quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Caminhos dos Discípulos

 


Buscai a sabedoria espiritual e procurai através do discernimento aplicá-la em sua própria vida.

Perdoar. O mais nobre sentimento cristão é o perdão.

Aprendendo verdadeiramente o sentimento do amor ao próximo, aprenderemos a exercer a sublime virtude do perdão, condição imprescindível para a jornada do bom discípulo.

Servir com amor ao trabalho na seara do Mestre engrandece as criaturas, libertando-as do egoísmo e passando a viver as excelsas leis do altruísmo e da fraternidade.

Não julgar. Só o Pai é capaz de penetrar o âmago do espírito de cada ser e julgá-lo corretamente.

Procuremos ver apenas o lado bom de nossos irmãos, para que nossos guias também possam perdoar-nos as faltas e valorizar o nosso esforço no bem.

Paciência, se o dia de hoje te parece triste e obscuro, se as provas te acabrunham e desanimam, aprende a renovar-se na fé e na esperança, na certeza de que Deus não desampara aqueles que nele confiam e guardam no coração os seus mandamentos.

Vigilância. A oração nos liga ao amparo celeste, abrindo nossa intuição às doces influências espirituais.

No tumulto do mundo em que vivemos, repleto de ilusões, muitas vezes descuidamos da necessária vigilância em nos mantermos em prece e no trabalho construtivo no bem, donde recolheremos as bênçãos do divino pastor.

Resignação. Se trazes contigo determinada prova que te causa na existência presente muitas agruras, lembra-te que os débitos ressarcidos com resignação e amor, são luzes que te iluminam os caminhos futuros.

Se estiveres com o Cristo, Ele estará sempre contigo, suavizando-te as provas, impulsionando-te em tuas tarefas de amor, conduzindo-te serenamente, de alma forte e feliz, fazendo-te vencer, pouco a pouco, tuas lutas e libertando-te na ascensão excelsa daqueles que verdadeiramente se renovam no amor cristão para penetrarem felizes, um dia, os caminhos benditos da redenção do amor e da fé.

Palminha - Psicografia: Déa Gazzinelli


sábado, 20 de setembro de 2025

Na tarefa da paz

 

“… A minha paz vos dou…” — Jesus (João, 14:27)

 

Todos ambicionam a paz. Raros ajudam-na.

Que fazes por sustentá-la?

Recorda que a segurança dos aparelhos mais delicados depende, quase sempre, de parafusos pequeninos ou de junturas inexcedivelmente singelas.

Não haverá tranquilidade no mundo, sem que as nações pratiquem a tolerância e a fraternidade.

E se a nação é conjunto de cidades, a cidade é um agrupamento de lares, tanto quanto o lar é um ninho de corações.

A harmonia da vida começará, desse modo, no íntimo de nossas próprias almas ou toda harmonia aparente na paisagem humana será sempre simples jogo de inércia.

Comecemos, pois, a sublime edificação no âmago de nós mesmos.

Não transmitas o alarme da crítica, nem estendas o fogo da crueldade.

Inicia o teu apostolado de paz, calando a inquietação no campo do próprio ser.

Onde surjam razões de queixa, sê a cooperação que restaura o equilíbrio; onde medrem espinhos de sofrimento, sê a consolação que refaz a esperança.

Detém-te na Tolerância Divina e renova para todas as criaturas de teu círculo as oportunidades do bem.

Reafirma o compromisso de servir, silenciando sempre onde não possas agir em socorro do próximo.

Ao preço da própria renunciação, disse-nos o Senhor:

— “A minha paz vos dou.”

E para que a paz se faça, na senda em que marchamos, é preciso que à custa de nosso próprio esforço se faça a paz em nós, a fim de que possamos irradiá-la, em tudo, no amparo vivo aos outros.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 46


sábado, 13 de setembro de 2025

No sustento da paz

 

“Vivei em paz uns com os outros.” — Paulo (I Tessalonicenses, 5:13)

 

Costumamos referir-nos à guerra, qual se ela fosse um fenômeno de teratologia* política, exclusivamente atribuível aos desmandos de ditadores cruéis, quando todos somos intimados pela vida ao sustento da paz.

