sábado, 4 de janeiro de 2025

Socorro e concurso

 

“Quantos pães tendes?” — Jesus (Marcos, 8:5)

 

Observemos que o Senhor, diante da multidão faminta, não pergunta aos companheiros: — “de quantos pães necessitamos?” mas, sim, “quantos pães tendes?”

A passagem denota a precaução de Jesus no sentido de alertar os discípulos para a necessidade de algo apresentar à Providência Divina como base para o socorro que suplicamos.

Em verdade, o Mestre conseguiu alimentar milhares de pessoas, mas não prescindiu das migalhas que os apóstolos lhe ofereciam.

O ensinamento é precioso para a nossa experiência de oração.

Não vale rogar as concessões do Céu, alongando mãos vazias, com palavras brilhantes e comoventes, mas sim pedir a proteção de que carecemos, apresentando, em nosso favor, as possibilidades ainda que diminutas de nosso esforço próprio.

Não adianta solicitar as bênçãos do pão imobilizando os braços no gelo da preguiça, como é de todo impróprio rogar os talentos do amor, calcinando o coração no fogo do ódio.

Decerto, o Senhor operará maravilhas, no amparo a todos aqueles que te partilham a marcha…

Dispensará socorro aos que amas, transformará o quadro social em que te situas e exaltará o templo doméstico em que respiras…

Contudo, para isso, é necessário lhe ofereças os recursos que já conseguiste amontoar em ti mesmo para a extensão do progresso e para a vitória do bem.

Não te esqueças, pois, de que no auxílio aos outros não prescindirá o Senhor do auxílio, pequenino embora, que deve encontrar em ti.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 9


Você conhece a história de Scheilla?

 

Conta-se que em 1948, durante uma reunião de materialização, pelo médium Peixotinho, materializou-se (de corpo inteiro) um espírito de extraordinário fulgor. 

Apresentava-se como uma mulher loira, cabelos longos em tranças, olhos azuis esverdeados muito brilhantes e que exalava forte perfume de rosas (característica sempre presente desse espírito tão iluminado). Mostrou-se ser muito inteligente e com ricos sentimentos. 

Era a Irmã Scheilla.

Daquele momento em diante, ela passou a atuar nas reuniões espíritas do grupo de Peixotinho no atendimento aos doentes que procuravam a ajuda do médium.

Scheilla, sempre cuidadosa e amorosa, materializava (com o apoio da mediunidade de Peixotinho, Chico Xavier e outros) muitos elementos em matéria concreta e outros em matéria sutil (instrumentos e aparatos médicos). Divaldo Franco conta detalhadamente uma intervenção que ela fez em sua garganta, na casa de Chico Xavier, curando-o de um grave problema. (Veja aqui o relato).

Através destas experiências com Peixotinho e seu grupo, com Chico Xavier, com Divaldo Franco – que ofereceram sua mediunidade e trabalharam e foram tratados por ela, sabe-se de pelo menos duas de suas reencarnações.

Na França, foi Joana Francisca Frémio. Casou-se aos vinte anos com o Barão de Chantal, passando a se chamar Baronesa de Chantal. Tiveram quatro filhos. Seu marido desencarnou muito jovem e ela então, dedicou-se as orações, a cuidar dos filhos e dos necessitados. Em 1604, submeteu-se ao Bispo de Genebra (S. Francisco de Salles) e juntos fundaram a Congregação de Visitação de Maria, criando 87 conventos. Mais tarde São Vicente de Paulo se juntou a ordem, que era mantida com muitas dificuldades. Desencarnou em 1641 e foi canonizada pela igreja católica em 1767 com o nome de Santa Joana de Chantal.

Na Alemanha do século XX, foi Scheilla Fritz. Enfermeira na segunda guerra mundial que desencarnou em 1943 na cidade de Hamburgo, durante um bombardeio aéreo.

Conta-se que na atualidade, continua seu trabalho fraternal como coordenadora numa determinada colônia espiritual, nas regiões próximas ao Brasil.

Além disso, Chico Xavier e João Nunes Maia psicografaram muitas obras de Scheilla, assim como outros médiuns por ela eleitos.

Espírito de grande luz, dedicada ao trabalho de Jesus na terra, deixou muitas mensagens de orientação e conforto para todos nós.                      

Texto extraído (e adaptado) do site da Associação Espírita Luz e Paz.





Atividades CEJG

 Conheça as atividades desenvolvidas no Centro Espírita Joseph Gleber em Teófilo Otoni/MG.






