segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
sábado, 29 de dezembro de 2018
O homem novo
Para construir um
mundo novo precisamos de um homem novo. O mundo está cheio de erros e
injustiças porque é a soma dos erros e injustiças dos homens. Todos sabemos
que temos de morrer, mas só nos preocupamos com o viver passageiro da Terra.
Por isso, a humanidade desencarnada que nos rodeia é ainda mais sofredora e
miserável que a encarnada a que pertencemos. "As filas de doentes que eu
atendia na vida terrena - diz a mensagem de um espírito - continuam neste
lado."
Muita gente estranha
que nas sessões espíritas se manifestem tantos espíritos sofredores. Seria de
estranhar se apenas se manifestassem espíritos felizes. Basta olharmos ao
nosso redor - e também para dentro de nós mesmos - para vermos de que barro é
feita a criatura humana em nosso planeta. Fala-se muito em fraude e
mistificação no Espiritismo, como se ambas não estivessem em toda parte, onde
quer que exista uma criatura humana. Espíritos e médiuns que fraudam são
nossos companheiros de plano evolutivo, nossos colegas de fraudes cotidianas.
O Espiritismo está na
Terra, em cumprimento à promessa evangélica de Consolador, para consolar os
aflitos e oferecer a verdade aos que anseiam por ela. Sua missão é
transformar o homem para que o mundo se transforme. Há muita gente querendo
fazer o contrário: mudar o mundo para mudar o homem. O Espiritismo ensina que
a transformação é conjunta e recíproca, mas tem de começar pelo homem.
Enquanto o homem não melhora, o mundo não se transforma. Inútil, pois, apelar
para modificações superficiais. Temos de insistir na mudança essencial de nós
mesmos.
O homem novo que nos
dará um mundo novo é tão velho quanto os ensinos espirituais do mais remoto
passado, renovados pelo Evangelho e revividos pelo Espiritismo. Sem amor não
há justiça e sem verdade não escaparemos à fraude, à mistificação, à mentira,
à traição. O trabalho espírita é a continuação natural e histórica do
trabalho cristão que modificou o mundo antigo. Nossa luta é o bom combate do
apóstolo Paulo: despertar as consciências e libertar o homem do egoísmo, da
vaidade e da ganância.
"Os anos não nos
dão experiência nem sabedoria - dizia o vagabundo de Knut Hamsun - mas nos
deixam os cabelos horrorosamente grisalhos."(...)
(...) Os anos não
trazem apenas os cabelos brancos - trazem também a experiência, mestra da
vida, e com ela a sabedoria. É no dia a dia da existência que o homem vai
modelando aos poucos a sua própria argila, o barro plástico de que Deus
formou o seu corpo na Terra. Cada idade, afirmou Léon Denis, tem o seu
próprio encanto, a sua própria beleza. É belo ser jovem e temerário, mas
talvez seja mais belo ser velho e prudente, iluminado por uma visão da vida
que não se fecha no círculo estreito das paixões ilusórias. O homem amadurece
com o passar dos anos.
A vida tem as suas
estações, já diziam os romanos. À semelhança do ano, ela se divide nas quatro
estações da existência que são: a primavera da infância e da adolescência, o
verão da mocidade e outono da madureza e o inverno da velhice. Mas também à
semelhança dos anos, as vidas se encadeiam no processo da existência, de
maneira que as estações se renovam em cada encarnação. Viver, para o
individualista, é atravessar os anos de uma existência. Mas viver, para o
altruísta, é atravessar as existências palingenésicas, as vidas sucessivas,
em direção à sabedoria. O branquear dos cabelos não é mais do que o início
das nevadas do inverno. Mas após cada inverno voltará de novo a primavera.
A importância dos anos
é, portanto, a mesma das léguas numa caminhada em direção ao futuro. Cada
novo ano que surge é para nós, os caminheiros da evolução, uma nova
oportunidade de progresso que se abre no horizonte. Entremos no ano novo com
a decisão de aproveitá-lo em todos os seus recursos. Não desprezemos a riqueza
dos seus minutos, das suas horas, dos seus dias, dos seus meses. Cada um
desses fragmentos do ano constitui uma parte da herança de Deus que nos
caberá no futuro.
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José Herculano Pires – Livro: O homem novo
segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
sexta-feira, 23 de novembro de 2018
Efeméride: Nascimento de Amélie-Gabrielle Boudet
Amélie-Gabrielle Boudet foi professora de Letras e Belas Artes, artista plástica e autora das obras “Contos Primaveris” (1825), “Noções de Desenho” (1826) e “O essencial em Belas Artes” (1828). Foi esposa de Hippolyte-Léon-Denizard Rivail, o Codificador da Doutrina Espírita, sob o pseudônimo de Allan Kardec.
sábado, 3 de novembro de 2018
Irmãos Queridos,
Diante dessa crise que
se abate sobre o nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta
dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, nós, os seus
companheiros, trazemos na noite de hoje a nossa mensagem de fé, de coragem e
de estímulo.
Estamos irradiando-a
para todas as reuniões mediúnicas que estão sendo realizadas neste instante,
de norte a sul do Brasil. Durante vários dias estaremos repetindo a nossa
palavra, a fim de que maior número de médiuns possa captá-la.
Cada um destes que
sintonizar nesta faixa vibratória dará a sua interpretação, de acordo com o
entendimento e a gradação que lhe forem peculiares. Estamos convidando todos
os espíritas para se engajarem nesta campanha.
Há urgente necessidade
de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de
pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que
estão bem intencionados e aspirando realizar algo de construtivo e útil para
o país, em qualquer nível, veem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos
seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis. É preciso
modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de
confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação, varra para longe os
miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços
para que brilhe a luz da esperança. Somente através de esperança
conseguiremos, de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e
cansado.
Os espíritas não devem
engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir
coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé! Ah! A fé no
nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no
concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem
retardar. Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto
e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável. O
desânimo e seus companheiros, o desalento, a descrença, a incerteza, o
pessimismo, andam juntos e contagiam muito sutilmente, enfraquecendo o
indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio,
as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por
inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se
alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta.
Diante desse quadro de
forças negativas, tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe
aos espíritas o dever de lutar pela transformação deste estado geral. Que
cada Centro, cada grupo, cada reunião promova nossa campanha. Que haja uma
renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e
abatidas pelas provações, encontrem em nossas Casas um clima de paz, de
otimismo e de esperança!
Que vocês levem a
nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo transmitam-na através
dos meios de comunicação. Precisamos contagiar o nosso Movimento com estas
forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e a
caminhar no rumo do progresso. São essas forças que impelem o indivíduo ao
trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São
essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor.
Meus irmãos, o mundo
não é uma nau à matroca. Nós sabemos que “Jesus está no leme!” e que não
iremos soçobrar.
Basta de dúvidas e
incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho. Sejamos
solidários, sim, com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao
nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo
o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas também, que a
solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho
abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos
almejado.
E não esqueçamos de
que, se o Brasil “é o coração do mundo”, somente será a “pátria do Evangelho”
se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós.
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Eurípedes Barsanulfo / Sueli Caldas Shubert - 14.9.1983
sábado, 13 de outubro de 2018
sexta-feira, 28 de setembro de 2018
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