Todos agimos uns sobre os outros e, ainda que a nossa influência pessoal se nos figure insignificante, ela não é menos viva na preservação da harmonia geral.

A floresta é um espetáculo imponente da natureza, mas não se agigantou sem o concurso de sementes pequeninas.

Nossa deficiência de análise, quanto à contribuição individual no equilíbrio comum, nasce, via de regra, da aflição doentia com que aguardamos ansiosamente os resultados de nossas ações, sequiosos de destaque pessoal no imediatismo da Terra; isso faz com que procedamos, à maneira de alguém que se decidisse a levantar uma casa com total menosprezo pelas pedras, tijolos, parafusos e vigas, aparentemente sem importância, quando isoladamente considerados, mas indispensáveis à construção.

Habituamo-nos, frequentemente, a maldizer o irmão que se fez delinquente, com absoluta descaridade para com a debilitação de caráter a que chegou, depois de longo processo obsessivo que lhe corroeu a resistência moral, quase sempre após fugirmos da providência fraterna ou da simples conversação esclarecedora, capazes de induzi-lo à vitória sobre as tentações que o levaram à falta consumada.

Lideramos reclamações contra o estridor de buzinas na via pública e não nos pejamos das maneiras violentas com que abalamos os nervos de quem nos ouve.

Todos somos chamados à edificação da paz que, aliás, prescinde de qualquer impulso vinculado às atividades de guerra e que, paradoxalmente, depende de nossa luta por melhorar-nos e educar-nos, de vez que paz não é inércia e sim esforço, devotamento, trabalho e vigilância incessantes a serviço do bem. Nenhum de nós está dispensado de auxiliar-lhe a defesa e a sustentação, porquanto, muitas vezes, a tranquilidade coletiva jaz suspensa de um minuto de tolerância, de um gesto, de uma frase, de um olhar…

Não te digas, pois, inabilitado a contribuir na paz do mundo. Se não admites o poder e o valor dos recursos chamados menores no engrandecimento da vida, faze um palácio diante de vigorosa central elétrica e procura dotá-lo de luz e força sem a tomada.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 45

 

* teratologia: figurado - o conjunto dos monstros; a monstruosidade.

 


sábado, 6 de setembro de 2025

71 Anos de Luz e Serviço

 


Ao longo da trajetória desta Casa de Luz, muitas foram as mensagens que nos fortaleceram na fé e no serviço. Entre elas, recordamos com carinho as palavras transmitidas por nosso diretor espiritual, Joseph Gleber, em maio de 1970, em uma mensagem psicografada que nos convidava a refletir sobre o chamado do Cristo:

 

“Vinde a mim todos os que andais aflitos e sobrecarregados, e eu vos aliviarei...”

Essa promessa do Cristo nos envolve a alma em carinhosa meditação. Jesus nos aponta os roteiros de amor e bondade, para que nossa evolução moral possa se transformar no alicerce da nossa própria felicidade.

 

As palavras do nosso benfeitor são oportunas para a nossa reflexão. Neste momento em que celebramos os 71 anos da nossa Casa Espírita, sentimos o coração aquecido pela certeza de que este é um lar de acolhimento e de fé, erguido pelo esforço de tantos corações que aqui encontraram consolo, renovação e paz. Não se trata apenas de um marco no tempo, mas de uma oportunidade para pensarmos sobre a nossa caminhada como servidores de Jesus. Cada gesto de amor oferecido se soma ao grande patrimônio espiritual desta Casa de Luz.

