica, ela recebeu um chamado libertador, cuja voz dizia: “Benedita, se prometer consagrar-te inteiramente aos enfermos e pobres sairás curada daqui.”

Uniu-se então a outras mulheres simples da comunidade para a fundação do Centro Espírita Paz, Amor e Caridade e, em 1932, foi fundada a Associação das Senhoras Cristãs, tendo Benedita como presidente.

Depois, surgiram a Casa da Criança e o Asilo Dr. Jaime de Oliveira. Em 1933, por exigência dos órgãos governamentais essas instituições foram desativadas e transformadas em Sanatório. Ali havia uma tríade: associações filantrópicas, o movimento espírita, e a psiquiatria.

Benedita exerceu liderança política e social tanto no âmbito das associações filantrópicas quanto no movimento espírita local.

Foi responsável pela implementação das primeiras políticas públicas de saúde mental em Araçatuba e, provavelmente, a pioneira dos Hospitais Psiquiátricos Espíritas.

A mulher simples, filha de escravos e semianalfabeta se transformou em pioneira da assistência social espírita em toda a região Noroeste do Estado de São Paulo e quiçá de todo o Brasil, pois muitas de suas políticas foram usadas mais tarde em outras regiões.

As atividades lideradas por Benedita representaram um marco no movimento espírita de Araçatuba. Sua dedicação tornou-se conhecida e era grande o número de necessitados da região e até de lugares longínquos que a procuravam.

Aos domingos, passeava com as crianças pelas praças e ruas centrais da cidade.

Conta-se que, um dia, Benedita Fernandes viu jogado a um monturo, morto, e quase devorado por urubus, o corpo de um mendigo, seu conhecido. Jurou que jamais alguém ficaria sem o seu amparo. Passou a recolhê-los e abrigá-los, quando em crise. Os dementes avançavam para ela que se sentava, os acalmava com preces, passes, boas palavras. Eles ficavam calmos, pacificados pela força irresistível do amor.

O Prefeito da cidade passou a auxiliá-la com recursos financeiros, mas um dia, o dinheiro parou de chegar. Ela foi falar com ele, que lhe disse não ter mais verba. Benedita voltou para casa e liberou todos os loucos. Em breves horas, o problema estava resolvido, a verba voltou para que pudesse atender aos pobres e necessitados.

Certa feita, as crianças não tinham o que comer. Benedita explicou-lhes que se elas fossem ao portão, Jesus as auxiliaria. Elas se postaram à entrada do Lar. Passou um homem chamado Ricieri. Era um tripeiro, vendedor de vísceras de animais. Ele perguntou o que elas faziam ali: “Estamos esperando Jesus para nos dar de comer.” Ele lhes respondeu: “Digam para a mãezinha de vocês que Jesus chegou!”

Daquele dia em diante, com as sobras do tripeiro, não houve mais fome por lá. Ainda, ele falava aos fregueses daquele pequeno abrigo e muitos passaram a auxiliar.

Mãe Dita, como era conhecida, se dedicou, ainda, à mediunidade e evangelização das crianças.

Tornou-se uma das pioneiras do atual movimento de unificação dos espíritas quando fundou, aos 30 de agosto de 1940, a União Espírita Regional da Noroeste, sendo eleita sua presidente.

Mantinha correspondência com Cairbar Schutel, que publicava notícias sobre o trabalho dela, no jornal O Clarim. Era visitada por lideranças expressivas como João Leão Pitta e Leopoldo Machado.

Sentiu-se mal às 23 horas do dia 8 de outubro de 1947, quando conversava com as crianças, aconselhando-as. Desencarnou à uma hora e trinta minutos do dia 9, vítima de colapso por insuficiência cardíaca.

Retornou da Espiritualidade, através da psicografia de Divaldo Pereira Franco, oferecendo mensagens, que foram enfeixadas no livro Terapêutica de Emergência, editora LEAL.

Uma mulher tida como louca tornou-se a Dama da Caridade, marcou uma época e tornou-se referência histórica dos hospitais psiquiátricos espíritas.

 

Fonte: Jornal Mundo Espírita – setembro/2019


Veja mais aqui:




O programa “Bem na hora” da SBT fez um documentário em 4 capítulos sobre a história desta benfeitora. Confira:



                        





Palestras CEJG - Fevereiro/2025

 



sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Nas pegadas do Mestre...

