Vós tendes ouvido,
nestes dias em que aqui estivestes, a mensagem profunda da imortalidade da
alma. Vós participastes deste banquete de luz e vos iluminastes com a
evocação da mensagem imorredoura de Jesus, esculpida em vossos corações. Não
postergueis o momento grandioso do serviço com o qual estais comprometidos.
Jesus vive no âmago do nosso ser e espera que Lhe sejamos fiéis. Não é a
primeira vez que firmamos um compromisso de servi-Lo e fracassamos
terrivelmente, olvidando-nos da Sua mensagem de fraternidade, para que o ego
destruidor levasse-nos aos descalabros morais. Não é a primeira vez que Ele
falou à acústica das nossas almas e, nada obstante, fascinados pela sua
ternura, descestes ao abismo do prazer, enganoso e rápido, olvidando-vos de
O servir. Novamente Ele volta através dos imortais que O estão precedendo
como um exército, ou como se as estrelas dos céus descessem à Terra para
iluminar a grande noite e o Comandante do Amor viesse logo após. Espíritas,
eis que vos é dito "amai-vos", eis que vos é repetido
"instruí-vos". Porém, acima de tudo, que vos dediqueis a servir.
Jesus espera por nós. Da mesma forma que temos necessidade Dele, Ele
necessita de que a nossa voz O leve àqueles que são moucos à verdade ou são
paralíticos à ação do bem. Não mais amanhã, hoje! Agora é o momento santo de
ajudar. Levantai-vos do estado de marasmo e plantai a cruz do Gólgota,
deixando-vos abraçá-la no testemunho do amor. Não mais o circo, com as suas
paredes defensivas. Agora é a humanidade! Não mais as feras esfaimadas, são
as vossas paixões que vos excruciam e que a todos nós atormentam. Sublimemos
juntos, os nossos sentimentos, para podermos corresponder-Lhe à expectativa
de amor. Ide de retorno aos vossos lares e aplicai o bálsamo consolador da
verdade que hora possuís e, se não puderdes fazer muito, fazei o que podeis,
porque aquele que faz o que pode, faz o máximo. Mas ninguém é tão destituído
de amor que não pode sorrir que não pode distender a mão trêmula ao combalido
do chão, que não pode repetir a parábola do bom samaritano colocando o
bálsamo na ferida aberta que os ladrões do nosso passado espiritual
atiraram-nos no caminho entre Jerusalém e a baixa região. Ide e Jesus irá
convosco; e agradecei a Ele, nosso Zênite, nosso Nadir, assumindo a honra de
O amar e de O conhecer.
Do vosso servidor
humílimo e paternal de sempre,
Bezerra de Menezes.
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