sábado, 7 de setembro de 2019
Janelas da alma
O sentimento e a emoção
normalmente se transformam em lentes que coam os acontecimentos, dando-lhes
cor e conotação próprias.
De acordo com a
estrutura e o momento psicológico, os fatos passam a ter a significação que
nem sempre corresponde à realidade.
Quem se utiliza de
óculos escuros, mesmo diante da claridade solar, passa a ver o dia com menor
intensidade de luz. Variando a cor das lentes, com tonalidade correspondente
desfilarão diante dos olhos as cenas.
Na área do
relacionamento humano, também, as ocorrências assumem contornos de acordo com
o estado de alma das pessoas envolvidas.
É urgente, portanto, a
necessidade de conduzir os sentimentos, de modo a equilibrar os fatos em
relação com eles.
Uma atitude sensata é
um abrir de janelas na alma, a fim de bem observar os sucessos da vilegiatura
humana. De acordo com a dimensão e o tipo de abertura, será possível observar
a vida e vivê-la de forma agradável, mesmo nos momentos mais difíceis.
Há quem abra janelas na
alma para deixar que se externem as impressões negativas, facultando a usança
de lentes escuras, que a tudo sombreiam com o toque pessimista de censura e
de reclamação.
Coloca, nas tuas
janelas, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura, a fim de acompanhares o
mundo e o seu séquito de ocorrências.
O amor te facultará
ampliar o círculo de afetividade, abençoando os teus amigos com a cortesia,
os estímulos encorajadores e a tranquilidade.
A bondade irrigará de
esperança os corações ressequidos pelos sofrimentos e as emoções despedaçadas
pela aflição que se te acerquem.
O perdão constituirá a
tua força revigoradora colocada a benefício do delinquente, do mau, do
alucinado, que te busquem.
A ternura espraiará o
perfume reconfortante da tua afabilidade, levantando os caídos e segurando os
trôpegos, de modo a impedir-lhes a queda, quando próximos de ti.
As janelas da alma são
espaços felizes para que se espraie a luz, e se realize a comunhão com o bem.
Colocando os santos óleos da afabilidade nas engrenagens da tua alma,
descerrarás as janelas fechadas dos teus sentimentos, e a tua abençoada
emoção se alongará, afagando todos aqueles que se aproximem de ti,
proporcionando-lhes a amizade pura que se converterá em amor, rico de bondade
e de perdão, a proclamarem chegada a hora de ternura entre os homens da
Terra.
Joanna
de Angelis / Divaldo Franco – Livro: Momentos de felicidade
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Cães e coisas santas
“Não deis aos cães as coisas santas”. Jesus
(Mateus, 7:6)
Certo, o
cristão sincero nunca se lembrará de transformar um cão em partícipe do
serviço evangélico, mas, de nenhum modo, se reportava Jesus à feição literal
da sentença.
O Mestre,
em lançando o apelo, buscava preservar amigos e companheiros do futuro contra
os perigos da imprevidência.
O Evangelho
não é somente um escrínio celestial de sublimes palavras. É também o tesouro
de dádivas da Vida Eterna.
Se é
reprovável o desperdício de recursos materiais, que não dizer da irresponsabilidade
na aplicação das riquezas sagradas?
O aprendiz
inquieto na comunicação de dons da fé às criaturas de projeção social, pode
ser generoso, mas não deixa de ser imprudente.
Porque um
homem esteja bem trajado ou possua larga expressão de dinheiro, porque se
mostre revestido de autoridade temporária ou se destaque nas posições
representativas da luta terrestre, isto não demonstra a habilitação dele para
o banquete do Cristo.
Recomendou
o Senhor seja o Evangelho pregado a todas as criaturas; entretanto, com
semelhante advertência não espera que os seguidores se convertam em demagogos
contumazes e, sim, em mananciais ativos do bem a todos os seres, através de
ações e ensinamentos, cada qual na posição que lhe é devida.
Ninguém se
confie à aflição para impor os princípios evangélicos, nesse ou naquele setor
da experiência que lhe diga respeito.
Muitas
vezes, o que parece amor não passa de simples capricho, e em consequência
dessa leviandade é que encontramos verdadeiras maltas de cães avançando em
coisas santas.
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Livro
Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 93
A Independência
O movimento de
emancipação percorria todos os departamentos de atividades políticas da
pátria, era no Rio de Janeiro que fervilhavam as ideias de liberdade e os
espíritos desenvolviam suas ações junto de todos os indivíduos, preparando a
fase final do trabalho da independência, através dos processos pacíficos.
Os patriotas enxergavam
no Príncipe D. Pedro a figura máxima, que deveria encarnar o papel de
libertador do reino do Brasil. O príncipe, porém, considerando as tradições e
laços de família, hesitava ainda em optar pela decisão suprema de se separar,
em caráter definitivo, da direção da metrópole.
Conhecendo as ordens
rigorosas das Cortes de Lisboa, que determinavam o imediato regresso de D.
Pedro a Portugal, reúnem-se os cariocas para tomarem as providências de
possível execução e uma representação com mais de oito mil assinaturas é
levada ao príncipe regente, pelo Senado da Câmara, acompanhado de numerosa
multidão, a 9 de janeiro de 1822. D. Pedro, diante da massa de povo, sente a
assistência espiritual dos companheiros de Ismael, que o incitam a completar
a obra da emancipação política da Pátria do Evangelho, recordando-lhe,
simultaneamente, as palavras do pai no instante das despedidas.
