sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Missionário

                                                                                        Lembrando Allan Kardec


Pés sangrando no trilho solitário,

Dilacerado, exânime, proscrito,

— Ave do sonho em montes de granito

Assim passa no mundo o Missionário.

 

Incompreendido e estranho visionário,

Contendo, a custo, o peito exausto e aflito,

Vai carregando as glórias do Infinito,

Entre as chagas e as sombras do Calvário.

 

Longas jornadas, ásperos caminhos,

No campo de grilhões, trevas e espinhos,

Onde semeia o trigo da Verdade!…

 

  Virão, porém, os dias da colheita

E os celeiros da luz pura e perfeita

No Divino País da Eternidade.

 

Cruz e Souza / Chico Xavier

Livro: Coletânea do Além


Ajudemos sempre

 

“E quem é o meu próximo?” — (Lucas, 10:29)

 

O próximo a quem precisamos prestar imediata assistência é sempre a pessoa que se encontra mais perto de nós.

Em suma, é, por todos os modos, a criatura que se avizinha de nossos passos. E como a Lei Divina recomenda amemos o próximo como a nós mesmos, preparemo-nos para ajudar, infinitamente…

Se temos pela frente um familiar, auxiliemo-lo com a nossa cooperação ativa.

Se somos defrontados por um superior hierárquico, exercitemos o respeito e a boa vontade.

Se um subordinado nos procura, ajudemo-lo com atenção e carinho.

Se um malfeitor nos visita, pratiquemos a fraternidade, tentando, sem afetação, abrir-lhe rumos novos na direção do bem.

Se o doente nos pede socorro, compadeçamo-nos de sua posição, qualquer que ela seja.

Se o bom se socorre de nossa palavra, estimulemo-lo a que se faça melhor.

Se o mau nos busca a influência, amparemo-lo, sem alarde, para que se corrija.

Se há Cristianismo em nossa consciência, o cultivo sistemático da compreensão e da bondade tem força de lei em nossos destinos.

Um cristão sem atividade no bem é um doente de mau aspecto, pesando na economia da coletividade.

No Evangelho, a posição neutra significa menor esforço.

Com Jesus, de perto, agindo intensivamente junto dele; ou com Jesus, de longe, retardando o avanço da luz. E sabemos que o Divino Mestre amou e amparou, lutou em favor da luz e resistiu à sombra, até à cruz.

Diante, pois, do próximo, que se acerca do teu coração, cada dia, lembra-te sempre de que estás situado na Terra para aprender e auxiliar.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 126



sábado, 7 de outubro de 2023

Mais Luz - Edição 651 - 08/10/2023

 

Venha ler e refletir conosco:

https://mailchi.mp/c070201b599e/aos-espritas

 

Auto de fé em Barcelona. Apreensão dos livros

Ante o Evangelho: Escândalos

Mensagem da Semana: Ricamente – Fonte Viva 125

Poema: Aos espíritas – Casimiro Cunha

Oração por auxílio – Emmanuel



sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Jornada com Raul Teixeira - Teófilo Otoni

 


A comunidade espírita de Teófilo Otoni recebeu, com muito carinho, no dia 05/10/2023, os companheiros José Raul Teixeira e Rosiane Guimarães, para importantes e marcantes reflexões.



quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Auto de fé em Barcelona. Apreensão dos livros.

 


21 de setembro de 1861. — (Em minha casa; médium: Sr. d’A…)

 

A pedido do Sr. Lachâtre, então residente em Barcelona, eu lhe enviara certa quantidade de O Livro dos Espíritos, de O Livro dos Médiuns, das coleções da Revista Espírita, além de diversas obras e brochuras espíritas perfazendo um total de cerca de 300 volumes. A expedição da encomenda fora regularmente feita pelo seu correspondente em Paris, num caixão que continha outras mercadorias e sem a menor infração da legalidade. À chegada dos livros, fizeram que o destinatário pagasse os direitos de entrada, mas, antes de os entregarem, houve que ser entregue uma relação das obras ao bispo, pois, naquele país, a polícia de livraria competia à autoridade eclesiástica. O bispo se achava então em Madri. Ao regressar, tomando conhecimento da relação dos livros, ordenou que eles fossem apreendidos e queimados em praça pública pela mão do carrasco. A execução da sentença foi marcada para 9 de outubro de 1861.

