terça-feira, 9 de fevereiro de 2021
Parecem, mas não são
“Mas quem não possui o espírito do Cristo, esse tal não é dele.” Paulo
(Romanos, 8:9)
O
governante recorrerá ao Testamento Divino para conciliar os interesses do povo.
O
legislador lançará pensamentos do Evangelho nas leis que estabelece.
O
juiz valer-se-á das sugestões do Mestre para iluminar com elas as sentenças que
redige.
O
administrador combinará versículos sagrados para alicerçar pareceres em processos
de serviço.
O
escritor senhoreará sublimes imagens da Revelação para acordar o entusiasmo e a
esperança em milhares de leitores.
O
poeta usará passagens do Senhor para colorir os versos de sua inspiração.
O
pintor reportar-se-á aos quadros apostólicos e realizará primores imperecíveis
ajustando a tela, a tinta e o pincel.
O
escultor fixará no mármore a lembrança das lições eternas do Divino Mensageiro.
O
revolucionário repetirá expressões do Orientador Celeste para justificar reivindicações
de todos os feitios.
O
próprio mendigo se pronunciará em nome do Salvador, rogando esmolas.
Ninguém
se iluda, porém, com as aparências exteriores.
Se
o governante, o legislador, o juiz, o administrador, o escritor, o poeta, o pintor,
o escultor, o revolucionário e o mendigo não revelam na individualidade traços
marcantes e vivos do Mestre, demonstrando possuir-lhe o espírito, em verdade,
ainda não são d’Ele.
Parecem,
mas não são.
Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 168
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021
Além da tela: Dicas de filmes
Viva – A Vida é uma Festa,
animação da Disney Pixar, traz uma história sensível com aprendizados para
todas as idades, envolvendo temáticas como a desencarnação e reencarnação, Lei
de ação e reação, reencontro e saudade, além do sentimento de amor em família.
Com direção de Lee Unkrich e roteiro de Matthew Aldrich, o longa nos traz Miguel, um garoto que precisa lutar pelo seu direito de cantar diante da família que desaprova. Tudo porque seu tataravô abandonou todos para perseguir seu sonho e nunca mais voltou. No caminho de sua jornada Miguel aprende valiosas lições sobre perdão, amor e legado.
Junte a família e aproveite a nossa dica do mês!
Se já está curioso sobre o filme, confira também este episódio do programa Além da Tela, produzido pela FEBtv, que traz a relação de “Viva – A vida é uma Festa”, com alguns princípios da Doutrina Espírita: https://www.youtube.com/watch?reload=9&v=0Xzd_UzhVTw
Fonte: Febnet
Oração nossa
Senhor,
Ensina-nos a orar sem esquecer o trabalho,
a dar sem olhar a quem,
a
servir sem perguntar até quando,
a
sofrer sem magoar seja a quem for,
a
progredir sem perder a simplicidade,
a
semear o bem sem pensar nos resultados,
a
desculpar sem condições,
a
marchar para a frente sem contar os obstáculos,
a
ver sem malícia,
a
escutar sem corromper os assuntos,
a
falar sem ferir,
a
compreender o próximo sem exigir entendimento,
a
respeitar os semelhantes sem reclamar consideração,
a
dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever
sem
cobrar taxas de reconhecimento.
Senhor,
Fortalece em nós a paciência para com as dificuldades
dos
outros, assim como precisamos da paciência dos outros
para
com as nossas próprias dificuldades.
Ajuda-nos
para que a ninguém façamos aquilo
que
não desejamos para nós.
Auxilia-nos
sobretudo a reconhecer que a nossa
felicidade
mais alta será invariavelmente
aquela
de cumprir os desígnios, onde e
como
queiras, hoje, agora e sempre.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: À luz da oração
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021
Experimentação
Sabendo
que a força mental é energia atuante e que os pensamentos são recursos objetivos,
é imperioso reconhecer que a experimentação nos domínios do psiquismo exige
noção de responsabilidade, perante a vida, para que o êxito seja a resposta
justa às indagações sinceras.
Um
lavrador bem avisado investiga o solo, plantando com devoção e confiança. Não
se ri do pedregulho. Afasta-o, atencioso. Não ironiza o espinheiro. Remove-o, a
benefício da lavoura que lhe é própria. Não goza com o duelo entre os grelos
tenros e os vermes destruidores. Combate os insetos devoradores com vigilância
e serenidade, e defendendo o futuro do bom grão.