 

Inspirados pelo exemplo dos que nos antecederam, reafirmamos o compromisso de sermos fermento de transformação no mundo, páginas vivas do Evangelho a irradiar amor, consolo e esclarecimento. Parafraseando Emmanuel, é preciso aceitarmo-nos na condição de obreiros chamados por Jesus a servir. Compreendermo-nos em nossa jornada como sendo uma só família na intimidade do lar, dedicarmo-nos ao rendimento da obra. Acreditarmos — e acreditarmos mesmo — que nada conseguiremos de bom, perante o Senhor, sem humildade e paciência, tolerância e compreensão, uns diante dos outros.

 

Que esta celebração nos fortaleça no propósito de aceitarmos a missão de nos tornarmos 'Apóstolos da Nova Era' e de mantermos abertas as portas desta Casa como um hospital de almas, um farol de esperança e um ponto de encontro com Jesus, para que, unidos no trabalho e na fé, continuemos contribuindo para a construção de um mundo mais justo, fraterno e iluminado.

 

Gilvonete Pereira

Diretora Administrativa – CEJG


Palestras CEJG - Setembro/2025

 


Sarau de Luzes: Apóstolos da Nova Era!

 



Já estamos recebendo inscrições para o nosso sempre animado Sarau de Luzes 🙌🏾.
Venha cantar, declamar ou atuar apresentando a sua face artística 🎭
Será no dia 21 de setembro 🗓️, às 18h.



sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Centro Espírita Joseph Gleber: 71 anos!

 


O mês de setembro é muito especial para os trabalhadores do Centro Espírita Joseph Gleber 🤗.

 

🥰 É o mês do nosso aniversário 🎂.

 

Mais 1 ano de existência, mantendo as portas abertas para variadas atividades em prol da formação do” Homem de bem.”

 

Nossas comemorações serão:

- 19/09 - Sexta-feira 20h

        Palestra: “Apóstolos da Nova Era - Com Luiz Coimbra

 

- 20/09 - Sábado 15h

       Seminário: Entusiasmo pela tarefa e espírito de equipe - Com Luiz Coimbra

 

- 21/09 - Domingo 18h

        Sarau de Luzes

 

Será uma grande alegria receber vocês 🤗😃.

 

Nossa casa, há 71 anos,

Deitou a sua raiz.

Que o Céu nos abençoe

O Aniversário Feliz!

 

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Ação

 

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis, e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” — Paulo (I Coríntios, 15:58)

 

Nas lutas do dia a dia, todos somos impelidos a várias operações para avançar no caminho…

Sentimos.

Desejamos.

Pensamos.

Falamos.

Estudamos.

Aprendemos.

Conhecemos.

Ensinamos.

Analisamos.

Trabalhamos.

Entretanto, é preciso sentir a necessidade do bem de todos para que saibamos desejar com acerto; desejar com acerto para pensar honestamente; pensar honestamente para falar aproveitando; falar aproveitando para estudar com clareza; estudar com clareza para aprender com entendimento; aprender com entendimento para conhecer discernindo; conhecer discernindo para ensinar com bondade;  ensinar com bondade para analisar com justiça e analisar com justiça para trabalhar em louvor do bem, porque, em verdade, todos somos diariamente constrangidos à ação e pelo que fazemos é que cada um de nós decide quanto ao próprio destino, criando para si mesmo a inquietante descida à treva ou a sublime ascensão à luz.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 44



quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Você conhece a história de Cornélio Pires?

 

Cornélio Pires nasceu em Tietê, São Paulo, em 1884, e desencarnou em 1958, na capital paulista. De personalidade marcante, destacou-se em todo o Brasil ao percorrer cidades do interior como humorista caipira, aproximando-se do povo simples e valorizando a cultura popular. Inicialmente, sonhava em seguir carreira na área da farmácia, mas, diante de um insucesso em concurso, optou pelo jornalismo, atuando em veículos de prestígio como O Comércio de São Paulo, O Estado de São Paulo e O Pirralho. Sua atuação chamou a atenção de importantes escritores e jornalistas que exaltaram seu talento, generosidade e dedicação à cultura nacional.

