sábado, 26 de abril de 2025

Ouvirás decerto

 

“Salva-te a ti mesmo e desce da cruz.” — (Marcos, 15:30)

 

Se te encontras realmente empenhado na execução do bem, ouvirás, decerto, as provocações do mal em todos os instantes de testemunho.

— “Se, em verdade, vives à procura do Cristo, por que choras sob o fardo das provações?”

— “De que te serve a fé para o caminho de tanta dor?”

— “Se és médium com tarefa na caridade, onde estão os Espíritos protetores que te não aliviam as amarguras?”

— “Se guardas confiança em Jesus, mostra-te livre dos obstáculos…”

— “Se louvas o Espiritismo como Doutrina de luz, por que te demoras na sombra das aflições?”

Registarás interrogações como essas a cada passo.

É necessário te reveles à altura do conhecimento superior com que a Bondade Divina te favorece, demonstrando que os princípios sublimes de tua fé não se movimentam na direção do conforto imediatista da carne, mas sim no rumo do burilamento espiritual, pelos tempos afora.

Ensinarás com o teu exemplo que o Evangelho não é oficina de vantagens na experiência material, mas sim templo de trabalho redentor para que venhamos a consertar nós mesmos, diante da Vida Eterna.

Farás da mediunidade instrumento para a lavoura do bem, ainda mesmo te custe imensuráveis sacrifícios, ajudando aos outros sem cogitar de auxílio a ti mesmo, como quem sabe que a Lei do Amor é o sustentáculo do Universo, providenciando socorro natural a quem se consagra ao socorro dos semelhantes.

Converterás o Espiritismo, na tua senda, em força educativa da alma, sem exigir que o mundo se te afeiçoe às conveniências.

Buscarás a luz onde a luz se encontre.

Desculparás toda ofensa.

Elegerás na fraternidade a tua bandeira.

Conjugarás o verbo servir onde estiveres.

Começarás o trabalho de redenção em ti mesmo.

Orarás por quem te fira ou calunie.

Amarás os próprios adversários.

Ajudarás sem exigência.

Contudo, para o exercício de semelhante apostolado, não passarás sobre a Terra sem o assédio da incompreensão e do escárnio, porque o próprio Cristo foi por eles visado, através daqueles que, em lhe rodeando o madeiro de sacrifício, lhe gritavam, zombeteiros e irônicos:

— “Salva-te a ti mesmo e desce da cruz.”

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 25



sábado, 19 de abril de 2025

Liberdade em Cristo

 

“Estais pois firmes na liberdade com que o Cristo nos libertou e não vos submetais de novo ao jugo da escravidão.” — Paulo (Gálatas, 5:1)

 

Meditemos na liberdade com que o Cristo nos libertou das algemas da ignorância e da crueldade.

Não lhe enxergamos qualquer traço de rebeldia em momento algum.

Através de todas as circunstâncias, sem perder o dinamismo da própria fé, submete-se, valoroso, ao arbítrio de nosso Pai.

Começa a Missão Divina, descendo da Glória Celestial para o estreito recinto da manjedoura desconhecida.

Não exibe uma infância destacada no burgo em que se acolhe a sua equipe familiar; respira o ambiente da vida simples, não obstante a Luz Sublime com que supera o nível intelectual dos doutores de sua época.

Inicia o apostolado da Boa Nova, sem constranger as grandes inteligências a lhe aceitarem a doutrina santificante, contentando-se com a adesão dos pescadores de existência singela.

Fascinando as multidões com a sua lógica irresistível, não lhes açula qualquer impulso de reivindicação social, ensinando-as a despertar no próprio coração os valores do espírito.

Impondo-se pela grandeza única que lhe assinala a presença, acenam-lhe com uma coroa de rei, que Ele não aceita.

Observando o povo jugulado por dominadores estrangeiros, não lhe aconselha qualquer indisciplina, recomendando-lhe, ao invés disso, “dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.”

Sabe que Judas, o companheiro desditoso, surge repentinamente possuído por desvairada ambição política, firmando conchavos com perseguidores da sua Causa Sublime, contudo, não lhe promove a expulsão do círculo mais íntimo.