Se se houvesse tentado introduzir aquelas obras como contrabando, a autoridade espanhola teria o direito de dispor delas à sua vontade; mas, desde que absolutamente não havia fraude, nem surpresa, como o provava o pagamento espontâneo dos direitos, fora de rigorosa justiça que se ordenasse a reexportação dos volumes, uma vez que não convinha se lhes admitisse a entrada. Ficaram, porém, sem resultado as reclamações apresentadas por intermédio do Cônsul francês em Barcelona. O Sr. Lachâtre me perguntou se valeria a pena recorrer à autoridade superior. Opinei por que se deixasse consumar o ato arbitrário; entendi, porém, acertado ouvir a opinião do meu guia espiritual.

 

Pergunta. (à Verdade) — Não ignoras, sem dúvida, o que acaba de passar-se em Barcelona, com algumas obras espíritas. Quererás ter a bondade de dizer-me se convirá prosseguir na reclamação para restituição delas?

Resposta. — Por direito, podes reclamá-las e conseguirias que te fossem restituídas, se te dirigisses ao Ministro de Estrangeiros da França. Mas, ao meu parecer, desse auto de fé resultará maior bem do que o que adviria da leitura de alguns volumes. A perda material nada é, a par da repercussão que semelhante fato produzirá em favor da Doutrina. Deves compreender quanto uma perseguição tão ridícula, quanto atrasada, poderá fazer a bem do progresso do Espiritismo na Espanha. A queima dos livros determinará uma grande expansão das ideias espíritas e uma procura febricitante das obras dessa doutrina. As ideias se disseminarão lá com maior rapidez e as obras serão procuradas com maior avidez, desde que as tenham queimado. Tudo vai bem.

Obras póstumas — 2ª Parte.

***


"Assistiram ao Auto de Fé: um sacerdote com os hábitos sacerdotais, empunhando a cruz numa mão e uma tocha na outra; um escrivão encarregado de redigir a ata do Auto de Fé; um ajudante do escrivão; um empregado superior da administração das alfândegas; três serventes da alfândega, encarregados de alimentar o fogo; um agente da alfândega representando o proprietário das obras condenadas pelo bispo.”

"Uma multidão incalculável enchia as calçadas e cobria a imensa esplanada onde se erguia a fogueira. Quando o fogo consumiu os trezentos volumes ou brochuras espíritas, o sacerdote e seus ajudantes se retiraram, cobertos pelas vaias e maldições de numerosos assistentes, que gritavam: Abaixo a Inquisição! Em seguida, várias pessoas se aproximaram da fogueira e recolheram as suas cinzas."

Revista Espírita - nov. de 1861: 'Resquícios da Idade Média'

 

***

Na Revista Espírita daquele mesmo mês, Kardec publicou duas comunicações espirituais, dentre tantas, recebidas na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas; a primeira foi assinada pelo Espírito Dollet, que havia sido um livreiro do século XVI:

 

"O amor da verdade deve sempre fazer-se ouvir: ela rompe o véu e brilha ao mesmo tempo por toda parte. O Espiritismo tornou-se conhecido de todos; logo será julgado e posto em prática. Quanto mais perseguições houver, tanto mais depressa esta sublime doutrina alcançará o apogeu. Seus mais cruéis inimigos, os inimigos do Cristo e do progresso, atuam de maneira que ninguém possa ignorar a permissão de Deus, dada àqueles que deixaram esta Terra de exílio, de voltarem aos que amaram. Ficai certos: as fogueiras apagar-se-ão por si mesmas; e se os livros são lançados ao fogo, o pensamento imortal lhes sobrevive."

