sábado, 14 de junho de 2025

O amor tudo sofre

 

“Tudo sofre…” — Paulo (I Coríntios, 13:7)

 

O noticiário terrestre reporta-se diariamente a desvarios cometidos em nome do amor.

Homicídios são perpetrados publicamente.

Suicídios sulcam de pranto e desolação a rota de lares esperançosos.

Furto, contenda, injúria e perversidade aparecem todos os dias invocando a inspiração do sentimento sublime.

Mulheres indefesas, homens dignos, jovens promissores e infelizes crianças, em toda a parte, sofrem abandono e aflição sob a legenda celeste.

Entretanto, só o egoísmo, traduzindo apego da alma ao bem próprio, é que patrocina os golpes da delinquência, os enganos da posse, os erros da impulsividade e os desacertos da pressa… Apenas o egoísmo gera ciúme e despeito, vingança e discórdia, acusação e cegueira.

O amor, longe disso, sabe rejubilar-se com a alegria dos corações amados, esposando-lhes as lições e as dificuldades, as dores e os compromissos.

Não se atropela, nem se desmanda.

Abraça no sacrifício próprio, em favor da felicidade da criatura a quem ama, a razão da própria felicidade.

Por esse motivo, no amor verdadeiro não há sinal de qualquer precipitação conclamando à imoderação ou à loucura.

O apóstolo Paulo afirmou divinamente inspirado: — “O amor tudo sofre…”

E, de nossa parte, acrescentaremos: — O amor genuíno jamais se desregra ou se cansa, porque realmente sabe esperar.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 32



domingo, 8 de junho de 2025

Combatendo a sombra

 

“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos…” — Paulo (Romanos, 12:2)

 

O aviso evangélico é demasiado eloquente, todavia é imperioso observar-lhe a expressão profunda.

O apóstolo divinamente inspirado adverte-nos de que em verdade, não nos será possível a tácita conformação com os enganos do mundo, tanta vez abraçados espontaneamente pela maioria dos homens, no entanto, não nos induz a qualquer atitude de violência.

Não nos pede rebelião e gritaria.

Não nos aconselha azedume e discussão.

A palavra da Boa Nova solicita-nos simplesmente a nossa transformação.

Não nos cabe, a pretexto de seguir o Mestre, sair de azorrague em punho, golpeando aqui e ali, na pretensão de estender-lhe a influência.

É imprescindível adotar a conduta dele próprio que, em nos conhecendo as viciações e fraquezas, suportou-nos a rijeza de coração, orientando-nos para o bem, cada dia, com o esforço paciente da caridade que tudo compreende para ajudar.

Não movimentes, desse modo, o impulso da força, constrangendo os semelhantes a determinadas regras de conduta, diante da ilusão em que se comprazem.

Renovemo-nos para o melhor.

Eleva o padrão vibratório das emoções e dos pensamentos.

Cresce para a Vida Superior e revela-te em silêncio, na altura de teus propósitos, convertendo-te em auxiliar precioso da divina iluminação do espírito, na convicção de que a sementeira do exemplo é a mais duradoura plantação no solo da alma.

Não te resignes aos hábitos da treva. Mas clareia-te, por dentro, purificando-te sempre mais, a fim de que a tua presença irradie, em favor do próximo, a mensagem persuasiva do amor, para que se estabeleça entre os homens o domínio da eterna luz.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 31



sábado, 31 de maio de 2025

Para vencer o mal

 

“Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.” — Paulo (Romanos, 12:21)

 

Muita gente, quando não se mostre positivamente inclinada à vingança, perante o mal que recebe, demonstra atitudes de hostilidade indireta, como sejam o favor adiado, o fel da reprovação de permeio com o mel do elogio, o deliberado esquecimento quando se trate da honra ao mérito ou a diminuição do entusiasmo na prestação de serviço, em favor da pessoa menos simpática…

Entretanto, para vencer o mal não basta essa “meia-bondade”, peculiar a quantos se devotam à desculpa cortês sem adesão do campo íntimo…

Todas as nossas manifestações que acusem essa ou aquela percentagem de mal, são sempre plantação do mal, gerando insucesso e desgosto contra nós mesmos.

O Evangelho é claro na fórmula apresentada para a extinção do flagelo.

