“Porque a paixão do dinheiro é a raiz de toda a
espécie de males e, nessa cobiça, alguns se desviaram da fé e se traspassaram a
si mesmos com muitas dores.” — Paulo (I Timóteo, 6:10)
Não encarceres o dinheiro para que o dinheiro não te
encarcere.
Bênção da vida que o Senhor permite circule na
organização da comunidade, qual sangue no corpo, converte-se em perigoso tirano
de quem o escraviza.
Deforma, por isso mesmo, os corações que o segregam no
vício, como se faz verdugo implacável do avarento que o trancafia nos cofres da
usura.
Algemado à inteligência perversa, transforma-se em
arma destruidora, e extorquido às lágrimas de viúvas e órfãos, vinga-se
daqueles que o recolhem, instilando-lhes enfermidades e cegueira de espírito.
Libertado, porém, no campo do progresso e da bondade,
converte-se em oculto libertador daqueles que o libertam.
É por essa razão que se faz alegria na colher de leite
à criança desamparada ou no leito simples que agasalha o doente sem teto,
voltando em forma de paz àqueles que o distribuem.
Orientado na direção dos que sofrem é prece de
gratidão em louvor dos braços que o movimentam e conduzido aos círculos de
aflição é cântico inarticulado de amor para as almas que o semeiam na gleba
castigada do sofrimento.
Não é a moeda que envilece o homem e sim o homem que a
envilece, no desvario das paixões que o degradam.
Deixa, pois, que o dinheiro de passagem por tuas mãos
se faça bênção de trabalho e educação, caridade e socorro, à feição do ar que
respiras sem furtá-lo aos pulmões dos outros, e perceberás que o dinheiro, na
origem, é propriedade simples de Deus.
Emmanuel / Chico Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 48
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