Não
acontece assim, na Terra, com a maioria dos pesquisadores da espiritualidade.
A
pretexto de se garantirem contra a mistificação, espalham duros obstáculos
sobre a gleba moral onde operam com a charrua da observação e, por isso, muitas
vezes inutilizam seus próprios instrumentos de trabalho, antes de qualquer
resultado.
Transformam
companheiros em cobaias, exigem dos outros qualidades que eles mesmos não
possuem, tratam com deliberado desprezo o pequenino embrião da realidade e acabam,
habitualmente, na negação, incapazes de penetrar o templo do espírito.
Importa
reconhecer que o fruto é sempre a vitória do esforço de equipe. Sem a árvore
que o mantém, sem a terra que sustenta a árvore, sem as águas que alimentam o
solo e sem as chuvas que regeneram a fonte, jamais ele apareceria.
Sem
trilhos, não corre a locomotiva.
O
avião não prestaria serviço ao homem, sem campo de aterrissagem.
As
revelações do Céu reclamam base para se fixarem na Terra.
Geralmente,
quem procura notícias da vida invisível integra-se num círculo de pessoas, com
as quais se devota ao cometimento. Quase sempre, no entanto, espera a colaboração
alheia, sistematicamente, sem oferecer de si mesmo senão reiteradas reclamações.
A
natureza, todavia, revela a necessidade de colaboração em suas humildes
atividades.
Um
simples bolo pede ingredientes sadios para materializar-se com proveito. Se
diminuta porção de veneno aparece ligada à farinha, o conjunto intoxica ao
invés de nutrir.
Quem
deseja inundar-se de claridade espiritual traga consigo o combustível
apropriado.
Não
adquirimos a confiança, usando o sarcasmo, nem compramos a simpatia, distribuindo
marteladas, indiscriminadamente.
O
grande rio é a reunião de córregos pequeninos.
A
cidade não se levanta de improviso.
Todas
as realizações pedem começo com segurança.
Um
erro quase imperceptível de cálculo pode comprometer a estabilidade de um
edifício.
A
experimentação psíquica, realmente, não caminha com firmeza, sem os alicerces morais
da consciência enobrecida.
Cada
espírito humano - microcosmo do Universo - irradia e absorve. Emitir a
leviandade e a cobiça, o ciúme e o egoísmo, a vaidade e a ferocidade, através
da atitude menos digna ou da crítica destruidora, é amontoar trevas em torno
dos próprios olhos.
Ninguém
fará luz dentro da noite, estragando a lâmpada, embora o centro de força continue
existindo.
Ninguém
recolherá água pura num poço terrestre, trazendo à tona o lodo que descansa no
fundo.
Não
se colhe a verdade, na vida, como quem engaiola uma ave na floresta.
A
verdade é luz. Somente o coração alimentado de amor e o cérebro enriquecido de sabedoria
podem refletir-lhe a grandeza.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Roteiro
Nossos irmãos
“E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão.” João (I João, 4:21)
Em verdade, amamos a Deus, em todos os motivos de júbilo dentro da nossa marcha evolutiva. O Evangelho, entretanto, é farto de recomendações, no sentido de amarmos também os nossos irmãos, entre as pedras e sombras da escabrosa subida.
Certo, a palavra da Boa Nova não se reporta aos companheiros amados e felizes que já solucionaram conosco as questões de harmonia mental, e sim aos que respiram em nossa atmosfera, exigindo auxílio fraterno e seguro.
São
eles:
·
os nossos irmãos doentes que reclamam remédio;
·
os infortunados que pedem consolo;
·
os fracos que esperam defesa;
·
os ignorantes que anseiam por esclarecimento;
·
os desajustados que necessitam de compreensão;
·
os criminosos distanciados do socorro e da luz;
·
os insubmissos que nos desafiam a tolerância;
·
os desequilibrados que nos induzem a vigiar para o bem;
·
os demolidores que nos oferecem o ensejo de reconstruir;
·
os revolucionários que nos auxiliam a reconhecer os benefícios da ordem;
·
os que nos ferem, ajudando-nos a desbastar as próprias imperfeições;
·
os que nos perseguem e caluniam, proporcionando-nos a oportunidade de suportar
com o Cristo, na prática do Evangelho.
