domingo, 14 de maio de 2023
sábado, 13 de maio de 2023
Mais Luz - Edição 630 - 14/05/2023
Eis mais uma edição de nosso boletim Mais Luz:
https://mailchi.mp/260457a7e1a7/a-misso-da-maternidade
A missão da maternidade – J.
Raul Teixeira
Ante o Evangelho: Simplicidade e
pureza de coração
Mensagem da semana: Diante da
multidão – Fonte Viva 104
Poema: Carta às mães – Casimiro Cunha
Oração na festa das mães –
Emmanuel
Venha ler e refletir conosco!
sexta-feira, 12 de maio de 2023
A missão da maternidade
Que mistério é
esse que envolve as mães?
Eis uma
pergunta difícil de explicar. Não existe uma única criatura no mundo que não
haja experimentado o envolvimento de sua mãe.
Seja um
envolvimento positivo, amoroso, seja um envolvimento lamentável, doentio,
patológico. Mas, ninguém escapa da presença da mãe.
Alguém pode
nascer sem a presença do pai, mas é impossível alguém nascer no mundo sem a
presença da mãe.
A mãe é essa
criatura tão especial que, muitas vezes, atormenta a vida dos filhos, desejosa
de impulsionar a vida do filho.
Muitas vezes
abafa o filho, querendo protegê-lo e, desse modo, verificamos quanto é
importante essa figura no mundo!
Em O livro dos
Espíritos, de Allan Kardec, ele chega a perguntar aos seres espirituais qual é
a missão mais importante dentre aquelas que Deus concedeu aos homens na Terra e
às mulheres. Os Imortais respondem a Allan Kardec que a missão mais importante
é a da mulher. E complementam – porque é ela que educa o homem.
Quando nós
pensamos nisso, verificamos a importância da mulher consciente, quando ela tem
esse apercebimento do seu papel e quando tem essa certeza de sua influência,
porque não há uma única mãe que não exerça influência sobre seus filhos.
Podemos mesmo
ousar e dizer que, como base de todo o bruto, de todo o homem grotesco que
houve na Humanidade, havia a figura de uma mulher, sua mãe.
Porque foi ela
que fez com que ele não levasse desaforos para casa, foi ela que o ensinou a
devolver agressão com agressão, ensinou-o a ser egoísta.
Mas, por baixo
da história de todo santo, de todo missionário, de toda criatura do bem, existe
a figura de uma mulher, de sua mãe.
Foi ela que
disse: Meu filho, quando um não quer, dois não brigam. Meu filho, é melhor um
covarde vivo do que um corajoso morto. Meu filho, venha lavar em casa os
problemas da rua, porque em casa você encontrará amor. Roupa suja, meu filho,
se lava em casa.
Então, desse
modo, nós encontramos mães que criaram seus filhos para cima, e mães que
empurraram seus filhos para baixo.
Encontramos
aquelas que sabem que seus filhos não lhes pertencem, sabem que seus filhos são
filhos de Deus essencialmente, são filhos da vida e que para a vida elas os
deverão educar.
Há outras que
supõem que eles sejam seus pertences, inoculam neles as suas fragilidades, os
seus medos, os seus temores, seus pontos de vista.
Daí, então,
começarmos a pensar na trajetória da mãe sobre o mundo, quando ela tiver essa
consciência do seu papel junto aos filhos, quando ela admitir que serão seus
filhos os professores de amanhã, os médicos, os advogados, os juízes, os
políticos.
Quando ela
admitir que serão seus filhos que administrarão as cidades, os Estados, os
países, que responsabilidades terão em suas mãos. Elas próprias se tratarão
melhor, para que não tenham a cabeça infernizada por complexos de culpa, por
conflitos e possam passar para os seus filhos esse respeito à vida, esse
respeito aos outros.
Jamais
ensinando aos seus filhos que têm que respeitar os mais velhos, mas ensinando
aos seus filhos que eles têm que respeitar a todo o ser humano, a todo ser
vivente. E aí, a mãe ensinará os filhos a amar os vegetais, a proteger as
florestas, começando a cuidar dos jardins em casa. Ela ensinará o respeito aos
animais.
E, desse modo,
então, quem começa das coisas simples, terá capacidade de realizar as coisas
complexas.
Ah, mulher
mãe! Que mistérios envolverão a sua figura?
* * *
A missão da
mulher, desse modo, é uma missão misteriosa, porque ela consegue penetrar a
alma do seu filho, ela consegue conhecer seu filho como ninguém.