(...) Em face da
realidade positiva, após alguns minutos de angustiosa expectativa, o povo
carioca recebia, por intermédio de José Clemente Pereira, a promessa formal
do príncipe de que ficaria no Brasil, contra todas as determinações das
Cortes de Lisboa, para o bem da coletividade e para a felicidade geral da
nação.
Estava, assim,
proclamada a independência do Brasil, com a sua audaciosa desobediência às
determinações da metrópole portuguesa.
(...) Em seguida, outra
viagem, com os mesmos objetivos, realiza o príncipe regente a São Paulo. Os
bandeirantes, que no Brasil sempre caminharam na vanguarda da emancipação e
da autonomia, recebem-no, com o entusiasmo da sua paixão libertária e com a
alegria da sua generosa hospitalidade e, enquanto há música e flores nos
teatros e nas ruas paulistas, comemorando o acontecimento, as falanges
invisíveis se reúnem no Colégio de Piratininga. O conclave espiritual se realiza
sob a direção de Ismael, que deixa irradiar a luz misericordiosa do seu coração.
Ali se encontram heróis das lutas maranhenses e pernambucanas, mineiros e
paulistas, ouvindo-lhe a palavra cheia de ponderação e de ensinamentos.
Terminando a sua
alocução pontilhada de grande sabedoria, o mensageiro de Jesus sentenciou:
- A independência do
Brasil, meus irmãos, já se encontra definitivamente proclamada. Desde 1808,
ninguém lhe podia negar ou retirar essa liberdade. A emancipação da Pátria do
Evangelho consolidou-se, porém, com os fatos verificados nestes últimos dias
e, para não quebrarmos a força dos costumes terrenos, escolheremos agora uma
data que assinale aos pósteros essa liberdade indestrutível.
Dirigindo-se ao
Tiradentes, que se encontrava presente, rematou:
— O nosso irmão,
martirizado há alguns anos pela grande causa, acompanhará D. Pedro em seu regresso
ao Rio e, ainda na terra generosa de São Paulo, auxiliará o seu coração no
grito supremo da liberdade. Uniremos assim, mais uma vez, as duas grandes
oficinas do progresso da pátria, para que sejam as registradoras do
inesquecível acontecimento nos fastos* da história. O grito da emancipação
partiu das montanhas e deverá encontrar aqui o seu eco realizador.
Agora, todos nós que
aqui nos reunimos, no sagrado Colégio de Piratininga, elevemos a Deus o nosso
coração em prece, pelo bem do Brasil.
Dali, do âmbito
silencioso daquelas paredes respeitáveis, saiu uma vibração nova de
fraternidade e de amor.
Tiradentes acompanhou o
príncipe nos seus dias faustosos, de volta ao Rio de Janeiro. Um correio
providencial leva ao conhecimento de D. Pedro as novas imposições das Cortes
de Lisboa e ali mesmo, nas margens do Ipiranga, quando ninguém contava com
essa última declaração sua, ele deixa escapar o grito de "Independência
ou Morte!", sem suspeitar de que era dócil instrumento de um emissário
invisível, que velava pela grandeza da pátria.
Eis por que o 7 de
setembro, com escassos comentários da história oficial que considerava a
independência já realizada nas proclamações de 1.° de agosto de 1822, passou
à memória da nacionalidade inteira como o Dia da Pátria e data inolvidável da
sua liberdade.
Esse fato, despercebido
da maioria dos estudiosos, representa a adesão intuitiva do povo aos elevados
desígnios do mundo espiritual.
*fastos: registros públicos de acontecimentos ou obras notáveis
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Humberto
de Campos / Chico Xavier – Fragmentos extraídos do livro: Brasil, Coração do
Mundo - Pátria do Evangelho
sábado, 31 de agosto de 2019
“Ação e Reação”: Andrezinho e o uso do livre-arbítrio
O avatar da Microcampanha “A Vida no Mundo Espiritual”, Andrezinho, fala sobre a liberdade de escolha do espírito encarnado e o uso que faz de sua condição masculina ou feminina, e como deverá responder por tudo que fizer, seja hoje ou amanhã.
São valiosos ensinamentos presentes no livro “Ação e Reação”, de autoria de André Luiz e psicografada por Chico Xavier, que completa 62 anos de lançamento em 2019.
Sessão Solene do Senado em Homenagem a Dr. Bezerra de Menezes - 2019
Foi realizada, no dia 29 de agosto, uma Sessão Especial no Senado Federal, em Brasília, em homenagem ao Dr. Bezerra de Menezes. A data foi escolhida por representar o dia de seu nascimento, no ano de 1831.
Requerida pelo Senador Eduardo Girão (PODE-CE), a solenidade contou com a participação de alguns palestrantes, como José Carlos de Lucca, do presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB), Jorge Godinho, do presidente da Federação Espírita do Estado do Ceará (FEEC), Luciano Klein, e do ator Carlos Vereza, que interpretou Bezerra no filme Bezerra de Menezes – O Diário de um Espírito.
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