sábado, 13 de abril de 2019
O Livro dos Espíritos e a Educação - continuação
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Continuação da postagem anterior... 
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Os novos dados
O
ensino de O Livro dos Espíritos se constitui da transmissão para os educandos
dos novos dados sobre o homem, a vida, a Natureza e o Universo que a Ciência
Espírita conseguiu obter através da pesquisa, da observação e da revelação. O
problema da revelação, que levanta suspeitas e objeções na área científica propriamente
dita, é explicado de maneira didática. Até Kardec a Revelação era divina e só
divina, e se escrevia assim como fizemos, com inicial maiúscula. Dela se
originava a Teologia, a Ciência de Deus... feita pelos homens. A partir de
Kardec a situação é outra.
Descartes,
inspirado pelo Espírito da Verdade já havia demonstrado no século XVII que à
Ciência Divina proveniente da Revelação se opunham as ciências humanas
provenientes da razão. Kardec foi além e demonstrou a existência de dois tipos
de revelação: a divina e a humana. A Ciência Espírita se apresentava como
produto da conjugação dessas duas formas. De um lado tínhamos a revelação
divina feita pelos Espíritos, de outro a revelação humana feita pelos homens.
Todo cientista capaz de descobrir novas leis naturais é um revelador, pois na
verdade revela uma realidade oculta.
A Ciência Espírita fundia a revelação divina com a revelação humana. Os
Espíritos revelavam no geral, os homens no particular.
Vamos a
um exemplo concreto. Os Espíritos revelaram a Kardec que muitos Espíritos não
sabiam que haviam morrido. Kardec estranhou e pôs em dúvida esse dado da
revelação. Mas para esclarecer o problema entregou-se à pesquisa e esta lhe
mostrou que os Espíritos tinham razão. Kardec poderia ter-se apoiado em pressupostos
da tradição espiritualista, inclusive da tradição judaica a respeito, mas não
procedeu assim porque o seu critério científico exigia a comprovação objetiva
dos fatos. Quem quiser consultar a coleção da Revista Espírita sobre esse assunto verá como Kardec conseguiu
objetivar esse problema subjetivo com a questão do desprendimento do espírito
durante o sono, com o problema da obsessão e também com o problema da
existência do corpo espiritual (períspirito), e assim por diante.
A
própria existência de Deus e a questão de sua imanência e transcendência, inacessíveis
à Ciência, segundo a tese kantiana, Kardec submeteu à observação e à lógica.
Depois dele o Prof. Ernesto Bozzano sugeriu a hipótese do Deus-Éter, mas Kardec
não se prendera ao campo das leis físicas, recorrendo ao princípio de causa e
efeito e firmando o princípio espírita de que: todo efeito inteligente tem uma causa inteligente.
A ideia
de evolução se infiltrara na Ciência e na Filosofia desde o século XVIII.
Kardec a recebeu dos Espíritos, mas também a submeteu à observação. No caso da
evolução do homem submeteu-a ainda à pesquisa através da mediunidade e
conseguiu demonstrar a sua realidade de maneira positiva.
Assim
os dados da nova ciência, que Kardec
chamou de ciência do espírito
ofereciam uma nova concepção do homem e do mundo que tinha de ser ensinada à
Humanidade. A transmissão desses dados coube à didática de Kardec em O Livro
dos Espíritos.
O novo homem
Esse
volume de informações novas que abriam novas perspectivas para o futuro humano,
Kardec, o pedagogo e professor, submeteu naturalmente ao controle pedagógico da
formação do novo homem. Surge aí, precisamente nesse ponto do processo
espírita, a conexão necessária (entendendo-se a necessidade no mais rigoroso
sentido lógico) do Espiritismo com o Cristianismo. Jesus também havia procedido
assim. Oferecera aos homens novos dados sobre a sua natureza e sobre a natureza
do Universo, provando através de demonstrações práticas a realidade do seu
ensino: os fatos espíritas que constam dos Evangelhos, os fenômenos físicos por
ele produzidos, os fenômenos de transfiguração e materializações ou aparições
tangíveis (como no Monte Tabor e os ocorridos com ele mesmo após a morte).
Por
outro lado, apoiando-se nesses dados, Jesus afirmara a necessidade de
transformação do homem velho em homem
novo e aplicará a sua pedagogia nesse sentido. Kardec dava continuação a
esse trabalho de Jesus e verificava que a moral evangélica preenchia todos os
requisitos da nova formação do homem a partir do século XIX.