Não ignora que Simão Pedro traz no âmago da alma a fraqueza com que o negará diante do mundo, mas não se exaspera, por isso, e ajuda-o cada vez mais.

Ele, que limpara leprosos e sarara loucos, que restituíra a visão aos cegos e o movimento aos paralíticos, não se exime à prisão e ao escárnio público, à flagelação e à cruz da morte.

Reflitamos, pois, que a liberdade, segundo o Cristo, não é o abuso da faculdade de raciocinar, empreender e fazer, mas sim a felicidade de obedecer a Deus, construindo o bem de todos, ainda mesmo sobre o nosso próprio sacrifício, porque somente nessa base estamos enfim livres para atender aos desígnios do Eterno Pai, sem necessidade de sofrer o escuro domínio das arrasadoras paixões que nos encadeiam o espírito por tempo indeterminado às trevas expiatórias.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 24

 


sábado, 12 de abril de 2025

Adoração e fraternidade

 

“Ora, temos da parte dele este mandamento, que aquele que ama a Deus, ame também a seu irmão.” — João (I João, 4:21)

 

Construirás santuários primorosos no culto ao Senhor da Vida…

Pronunciarás orações sublimes, exaltando-Lhe a glória excelsa…

Tecerás com cintilações divinas a palavra comovente e bela com que Lhe definirás a grandeza…

Combinarás com mestria os textos da Escritura Divina para provar-Lhe a existência…

Exibirás dons mediúnicos dos mais excelentes de modo a falares d’Ele, com eficiência e segurança, às criaturas irmãs…

Escreverás livros admiráveis, comentando-Lhe a sabedoria…

Comporás poemas preciosos, tentando ornamentar-Lhe a magnificência…

Clamarás por Ele, em súplicas ardentes, revelando confiança e fidelidade…

Adorá-Lo-ás com a tua prece, com a tua arte, com o teu carinho e com a tua inteligência…

Contudo, se não amas a teu irmão, por amor a Ele, Pai Amoroso e Justo, de que te vale o culto filial, estéril e egoísta?

Um simples pai de família, no campo da Humanidade imperfeita, alegra-se e dilata-se nos filhos que, em lhe compreendendo a dedicação, se empenham no engrandecimento da própria casa, através do amparo constante aos irmãos menos felizes.

Incontestavelmente, a lealdade de tua fé representa o perfume de alegria nas tuas relações com o Eterno Senhor, mas não olvides que o teu incessante serviço, na plantação e extensão do bem, é a única maneira pela qual podes realmente servi-Lo.

Seja qual for a igreja em que externas a tua reverência à Majestade Divina, guarda, pois, a oração por lâmpada acesa em tua luta de cada dia, mas não te esqueças de que somente amparando os nossos irmãos inexperientes e frágeis, caídos e desditosos, é que, de fato, honraremos a Bênção de Nosso Pai.

 

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 23


sábado, 5 de abril de 2025

Na palavra e na ação

 

“E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” — Paulo (Colossenses, 3:17)

 

Dizes-te cristão, declaras-te seguidor de Jesus, afirmas-te cultor do Evangelho…

Isso quer dizer que o nome do Senhor se encontra empenhado em tuas mãos.

Se buscamos o Cristo, decerto é necessário refleti-lo.

É imprescindível, assim, saibamos agir como se lhe fôssemos representantes fiéis, no caminho em que estagiamos.

Lembra-te de semelhante obrigação e, cumprindo-a, libertar-te-ás com facilidade das sombras que te atormentam a marcha.

Assevera-nos o Apóstolo: — “e tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.”

Efetivamente, a palavra e os atos representam a força de exteriorização dos nossos sentimentos e pensamentos.

O coração inspira o cérebro. O cérebro dirige a existência.

A emoção cria a ideia. A ideia plasma as ações.

É preciso, pois, sentir com Jesus para que aprendamos a raciocinar e a servir com ele.

Alguém nos sugere a extensão da maledicência, nas teias do julgamento precipitado? Há quem nos chame à contemplação das chagas e cicatrizes alheias? Surgem desavenças e mágoas em nosso campo de ação?

