O Dia das Mães é uma celebração que homenageia a
figura materna, sendo comemorado em diferentes datas ao redor do mundo. No
Brasil, como se sabe, é celebrado no segundo domingo de maio.
A origem dessa data remonta aos Estados Unidos do
início do século XX, com a iniciativa da ativista Anna Jarvis, que após a morte
de sua mãe, Ann Reeves Jarvis, em 1905, organizou uma cerimônia em sua memória,
três anos depois.
Ann Reeves se tornou conhecida por seu trabalho social
realizado com outras mães durante a Guerra da Secessão. Após perder 10 dos
13 filhos para doenças infantis como diarreia e tuberculose, ela se dedicou a
combater a mortalidade infantil na cidade onde morava, e para isso, se envolveu
em grupos de trabalho da igreja com o intuito de ensinar técnicas de higiene
básica e saneamento às mães, fornecendo também medicações e tratamentos a
famílias que estivem enfermas.
A homenagem de Anna Jarvis para sua mãe ganhou apoio
e, em 1914, o presidente Woodrow Wilson oficializou o segundo domingo de maio
como o ‘Dia das Mães’ nos Estados Unidos. A primeira celebração no Brasil
ocorreu quatro anos depois, mas só foi oficializada pelo governo Vargas em
1932.
Mas qual é a importância desta data à luz da Doutrina
Espírita?
A maternidade é uma missão elevada e transformadora,
que transcende os vínculos biológicos e se insere no contexto da evolução
espiritual. Ser mãe é assumir um compromisso divino de auxiliar na jornada de
um espírito reencarnante, oferecendo-lhe amor, educação e orientação moral.
Essa tarefa não se limita à gestação ou ao cuidado físico, mas envolve a
formação integral do ser, preparando-o para os desafios da vida terrena e para
seu progresso espiritual.
O amor materno é visto como uma das expressões mais
puras do amor incondicional, capaz de ultrapassar as barreiras do tempo e da
morte. Na questão 890 de "O Livro dos Espíritos", os benfeitores
esclarecem que esse sentimento persiste além da existência física,
acompanhando o filho mesmo após o desencarne. Tal vínculo profundo sugere que
mães e filhos frequentemente compartilham laços espirituais anteriores,
reencontrando-se em novas existências para fortalecer afetos ou reparar
desavenças passadas.
A maternidade, portanto, é uma oportunidade de
crescimento mútuo, onde tanto a mãe quanto o filho têm a chance de evoluir
espiritualmente. A mãe é chamada a exercer virtudes como paciência, tolerância
e abnegação, enquanto o filho recebe o suporte necessário para seu
desenvolvimento moral. Essa relação é fundamental para a construção de uma
sociedade mais justa e fraterna, pois é no seio familiar que se formam os
valores que guiarão o indivíduo ao longo da vida.
Contudo, a missão materna não está isenta de desafios,
especialmente diante de filhos com comportamentos difíceis, ou em situações
adversas. Nesses casos, é essencial que a mãe compreenda a importância de sua
responsabilidade espiritual, buscando forças na fé e nos ensinamentos do
Evangelho para superar os obstáculos e cumprir sua missão com amor e dedicação.
Em suma, a maternidade é uma dádiva divina que oferece
à mulher a sublime oportunidade de colaborar com Deus na obra da criação e na
edificação de almas. É um chamado ao amor verdadeiro, à entrega e ao serviço
desinteressado, que, quando aceito com consciência e responsabilidade, conduz à
elevação espiritual e à construção de um mundo melhor.
Que Jesus possa abençoar todas as mães nesta sublime
missão de amor!
Equipe DCSE
Referências: Wikipédia; Brasil Escola; BBC News; Livro dos Espíritos.
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