No mês em que a comunidade esperantista comemora os
138 anos de lançamento do "Unua Libro" (Primeiro Livro), que marcou
oficialmente o início deste projeto para os encarnados na Terra, faremos uma
breve reflexão sobre a tríade “Evangelho, Espiritismo e Esperanto”, bem como o
papel desta língua como instrumento para uma cultura de paz no mundo.
O Esperanto é uma língua planejada com o propósito de
facilitar a comunicação entre os povos de diferentes nacionalidades, possuindo
para isso uma estrutura simples, lógica e neutra, de forma a permitir que
pessoas de diversas origens culturais possam dialogar em igualdade de
condições. Essa proposta, oriunda do mundo espiritual (Livro: O Esperanto como
revelação, psicografia de Chico Xavier), vai muito além de uma ferramenta
linguística — ela é, essencialmente, um projeto humanitário.
Em um mundo marcado por intolerância e incompreensão,
onde as barreiras linguísticas muitas vezes contribuem para o distanciamento e
a desarmonia entre as nações, o Esperanto se apresenta como instrumento de
união e promoção de paz, refletindo ideais evangélicos de fraternidade e bem
comum, encontrando dessa forma, eco na doutrina espírita, que compartilha os
mesmos princípios.
Assim, a tríade "Evangelho, Espiritismo e
Esperanto" forma uma síntese harmoniosa que busca preparar a humanidade
para uma nova era de paz e solidariedade. O Evangelho fornece os princípios
morais, o Espiritismo explica e amplia esses princípios à luz da reencarnação e
da lei de causa e efeito, e o Esperanto oferece uma ferramenta concreta para
promover o entendimento entre os povos.
Não se trata apenas de aprender uma língua, mas de
participar de um movimento que se alinha com os ensinamentos de Jesus e com a
missão do Espiritismo na Terra. Vários espíritas, como Chico Xavier e Divaldo
Franco, além de benfeitores como Emmanuel e Bezerra de Menezes, se manifestaram
sobre o Esperanto, apontando nele um instrumento do futuro, associado ao mundo
de regeneração, capaz de promover não apenas o entendimento linguístico, mas
também o despertar de uma consciência mais solidária, justa e fraternal.
Diante disso, é essencial que os espíritas se engajem
no aprendizado e na divulgação do Esperanto (livro “A tragédia de Santa Maria”,
psicografado por Yvone Pereira). Além de contribuir para a difusão de uma
cultura de paz, essa atitude está em sintonia com os princípios evangélicos de
fraternidade e respeito ao próximo.
Que cada espírita veja, no estudo do Esperanto, uma forma concreta de vivenciar o Evangelho no mundo.
Ana Paula Pose
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