sexta-feira, 7 de junho de 2019
No lar
Não
olvides que teu filho, sendo a materialização de teu sonho, é também tua obra
na Terra.
Às
vezes é um lírio que plantaste no tempo; contudo, na maioria das ocasiões, é um
fragmento de mármore que deixaste à distância.
Flor
que te pode encorajar ou pedra que te pode ferir.
Recebe-o,
pois, como quem encontra a oportunidade mais santa de trabalho no mundo.
Não
lhe abandones o espírito à liberdade absoluta, para que se não perca ao longo
da estrada, e nem cometas a loucura de encarcerá-lo em teus pontos de vista,
para que o teu exclusivismo não lhe desfigure as qualidades inatas para o
infinito bem.
Ajuda-o,
acima de tudo, a crescer para o ideal superior, assim como auxilias a árvore nascente,
em ímpeto ascensional para a luz.
Livra-o
das deformidades mentais, tanto quanto proteges o vegetal proveitoso contra a invasão
da erva sufocante.
Ser
pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
Receber
um filho é deter entre os homens o mais sagrado depósito.
Não
desertes, assim, da abnegação em que deves empenhar todas as forças peculiares
à própria vida, a fim de que o rebento de tuas aspirações humanas se faça
legítimo sucessor dos teus mais íntimos anseios de elevação.
O
lar, na Terra, ainda é o ponto de convergência do passado. Dentro dele, entre
as quatro paredes que lhe constituem a expressão no espaço, recebemos todos os
serviços que o tempo nos impõe, habilitando-nos ao título de cidadãos do mundo.
Exercitemos,
desse modo, o amor e o serviço, a humildade e o devotamento, no templo familiar,
à frente de nossos amigos ou adversários do pretérito transformados hoje em nossos
parentes ou em nossos filhos, e estaremos alcançando nos problemas da
eternidade a mais alta e a mais sublime equação.
Emmanuel
/ Chico Xavier – Livro: Luz no Lar
quinta-feira, 6 de junho de 2019
Como sofres?
“Mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a
Deus nesta parte”. Pedro (I Pedro, 4:16)
Não basta
sofrer simplesmente para ascender à glória espiritual.
Indispensável
é saber sofrer, extraindo as bênçãos de luz que a dor oferece ao coração
sequioso de paz.
Muita gente
padece, mas quantas criaturas se complicam, angustiadamente, por não saberem
aproveitar as provas retificadoras e santificantes?
Vemos os que
recebem a calúnia, transmitindo-a aos vizinhos; os que são atormentados por
acusações, arrastando companheiros às perturbações que os assaltam; e os que
pretendem eliminar enfermidades reparadoras, com a desesperação.
Quantos
corações se transformam em poços envenenados de ódio e amargura, porque
pequenos sofrimentos lhes invadiram o círculo pessoal? Não são poucos os que
batem à porta da desilusão, da descrença, da desconfiança ou da revolta
injustificáveis, em razão de alguns caprichos desatendidos.
Seria útil
sofrer com a volúpia de estender o sofrimento aos outros? Não será agravar a
dívida o ato de agressão ao credor, somente porque resolveu ele chamar-nos a
contas?
Raros homens
aprendem a encontrar o proveito das tribulações. A maioria menospreza a
oportunidade de edificação e, sobretudo, agrava os próprios débitos, confundindo
o próximo e precipitando companheiros em zonas perturbadas do caminho
evolutivo.
Todas as
criaturas sofrem no cadinho das experiências necessárias, mas bem poucos
espíritos sabem padecer como cristãos, glorificando a Deus.
|
Livro
Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 80
Espiritismo no lar
“Deus permite que, nas
famílias, ocorram essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos,
com o duplo objetivo de servir de prova para uns e, para outros, de meio de progresso”.
ESE- Capítulo 4º - Item 18.
Todos sabemos valorizar o benefício de um copo d’água fria ou
de uma ampola de injetável tranquilizante, ofertados num momento de grande
aflição.
Reconhecemos a bênção do alfabeto que nos descortina as
belezas do conhecimento universal e bendizemos quem no-lo imprimiu nos
recessos da mente.
Mantemos no carinho do espírito aqueles que nos ajudaram nos
primeiros dias da reencarnação, oferecendo-nos amparo e amamentação.
Somos reconhecidos àqueles que nos nortearam em cada hora de
dúvida e não esquecemos o coração que nos agasalhou nos instantes difíceis do
caminho renovador...
Muitos, há, no entanto, que desdenham e esquecem todos os
benefícios que recebem durante a vida...
Há um inestimável benefício que te enriquece a existência na
Terra: o conhecimento espírita.
Esse é guia dos teus passos, luz nas tuas sombras e pão na
mesa das tuas necessidades.
Poucas vezes, porém, pensaste nisso.
Recebeste com o Espiritismo a clara manhã da alegria, quando
carregavas noite nos painéis mentais e segues confiante, de passo firme, com
ele a conduzir-te qual mãe desvelada e fiel.