Usemos a palavra nos moldes do Benfeitor Sublime, ajudando para o bem de todos, entre a bondade e o perdão.

Somos tentados ao revide por ofensas inesperadas? Sofremos preterição e calúnia, apodo e perseguição? Padecemos íntimo desencanto ou desgostos e angústias no templo familiar?

Usemos a conduta do Sublime Benfeitor, ajudando para o bem de todos, entre o perdão e a bondade.

Seja onde for e com quem for, busca o lado luminoso das criaturas, mobilizando o amor puro, a fim de que estejas em verdade na companhia do Excelso Cultivador, purificando a eira do mundo.

Não basta declarar a nossa condição de aprendizes do Mestre dos mestres. É indispensável estejamos realmente com ele, para com ele colaborar na construção da Vida Melhor.

 

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 22

 


domingo, 30 de março de 2025

Você conhece a história de Jerônimo Mendonça?

 


Jerônimo nasceu na cidade de Ituiutaba (MG), em uma família com grandes dificuldades materiais e teve uma infância normal.

Até os 15 anos de idade, Jerônimo frequentou a Igreja Presbiteriana onde fazia palestras. Porém, depois da morte da avó materna, ele sentiu a necessidade de conhecer mais sobre a vida além-túmulo.

Foi quando conheceu a Doutrina Espírita, da qual se tornou adepto e passou a dirigir reuniões e eventos voltados aos necessitados.

Aos 17 anos, quando se revelou um bom jogador de futebol, começou a sentir os sintomas da doença que acabaria por imobilizá-lo, a artrite reumatoide. Aos 19 começou a usar muletas e, sem encontrar uma cura na medicina, parou de trabalhar. Então, ele foi gradativamente a uma cadeira de rodas e depois a uma cama ortopédica. Somando-se a isto tudo, ele teve perda gradativa da visão e problemas cardíacos. Apesar das grandes dificuldades, ele sempre mantinha o bom ânimo e dava conselhos a milhares de pessoas que vinham lhe pedir conselhos. Ele viajou o Brasil inteiro graças a um leito anatômico projetado para ele. (cama ortopédica)

Escreveu os livros: Crepúsculo de um Coração, Cadeira de Rodas, Nas pegadas de um Anjo, Escada de Luz, De mãos dadas com Jesus e Quatorze anos depois (em coautoria). Deixou apontamentos que foram organizados por Maria Gertrudes, o livro póstumo FLORES DO CORAÇÃO.

Fundou o Lar Espírita Pouso do Amanhecer, creche destinada às crianças carentes, em Ituiutaba. Construiu o Centro Espírita Seareiros de Jesus, o Centro Espírita na zona rural Manoel Augusto da Silva, uma gráfica e uma Biblioteca.

Após 50 anos de profícua existência, desencarnou este homem maravilhoso que somente fez o bem às criaturas, sentindo dores não se queixava, solitário em seu leito, não reclamava e a todos atendia com a mesma presteza.

O Gigante Deitado”, apelido dado por seus amigos e pela imprensa, e é o titulo do livro compilado por Jane Martins Vilela. Dele extraímos o seguinte e expressivo texto: 

“Imagine o leitor, um homem totalmente paralítico, num leito há mais de 30 anos, sem mover o pescoço, cego há vinte anos, com terríveis dores no peito, necessitando do peso de quilos de areia para suportar essas dores! Esse homem resignado e sereno viajou pelo Brasil afora proferindo palestras, cantando, consolando e orientando centenas de pessoas”.

 

Extraído do site Fundação Espírita Jerônimo Mendonça

https://www.fejm.com.br/?sec=sobre-jeronimo-mendonca








sábado, 29 de março de 2025

Compreendendo

 

“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.” — Paulo (II Coríntios, 4:7)

 

Sigamos compreendendo.

Lembra-te de que os talentos da fé e o conhecimento superior, o dom de consolar e a capacidade de servir, não obstante laboriosamente conquistados por teu esforço, constituem bênçãos do Criador em teu coração de criatura.

