Reunião pública de 19-2-1960.
Questão n.° 176 - § 8.°
Recorres
à oração, junto desse ou daquele enfermo, e sofres, quando a restauração parece
tardia.
Entretanto,
reflete na Lei Divina a que todos, obrigatoriamente, nos entrosamos.
Isso
não quer dizer devamos ignorar o martírio silencioso dos companheiros em
calamidade do campo físico. Para tanto, seria preciso não haver sentimento.
Sabemos,
sim, quanto dói seguir, noite a noite, a provação dos familiares, em moléstias
irreversíveis; conhecemos, de perto, a angústia dos pais que recolhem no
coração o suplício dos filhinhos torturados no berço; partilhamos a dor dos
que gemem nos hospitais como sentenciados à pena última, e assinalamos o
tormento recôndito dos que fitam, inquietos, em doentes amados, os olhos que se
embaciam…
Observa,
porém, o quadro escuro das transgressões humanas que nos rodeiam.
Pensa
nos crimes perfeitos que injuriam a Terra;
na insubmissão dos que se rendem às sugestões do suicídio, prejudicando
os planos da Eterna Sabedoria e criando aflitivas expiações para si mesmos; nos
processos inconfessáveis dos que usam a inteligência para agravar as
necessidades dos semelhantes e na ingratidão dos que convertem o próprio lar em
reduto do desespero e da morte…
Medita
nos torvos compromissos dos que se acumpliciam agora com os domínios do mal, e
perceberás que a enfermidade é quase sempre o bem exprimindo reajuste,
sustando-nos a queda em delitos maiores.
Organizemos,
assim, o socorro da oração, junto de todos os que padecem no corpo dilacerado,
mas, se a cura demora, jamais nos aflijamos.
Seja
o leito de linho, de seda, palha ou pedra, a dor é sempre a mesma e a prece, em
toda parte, é bênção, reconforto, amparo, luz e vida.
Lembremo-nos,
no entanto, de que lesões e chagas, frustrações e defeitos, em nossa forma
externa, são remédios da alma que nós mesmos pedimos à farmácia de Deus.
Esta
mensagem, do espírito Francisco de Menezes Dias da Cruz (Dias da Cruz), é do
livro “Instruções Psicofônicas” e foi recebida pela mediunidade de psicofonia
por Francisco Cândido Xavier.
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