 


Quando, há mais de 2000 anos, palavras como: benevolência, indulgência e perdão ecoaram da boca do Mestre Jesus, não havia ainda na nossa intimidade os recursos necessários à sua real compreensão.

Com o advento do Espiritismo e sob a coordenação do próprio Cristo, as luzes do entendimento foram lançadas sobre a humanidade, facultando então maior compreensão aos ensinamentos outrora ministrados.

Assim, sob a perspectiva do Cristianismo Redivivo, o Evangelho de Jesus se torna mais compreensível aos nossos corações, nos convidando, entre outras oportunidades, ao estudo edificante e ao trabalho de dedicação aos irmãos mais necessitados.

E é nessa diretriz que também são coordenadas as atividades do Departamento de Assistência e Promoção Social Espírita do Centro Espírita Joseph Gleber. Um trabalho desenvolvido com muito amor, compromisso e dedicação, oferecendo assistência material e espiritual com base na mais elevada recepção fraterna, acrescida do esclarecimento oportuno sobre a mensagem espírita cristã.

Entre as atividades do DAPSE, podemos citar: a Campanha do Quilo, o Programa de Promoção das Famílias, a Campanha do Quilo no Supermercado, o Clube de Mães, o Bazar Beneficente, entre outras...

Se você possui boa vontade para ajudar, amor no coração e já compreende a importância da oportunidade do trabalho no nosso processo de crescimento espiritual, procure a coordenação das tarefas no domingo pela manhã e venha fazer parte do nosso Departamento.


Fabiano Muniz – DAPSE/CEJG

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Caminhar

 


Nos campos de luz da vida deveremos caminhar estendendo nossos braços, para servir e amparar!

No roteiro de Jesus, vamos todos palmilhar em agrestes trilhas, aprendendo o verbo amar!

Na alegria e na tristeza, agradecer e orar!

Tudo passa nesta vida, o importante é trabalhar.

A todos, o meu abraço quero agora ofertar!

 

José Grosso
Mensagem recebida pela médium Déa Gazzinelli.


sábado, 25 de janeiro de 2025

Perante Jesus

 

“Porventura sou eu, Senhor?” — (Mateus, 26:22)

 

Diante da palavra do Mestre, reportando-se ao espírito de leviandade e defecção que o cercava, os discípulos perguntaram afoitos:

— “Porventura sou eu, Senhor?”

E quase todos nós, analisando o gesto de Judas, incriminamo-lo em pensamento.

Por que teria tido a coragem de vender o Divino Amigo por trinta moedas?

Entretanto, bastará um exame mais profundo em nós mesmos, a fim de que vejamos nossa própria negação à frente do Cristo.

Judas teria cedido à paixão política dominante, enganado pelas insinuações de grupos famintos de libertação do jugo romano… Teria imaginado que Jesus, no Sinédrio, avocaria a posição de emancipador da sua terra e da sua gente, exibindo incontestável triunfo humano…

E, apenas depois da desilusão dolorosa e terrível, teria assimilado toda a verdade!…

Mas nós?

Em quantas existências e situações tê-lo-emos vendido no altar do próprio coração, ao preço mesquinho de nosso desvairamento individual?

Nos prélios da vaidade e do orgulho…

Nas exigências do prazer egoísta…

Na tirania da opinião…

Na crueldade confessa…

Na caça da fortuna material…

Na rebeldia destruidora…

No olvido de nossos deveres…

No aviltamento de nosso próprio trabalho…

Na edificação íntima do Reino de Deus, meditemos nossos erros conscientes ou não, definindo nossas responsabilidades e débitos para com a vida, para com a Natureza e para com os semelhantes e, em todos os assuntos que se refiram à deserção perante o Cristo, teremos bastante força para desculpar as faltas do próximo, perguntando, com sinceridade, no âmago do coração:

— “Porventura existirá alguém mais ingrato para contigo do que eu, Senhor?”