Se o amas, não o detenhas apenas em ti.
Faze mais. Não somente em propaganda “por fora”, mas
principalmente dentro do teu lar.
No lar se caldeiam os espíritos em luta diária nas tarefas de
reajustamento e sublimação.
Na família os choques da renovação espiritual criam lampejos
de ódios e dissenção, que podes converter em clarões-convites à paz.
Não percas a oportunidade de semear dentro de casa.
Apresenta a tua fé aos teus familiares mesmo que eles não
queiram escutar.
Utiliza o tempo, a Psicologia da bondade e do otimismo e
esparze as luminescências da palavra espírita no reduto doméstico.
Se te recusarem ensejo, apresenta-o, agindo.
Se te repudiarem conduze-o, desculpando.
Se te ferirem espalha-o amando.
Pelo menos, uma vez por semana, reúne a tua família e
felicita-a com o Espiritismo, criando assim, e mantendo, o culto evangélico,
para que a diretriz do Mestre seja eficiente rota de amor à sabedoria em tua
casa...
Ali, na oportunidade, ouvidos desencarnados se imantarão aos
ouvidos dos teus e escutarão; olhos atentos verão pelos olhos da tua família
e se nublarão de pranto; mentes se ligarão às outras mentes e entenderão.
Sim, ouvidos, olhos e mentes dos desencarnados que habitam a tua residência
se acercarão da mesa de comunhão com o Senhor, recebendo o pão nutriente para
os espíritos perturbados através do combustível espírita que não é somente manancial
para os homens da Terra, mas igualmente para os que atravessaram os portais
do além-túmulo em doloroso estado de sofrimento e ignorância.
Agradece ao Espiritismo a felicidade que possuís, acendendo-o
como chama inapagável no teu lar, para clarear os teus familiares por todos
os dias.
O pão mantém o corpo.
O agasalho guarda o corpo.
O medicamento recupera o corpo.
O dinheiro acompanha o corpo.
Seja o Espiritismo em ti o corpo do teu espírito emboscado no
teu corpo, a caminhar pelo tempo sem fim para a imortalidade gloriosa.
E se desejares felicidade na Terra, incorpora-O ao teu lar,
criando um clima de felicidade geral.
|
Joanna de Ângelis / Divaldo
Franco-Livro: SOS Família
domingo, 2 de junho de 2019
sexta-feira, 31 de maio de 2019
Libertação: Sexto livro da microcampanha "A vida no mundo espiritual"
Poema: Dom de Deus
Alguém, um dia,
Perguntou a Michelangelo
Enquanto ele esculpia:
- Senhor, por que razão
Martelar, martelar
Esta pedra indefesa?
Não seria mais justo
Deixá-la em paz
No coração da natureza?
O escultor, entretanto,
Respondeu simplesmente,
Sem alterar a voz:
— Um anjo mora preso
Neste bloco maciço
E tenho o compromisso
De trazê-lo até nós.
E batendo e cortando,
Aresta sobre aresta,
Aparando e brunindo
O mármore que entesta,
Vê, afinal, o instante
Em que ele próprio exulta…
A obra-prima que jazia
oculta
Aparece, soberana:
É um anjo que sorri quase que em filigrana,
Uma pedra, por fim que se transforma
Com prodígios de forma,
Em requintes de luz e de beleza humana…
Assim também, alma
querida,
Quando a dor te ameace ou te amarfanhe a vida,
Não grites maldições,
Nem fabriques labéus…
A prova é a força que te aperfeiçoa,
A dor nasce de Deus por dom profundo
Que te arranca do mundo
Para brilhar nos Céus.
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Maria
Dolores
A dor
A dor é a nossa companheira até o momento de nossa
integração total com a Divina Lei.
Recebe-nos no mundo, oculta nos berços enfeitados,
espreita-nos no colo materno e segue-nos a experiência infantil...
Depois, observa-nos a mocidade, misturando seus raios,
quase sempre incompreensíveis, com os nossos cânticos de esperanças e,
atravessado o pórtico de nossa comunhão com a madureza espiritual, incorpora-se
à nossa luta de cada instante...
Respira conosco, infatigavelmente marcha ao nosso lado,
passo a passo, e, ainda que não queiramos, lê, sem palavras para o nosso
coração, a cartilha da experiência.
Então, algo renovador se realiza
dentro de nós, sem que percebamos, e, um dia, comparece em nossa estrada,
conduzindo-nos à morte e à aparente separação; mas, se aceitamos as bênçãos
do seu apostolado sublime, converte-se, a estranha companheira dos nossos
destinos, em suave benfeitora, preparando-nos para a vitória divina, de vez
que só ela é bastante forte e bastante serena para sustentar-nos até o
ingresso feliz, no Reino Celestial.
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Meimei / Chico Xavier
– Livro: Relicário de Luz
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