Não te furtes, desse modo, à lavoura do bem, a pretexto de te sentires ainda sob a influência do mal.

Até alcançarmos triunfo pleno sobre os nossos desejos malsãos, sofreremos na vida, seja no corpo de carne ou além dele, os flagelos da tentação.

Tentação da luxúria…

Tentação da vingança…

Tentação da cobiça…

Tentação da crueldade…

Tentações de todos os matizes que emergem do poço de nossos impulsos instintivos ainda não dominados…

Se a tentação, contudo, nasce de nós, a flama da educação e do aprimoramento vem de Deus, conduzindo-nos para a Esfera Superior.

Não te espantes, assim, à frente do conflito da luz e da treva em ti mesmo…

Segue a luz e acertarás o caminho.

Riqueza mediúnica, fulgurações da inteligência, recursos geniais e consagração à virtude são tesouros do Senhor que, na feliz definição do Apóstolo Paulo, transportamos no vaso de barro de nossa profunda inferioridade, a fim de que saibamos reconhecer que todo amor, toda sabedoria, toda santificação, toda excelência e toda beleza da vida não nos pertencem de modo algum, mas sim à glória de Nosso Pai, a quem nos cabe obedecer e servir, hoje e sempre.

 

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 21

 


quarta-feira, 26 de março de 2025

Boa Nova

 


Que a paz do Divino Mestre esteja em nossos corações!

Sob as bênçãos consoladoras da Doutrina Cristã, que como o Consolador, há dois mil anos, pelo Mestre, viria restabelecer e esclarecer muitas coisas que não eram compreendidas pela humanidade naquela época, surge hoje radiante os ensinamentos da Boa Nova, apontando as portas benditas da reencarnação como a senda da oportunidade santa de libertação e luz.

Através das vidas sucessivas vem o homem, pouco a pouco, alcançando evoluções e progresso pelos caminhos da dor, do amor e do sacrifício. À medida que vai se libertando dos defeitos e se despojando das imperfeições próprias, seu Espírito vai renascendo e se iluminando qual borboleta que se liberta do casulo que a mantinha presa ao solo inferior.

O homem, qual centelha divina emanada do Pai, tem seu destino glorioso traçado pelos mentores siderais de acordo com as necessidades que se fazem prementes para evolução de si mesmo.

Diante da sublimidade da Vida, surge como hino glorioso, a Vida eterna que o homem sente no âmago de si mesmo, e que o Espiritismo cristão esclarece hoje, a cada criatura, dissipando as barreiras da morte e colocando a Divina melodia da Vida sempre sublime e eterna que conduz cada espírito para as altas finalidades a que foram destinados pelo Pai celestial.

Que possamos todos nós aproveitar bem nossa oportunidade em cursos intensivos nas bancas escolares dos planetas.

Que Jesus nos ilumine e fortaleça!


Palminha

Mensagem recebida pela médium Déa Gazzinelli.



sábado, 22 de março de 2025

PORQUE ESTUDAR?

 


Essa pergunta deveria ser pragmática para nossa consciência eterna?

Para descobrir e aprender coisas...

Para nos orientar na vida e no próprio tempo...

Porque mudamos nossa visão do mundo...

O aprendizado faz com que possamos tomar decisões diferentes ...


PORQUE ESTUDAR ESPIRITISMO COM KARDEC?

Para conhecer Deus, Jesus e as leis universais ...

É fundamental para compreender a Filosofia dos Espíritos e tornar a prática mediúnica mais eficaz, evitando a estagnação ...

É a forma mais produtiva para o autoconhecimento, criando uma versão melhor de si mesmo, pois é o caminho para a elevação e o equilíbrio espiritual, na vivência terrena ...

Estreitar laços de amizade e ampliar conhecimentos...

Para compreender a vida e a morte ...

Interpretar com maior segurança, a comunicação dos espíritos, conforme orienta Kardec ...