Palestras CEJG - Janeiro/2025

 


quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Fé e Confiança

 

Vibram as harpas excelsas da espiritualidade em acordes de harmonia e paz, pressagiando um ano de avanço e progresso no setor espiritual deste núcleo de trabalho.

Revesti-vos de fé e confiança para a jornada que vos aguarda doravante.

Sois os construtores da luz, os trabalhadores do amor, que seguram com firmeza o arado para que a gleba seja eficientemente preparada.

Guardai-vos não obstante, sempre cautelosos e vigilantes, e estaremos sempre junto a vós, na luta incessante pela causa do bem.

Meus amados, somente aqueles que olham a vida pelo prisma espiritual, sabem valorizar o trabalho em favor do próximo, ainda que em pequenos gestos de compreensão e amor no cotidiano.

As ilusões da matéria, envolvem as criaturas que permanecem afeitas aos bens terrenos.
Porém, somente a escalada bendita da espiritualidade é uma constante luz a auxiliar, amar e compreender, capaz de levar as criaturas aos altos cumes da felicidade íntima que transmite ao nosso eu a eterna paz e tranquilidade que buscamos, sois, pois os obreiros abençoados da seara que cultivam os frutos do amor, único tesouro que será preservado e que conduzireis em vossa bagagem para o sublime país da eternidade.

Que o Mestre divino vos ilumine e fortaleça para que muito possamos realizar em favor de nossos irmãos menores.

Palminha

Mensagem recebida pela médium Déa Gazzinelli


sábado, 28 de dezembro de 2024

Vida e posse

 

“Não é a vida mais que o alimento?” — Jesus (Mateus, 6:25)

 

Aconselha-te com a prudência para que teu passo não ceda à loucura.

Há milhares de pessoas que efetuam a romagem carnal, amontoando posses exteriores, à gana de ilusória evidência.

Senhoreiam terras que não cultivam.

Acumulam ouro sem proveito.

Guardam larga cópia de vestimenta sem qualquer utilidade.

Retém grandes arcas de pão que os vermes devoram.

Disputam remunerações e vantagens de que não necessitam.

E imobilizam-se no medo ou no tédio, no capricho maligno ou nas doenças imaginárias, até que a morte lhes reclama a devolução do próprio corpo.

Não olvides, assim, a tua condição de usufrutuário do mundo e aprende a conservar no próprio íntimo os valores da Grande Vida.

Vale-te dos bens passageiros para estender o bem eterno.

Aproveita os obstáculos para incorporar a riqueza da experiência.

Não retenhas recursos externos de que não careças.

Não desprezes lição alguma.

Começa a luta de cada dia, com o deslumbramento de quem observa a beleza terrestre pela primeira vez e agradece a paz da noite como quem se despede do mundo para transferir-se de residência.

Ama pela glória de amar.

Serve sem prender-te.

Lembra-te de que amanhã restituirás à vida o que a vida te emprestou, em nome de Deus, e que os tesouros de teu espírito serão apenas aqueles que houveres amealhado em ti próprio, no campo da educação e das boas obras.

 

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 8

 

 


sábado, 21 de dezembro de 2024

Melhorar para progredir

 

“E a um deu cinco talentos e a outro dois e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade…” — Jesus (Mateus, 25:15)

 

Melhorar para progredir — eis a senha da evolução.

Passa o rio dos dons divinos em todos os continentes da vida, contudo, cada ser lhe recolhe as águas, segundo o recipiente de que se faz portador.

Não olvides que os talentos de Deus são iguais para todos, competindo a nós outros a solução do problema alusivo à capacidade de recebê-los.

Não te percas, desse modo, na lamentação indébita.

Uma hora anulada na queixa é vasto patrimônio perdido no preparo da justa habilitação para a meta a alcançar.

Muitos suspiram por tarefas de amor, confiando-se à aversão e à discórdia, enquanto que muitos outros sonham servir à luz, sustentando-se nas trevas da ociosidade e da ignorância.

A alegria e o fulgor dos cimos jazem abertos a todos aqueles que se disponham à jornada da ascensão.

Se te afeiçoas, assim, aos ideais de aprimoramento e progresso, não te afastes do trabalho que renova, do estudo que aperfeiçoa, do perdão que ilumina, do sacrifício que enobrece e da bondade que santifica.

Lembra-te de que o Senhor nos concede tudo aquilo de que necessitamos para comungar-Lhe a glória divina, entretanto, não te esqueças de que as dádivas do Criador se fixam, nos seres da Criação, conforme a capacidade de cada um.

 

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 7

 

 


sábado, 14 de dezembro de 2024

No rumo do amanhã

 

“Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?” — Jesus, (Marcos, 8:36)

 

Lembra-te de viver, conquistando a glória eterna do espírito.

