“Não deis aos cães as coisas santas”. Jesus
(Mateus, 7:6)
Certo, o
cristão sincero nunca se lembrará de transformar um cão em partícipe do
serviço evangélico, mas, de nenhum modo, se reportava Jesus à feição literal
da sentença.
O Mestre,
em lançando o apelo, buscava preservar amigos e companheiros do futuro contra
os perigos da imprevidência.
O Evangelho
não é somente um escrínio celestial de sublimes palavras. É também o tesouro
de dádivas da Vida Eterna.
Se é
reprovável o desperdício de recursos materiais, que não dizer da irresponsabilidade
na aplicação das riquezas sagradas?
O aprendiz
inquieto na comunicação de dons da fé às criaturas de projeção social, pode
ser generoso, mas não deixa de ser imprudente.
Porque um
homem esteja bem trajado ou possua larga expressão de dinheiro, porque se
mostre revestido de autoridade temporária ou se destaque nas posições
representativas da luta terrestre, isto não demonstra a habilitação dele para
o banquete do Cristo.
Recomendou
o Senhor seja o Evangelho pregado a todas as criaturas; entretanto, com
semelhante advertência não espera que os seguidores se convertam em demagogos
contumazes e, sim, em mananciais ativos do bem a todos os seres, através de
ações e ensinamentos, cada qual na posição que lhe é devida.
Ninguém se
confie à aflição para impor os princípios evangélicos, nesse ou naquele setor
da experiência que lhe diga respeito.
Muitas
vezes, o que parece amor não passa de simples capricho, e em consequência
dessa leviandade é que encontramos verdadeiras maltas de cães avançando em
coisas santas.
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Livro
Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 93
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