Baseado nas afirmações supra citadas, o Centro Espírita Joseph Gleber, oportuniza a todos os confrades, turmas de ESDE - Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, EADE - Estudo Avançado da Doutrina Espírita, EMEJ - Estudo Minucioso do Evangelho de Jesus e Estudo do Pentateuco Espírita, com metodologias e programas, orientados pela FEB - Federação Espírita e UEM - União Espírita Mineira, bem como, oportuniza Exposições, Seminários e Rodas de Conversas sobre temas significativos para o desenvolvimento de uma fé raciocinada á luz da Consoladora Doutrina Espírita.

Estudando, tiramos o véu do desconhecimento, mergulhando nos pensamentos dos Espíritos por Kardec, através de suas obras: Livro dos Espíritos, O livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese, e mais duas pérolas, O que é o Espiritismo, e Obras Póstumas. Complementaremos as orientações do pentateuco, nas obras subsidiárias de parcerias de Espíritos e Homens: Chico Xavier e André Luiz, Divaldo Franco e Joanna de Angelis, Yvonne Pereira e Camilo Cândido, como também nas orientações mediúnicas de Leon Denis, Bezerra de Menezes e Meimei, dentre outros.

Nas turmas de estudos, sob a Coordenação de um companheiro mais experiente, semanalmente, juntos, aprendemos um pouco mais, com ferramentas que colaboram para vivermos de forma mais harmoniosa e plena. 

Venha fazer parte da nossa EQUIPE de Estudos, nas terças, e sábados, sua presença é muito importante. 


Diretores do Departamento de Estudos

Gestão 2025 a 2028





Vigiando

 

“… Se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” — Paulo (Filipenses, 4:8)

 

Trabalhemos vigiando.

Aquilo que nos ocupa o pensamento é a substância de que se nos constituirá a própria vida.

Retiremos, dessa forma, o coração de tudo o que não seja material de edificação do Reino Divino, em nós próprios.

Em verdade, muita sugestão criminosa buscará enevoar-nos a mente, muito lodo da estrada procurar-nos-á as mãos na jornada de cada dia e muito detrito do mundo tentará imobilizar-nos os pés.

É a nuvem da incompreensão conturbando-nos o ambiente doméstico…

É a injúria nascida na palavra inconsciente dos desafetos gratuitos…

É a acusação indébita de permeio com a calúnia destruidora…

É a maledicência convidando-nos à mentira e à leviandade…

É o amigo de ontem que se rende às requisições da treva, passando à condição de censor das nossas qualidades ainda em processo de melhoria…

Entretanto, à frente de todos os percalços, não te prendas às teias da perturbação e da sombra.

Em todas as situações e em todos os assuntos, guardemos a alma nos ângulos em que algo surja digno de louvor, fixando o bem e procurando realizá-lo com todas as energias ao nosso alcance.

Aos mais infelizes, mais amparo.

Aos mais doentes, mais socorro.

E, ocupando o nosso pensamento com os valores autênticos da vida, aprenderemos a sorrir para as dificuldades, quaisquer que sejam, construindo gradativamente, em nós mesmos, o templo vivo da luz para a comunhão constante com o nosso Mestre e Senhor.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 20




segunda-feira, 17 de março de 2025

Almoço Beneficente

 


Contribua com a manutenção da Casa de Joseph Gleber, adquirindo seu tíquete do almoço beneficente.

sábado, 15 de março de 2025

Ação de graças

 

“Tomou o cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: “Bebei dele todos.” — (Mateus, 26:27)

 

No mundo, as festividades gratulatórias registram invariavelmente os triunfos passageiros da experiência física.

Lautos banquetes comemoram reuniões da família consanguínea, músicas alegres assinalam o término de contendas na justiça dos homens, nas quais, muitas vezes, há vítimas ignoradas, soluçando na sombra.

Com Jesus, no entanto, vemos um ato de ação de graças que parece estranho à primeira vista.

O Mestre Divino ergue hosanas ao Pai, justamente na hora em que vai partir ao encontro do sacrifício supremo:

Conhecerá desoladora solidão no Jardim das Oliveiras…

Padecerá injuriosa prisão…

Meditará na incompreensão de Judas…

Ver-se-á negado por Simão Pedro…

Experimentará o escárnio público…

Será preterido por Barrabás, o delinquente infeliz…

Sorverá fel, sob a coroa de espinhos…

Recolherá o abandono e o insulto.