Diariamente retiram-se da Terra criaturas cujo passo se imobiliza nos angustiosos tormentos da frustração…

Estendem os braços para o ouro que amontoaram, contudo… esse ouro apenas lhes assegura o mausoléu em que se lhes guardam as cinzas.

Alongam a lembrança para o nome em que se ilustraram nos eventos humanos, todavia… quase sempre a fulguração pessoal de que se viram objeto apenas lhes acorda o coração para a dor do arrependimento tardio.

Contemplam o campo de luta em que desenvolveram transitório domínio, mas… não enxergam senão a poeira da desilusão que lhes soterra os sonhos mortos.

Sim, em verdade, passaram no mundo em carros de triunfo na política, na fortuna, na ciência, na religião, no poder…

No entanto, incapazes do verdadeiro serviço aos semelhantes, enganaram tão somente a si próprios, no culto ao egoísmo e ao orgulho, à intemperança e à vaidade que lhes devastaram a vida.

E despertam, além da morte, sem recolher-lhe a renovadora luz.

Recorda os que padecem na derrota de si mesmos, depois de se acreditarem vencedores, dos que choram as horas perdidas, e procura, enquanto é hoje, enriquecer o próprio espírito para o amanhã que te aguarda, porque, consoante o ensino do Senhor, nada vale reter por fora o esplendor de todos os impérios do mundo, conservando a treva por dentro do coração.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 6

 

 


sábado, 7 de dezembro de 2024

Fé e obras

 

“A fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.” — (Tiago, 2:17)

 

Imaginemos o mundo transformado num templo vasto, respeitável sem dúvida, mas plenamente superlotado de criaturas em perene adoração ao Céu.

Por dentro, a fé reinando sublime:

Orações primorosas…

Discursos admiráveis…

Louvores e cânticos…

Mas, por fora, o trabalho esquecido:

Campos ao desamparo…

Enxadas ao abandono…

Lareiras em cinza…

De que teria valido a exaltação exclusiva da fé, senão para estender a morte no mundo que o Senhor nos confiou para a glória da vida?

Não te creias, desse modo, em comunhão com a Divina Majestade, simplesmente porque te faças cuidadoso no culto externo da religião a que te afeiçoas.

Conhecimento nobre exige atividade nobre.

Elevação espiritual é também dever de servir ao Eterno Pai na pessoa dos semelhantes.

É por isso que fé e obras se completam no sistema de nossas relações com a Vida Superior.

Prece e trabalho.

Santuário e oficina.

Cultura e caridade.

Ideal e realização.

Nesse sentido, Jesus é o nosso exemplo indiscutível.

Não se limitou o Senhor a simples glorificação de Deus nos Paços* Divinos, quanto à edificação dos homens. Por amor infinitamente a Deus, na sublime tarefa que lhe foi cometida, desceu à esfera dos homens e entregou-se à obra do amor infatigável, levantando-nos da sombra terrestre para a Luz Espiritual.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 5

 

*paço: habitação suntuosa para a realeza ou o episcopado; palácio.

 


sábado, 30 de novembro de 2024

Amor e temor

 

“O perfeito amor lança fora o temor.” — (1 João, 4:18)


Para que nossa alma se expanda sem receio, através das realizações que o Senhor nos confia, não basta o imperfeito amor que estipula salários de gratidão ou que se isola na estufa do carinho particular, reclamando entendimento alheio.

É necessário rendamos culto ao perfeito amor que tudo ilumina e a todos se estende sem distinção.

O imperfeito amor, procurando o gozo próprio no concurso dos outros, é quase sempre o egoísmo em disfarce brilhante, buscando a si mesmo nas almas afins para atormentá-las sob múltiplas formas de temor, quais sejam a exigência e o ciúme, a crueldade e o desespero, acabando ele próprio no inferno da amargura e da frustração.

O perfeito amor, contudo, compreende que o Pai Celeste traçou caminhos infinitos para a evolução e aprimoramento das almas, que a felicidade não é a mesma para todos e que amar significa entender e ajudar, abençoar e sustentar sempre os corações queridos, no degrau de luta que lhes é próprio.

Para que te libertes, assim, das algemas do medo, não basta te acolhas no anseio de ser ardentemente querido e auxiliado pelos outros, segundo as disposições do amor incompleto. É indispensável saibas amar, com abnegação e ternura, entre a esperança incansável e o serviço incessante pela vitória do bem, sob a tutela dos quais viverás sempre amado, segundo o amor equilibrado e perfeito, pela força divina que nos ergue, triunfante, dos abismos da sombra para os cimos da luz.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 4