O Livro
dos Espíritos não é apenas um repositório de informações a serviço da Didática
Espírita. É também um manual de aperfeiçoamento humano que culmina na sua
última parte, dedicada às leis morais. Nesse sentido a estrutura da obra é
clara: parte da questão da existência de Deus, examina o problema da Criação,
situa o homem no contexto universal, demonstra a sua natureza espiritual e não
sujeita à destruição da morte, investiga o mundo de após morte, revela a lei de
reencarnação progressiva e teológica, estuda as relações dos espíritos com os
homens, descobre a lei de adoração e explica o seu desenvolvimento, trata das
penas e recompensas futuras e aponta Jesus como modelo da perfeição humana,
dando à Humanidade a educação integral de que ela necessita.
O Livro
dos Espíritos é, pois, um manual de Educação Integral oferecido à Humanidade
para a sua formação moral e espiritual na Escola da Terra.
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                                                                                             José Herculano Pires / Livro:
  Pedagogia Espírita 
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18/04/2019 – 162 ANOS DA 1ª EDIÇÃO DE O LIVRO DOS ESPÍRITOS
sexta-feira, 12 de abril de 2019
O Livro dos Espíritos e a Educação
A primeira característica de O Livro dos Espíritos, nem sempre
  percebida, é a sua forma didática. Não fosse Kardec um pedagogo, habituado à
  disciplina pestalozziana, e os Espíritos do Senhor não teriam conseguido na
  Terra um tão puro reflexo dos seus pensamentos. Mas a didática de Kardec
  nessa obra não se limita à técnica de ensinar. É uma didática transcendente
  insuflada pelo espírito, que mais se aproxima da Didática Magna de Comenius
  do que dos manuais técnicos dos nossos dias. 
A Educação Espírita brota desse livro como água da fonte:
  espontânea e necessária. Logo na Introdução temos um exemplo disso. Não se
  trata apenas de introdução à obra, mas à Doutrina Espírita. Ao invés de uma
  justificativa e uma explicação do livro, temos uma abertura para a
  compreensão de todo o seu conteúdo e até mesmo da posição do Espiritismo no
  vasto panorama da cultura terrena, abrangendo as áreas até então conflitivas
  do Conhecimento e estabelecendo entre elas as ligações indispensáveis. Sim,
  indispensáveis porque o conflito entre as áreas culturais era o maior
  obstáculo à compreensão global do homem que o Espiritismo trazia. 
Ainda agora, em nossos dias, o Prof. Rhine assinalou a
  existência de várias concepções antropológicas conflitivas: a religiosa ou
  teológica, a científica ou materialista, a filosófica materialista ou
  espiritualista e assim por diante. (Ver O Novo Mundo da Mente, de Rhine.) O
  que a Parapsicologia se propõe a fazer, mais de cem anos depois, Kardec já
  realizara com O Livro dos Espíritos. Se os cientistas não perceberam isso, os
  espíritas por todo o mundo se beneficiaram com a nova concepção gestáltica e
  se incumbiram de propagá-la. 
Bastaria isso para mostrar e provar que a didática de Kardec
  nessa obra transcendeu os limites puramente didáticos para atingir dimensões
  pedagógicas. Não poderíamos dizer que O Livro dos Espíritos é um tratado de
  Pedagogia, pois o seu objetivo específico não é a Pedagogia. Mas é evidente
  que se trata de um verdadeiro manual de Educação, no mais amplo e elevado
  sentido do termo. Seu objetivo explícito é ensinar e educar. O ensino
  ressalta desde as primeiras linhas e se desenvolve até as últimas, sem
  solução de continuidade. Mas esse ensino não se limita à transmissão de dados
  técnicos de informações culturais objetivas. Pelo contrário, projeta-se além
  desses dados e leva o estudante ao campo pedagógico da formação moral e
  espiritual. Ao terminar a sua leitura o estudante atento e perspicaz adquiriu
  novos conhecimentos, mas conquistou principalmente uma nova concepção do
  homem, da vida e do Universo. E mais do que isso, realizou o desígnio da sua
  própria existência, que é a sintonia do seu ser com o Ser Supremo: Deus. 
O Sr. Sanson, materialista, lendo esse livro volta ao
  espiritualismo e se reencontra com Deus. Os caminhos da fé lhe eram vedados
  pela barreira do ilogismo religioso, mas O Livro dos Espíritos lhe demonstrou
  que entre os caminhos para Deus o da razão era o mais seguro. Este exemplo
  concreto e histórico, referido pelo próprio Kardec, mostra-nos a ligação das
  áreas culturais. Sanson ilustra essa ligação, como tantos outros o fariam
  mais tarde, ao atingir a fé pela razão. 
