Frederico
Fígner (2 de dezembro de 1866 – 19 de janeiro de 1947) nasceu em Milewko, na
então Tchecoslováquia. Migrou para os Estados Unidos quando Thomas Edison
lançou um aparelho que registrava e reproduzia sons por meio de cilindros
giratórios. Fascinado pela novidade levou esta novidade para o Brasil em 1891.
Passou por Manaus, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Recife e Salvador, até chegar
ao Rio de Janeiro em 1892. Já falando e entendendo um pouquinho de português
abriu a primeira loja, conhecida como Casa Edison, onde abriu o primeiro
estúdio de gravação e varejo de discos do Brasil, em 1900. Apesar das
limitações técnicas esta foi uma revolução para a música popular brasileira.
Foi
apresentado à Doutrina Espírita por Pedro Sayão, filho de Antônio Luís Sayão.
Trabalhou ajudando os necessitados e fez parte da Federação Espírita
Brasileira, como vice-presidente, tesoureiro e membro do Conselho Fiscal.
Em 1920 perdeu
a filha e, ouvindo falar da médium de efeitos físicos, Ana Prado, foi a Belém
do Pará com a esposa. No dia 1º de Abril de 1921, embarcou com toda a família e
participou de sessões relatadas no livro do Dr. Nogueira de Faria, intitulado “O
Trabalho dos Mortos”.
O jornalista
Viriato Correia (1884-1967) assim descreve Frederico Fígner: “Aos oitenta anos
tinha as vibrações, os entusiasmos, as vivacidades das juventudes estouvadas.
Quem o via pelas ruas, suado, chapéu atirado para a nuca, falando aqui, falando
ali, numa pressa de moço de recados, pensava estar vendo um ganhador que, em
cima da hora, corria para não perder a hora do negócio. No entanto, não era
para ganhar que ele vivia a correr. Rico, muito rico, não precisava entregar-se
à vassalagem do ganho. Corria para servir os outros, corria para ir ao encontro
dos necessitados.”
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