Para que estejamos libertos da baba sinistra do antigo dragão que trava o progresso da Humanidade, é indispensável guardemos paciência contra as suas investidas, procurando esquecê-lo, perdoá-lo e fazer-lhe o bem tanto quanto nos seja possível, porque o bem puro é a única força suscetível de desarmar-lhe as garras inconscientes.

Não nos esqueçamos de que para anular a sombra noturna não basta arremeter os punhos cerrados contra o domínio da noite. É preciso acender uma luz.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 30



Palestras CEJG - Junho/2025

 


A importância da prática mediúnica bem conduzida

 


“Para conhecer as coisas do mundo visível e descobrir os segredos da natureza material, outorgou Deus ao homem a vista corpórea, os sentidos e instrumentos especiais.  Com o telescópio, ele mergulha o olhar nas profundezas do espaço, e, com o microscópio, descobriu o mundo dos infinitamente pequenos. Para penetrar no mundo invisível, deu-lhe a mediunidade.” (Evangelho Segundo Espiritismo, cap. 28, item 9)

“Não existisse a mediunidade, inumeráveis problemas seriam insolucionáveis, permitindo que mais graves conjunturas conspirassem contra a criatura humana.  Sem ouvir-se, nem sentir-se a realidade espiritual de que os implementos mediúnicos se fazem instrumento, certamente grassariam mais terríveis dramas e tormentosas situações injustificáveis.”  (Luz Viva - Joanna de Ângelis)

“O Espiritismo cristão é a revivescência do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e a mediunidade constitui um de seus fundamentos vivos.  A mediunidade, porém, não é exclusiva dos chamados “médiuns”. Todas as criaturas a possuem, porquanto significa percepção espiritual, que deve ser incentivada em nós mesmos.  Não bastará, entretanto, perceber, é imprescindível santificar essa faculdade, convertendo-a no ministério ativo do bem.” (Missionários da Luz - Capitulo 03, Desenvolvimento mediúnico)

“Nenhuma instituição de Espiritismo pode, a rigor, desinteressar-se desse trabalho imprescindível à higiene, harmonia, amparo ou restauração da mente humana, traçando esclarecimento justo, seja aos desencarnados sofredores, seja aos encarnados desprovidos de educação íntima que lhes sofram a atuação deprimente, conquanto, às vezes, involuntária. Cada templo espírita deve e precisa possuir a sua equipe de servidores da desobsessão, quando não seja destinada a socorrer as vítimas da desorientação espiritual que lhes rondam as portas, para defesa e conservação de si mesmas.” (Desobsessão - André Luiz - Introdução)

Considerando essas verdades, a prática mediúnica bem conduzida nas casas Espíritas, passa a ser uma necessidade. Sendo assim, o Centro Espírita Joseph Gleber, há décadas vem mantendo reuniões praticas da mediunidade, colaborando para uma sociedade harmônica, saudável e mais justa.



Departamento de Orientação Mediúnica (DOM) – C. E. Joseph Gleber

Diretores: Maria Augusta Nascimento Santos e César Henrique Pereira Santos


Mais Espiritismo

 


No coração — mais entendimento;
no cérebro — mais educação;
no lar — mais bênçãos;
no matrimônio — mais união;
na família — mais concórdia;
no grupo — mais eficiência;
na arte — mais beleza;
na ciência — mais luz;
no estudo — mais proveito;
na ideia — mais construtividade;
na palavra — mais acerto;
no trabalho — mais rendimento;
nas decisões — mais lógica;
na tentação — mais resistência;
na liberdade — mais controle;
na provação — mais paciência;
nas relações — mais solidariedade.
 
Mais Espiritismo na vida, em suma, é mais progresso e mais felicidade, porque a Doutrina Espírita é o ensinamento de Jesus posto ao alcance de todas as inteligências do mundo, e o ensinamento é a religião do amor e da sabedoria tanto para a Terra quanto para as outras “Terras” dos Céus.


Albino Teixeira
Reformador — outubro de 1966.

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Você conhece a história de Albino Teixeira?