Podemos dizer que, na Educação, segundo a conhecida proposição
  de Kerchensteiner, a Didática é o campo da cultura objetiva e a Pedagogia,
  que abrange naturalmente aquela, é o campo da cultura subjetiva. Mais de cem
  anos antes de Kerchensteiner fazer essa proposição Kardec já a havia
  utilizado com êxito na elaboração de O Livro dos Espíritos. Pode-se alegar
  que essa não foi uma realização de Kardec, e sim dos Espíritos. Convém
  lembrar que a organização do livro, e até mesmo a sua fatura na produção do
  texto, através das perguntas que provocaram as respostas espirituais, estiveram
  a cargo de Kardec. Nessa prodigiosa elaboração os Espíritos contribuíram com
  a matéria-prima, mas Kardec foi o artesão paciente e lúcido, esclarecido e
  capaz. 
A preocupação de Kardec com as palavras, por exemplo, revela o
  cuidado do professor terreno que tem de aplicar os termos com exatidão para
  se fazer compreender. Os Espíritos não se importavam com isso, como muitas
  vezes disseram ao mestre, pois o que lhes interessava era o pensamento e seu
  significado intrínseco, sua substância. Mas Kardec estava encarnado — era o
  homem no mundo — e por isso mesmo atento aos problemas do mundo. Vemos na
  Introdução como ele, logo de início, procura e consegue definir com clareza
  os termos para que "a ambiguidade das palavras" não leve o leitor a
  confusões perigosas ou os possíveis exegetas a interpretações deturpadoras. 
O Resumo da Doutrina dos Espíritos, que encontramos na
  Introdução, é outra prova do trabalho pessoal de Kardec e da maneira por que
  ele sabia colocar a Didática em função da Educação, entrosando-a na Pedagogia
  não só como instrumento de ensino, mas, sobretudo como função pedagógica. A
  leitura atenta e meditada desse resumo seria suficiente para esclarecer um
  leitor realmente interessado no assunto e predispô-lo à renovação interior.
  Nesse sentido, podemos dizer que Kardec realizou o sonho de Pestalozzi: deu
  ao mundo uma forma viva de ensino que ao mesmo tempo informa e forma, instrui
  e moraliza. A dinâmica pedagógica de O Livro dos Espíritos teria impedido o
  desvirtuamento da Educação através do pragmatismo educacional, se porventura
  os pedagogos do século XX o tivessem encarado com isenção de ânimo e os
  cientistas, na sua maioria, não se tivessem deixado embriagar pelas teorias
  materialistas. 
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                                                                                             José Herculano Pires / Livro:
  Pedagogia Espírita 
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sábado, 6 de abril de 2019
ABORTO NÃO!
“Qual o primeiro de todos os
direitos naturais do homem? - O de viver. Por isso é que ninguém tem o de
atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa
comprometer-lhe a existência corporal.”
(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec - Questão 880)
(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec - Questão 880)
A temática do aborto e os
debates sobre a sua descriminalização no Brasil têm
gerado muitas discussões e embates nos meios político e religioso – e
sobretudo, social, através da internet. No que tange à Doutrina Espírita, a
posição contra o aborto é bem clara.
Porém, até mesmo no Movimento Espírita, é necessário trazer o
assunto ao diálogo e à reflexão com materiais embasados doutrinariamente.
Por isso, a Federação Espírita Brasileira (FEB) lançou
a cartilha “Em Defesa da Vida: Aborto, diga não”,
que apresenta fundamentos obtidos das principais
fontes espíritas, além de diversos argumentos
e embasamentos jurídicos sobre a proteção da vida humana e o
respeito aos direitos naturais do homem, como o de viver.
O material
é gratuito e acessível a todos que desejam compartilhá-lo.
A FEB, juntamente às Federativas Estaduais, Conselhos Regionais,
Alianças Municipais e Casas Espíritas de todo o país, pretende ampliar ao
máximo esse esclarecimento, além de demonstrar que as Leis Humanas devem se
aproximar da Lei Natural (ou Divina), sendo certo que a proteção da vida humana
deve ocorrer desde a concepção.
DEFESA DA VIDA
A Cartilha integra a Campanha Permanente “Em Defesa da Vida”,
criada e divulgada pela Federação Espírita Brasileira há mais de 20 anos, que
traz materiais com orientações dos Espíritos sobre muitos temas importantes em
nosso contexto social, entre eles: aborto, suicídio, eutanásia, violência, e
vida familiar.