Sofrerá injustificável condenação…

E receberá a morte na cruz entre dois malfeitores…

Entretanto, agradece…

É que na lógica do Senhor, acima de tudo; brilham os valores eternos do espírito.

O Cristo louva o Todo-Misericordioso pela oportunidade de completar com segurança o seu divino apostolado na Terra, rendendo graças pela confiança com que o Pai o transforma em exemplo vivo para a redenção das criaturas humanas, embora essa redenção lhe custe martírio e flagelação, suor e lágrimas.

Não te percas, desse modo, em lances festivos sobre pretensas conquistas na carne que a morte confundirá hoje ou amanhã, mas, no turbilhão da luta que santifica e aperfeiçoa, saibamos agradecer os recursos com que Deus nos aprimora para a beleza da Luz e para a glória da Vida.

 

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 19


sábado, 8 de março de 2025

Atitudes essenciais

 

“Qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim, não pode ser meu discípulo.” — Jesus (Lucas, 14:27)

 

 

Neste passo do Novo Testamento, encontramos a verdadeira fórmula para o ingresso ao Sublime Discipulado.

“Qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim, não pode ser meu discípulo” — afirma-nos o Mestre.

Duas atitudes fundamentais recomenda-nos o Eterno Benfeitor se nos propomos desfrutar-lhe a intimidade — tomar a cruz redentora de nossos deveres e seguir-lhe os passos.

Muitos acreditam receber nos ombros o madeiro das próprias obrigações, mas fogem ao caminho do Cristo; e muitos pretendem perlustrar o caminho do Cristo, mas recusam o madeiro das obrigações que lhes cabem.

Os primeiros dizem aceitar o sofrimento, todavia, andam agressivos e desditosos, espalhando desânimo e azedume por onde passam.

Os segundos creem respirar na senda do Cristo, mas abominam a responsabilidade e o serviço aos semelhantes, detendo-se no escárnio e na leviandade, embora saibam interpretar as lições do Evangelho, apregoando-as com arrazoado enternecedor.

Uns se agarram à lamentação e ao aviltamento das horas.

Outros se cristalizam na ironia e na ociosidade, menosprezando os dons da vida.

Não nos esqueçamos, assim, de que é preciso abraçar a cruz das provas indispensáveis à nossa redenção e burilamento, com amor e alegria, marchando no espaço e no tempo, com o verdadeiro espírito cristão de trabalho infatigável no bem, se aspiramos a alcançar a comunhão com o Divino Mestre.

Não vale apenas sofrer. É preciso aproveitar o sofrimento.

Nem basta somente crer e mostrar o roteiro da fé. É imprescindível viver cada dia, segundo a fé salvadora que nos orienta o caminho. 

 

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 18

 


sábado, 1 de março de 2025

Na exaltação do Reino Divino

 

“Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto e assim tornar-vos-eis meus discípulos.” — Jesus (João, 15:8)

 

Glorificarás o Senhor Supremo e serás discípulo do Grande Mestre…

Contudo, não apenas porque te mostres entendido nas Divinas Escrituras…

Não somente porque saibas apregoar os méritos da Sublime Revelação, comovendo a quem te ouve…

Não apenas por guardares de cor as tradições dos antepassados…

Não somente por te sustentares assíduo no culto externo…

Não apenas pelo reconforto recebido de mensageiros da Vida Superior…

Não somente por escreveres páginas brilhantes…

Não apenas porque possuas dons espirituais…

Não somente porque demonstres alevantadas aspirações…

A palavra do Evangelho é insofismável.

Glorifiquemos a Deus e converter-nos-emos em discípulos do Cristo, produzindo frutos de paz e aperfeiçoamento, regeneração e progresso, luz e misericórdia.

A semente infecunda, por mais nobre, é esperança cadaverizada no seio da terra.

Assim também, por mais ardente, a fé que não se exprime em obras de educação e de amor, redenção e bondade, é talento morto.