O
irmão iluminado e bondoso, em si, já representa uma obra viva do Pai, através
da qual O conhecemos e admiramos; o irmão ignorante ou infeliz, porém, é uma
obra que o Céu nos convida a amparar e embelezar, no rumo da perfeição, em nome
do Todo Misericordioso.
Se
amas a Deus no irmão que te entende e ajuda, não te esqueças de honrá-lo e
querê-lo no irmão que ainda te não pode amar.
Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 167
Oração da serva cristã
Pai
de infinita Bondade, sustenta-nos o coração no caminho que nos assinalastes!
Infunde-nos
o desejo de ajudar àqueles que nos cercam, dando-lhes das migalhas que
possuímos para que a felicidade se multiplique entre nós.
Dá-nos
a força de lutar pela nossa própria regeneração, nos círculos de trabalho em
que fomos situados, por teus sábios desígnios.
Auxilia-nos
a conter nossas próprias fraquezas, para que não venhamos a cair nas trevas,
vitimados pela violência.
Pai,
não deixes que a alegria nos enfraqueça e nem permitas que a dor nos sufoque.
Ensina-nos
a reconhecer tua bondade em todos os acontecimentos e em todas as coisas.
Nos
dias de aflição, faze-nos contemplar tua luz, através de nossas lágrimas. E nas
horas de reconforto, auxilia-nos a estender tuas bênçãos com os nossos
semelhantes.
Dá-nos
conformação no sofrimento, paciência no trabalho e socorro nas tarefas
difíceis.
Concede-nos,
sobretudo, a graça de compreender a tua vontade seja como for, onde estivermos,
a fim de que saibamos servir, em teu nome, e para que sejamos filhos dignos de
teu infinito amor.
Assim seja!
Agar / Chico Xavier – Livro: Relicário de luz
sábado, 30 de janeiro de 2021
Viver Jesus... a única alternativa
Meus
filhos,
Já
não vos digo amanhã. O Evangelho do Senhor conclama-nos: Eia, agora!
Agora
é o santo momento de ajudar.
Arregacemos
as mangas da camisa da alma e sirvamos, sem cansaço, sem fastio.
Assumimos
um compromisso, antes do berço, que é o de restaurar, na Terra sofrida, o Reino
dos Céus, conforme preconizado por Jesus.
Muitas
vezes, em nosso passado, fizemos parte dos heróis da Era Nova, sem que
tivéssemos tido forças para porfiar até o fim e debandamos.
Volvemos,
mais de uma vez, à Seara libertadora e, por razões do egoísmo e da insânia que
nos atrelavam a um instinto perverso, falhamos em nossos compromissos
iluminativos.
Ouvimos
o verbo quente e doce do pobrezinho de Assis, encaminhando-nos a Jesus e, tão
logo ele retornou ao Reino, edificamos monumentos de pedras adornados de ouro,
longe dos leprosos de Rivotorto e dos pobrezinhos a quem ele tanto amava,
traindo-lhe a confiança.
Com
Allan Kardec aprendemos o amor racional e deslumbramo-nos com a Doutrina
firmada na Ciência e na Razão.
A
nossa atitude não pode ser decepcionante. Temos compromisso com a Verdade, de
cujo conteúdo conseguimos insculpir, no íntimo, algumas das expressões mais
belas.
Outra
alternativa não existe senão, meus filhos, viver Jesus, neste momento de Mamon,
neste momento de loucura e de constrições perturbadoras.
Nós,
os Espíritos espíritas, que mourejamos na seara da Revelação Kardequiana,
estamos de pé, como vós outros, para juntos entoarmos o hino de exaltação à
vida, enquanto as mãos operam na caridade que dignifica através do amor que
santifica as vidas.
Prossegui!
Mantende-vos coerentes com as lições que vos empolgam a alma e deixai que o Senhor
da vida vos conduza, com segurança, ao sublime destino da plenitude.
São
os nossos votos.
Vossos
amigos espirituais, que me fizeram intérprete do seu pensamento, afagam-vos com
delicadeza e afetividade.
Ide
em paz! Tomai da charrua e porfiai com abnegação!
São
os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra
Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, 27/12/2009, na sede da Federação Espírita do Paraná. Fonte: www.divaldofranco.com.br
Oração e atenção
Oraste,
pediste.