Fonte: www.uemmg.org.br
Obreiros da Vida Eterna
"Obreiros
da Vida Eterna" é o quarto livro da Microcampanha "A Vida no Mundo
Espiritual", por iniciativa da UEM/COFEMG
sexta-feira, 29 de março de 2019
Assembleia Geral Ordinária CEJG
Aconteceu  no dia 24/03/2019, às 17h30 em primeira convocação, a Assembleia Geral Ordinária do Centro Espírita Joseph Gleber.
Na ocasião, foram apresentados: o relatório das atividades da Diretoria em 2018, bem como o balanço contábil do mesmo ano.
Também foi apreciado o Programa Anual de Atividades para 2019.
Curso de Expositor Espírita
    Foi realizado, nos dias 23 e 24/03/2019, em Teófilo Otoni-MG, o Curso de Formação de Expositores Espíritas. A capacitação foi promovida pela Área de Comunicação Social Espírita (ACSE) da União Espírita Mineira (UEM) e COFEMG - Conselho Federativo Espírita de Minas Gerais.
       O curso foi ministrado pelo Conselheiro da UEM e ex-Coordenador da ACSE, Álvaro de Castro, e reuniu muitos irmãos interessados nas técnicas de exposição de conteúdo espírita ao público.
Aniversário de Chico Xavier
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Francisco Cândido Xavier, mais
  conhecido como Chico Xavier, filho de João Cândido Xavier e Maria João de
  Deus, nasceu no dia 02 de abril de 1910, na modesta cidade de Pedro Leopoldo,
  no estado de Minas Gerais, em uma família humilde com nove irmãos. 
Uma das personalidades mais
  lembradas e admiradas no país foi considerado o maior e mais importante
  médium do mundo. Psicografou mais de 450 livros com mais de 50 milhões de
  exemplares vendidos em português, com traduções em inglês, espanhol, japonês,
  esperanto, francês, alemão, italiano, entre outros idiomas, tornando-se o
  escritor brasileiro de maior sucesso comercial da história. 
Mediunidade de Chico Xavier 
Segundo biógrafos, a mediunidade de
  Chico teria se manifestado em tenra idade, quando ele dizia ver e ouvir os espíritos.
  Na escola, sentia a presença desses amigos auxiliando-o nas tarefas
  habituais, embora receoso de ser rotulado de louco por conversar com os
  espíritos desencarnados, não sabia explicar como os fenômenos aconteciam. 
Em 07 de maio de 1927, aos 17 anos,
  participou de sua primeira reunião espírita, no entanto, foi no dia 08 de
  julho do mesmo ano que iniciou o seu trabalho de psicografias, recebendo
  muitas poesias e mensagens publicadas em jornais e revistas até 1931, ano do
  seu encontro com o espírito Emmanuel, que deu-lhe algumas orientações básicas
  para o trabalho que deveria iniciar. 
A mudança para Uberaba foi em 05 de
  janeiro de 1959, data que iniciaram as atividades mediúnicas em reunião
  pública na Comunhão Espírita Cristã, começando daí em diante a peregrinação
  das visitas de alguns lares carentes aos sábados, transformando a cidade em
  um polo de atração de inúmeros visitantes das mais variadas regiões do
  Brasil, e até mesmo do exterior. 
O primeiro livro “Parnaso de Além
  Túmulo”, publicado pela FEB, fora lançado no ano de 1932, com a participação
  de vários espíritos e, em 1943, veio a público um dos livros mais populares
  da literatura espírita, o romance Nosso Lar, o mais vendido da série André
  Luiz com mais de 02 milhões de exemplares, tornando-se filme em 2010. 
Maior audiência da história 
Em 1970, o médium participou de
  programas de televisão que alcançaram picos de audiência. Em entrevista ao
  vivo no dia 28 de julho de 1971, cedida ao programa Pinga Fogo da extinta TV
  Tupi, conseguiu a maior audiência da história da TV brasileira, ao relatar de
  forma clara e segura as verdades do mundo espiritual. 
Desencarne 
Francisco Cândido Xavier retornou a
  pátria espiritual no dia 30 de junho do ano de 2002 aos 92 anos de idade, em
  decorrência de parada cardiorrespiratória. Segundo relatos de amigos e
  parentes próximos, Chico dizia que iria desencarnar em um dia em que os
  brasileiros estivessem muito felizes, data esta da conquista do
  Pentacampeonato da Seleção Brasileira. 
Os centros espíritas fundados por
  Chico Xavier, “Casa da Prece” e “Comunhão Espírita Cristã” em Uberaba e
  “Centro Espírita Luíz Gonzaga” em Pedro Leopoldo, continuam funcionando e
  realizando muitas assistências de caridade. 
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“Embora
ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar
agora e fazer um novo fim”. Chico Xavier
Fonte:
radioboanova.com.br
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