Se te dizes seguidor de Jesus, segue-lhe os passos.

Ajuda, ampara, consola, instrui, edifica e serve sempre.

Façamos algo na extensão do bem de todos.

Somente assim, cresceremos para o Céu, na construção do Reino de Deus.

 

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna – Lição 17


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

O Carnaval é momento de festa ou de reflexão?

Sabemos que a Terra é um Mundo de Provas e Expiações, ocupando um segundo lugar na escala evolutiva dos mundos. Aqui encarnam espíritos recém advindos da primitividade, trazendo consigo paixões desenfreadas e sensações aviltantes, que precisam ser extravasadas. Para esses espíritos, festejos como o Carnaval, são oportunidades de colocarem para fora, não necessariamente, o que eles têm de pior, mas as suas emoções mais profundas. Como são espíritos ainda imperfeitos, as suas festas quase sempre extravasam emoções primárias.

 

Muitos de nós espíritas julgamos ainda ser inofensiva a nossa participação nas festividades carnavalescas, e afirmamos que essa participação não traria qualquer prejuízo espiritual. Entretanto, sabemos que estas festividades não se desenvolvem em clima de sadia e fraterna atividade. Temos conhecimento que a influência dos espíritos em nossas vidas é uma realidade inegável, dependendo da nossa sintonia. Se buscamos o equilíbrio espiritual, sintonizaremos com espíritos mais elevados. Se nossos sentimentos e pensamentos são de baixa vibração, atrairemos espíritos na mesma faixa de emoções.

 

Estamos encarnados para dominarmos nossas más tendências e angariar recursos espirituais positivos como o amor, a solidariedade, o respeito ao próximo e as diferenças, isto é, desenvolver as faculdades positivas do espírito. A Doutrina Espírita, que nos conscientiza sobre as necessidades espirituais do ser humano, perfectível, nos revelando as leis morais da vida, essenciais ao desenvolvimento do ser integral, nos direciona para a transformação moral e a maturidade espiritual, necessárias à nossa autoiluminação.

 

Sendo o imperativo maior a Lei do Progresso, um dia, todas essas manifestações que marcam nosso estágio de animalidade, desaparecerão da Terra. Assim, predominarão a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o júbilo real, com o homem despertando para a beleza e a arte, sem agressão nem promiscuidade, dentro de um mundo melhor, pacífico e fraterno. Dessa forma, o Carnaval é uma época de festa, música e celebração, mas para muitas pessoas, essa é também a oportunidade perfeita para se desligar da agitação, buscando o autoconhecimento.

 

Nesse mister, os encontros espiritas de Carnaval, como a COEZMUC aqui em Teófilo Otoni, promovida pelo 12.º Conselho Regional Espírita, e realizada pela Aliança Municipal Espírita, vêm nos oferecer uma alternativa serena e equilibrada para tantos que buscam um período de reconexão com o mais alto, buscando a renovação espiritual.

 

O principal objetivo da COEZMUC (Confraternização Espírita da Zona do Mucuri) é reunir, em ambiente fraterno, espíritas que queiram uma opção de ambiente fraterno, de trabalho e estudo evangélico-doutrinário, nesse período de carnaval, contribuindo para a união, unificação e ampliação do Movimento Espírita, e em consequência, para um mundo melhor e mais cristão! O encontro é uma oportunidade de trabalho com Jesus.

 

“Quando o trabalhador converte o trabalho em alegria, o trabalho se transforma na alegria do trabalhador.” (Sinal Verde – “Dever e trabalho” – André Luiz/Chico Xavier).

 

“Fortalecer a família com base nos ensinamentos da Doutrina Espírita, para que ela se veja como agente de mudança junto aos espíritos que lhe estão vinculados a fim de alcançarem a felicidade na comunhão com Deus”. (ENEFE/CEERJ)

 

Muita Paz!

 

Políbio – Coordenação COEZMUC 2025



terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Você conhece a história de Fabiano de Cristo?