Se pararmos
para pensar, a mulher passa nove meses lunares carregando nas entranhas o seu
rebento, nove meses em que ela faz um curso de especialização em percepção
fluídica, em percepção psíquica.
Ela capta as
emissões do seu feto, do seu filho ainda feto e as interpreta, como qualquer
sensitivo interpretaria uma influenciação espiritual sobre seu psiquismo.
É dessa
interpretação, das emissões do filho reencarnante que nascem os famosos desejos
da mulher durante a gravidez: a interpretação que ela faz do que está sentindo.
Nem sempre são
verdadeiras as interpretações, como nem sempre as criaturas transmitem
corretamente aquilo que recebem de seres espirituais. O fenômeno é o mesmo.
Daí, podermos
afirmar que a gravidez corresponde ao período de maior transe mediúnico de que
se tem notícia. São nove meses em que a mulher mãe filtra o psiquismo de seu
filho. São nove meses em que ela projeta sobre ele seu próprio psiquismo.
Tanto ele
conhece a sua mãe intimamente, tanto ela conhece seu filho como ninguém.
A mãe conhece
os filhos pelo andar deles, pelo modo deles respirarem, pelo modo de olharem.
Ela conhece seu filho.
Jamais um
filho se esconderá de sua mãe. Não é pelos olhos. É porque ela conhece suas
emissões, seus fluidos, seu psiquismo.
Do mesmo modo,
jamais uma mãe se esconderá do seu filho. Ele consegue ler na sua mãe se ela
está contente, se ela está triste, se ela está feliz, se ela está aborrecida.
Ele consegue ler sem que ela diga nada, por causa dessa habitualidade em conviver
um com o outro, com essa intimidade visceral.
As nossas mães
são aquele instrumento de que Deus lançou mão para que Ele se manifestasse na
Terra, enviando-nos à Terra através delas.
A mulher rica,
a mulher inteligente, intelectual quanto a mulher pobre, a mulher simples e
ignorante, elas têm a mesma habilidade para ser mãe. Toda mulher,
psiquicamente, nasce com essa estrutura para a maternidade.
Às vezes, elas
não conseguem ser mães de filhos carnais, mas elas são mães dos sobrinhos, elas
são mães dos irmãos mais novos, elas são mães de todas as crianças que se lhes
acerquem, porque é da mulher esse instinto da maternidade, ainda que não tenha
seus próprios filhos carnais.
É dessa
maneira que nós verificamos que há um mistério notável na maternidade, e esse
mistério se chama amor.
Esse amor que
vem se desenvolvendo do instinto para a razão. É esse amor, nas devidas
dimensões, que faz o ninho entre os irracionais, que faz com que a galinha
guarde seus pintainhos sob as asas, que faz com que os felinos lambam suas
crias, que faz com que os pássaros ponham na boca dos seus filhotes o alimento
que trouxeram no seu próprio estômago.
É isso que se
desenvolveu ao longo dos milênios e explodiu cá em cima na coroa humana e
recebeu o nome de amor de mãe, profundamente irracional.
A mãe ama seu
filho independentemente do que ele seja, de quem ele seja.
O maior santo
recebe o amor de sua mãe, o maior vilão, o mais espúrio dos seres recebe o amor
de sua mãe.
Em todas as
cadeias públicas, nos dias de visita, pode faltar a esposa, o filho, o amigo,
nunca a mãe. Ela estará sempre lá, amando seu filho, na felicidade ou na
desdita, na alegria ou na tristeza. Porque ser mãe é de fato trazer uma
proposta de Deus para aliviar as lutas do mundo.
Enquanto Deus mandar à Terra Seus filhos no seio das mulheres-mães é porque Ele ainda confia no progresso da Humanidade.
Transcrição do
Programa Vida e Valores, de número 147, apresentado por Raul Teixeira, sob
coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em abril de 2008.
Exibido pela
NET, Canal 20, Curitiba, no dia 10 de maio de 2009.
Texto extraído
do site FEP - Federação Espírita do Paraná
quinta-feira, 11 de maio de 2023
Oração na festa das mães
Senhor Jesus!