 

Espírita muito operoso, era médium psicógrafo semimecânico de apuradíssima faculdade. Militou no Rio de Janeiro, colaborando particularmente na Federação Espírita Brasileira (FEB) onde, durante 16 anos, fez parte de diretoria no cargo de 1º secretário. Exemplar no exato desempenho de suas funções, era o irmão, o amigo, o obreiro incansável. Zeloso e vigilante na pureza doutrinária, era eficiente e cuidadoso, quer no atendimento de passes, quer na missão de médium curador ou no receituário mediúnico, ao qual sempre se entregou, abnegado, solícito e bondoso, fiel às mais espinhosas obrigações que a caridade determina.

Vítima de paralisia, que o prendeu ao leito por quase dois anos, em decorrência de uma enfermidade circulatória, desencarnou no dia 30 de junho de 1923, em idade avançada, mas permanece, ainda hoje, no plano espiritual, atuando no movimento doutrinário, ditando páginas de instrução e alertamento, nas quais se lhe percebe a fidelidade aos preceitos evangélicos, a submissão humilde aos desígnios providenciais, bem como o culto da caridade que lhe norteou a existência.

Incansável trabalhador, muito fez para o crescimento do espiritismo em nosso País. Seu preparo e conhecimento espiritual eram tão grandes que, um dia após o seu desencarne, mandou mensagem do mundo espiritual, contando em detalhes sua recepção no outro lado da vida.

Em mensagem recebida no Departamento de Orientação Espiritual do Grupo de Fraternidade Espírita Irmã Scheilla, no ano de 1980, o espírito iluminado de Scheilla disse que Albino Teixeira em outras encarnações fora médico, enfermeiro e alfaiate, tendo uma encarnação maravilhosa na cidade de Sacramento em Minas Gerais. Atualmente se encontra numa situação de muita luz no plano espiritual, de onde tem sempre enviado lindas páginas de alerta e incentivo para todos nós por meio do médium Chico Xavier e de outros renomados médiuns brasileiros.

Extraído do site Correio Espírita.


sábado, 24 de maio de 2025

No estudo da salvação

 

“E todos os dias acrescentava o Senhor à Igreja aqueles que se encontravam em salvação.” — (Atos, 2:47)

 

A expressão fraseológica do texto varia por vezes, acentuando que o Senhor acrescentava à comunidade apostólica todos aqueles “que estavam se salvando” ou “que se iam salvar”.

De qualquer modo, porém, a notícia serve de base a importante estudo da salvação.

Muita gente acredita que salvar-se será livrar-se de todos os riscos, na conquista da suprema tranquilidade.

Entretanto, vemos o Cristo apartando as almas em processo de salvação para testemunho incessante no sacrifício.

Muitos daqueles que foram acrescentados, ao serviço da Igreja nascente, conheceram aflição e martírio, lapidação e morte.

Designados por Jesus para a Obra Divina, não se forraram à dor.

Mãos calejadas em duro trabalho, conheceram sarcasmos soezes e vigílias atrozes.

Encontraram no Excelso Amigo não apenas o Benfeitor que lhes garantia a segurança, mas também o Mestre ativo que lhes oferecia a lição em troca do conhecimento e a luta como preço da paz.

É que salvar não será situar alguém na redoma da preguiça, à distância do suor na marcha evolutiva; tanto quanto triunfar não significa deserção do combate.

Consoante o ensinamento do próprio Cristo, que não isentou a si mesmo do selo infamante da cruz, salvar é, sobretudo, regenerar, instruir, educar e aperfeiçoar para a Vida Eterna.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 29



sábado, 17 de maio de 2025

Na conquista da liberdade

 

“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade, porém, não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros pelo amor.” — Paulo (Gálatas, 5:13)

 

A mente humana, antes do contato com o Cristo, o Divino Libertador, padecia milenárias algemas de servidão.

Era o cativeiro da violência, convertendo o mundo em arena de senhores e escravos…

Era o grilhão implacável do ódio garantindo impunidade aos crimes de raça…

Era a treva da ignorância aprisionando a inteligência nas teias do vício dourado…

Era a obsessão da guerra permanente, encarcerando os povos em torrentes de sangue e lama…

Cristo veio, porém, e conquistando a libertação espiritual do mundo, a preço de sacrifício, descerra novos horizontes à Humanidade.