 

Fabiano de Cristo nasceu em 8 de fevereiro de 1676, em Soengas, norte de Portugal. Conforme o costume católico de dar-se às crianças o nome do santo em cujo dia nascem, o menino recebeu, na pia batismal, o nome de João, porque, naquele dia, a Igreja celebrava a festa litúrgica de São João da Mata.

 A infância de João Barbosa foi simples. Família pobre, cinco irmãs. Tomava conta do pequeno rebanho de ovelhas do pai. Trabalhava de sol a sol, dormia muito cedo, acordava com a aurora.

 (...) No final do século XVII, a novidade mais ambiciosa que os marinheiros traziam a Portugal era a descoberta abundante do ouro em Minas Gerais. Conseguiu dois sócios e com eles partiu de Portugal para os sonhos do Brasil.

 Aportou João na cidade do Rio de Janeiro, mas fixou residência na Vila de Parati, porta de entrada para as minas. Tornou-se negociante da carreira das minas. Suas atividades estavam relacionadas ao comércio, importação e exportação, que ele conhecia bem, em função de suas experiências na cidade do Porto. Em poucos anos, João já estava senhor de pequena fortuna.

Com 28 anos de idade, fazia parte da Irmandade do Santíssimo Sacramento, vinculara-se ao pároco da Paroquial Igreja da Vila de Parati. Muito devoto das almas do purgatório, conseguiu erguer a Irmandade da Boa Morte. Longe de cair como miserável cativo da avareza, João Barbosa era conhecido em Parati pela sua generosidade.

(...) Livre de todos os bens terrenos, no dia 8 de novembro de 1704, João Barbosa apresentou-se à portaria do antigo Convento de São Bernardino de Sena, em Angra dos Reis. Foi admitido como noviço. No dia 12 de novembro de 1705, João Barbosa mudou o nome de João para Fabiano e o de Barbosa pelo de Cristo, passando a ser Frei Fabiano de Cristo.

 No final do ano de 1705, foi transferido de Angra dos Reis para o Rio de Janeiro para ser o porteiro do Convento de Santo Antônio. Três ou quatro anos mais tarde, deixou a portaria do convento para desempenhar uma nova função, que consumiria os 38 anos restantes de sua vida - a de enfermeiro.

Embora não tivesse preparação especial para a função de enfermeiro, a caridade e o esforço pessoal substituíam as deficiências. No tratamento aos enfermos, se evidenciava sua caridade. Praticamente levava sua vida junto aos doentes, a tal ponto que nem sequer tinha um quarto próprio.

Por longo tempo, contentava-se em dormir em qualquer lugar da enfermaria, para que, dia e noite, pudesse estar à disposição dos doentes. Assim, pouco dormia.

Andava rezando na enfermaria com os pés descalços, alegando que, com as sandálias, acordaria os enfermos. Afirmava que era necessária a observância do silêncio. Por mais que procurasse ocultar, muitos testemunharam suas virtudes, exemplificadas na humildade, obediência e na dedicação.

Com o correr do tempo, o corpo de Frei Fabiano foi sentindo o peso da idade e dos sacrifícios, na forma de sofrimentos físicos que o crucificaram por mais ou menos 30 anos. A causa inicial desses sofrimentos foi uma erisipela, que causava inchação e cruciantes sofrimentos nas pernas, acentuadamente na esquerda, qualificada como mais que monstruosa. Na perna direita se lhe originou uma grande e horrorosa chaga, que vertia continuamente copioso pus. Ainda nas pernas, sofreu em seguida de outro incômodo não menos doloroso: um quisto.

 Frei Fabiano atingira a casa dos 70 anos de idade. O mês de outubro de 1747 trouxe agravamento em seu estado de saúde. Desde o dia 14, Frei Fabiano já anunciava que partiria em três dias. Nesses três dias, Fabiano, na enfermaria, alenta ânimos desfalecidos. Pensa chagas abertas e sorri, em doce e terna alegria, na despedida aos doentes. Beija crianças. Afaga velhos esbatidos pela dor. Encoraja os que choram. Ampara os desesperançados.

Tal como ele próprio havia previsto, desencarna no dia 17 de outubro de 1747.

 

 

Fonte: Site FEP – Federação Espírita do Paraná