 

Em 1910, lançou Musa Caipira, obra amplamente elogiada pela crítica, especialmente por seu valor literário e pela preservação de expressões e costumes do Brasil interiorano. Escritores como Sílvio Romero destacaram a originalidade, o humor e a espontaneidade presentes em seus textos, que se tornaram documentos preciosos da linguagem popular. Cornélio foi incentivado por intelectuais como Amadeu Amaral a se tornar divulgador do folclore brasileiro, função que exerceu com grande paixão e reconhecimento.

 

No campo religioso, Cornélio buscou inicialmente o Presbiterianismo, mas não se identificou com as interpretações rígidas e a ideia de penas eternas. Durante suas viagens, presenciou fenômenos mediúnicos que despertaram seu interesse pelo Espiritismo. Estudou obras de Allan Kardec, Léon Denis e outras psicografadas por Chico Xavier, tornando-se adepto da Doutrina Espírita. Dedicou-se ao estudo de fenômenos de efeitos físicos e escreveu livros como Coisas do Outro Mundo e Onde estás, ó morte?, demonstrando sua adesão firme ao Espiritismo e sua crença na fé raciocinada.

 

Ao longo da vida, Cornélio publicou uma vasta bibliografia, reunindo poesias, contos, crônicas, peças teatrais e livros de humor, sempre valorizando a linguagem caipira e a cultura popular. Fundou ainda o "Teatro Ambulante Cornélio Pires", que percorreu diversas cidades levando arte e alegria às populações locais. Pouco antes de sua desencarnação, retornou a Tietê, onde criou a "Granja de Jesus", destinada ao amparo de crianças desamparadas, embora não tenha visto sua conclusão.

 

Cornélio Pires deixou um legado profundo como escritor, humorista, divulgador do folclore e espírita convicto. Sua vida foi marcada pela defesa da simplicidade, do amor ao próximo e da difusão cultural e espiritual. Para ele, o Espiritismo representava não apenas uma filosofia de fé raciocinada, mas também um caminho de caridade e esclarecimento. Sua trajetória permanece como exemplo de dedicação à cultura brasileira e à propagação da mensagem espiritual.

 

Texto elaborado com base na biografia constante do sítio da Federação Espírita Brasileira.


sábado, 30 de agosto de 2025

Na mediunidade

 

“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.” — Paulo (II Coríntios, 4:7)

 

Utilizando as faculdades mediúnicas de que foste dotado, não olvides que funcionas à guisa de refletor, cujo material de estrutura nada tem de comum com a luz que retrata.

O espelho, seja de metal ou de vidro, detém os raios solares, sem comungar-lhes a natureza, e o fio simples transmite o remoinho eletrônico, sem partilhar-lhe o poder.

Entretanto, se o espelho jaz limpo consegue reter a bênção da claridade e se o fio obedece à inteligência que o norteia converte-se em portador da energia.

Assim também a mediunidade, pela qual, sem maior obstáculo, te eriges em mensagem de instrução e refazimento, esperança e consolo. Através dela, recolhes o influxo da Esfera Superior sem compartilhar-lhe a grandeza, mas se guardas contigo humildade e correção, converter-te-ás no instrumento ao socorro moral de muitos.

Todavia, assim como, às vezes, o espelho se turva e o fio se rompe, exigindo reajustamentos, também a força mediúnica em tua alma é suscetível de rupturas diversas, reclamando trabalho restaurativo.

Não te afaças*, assim, ao desânimo ou à negação se essa ou aquela dificuldade aparece na obra do intercâmbio.

O erro, no clima da sinceridade, é sempre lição.

Afervora-te no trabalho do bem e recolhe-te à humildade do aprendiz atencioso e vigilante, gastando severidade contigo e benevolência para com os outros, porque qualquer dom da Luz Divina na obscuridade do ser humano, qual se expressa na conceituação apostólica, é um “tesouro em vaso de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.”

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 43

 

* Afaças - terceira pessoa singular do imperativo de afazer.

Afazer – 1. Adquirir um hábito ou costume.

Dicionário Priberam da Língua Portuguesa