Junto dos
irmãos que reverenciam as mães que os amam, para as quais te rogamos os louros
que mereceram, embora atentos à lei de causa e efeito que a Doutrina Espírita
nos recomenda considerar, vimos pedir abençoes também as mães esquecidas, para
quem a maternidade se erigiu em purgatório de aflição!…
Pelas que
jazem na largueza da noite, conchegando ao peito os rebentos do próprio sangue,
para que não morram de frio;
pelas que
estendem as mãos cansadas na praça pública, suplicando, em nome da compaixão, o
sustento que o mundo lhes deve à necessidade;
pelas que se
refugiam, nas furnas da natureza, acomodando crianças enfermas entre as fezes
dos animais;
pelas que
revolvem latas de lixo, procurando alimento apodrecido de que os próprios cães
se afastam com nojo;
pelas que
pintam o rosto, escondendo lágrimas, no impulso infeliz de venderem o próprio
corpo a corações desalmados, acreditando erroneamente que só assim poderão
medicar os filhos que a enfermidade ameaça com a morte;
pelas que
descobriram calúnia e fel nas bocas que amamentaram;
pelas que
foram desprezadas nos momentos difíceis;
pelas que se
converteram em sentinelas da agonia moral, junto aos catres de provação;
pelas que a
viuvez entregou à cobiça de credores inconscientes;
pelas que enlouqueceram
de dor e foram trancadas nos manicômios;
e por aquelas
outras que a velhice da carne cobriu de cabelos brancos e, sem ninguém que as
quisesse; foram acolhidas como sombras do mundo, nos braços da caridade!…
São elas,
Senhor, as heroínas da retaguarda, que pagam à Terra os mais altos tributos de
sofrimento…
Tu que reconfortaste a samaritana e secaste o pranto da viúva de Naim, que restauraste o equilíbrio de Madalena e levantaste a menina de Jairo, recorda as filhas de Jerusalém que te partilharam as agonias da cruz, quando todos te abandonavam, e compadece-te da mulher!…
Reunião
pública de 12-5-1961
Emmanuel /
Chico Xavier – Livro Justiça Divina
quarta-feira, 10 de maio de 2023
Carta às mães
Minha irmã, se Deus te deu
A luz da maternidade
Deu-te a
tarefa divina
Da renúncia e
da bondade.
Busca imitar
no caminho
A Rosa de
Nazaré,
Irradiando o
perfume
De amor, de
humildade e fé.
Lembra sempre em tua estrada,
Que a paz de
tua missão
É feita dessa
ternura
Que nasce do coração.
Contempla em cada filhinho
Um luminoso
sorriso
Da alegria
dolorosa
Que te leva ao
paraíso.
Porque, ser mãe, minha irmã,
É ser prazer
sobre as dores,
É ser luz,
embora a estrada
Tenha sombras
e amargores.
Ser mãe é ser
a energia
Que domina os
escarcéus,
É ser nas
mágoas da Terra
Um sacrifício
dos céus.
Pensa nisso e não duvides
Da grande
misericórdia,
Que te deu na
senda escura
A lâmpada da
concórdia.
Ouve ainda. Tem cuidado
Com o teu
próprio coração.
Não deixes que
se transforme
O teu amor em
paixão.
Muita vez, a mãe terrestre
Em vez de
salvar, condena,
Porque do amor
que redime
Faz a paixão
que envenena.
Há muitas mães
nos Espaços
Chorando na
desventura,
Os perigosos
desvios
De sua imensa
ternura.
Ama o filho de
outra mãe
Qual se fora
teu também,
E estarás
santificando
Teu lar nas
luzes do Bem.
Castiga amando
o teu filho
Em teu carinho
profundo.
Prefere o teu
próprio ensino
Às tristes
lições do mundo.
Recorda que
está contigo
A missão de
renovar,
De corrigir
perdoando,
De esclarecer
e ensinar.
Nos teus
exemplos repousa
A esperança do
Senhor,
Que há de
salvar este mundo
Por meio de
teu amor.
Casimiro Cunha
/ Chico Xavier
Livro: Cartas
do Evangelho e outros poemas
terça-feira, 9 de maio de 2023
Diante da multidão
“E Jesus,
vendo a multidão, subiu a um monte…” — (Mateus, 5:1)
O procedimento
dos homens cultos para com o povo experimentará elevação crescente à medida que
o Evangelho se estenda nos corações.
Infelizmente,
até agora, raramente a multidão tem encontrado, por parte das grandes
personalidades humanas, o tratamento a que faz jus.
Muitos sobem
ao monte da autoridade e da fortuna, da inteligência e do poder, mas
simplesmente para humilhá-la ou esquecê-la depois.
Sacerdotes
inúmeros enriquecem-se de saber e buscam subjugá-la a seu talante.
Políticos
astuciosos exploram-lhe as paixões em proveito próprio.
Tiranos
disfarçados em condutores envenenam-lhe a alma e arrojam-na ao despenhadeiro da
destruição, à maneira dos algozes de rebanho que apartam as reses para o
matadouro.
