“A palavra do Cristo
habite em vós, ricamente…” — Paulo. (Colossenses, 3:16)
Dizes confiar no poder do Cristo, mas, se o dia
aparece em cores contrárias à tua expectativa, demonstras deplorável indigência
de fé na inconformação.
Afirmas cultivar o amor que o Mestre nos legou,
entretanto, se o companheiro exterioriza pontos de vista diferentes dos teus,
mostras enorme pobreza de compreensão, confiando-te ao desagrado e à censura.
Declaras aceitar o Evangelho em sua simplicidade e
pureza, contudo, se o Senhor te pede algum sacrifício perfeitamente compatível
com as tuas possibilidades, exibes incontestável carência de cooperação,
lançando reptos e solicitando reparações.
Asseveras procurar a Vontade do Celeste Benfeitor, no
entanto, se os teus caprichos não se encontram satisfeitos, mostras lastimável
miséria de paciência e esperança, arrojando teus melhores pensamentos ao
lamaçal do desencanto.
Acenderemos, porém, a luz, permanecendo nas trevas?
Daremos testemunho de obediência, exaltando a revolta?
Ensinaremos a serenidade, inclinando-nos à
desesperação?
Proclamaremos a glória do amor, cultivando o ódio?
A palavra do Cristo não nos convida a marchar na
fraqueza, ou na lamentação, como se fôssemos tutelados da ignorância.
Segundo a conceituação iluminada de Paulo, a Boa Nova
deve irradiar-se de nossa vida, habitando a nossa alma, ricamente.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 125
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