quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Na esfera íntima

 

“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons dispensadores da multiforme graça de Deus.” — Pedro. (1 Pedro, 4:10)

 

A vida é máquina divina da qual todos os seres são peças importantes, e a cooperação é o fator essencial na produção da harmonia e do bem para todos.

Nada existe sem significação.

Ninguém é inútil.

Cada criatura recebeu determinado talento da Providência Divina para servir no mundo e para receber do mundo o salário da elevação.

Velho ou moço, com saúde do corpo ou sem ela, recorda que é necessário movimentar o dom que recebeste do Senhor, para avançares na direção da Grande Luz.

Ninguém é tão pobre que nada possa dar de si mesmo.

O próprio paralítico, atado ao catre da enfermidade, pode fornecer aos outros a paciência e a calma, em forma de paz e resignação.

Não olvides, pois, o trabalho que o Céu te conferiu e foge à preocupação de interferir na tarefa do próximo, a pretexto de ajudar.

Quem cumpre o dever que lhe é próprio, age naturalmente a benefício do equilíbrio geral.

Muitas vezes, acreditando fazer mais corretamente que os outros o serviço que lhes compete, não somos senão agentes de desarmonia e perturbação.

Onde estivermos, atendamos com diligência e nobreza à missão que a vida nos oferece.

Lembra-te de que as horas são as mesmas para todos e de que o tempo é o nosso silencioso e inflexível julgador.

Ontem, hoje e amanhã são três fases do caminho único.

Todo dia é ocasião de semear e colher.

Observemos, assim, a tarefa que nos cabe e recordemos a palavra do Evangelho: — “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons dispensadores da multiforme graça de Deus”, para que a graça de Deus nos enriqueça de novas graças.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 130



sábado, 4 de novembro de 2023

Mais Luz - Edição 655 - 05/11/2023

 

Confira nesta edição:

https://mailchi.mp/b75621964a0b/o-mais-difcil

 

O mais difícil – Hilário Silva

Ante o Evangelho: Se alguém vos bater na face direita, apresentai-lhe também a outra

Mensagem da Semana: Guarda a paciência – Fonte Viva – 129

Poema: Honra de servir – Maria Dolores

Oração de louvor – Augusto Cezar

 


Projeto Lendo e Relendo André Luiz


 

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

O mais difícil

 

Diante das águas calmas, Jesus refletia.

Afastara-se da multidão, momentos antes.

Ouvira remoques e sarcasmos.

Vira chagas e aflições.

O Mestre pensava…

 

Tadeu e Tiago, o moço, João e Bartolomeu aproximaram-se. Não era aquele um momento raro? E ensaiaram perguntas.

— Senhor, — disse João, — qual é o mais importante aviso da Lei na vida dos homens?

E o Divino Amigo passou a responder:

— Amemos a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos.

— E qual é a virtude mais preciosa? — Indagou Tadeu.

— A humildade.

— Qual o talento mais nobre, Senhor? — Falou Tiago.

— O trabalho.

— E a norma de triunfo mais elevada? — Interrogou Bartolomeu.

— A persistência no bem.

— Mestre, e qual é, para nós todos, o mais alto dever? — Aventurou Tadeu novamente.

— Amar a todos, a todos servindo sem distinção.

— Oh! isso é quase impossível, — gemeu o aprendiz.

— A maldade é atributo de todos, — clamou Tiago; — faço o bem quanto posso, mas apenas recolho espinhos de ingratidão.

— Vejo homens bons sofrendo calúnias por toda parte, — acentuou outro discípulo.

— Tenho encontrado mãos criminosas toda vez que estendo as mãos para auxiliar, — disse outro.

E as mágoas desfilaram diante do Mestre silencioso.

João, contudo, voltou a interrogá-lo:

— Senhor, que é mais difícil? Qual a aquisição mais difícil?

Jesus sorriu e declarou:

— A resposta está aqui mesmo em vossas lamentações. O mais difícil é ajudar em silêncio, amar sem crítica, dar sem pedir, entender sem reclamar… A aquisição mais difícil para nós todos chama-se paciência.

 

Hilário Silva /  Waldo Vieira – Livro: A Vida Escreve



Oração de Louvor

 


Senhor Jesus!

Mestre e Amigo.

Agradeço a renovação em que me transformas, através dos sinais de tua bondade, a cada dia.

Estou reconhecido pelos amigos que me deste, nos quais encontro alavancas espirituais de que me utilizo para seguir à frente.

Admiro, Senhor, a paciência com que me tomaste sob teus cuidados, ensinando-me nos contatos de cada companheiro que nada conseguirei fazer sozinho. Os diversos irmãos, que me proporcionaste, me fornecem esperança e coragem, apoio e lição que me compete incorporar ao arquivo de minhas próprias experiências.

Graças a ti, reconheço hoje que somos os braços uns dos outros e que muito me cabe compreender de trabalho e de ideal para ser igualmente compreendido.

Com infinita bondade, colocaste em meu coração o ideal da simplicidade, em cuja luz tenho aprendido a recolher-te a inspiração na flor anônima do campo, no rosto iluminado de paz que surpreendo nos doentes que se deixam conduzir pela fé, na proteção da árvore que me fala sem palavras da generosidade sem recompensa ou no sorriso de uma criança.