Juízes menos
preparados para a dignidade das funções que exercem, confundem-lhe o
raciocínio.
Administradores
menos escrupulosos arregimentam-lhe as expressões numéricas para a criação de
efeitos contrários ao progresso.
Em todos os
tempos, vemos o trabalho dos legítimos missionários do bem prejudicado pela
ignorância que estabelece perturbações e espantalhos para a massa popular.
Entretanto,
para a comunidade dos aprendizes do Evangelho, em qualquer clima da fé, o
padrão de Jesus brilha soberano.
Vendo a
multidão, o Mestre sobe a um monte e começa a ensinar…
É
imprescindível empenhar as nossas energias, a serviço da educação.
Ajudemos o
povo a pensar, a crescer e a aprimorar-se.
Auxiliar a
todos para que todos se beneficiem e se elevem, tanto quanto nós desejamos
melhoria e prosperidade para nós mesmos, constitui para nós a felicidade real e
indiscutível.
Ao leste e ao
oeste, ao norte e ao sul da nossa individualidade, movimentam-se milhares de
criaturas, em posição inferior à nossa.
Estendamos os
braços, alonguemos o coração e irradiemos entendimento, fraternidade e
simpatia, ajudando-as sem condições.
Quando o
cristão pronuncia as sagradas palavras “Pai Nosso”, está reconhecendo não
somente a Paternidade de Deus, mas aceitando também por sua família a
Humanidade inteira.
Emmanuel /
Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 104
sábado, 6 de maio de 2023
Mais Luz - Edição 629 - 07/05/2023
Confira
conosco:
https://mailchi.mp/e03fec7b6911/espiritismo-estudado
Espiritismo
Estudado – Vianna de Carvalho
Ante o
Evangelho: Consolador prometido
Mensagem da
semana: Esperar e alcançar – Fonte Viva cap. 103
Poema: Paciência
– Narcisa Amália
Oração por
paciência – Emmanuel
Projeto
Examinando o Livro da Esperança: Meio-bem
sexta-feira, 5 de maio de 2023
Paciência
Paciência é a
palavra calma e boa
Atenuando a
cólera sombria,
Silêncio para
a injúria que atordoa,
Retendo em si
a bênção da harmonia.
É a voz do entendimento que perdoa
O fel da
incompreensão e da ironia,
Sorriso que
restaura e que alivia,
Resistência da
paz que aperfeiçoa.
Paciência!… — sustento da esperança,
Mensageira do
amor que não se cansa,
Do puro amor, sem que a Terra o degrade!…
A quem te siga a excelsa companhia,
Serás, no
Grande Além, amparo e guia
Na luz sublime
da Imortalidade.
Narcisa Amália/
Chico Xavier
Livro: Estrelas
no chão
quinta-feira, 4 de maio de 2023
Esperar e alcançar
“E assim,
esperando com paciência, alcançou a promessa.” — Paulo. (Hebreus, 6:15)
A esperança de
atingir a paz divina, com felicidade inalterável, vibra em todas as criaturas.
O anseio dos
patriarcas da Antiguidade é análogo ao dos homens modernos.
O lar coroado
de bênçãos.
O dever bem
cumprido.
A consciência
edificada.
O ideal
superior convenientemente atendido.
O trabalho
vitorioso.
A colheita
feliz.
As aspirações
da alma são sempre as mesmas em toda parte.
Contudo,
esperar significa persistir sem cansaço, e alcançar expressa triunfar
definitivamente.
Entre o
objetivo e a meta, faz-se imperativo o esforço constante e inadiável.
Esperança não
é inação.
E paciência
traduz obstinação pacífica na obra que nos propomos realizar.
Se pretendes
materializar os teus propósitos com o Cristo, guarda a fórmula da paciência
como a única porta aberta para a vitória.
Há sofrimento
em teus sonhos torturados? Incompreensão de muitos em derredor de teus desejos?
A ingratidão e a dor te visitam o Espírito?
Não chores
perdendo os minutos, nem maldigas a dificuldade.
Aguarda as
surpresas do tempo, agindo sem precipitação.
Se cada noite
é nova sombra, cada dia é nova luz.
Lembra-te de
que nem todas as águas se acham no mesmo nível e nem todas as árvores são
iguais no tamanho, no crescimento ou na espécie.
Recorda as palavras do apóstolo dos gentios.
Esperando com
paciência, alcançaremos a promessa.
Não te
esqueças de que o êxito seguro não é de quem o assalta, mas sim daquele que
sabe agir, perseverar e esperar por ele.
Emmanuel /
Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 103