Desfaze-te,
porém, de quaisquer inquietações e asserena-te para recolher as respostas da
Divina Providência.
Desnecessário
aguardar demonstrações espetaculosas para que te certifiques quanto às
indicações do Alto.
Qual
ocorre ao Sol que não precisa descer ao campo para atender ao talo de erva que
lhe roga calor, de vez que lhe basta, para isso, a mobilização dos próprios
raios, Deus conta com milhões de mensageiros que lhe executam os Excelsos
Desígnios.
Ora
e pede.
Em
seguida, presta atenção.
Algo
virá por alguém ou por intermédio de alguma coisa doando-te, na essência, as
informações ou os avisos que solicites.
Em
muitas circunstâncias, a advertência ou o conselho, a frase orientadora ou a
palavra de bênção te alcançarão a alma, no verbo de um amigo, na página de um
livro, numa nota singela de imprensa e até mesmo num simples cartaz que te
cruze o caminho.
Mais
que isso. As respostas do Senhor às tuas necessidades e petições, muitas vezes,
te buscam, através dos próprios sentimentos a te subirem do coração ao cérebro
ou dos próprios raciocínios a te descerem do cérebro ao coração.
Deus
responde sempre, seja pelas vozes da estrada, pela pregação ou pelo
esclarecimento da tua casa de fé, no diálogo com pessoa que se te afigura
providencial para a troca de confidências, nas palavras escritas, nas mensagens
inarticuladas da Natureza, nas emoções que te desabrocham da alma ou nas ideias
imprevistas que te fulgem no pensamento, a te convidarem o Espírito para a
observância do Bem Eterno.
O
próprio Jesus, o Mensageiro Divino por excelência, guiou-nos à procura do Amor
Supremo, quando nos ensinou a suplicar: “Pai Nosso, que estás no Céu,
santificado seja o teu nome, venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade,
assim na Terra como nos Céus…”
E,
dando ênfase ao problema da atenção, recomendou-nos escolher um lugar íntimo
para o serviço da prece, enquanto ele mesmo demandava a solidão para comungar
com a Infinita Sabedoria.
Recordemos
o Divino Mestre e estejamos convencidos de que Deus nos atende constantemente;
imprescindível, entretanto, fazer silêncio no mundo de nós mesmos, esquecendo
exigências e desejos, não só para ouvirmos as respostas de Deus, mas também a
fim de aceitá-las, reconhecendo que as respostas do Alto são sempre em nosso
favor, conquanto, às vezes, de momento, pareçam contra nós.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro coragem, capítulo 24
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
Respostas do Alto
“E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma
pedra?” — Jesus (Lucas, 11:11)
Nos
círculos da fé, encontramos diversos corações extenuados e desiludidos.
Referem-se à oração, à maneira de doentes desenganados quanto à eficácia do
remédio, alegando que não recebem respostas do Alto.
Entretanto,
a meditação mais profunda lhes conferiria mais elevada noção dos Divinos
Desígnios, entendendo, enfim, que o Senhor jamais oferece pedras ao filho que
pede pão.
Nem
sempre é possível compreender, de pronto, a resposta celeste em nosso caminho
de luta, no entanto, nunca é demais refletir para perceber com sabedoria.
Em
muitas ocasiões, a contrariedade amarga é aviso benéfico e a doença é recurso
de salvação.
Não
poucas vezes, as flores da compaixão do Cristo visitam a criatura em forma de
espinhos e, em muitas circunstâncias da experiência terrestre, as bênçãos da
medicina celestial se transformam temporariamente em feridas santificantes.
Em
muitas fases da luta, o Senhor decreta a cassação de tempo ao círculo do
servidor, para que ele não encha os dias com a repetição de graves delitos e,
não raro, dá-lhe fealdade ao corpo físico para que sua alma se ilumine e
progrida.
Se
a paternidade terrena, imperfeita e deficiente, vela em favor dos filhos, que
dizer da Paternidade de Deus, que sustenta o Universo ao preço de inesgotável
amor?
O
Todo-Compassivo nunca atira pedras às mãos súplices que lhe rogam auxílio.
Se
te demoras, pois, no seio das inibições provisórias, permanece convicto de que
todos os impedimentos e dores te foram concedidos por respostas do Alto aos
teus pedidos de socorro, amparo e lição, com vistas à vida eterna.
Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 166