Sem qualquer exigência me induzes a calar para que outros falem e me revelas quanto devo servir e obedecer.

Agradecendo-te os dons com que me fortaleces o entendimento, peço ainda para que continues a burilar-me o coração de aprendiz para que me faça útil a quantos me cruzem os passos.

Quando não me seja possível obter o que desejo, auxilia-me a receber o que devo aceitar em meu benefício próprio.

Não me consintas agir na suposição de que o teu poder me pertence e ampara-me, a fim de que eu possa trabalhar com a tua bênção de paz, esteja onde estiver e seja com quem for.

Acolhe os meus agradecimentos pelo pai que me concedeste, pelas irmãs abençoadas de que me cercaste e pelos companheiros de que me enriqueces os dias, com os quais anseio agora esquecer-me para ser humilde e inicie o aprendizado de serviço aos semelhantes, a fim de ser feliz.

Sobretudo, Senhor, agradeço-te o coração de mãe ao qual me entregaste, porque unicamente através das realizações e dos ensinos de minha mãe é que começo a entender a importância de viver, de modo a seguir-te os passos na minha condição de filho de Deus.


Augusto Cezar / Chico Xavier – Livro: Augusto vive



quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Honra de servir

 

Às vezes, alma irmã, dizes que a vida

É um tecido de lutas colossais,

Que não tens paciência de sofrê-las,

Que não suportas mais.

 

Acalma-te, no entanto, pensa e nota:

Sem que os problemas surjam tais quais são,

Tudo seria o caos no campo da existência,

Deserto sem degraus de elevação.

 

— “Paciência, — explicou-nos sábio amigo, —

É o respeito ideal que se mantém,

Entre os seres e as vidas que se entrosam

Para a realização do Eterno Bem.”

 

Para que não se faça barro e lodo,

Pântano incomodando o próprio ar,

Deve a fonte servir no curso a que se prende,

No anseio de atingir a grandeza do mar.

 

Se o trigo recusasse a mó que o pulveriza,

Faria nobre prato com certeza

Ou talvez fosse adorno para o mundo,

Mas não seria pão brilhando à mesa.

 

Sem controle da usina que a governa,

Depois de acumulada onde se ativa,

Seria a força da eletricidade

Unicamente força destrutiva.

 

Se quisesse fugir da órbita a que atende,

Seria o próprio sol, nos espaços profundos,

Um monstro luminoso sem destino,

Perturbando a mecânica dos mundos.

 

Paciência, alma irmã, é o dom do entendimento,

A honra de servir que temos ao dispor,

Para erguer, ante os Céus, nos distritos da Terra,

O caminho da Paz e a presença do Amor.

 

Maria Dolores/Chico Xavier

Livro: A Vida Conta – Maria Dolores



terça-feira, 31 de outubro de 2023

Guarda a paciência

 

“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a Vontade de Deus, possais alcançar a promessa.” — Paulo. (Hebreus, 10:36)

 

Provavelmente estarás retendo, há muito tempo, a esperança torturada.

Desejarias que a resposta do mundo aos teus anseios surgisse, imediata, agasalhando-te o coração; entretanto, que paz desfrutarias no triunfo aparente dos próprios sonhos, sem resgatares os débitos que te encadeiam ao problema e à dificuldade?

Como repousar, ante a exigência do credor que nos requisita?

Descansará o delinquente, antes da justa reparação à falta cometida?

Sabes que o destino materializar-te-á os planos de ventura, que a vitória te coroará, enfim, a senda de luta, mas reconheces-te preso ao círculo de certas obrigações.

O lar convertido em forja de angústia…

A instituição a que serves, onde sofres a intromissão da calúnia ou o golpe da crueldade…

O parente a que deves respeito e carinho, do qual recolhes menosprezo e ingratidão…

A rede dos obstáculos…

A conspiração das sombras…

A perseguição gratuita, a enfermidade do corpo, a imposição do ambiente…

Se as provas te encarceram nas grades constringentes do dever a cumprir, tem paciência e satisfaze as obrigações a que te enlaçaste!…

Não renuncies ao trabalho renovador!

Recorda que a Vontade de Deus se expressa, cada hora, nas circunstâncias que nos cercam! Paguemos nossas contas com a sombra, para que a Luz nos favoreça!

Em verdade, alcançaremos a concretização dos nossos projetos de felicidade, mas, antes disso, é necessário liquidar com paciência as dívidas que contraímos perante a Lei.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 129



Palestras CEJG - Novembro/2023

 


sábado, 28 de outubro de 2023

Mais Luz - Edição 654 - 29/10/2023

 

Confira nesta edição:

https://mailchi.mp/bf00881580e9/dia-dos-mortos


Dia dos mortos – J. Raul Teixeira

Ante o Evangelho: Deixar aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos

Mensagem da Semana: Não rejeites a confiança – Fonte Viva, 128

Poema: Romaria dos mortos – A. de Guimarães

Oração do Dois de Novembro – Irmão X