José Herculano Pires nasceu em Avaré, São Paulo, em
1914, e desde cedo revelou forte vocação literária. Ainda criança, escreveu seu
primeiro soneto e, na adolescência, publicou seus primeiros livros, colaborando
ativamente em jornais e revistas. Participou de movimentos culturais do
interior paulista, ajudou a fundar a União Artística do Interior e transformou
o jornal de seu pai em um semanário literário. Em 1938, casou-se com Maria
Virgínia, evangelizadora infantil do centro onde ele realizou sua primeira
conferência espírita, e após mudanças entre cidades do interior, adquiriu e dirigiu
o Diário Paulista em Marília, onde fomentou um expressivo movimento literário.
Mudou-se para a capital paulista em 1946 e lançou seu
primeiro romance, recebendo críticas elogiosas. Ao longo de sua carreira
profissional, atuou como repórter, redator, cronista parlamentar e crítico
literário nos Diários Associados. Autor prolífico, escreveu 81 obras abordando
Filosofia, Psicologia, Parapsicologia, Ficção Científica e Espiritismo,
alegando sofrer de “grafomania”. Graduou-se em Filosofia pela USP, lecionou em
diversas instituições e participou ativamente de entidades culturais e acadêmicas,
além de atuar no Sindicato dos Jornalistas.
Herculano Pires também se destacou na área da
Parapsicologia, presidindo o Instituto Paulista de Parapsicologia, ministrando
cursos em universidades e instituições médicas, e fundando o Clube dos
Jornalistas Espíritas de São Paulo. Esteve envolvido em variados movimentos
culturais, literários e jornalísticos, ocupando cargos relevantes, como no
governo Jânio Quadros e na União Brasileira de Escritores.
Espírita desde os 22 anos, dedicou grande parte de sua
vida à divulgação da Doutrina Espírita. Manteve por 20 anos uma coluna diária
sob o pseudônimo “Irmão Saulo” e, durante quatro anos, outra em parceria com
Chico Xavier, sob o título “Chico Xavier pede Licença”. Juntos, publicaram
livros e promoveram intenso trabalho doutrinário. Herculano também escreveu
importantes obras espíritas, e fundou a Revista Educação Espírita. Além disso, apresentou
e comandou o programa semanal de rádio “No Limiar do Amanhã”, cuja proposta era
tratar do Espiritismo em todos os seus aspectos, sem restrição, e responder a
qualquer pergunta dos ouvintes, sempre defendendo uma pedagogia fundamentada
nos princípios cristãos e espíritas.
Traduziu cuidadosamente as obras da Codificação Kardequiana,
enriquecendo-as com notas explicativas nos rodapés e distribuindo-as a diversas
editoras espíritas no Brasil e no exterior.
Faleceu em 9 de março de 1979, em São Paulo, deixando
vasto legado intelectual e doutrinário, incluindo traduções inéditas da Revista
Espírita que continuam a ser publicadas.
Resumo da biografia
encontrada no sítio da UEM.

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