Da Manjedoura à Cruz, movimenta-se o Amigo Divino, reintegrando o homem na posse da simplicidade, do equilíbrio, da esperança, da alegria e da vida eterna que constituem fatores essenciais da justa libertação do espírito.

Devemos, pois, ao Senhor, a felicidade de nossa gradativa independência, para a imortalidade; entretanto, para atingir a glória divina a que estamos destinados, é preciso saibamos renunciar conscientemente à nossa própria emancipação, sustentando-nos no serviço espontâneo em favor dos outros, porquanto somente através da nossa voluntária rendição ao dever, por amor aos nossos próprios deveres, é que realmente alcançaremos a auréola da liberdade vitoriosa.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 28


sábado, 10 de maio de 2025

Maternidade à luz do Espiritismo

 

O Dia das Mães é uma celebração que homenageia a figura materna, sendo comemorado em diferentes datas ao redor do mundo. No Brasil, como se sabe, é celebrado no segundo domingo de maio.

A origem dessa data remonta aos Estados Unidos do início do século XX, com a iniciativa da ativista Anna Jarvis, que após a morte de sua mãe, Ann Reeves Jarvis, em 1905, organizou uma cerimônia em sua memória, três anos depois.

Ann Reeves se tornou conhecida por seu trabalho social realizado com outras mães durante a Guerra da Secessão. Após perder 10 dos 13 filhos para doenças infantis como diarreia e tuberculose, ela se dedicou a combater a mortalidade infantil na cidade onde morava, e para isso, se envolveu em grupos de trabalho da igreja com o intuito de ensinar técnicas de higiene básica e saneamento às mães, fornecendo também medicações e tratamentos a famílias que estivem enfermas.

A homenagem de Anna Jarvis para sua mãe ganhou apoio e, em 1914, o presidente Woodrow Wilson oficializou o segundo domingo de maio como o ‘Dia das Mães’ nos Estados Unidos. A primeira celebração no Brasil ocorreu quatro anos depois, mas só foi oficializada pelo governo Vargas em 1932.

Mas qual é a importância desta data à luz da Doutrina Espírita?

A maternidade é uma missão elevada e transformadora, que transcende os vínculos biológicos e se insere no contexto da evolução espiritual. Ser mãe é assumir um compromisso divino de auxiliar na jornada de um espírito reencarnante, oferecendo-lhe amor, educação e orientação moral. Essa tarefa não se limita à gestação ou ao cuidado físico, mas envolve a formação integral do ser, preparando-o para os desafios da vida terrena e para seu progresso espiritual.

O amor materno é visto como uma das expressões mais puras do amor incondicional, capaz de ultrapassar as barreiras do tempo e da morte. Na questão 890 de "O Livro dos Espíritos", os benfeitores esclarecem que esse sentimento persiste além da existência física, acompanhando o filho mesmo após o desencarne. Tal vínculo profundo sugere que mães e filhos frequentemente compartilham laços espirituais anteriores, reencontrando-se em novas existências para fortalecer afetos ou reparar desavenças passadas.

A maternidade, portanto, é uma oportunidade de crescimento mútuo, onde tanto a mãe quanto o filho têm a chance de evoluir espiritualmente. A mãe é chamada a exercer virtudes como paciência, tolerância e abnegação, enquanto o filho recebe o suporte necessário para seu desenvolvimento moral. Essa relação é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna, pois é no seio familiar que se formam os valores que guiarão o indivíduo ao longo da vida.

Contudo, a missão materna não está isenta de desafios, especialmente diante de filhos com comportamentos difíceis, ou em situações adversas. Nesses casos, é essencial que a mãe compreenda a importância de sua responsabilidade espiritual, buscando forças na fé e nos ensinamentos do Evangelho para superar os obstáculos e cumprir sua missão com amor e dedicação.

Em suma, a maternidade é uma dádiva divina que oferece à mulher a sublime oportunidade de colaborar com Deus na obra da criação e na edificação de almas. É um chamado ao amor verdadeiro, à entrega e ao serviço desinteressado, que, quando aceito com consciência e responsabilidade, conduz à elevação espiritual e à construção de um mundo melhor.

Que Jesus possa abençoar todas as mães nesta sublime missão de amor!





 Equipe DCSE
Referências: Wikipédia; Brasil Escola; BBC News; Livro dos Espíritos.