sábado, 5 de julho de 2025

Cultura de paz no mundo

 

No mês em que a comunidade esperantista comemora os 138 anos de lançamento do "Unua Libro" (Primeiro Livro), que marcou oficialmente o início deste projeto para os encarnados na Terra, faremos uma breve reflexão sobre a tríade “Evangelho, Espiritismo e Esperanto”, bem como o papel desta língua como instrumento para uma cultura de paz no mundo.

O Esperanto é uma língua planejada com o propósito de facilitar a comunicação entre os povos de diferentes nacionalidades, possuindo para isso uma estrutura simples, lógica e neutra, de forma a permitir que pessoas de diversas origens culturais possam dialogar em igualdade de condições. Essa proposta, oriunda do mundo espiritual (Livro: O Esperanto como revelação, psicografia de Chico Xavier), vai muito além de uma ferramenta linguística — ela é, essencialmente, um projeto humanitário.

Em um mundo marcado por intolerância e incompreensão, onde as barreiras linguísticas muitas vezes contribuem para o distanciamento e a desarmonia entre as nações, o Esperanto se apresenta como instrumento de união e promoção de paz, refletindo ideais evangélicos de fraternidade e bem comum, encontrando dessa forma, eco na doutrina espírita, que compartilha os mesmos princípios.

Assim, a tríade "Evangelho, Espiritismo e Esperanto" forma uma síntese harmoniosa que busca preparar a humanidade para uma nova era de paz e solidariedade. O Evangelho fornece os princípios morais, o Espiritismo explica e amplia esses princípios à luz da reencarnação e da lei de causa e efeito, e o Esperanto oferece uma ferramenta concreta para promover o entendimento entre os povos.

Não se trata apenas de aprender uma língua, mas de participar de um movimento que se alinha com os ensinamentos de Jesus e com a missão do Espiritismo na Terra. Vários espíritas, como Chico Xavier e Divaldo Franco, além de benfeitores como Emmanuel e Bezerra de Menezes, se manifestaram sobre o Esperanto, apontando nele um instrumento do futuro, associado ao mundo de regeneração, capaz de promover não apenas o entendimento linguístico, mas também o despertar de uma consciência mais solidária, justa e fraternal.

Diante disso, é essencial que os espíritas se engajem no aprendizado e na divulgação do Esperanto (livro “A tragédia de Santa Maria”, psicografado por Yvone Pereira). Além de contribuir para a difusão de uma cultura de paz, essa atitude está em sintonia com os princípios evangélicos de fraternidade e respeito ao próximo.

Que cada espírita veja, no estudo do Esperanto, uma forma concreta de vivenciar o Evangelho no mundo. 

Ana Paula Pose

Área de Esperanto - UEM


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