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 12


sábado, 18 de janeiro de 2025

Ajudemos também

 

“Ele respondeu e disse: Dai-lhes vós, de comer…” — (Marcos, 6:37)

 

Em muitas ocasiões propomos a Benfeitores Espirituais determinados serviços que, acima de tudo, são oportunidades de trabalho que o Senhor, abnegado e vigilante, nos oferece.

Enunciamos rogativas e relacionamos diversos quadros de ação para a caridade.

O doente de certa rua.

O parente necessitado.

O obsesso que sofre não distante.

A casa conflagrada do vizinho.

O companheiro algemado ao leito.

O amigo em prova inquietante.

Os obreiros da Espiritualidade movimentam-se e ajudam, devotados e operosos; contudo, em suplicando o socorro alheio, não nos cabe olvidar o socorro que podemos prestar por nós mesmos.

É indispensável acionar as possibilidades da nossa cooperação fraterna, os recursos ainda que reduzidos de nossa bolsa, o nosso concurso pessoal, o nosso suor e as nossas horas, a benefício daqueles que a Sabedoria Divina situou em nossa estrada para testemunharmos a própria fé.

Diante da turba faminta, ouvindo as alegações dos discípulos que lhe solicitavam a atenção para as necessidades do povo, disse-lhes o Senhor: — “Dai-lhes vós, de comer…”

E os discípulos angariaram diminuta porção de alimentos, antes que o Mestre a convertesse em pão para milhares.

A lição é expressiva.

Não basta rogar a intervenção do Céu, em favor dos outros, com frases bem feitas, a fim de que venhamos a cumprir o nosso dever cristão. Antes de tudo, é necessário fazer de nossa parte, quanto nos seja possível, para que o bem se realize, de modo a entrarmos em sintonia com os poderes do Bem Eterno.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 11


sábado, 11 de janeiro de 2025

Vencer o mal

 

“Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.” — Paulo (Romanos, 12:21)

 

Comumente empregamos a expressão “guerrear o mal”, como se bastassem nossas atitudes mais fortes para exterminá-lo e vencê-lo.

Sem dúvida, semelhante conceituação não é de todo imprópria, porque, em muitas circunstâncias, para limitá-lo não podemos dispensar vigilância e firmeza.

Ainda assim, muitas vezes, zurzindo-lhe as manifestações com violência, criamos outros males a se expressarem através de feridas que apenas o bálsamo do tempo consegue cicatrizar.

O apóstolo, contudo, é claro na fórmula precisa ao verdadeiro triunfo. “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.”

Perseguir, quase sempre, é fomentar.

O melhor processo de extinguir a calúnia e a maledicência é confiar nosso próprio verbo à desculpa e à bondade. O recurso mais eficiente contra a preguiça é o nosso exemplo firme no trabalho constante. O meio mais seguro de reajustar aqueles que desajudam ao próximo é ajudar incessantemente. O remédio contra a maldição é a bênção. Os antídotos para o veneno da injúria são a paz do silêncio e o socorro da prece.

Por isso mesmo, Jesus ensinou:

“Amai os vossos inimigos.

“Bendizei os que vos maldizem.

“Orai por aqueles que vos maltratam e caluniam.

“Perdoai setenta vezes sete.

“Ofertai amor aos que vos odeiam.”

Podemos, pois, muitas vezes, combater o mal para circunscrever-lhe a órbita de ação, mas a única maneira de alcançar a perfeita vitória sobre ele será sempre a nossa perfeita consagração ao bem irrestrito.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 10


segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Projeto Lendo e Relendo André Luiz: Nova etapa


Iniciada mais uma etapa de leitura do Projeto "Lendo e relendo André Luiz".
Evolução em dois mundos - o 10º livro da coleção "A vida no mundo espiritual".

 

domingo, 5 de janeiro de 2025

Mais Luz - Edição 686 - 05/01/2025

 


https://mailchi.mp/c3b665a09f86/um-novo-ano-se-inicia

Confira nesta edição:

 Editorial: Um novo ano se inicia...

 Diretoria 2025-2028

 Fé e confiança – Mensagem de Palminha

Aconteceu: Almoço Beneficente; Campanha no Supermercado; Encerramentos da Evangelização e da Mocidade; Culto dos trabalhadores (todos com fotos)

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Agenda

Personalidades: Biografia de Scheilla

Você sabia?

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