Não te entregues à lágrima
somente
Quando a Dor te
procure o coração.
Em todo clima, vive
muita gente,
Perdendo o dom da
vida inutilmente
Na noite espessa da
lamentação.
Não te
prendas ao sangue da pedrada,
Nem te agrilhoes a
escombros…
Continua, com
Cristo, a caminhada,
Sustentando a
esperança iluminada
Na cruz de espinhos
que te verga os ombros.
Todo aquele
que chora em demasia,
Na sementeira de miséria
e luto,
Colhe a amargura
desvairada e fria
E anda cego o
infeliz, à luz do dia,
Menosprezando a bênção
do minuto.
Renuncia e
perdoa, ajuda e canta,
Esquecendo o desânimo
infecundo,
Segue a bondade
milagrosa e santa,
Cada aurora que
fulge e se levanta
É Novo Dia, a
resplender no mundo.
Tem bom ânimo
e avança, sobranceiro,
Para o amanhã que a
fé te descortina…
Lembra o Sublime e
Excelso Mensageiro
Que fez dos braços
tristes do madeiro
Asas de luz para a
ascensão divina.
Carmen Cinira
Nosso livro — Autores diversos
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