Dollet

 

***

“Graças a esse zelo imprudente, todo o mundo na Espanha vai ouvir falar do Espiritismo e quererá saber o que é ele; é tudo quanto desejamos. Podem queimar-se livros, mas não se queimam ideias; as chamas das fogueiras as superexcitam, em vez de abafar. Aliás, as ideias estão no ar, e não há Pireneus bastante altos para as deter. Quando uma ideia é grande e generosa encontra milhares de pulmões prestes a aspirá-la.”

 

Allan Kardec - Revista Espírita, setembro de 1864 - “O novo bispo de Barcelona”

 

***

Referências: Obras póstumas, Revista Espírita nov/1861, cartilha Auto de fé de Barcelona (UEM)


Ricamente

 

“A palavra do Cristo habite em vós, ricamente…” — Paulo. (Colossenses, 3:16)

 

Dizes confiar no poder do Cristo, mas, se o dia aparece em cores contrárias à tua expectativa, demonstras deplorável indigência de fé na inconformação.

Afirmas cultivar o amor que o Mestre nos legou, entretanto, se o companheiro exterioriza pontos de vista diferentes dos teus, mostras enorme pobreza de compreensão, confiando-te ao desagrado e à censura.

Declaras aceitar o Evangelho em sua simplicidade e pureza, contudo, se o Senhor te pede algum sacrifício perfeitamente compatível com as tuas possibilidades, exibes incontestável carência de cooperação, lançando reptos e solicitando reparações.

Asseveras procurar a Vontade do Celeste Benfeitor, no entanto, se os teus caprichos não se encontram satisfeitos, mostras lastimável miséria de paciência e esperança, arrojando teus melhores pensamentos ao lamaçal do desencanto.

Acenderemos, porém, a luz, permanecendo nas trevas?

Daremos testemunho de obediência, exaltando a revolta?

Ensinaremos a serenidade, inclinando-nos à desesperação?

Proclamaremos a glória do amor, cultivando o ódio?

A palavra do Cristo não nos convida a marchar na fraqueza, ou na lamentação, como se fôssemos tutelados da ignorância.

Segundo a conceituação iluminada de Paulo, a Boa Nova deve irradiar-se de nossa vida, habitando a nossa alma, ricamente.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 125



quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Aos espíritas

 

Se queres viver à luz

Do Espiritismo cristão,

Guarda o Discípulo Amado

No templo do coração.

 

Ele foi o Mensageiro

Do Espírito da Verdade

Unindo a Ciência e a Fé

Nas lutas da Humanidade.

 

Imita o seu sacrifício

Nas oficinas da Luz,

Praticando o ensinamento

Do Evangelho de Jesus.

 

Suporta a calúnia, o apodo,

O ridículo, o tormento,

Sem fugir à tua fé,

Nos dias do sofrimento.

 

Lembra o Discípulo e o Mestre

Nosso Mestre e Salvador

E farás do teu caminho

Um sacerdócio de Amor.

 

Casimiro Cunha - Chico Xavier

Livro: Mandato de amor



Oração por auxílio

 


Senhor!…

Auxilia-nos para o bem que nos destinas, mas também para extinguir o mal que ainda carregamos.

Auxilia-nos não só a crer, mas também a realizarmos o melhor.

Auxilia-nos a praticar aceitação, mas também a exercermos o discernimento.

Auxilia-nos a usar a paciência, mas também a livrar-nos da inércia.

Auxilia-nos a trabalhar, mas também a servirmos sem reclamação.

Auxilia-nos a estender o amor que nos ensinaste, mas também a cultivar o amor, sem criarmos problemas para ninguém.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro Joia


sábado, 30 de setembro de 2023

Mais Luz - Edição 650 - 01/10/2023

 

Confira conosco:

https://mailchi.mp/740169a17b7e/lembrando-allan-kardec

 

Lembrando Allan Kardec – Irmão X

Ante o Evangelho: Consolador prometido

Mensagem da Semana: Não te canses – Fonte Viva 124

Poema: Allan Kardec – F. Xavier

Oração: Senhor Jesus – Emmanuel