terça-feira, 24 de dezembro de 2013
sábado, 7 de dezembro de 2013
Tolerância
Vive a tolerância na base de todo o progresso efetivo.
As peças de qualquer máquina suportam-se umas às outras para que
surja essa ou aquela produção de benefícios determinados.
Todas as bênçãos da Natureza constituem larga sequencia de
manifestações da abençoada virtude que inspira a verdadeira fraternidade.
Tolerância, porém, não é conceito de Superfície.
É reflexo vivo da compreensão que nasce, límpida, na fonte da alma,
plasmando a esperança, a paciência e o perdão com esquecimento de todo o mal.
Pedir que os outros pensem com a nossa cabeça seria exigir que o
mundo se adaptasse aos nossos caprichos, quando é nossa obrigação adaptar-nos,
com dignidade, ao mundo, dentro da firme disposição de ajudá-lo.
A Providência Divina reflete, em toda parte, a tolerância sábia e
ativa.
Deus não reclama da semente a produção imediata da espécie a que
corresponde. Dá-lhe tempo para germinar, crescer, florir e frutificar. Não
solicita do regato improvisada integração com o mar que o espera. Dá-lhe
caminhos no solo, ofertando-lhe o tempo necessário à superação da marcha.
Assim também, de alma para alma, é imperioso não tenhamos qualquer
atitude de violência.
A brutalidade do homem impulsivo e a irritação do enfermo
deseducado, tanto quanto a garra no animal e o espinho na roseira, representam
indícios naturais da condição evolutiva em que se encontram.
Opor ódio ao ódio é operar a destruição.
O autor de qualquer injúria invoca o mal para si mesmo. Em vista
disso, o mal só é realmente mal para quem o pratica. Revidá-lo na base de
inconsequência em que se expressa é assimilar-lhe o veneno.
É imprescindível tratar a ignorância com o carinho medicamentoso
que dispensamos ao tratamento de uma chaga, porquanto golpear a ferida, sem
caridade, será o mesmo que converter a moléstia curável num aleijão sem
remédio.
A tolerância, por esse motivo, é, acima de tudo, completo
esquecimento de todo o mal, com serviço incessante no bem.
Quem com os lábios repete palavras de perdão, de maneira constante,
demonstra acalentar a volúpia da mágoa com que se acomoda perdendo tempo.
Perdoar é olvidar a sombra, buscando a luz.
Não é dobrar joelhos ou escalar galerias de superioridade mendaz,
teatralizando os impulsos do coração, mas sim persistir no trabalho renovador,
criando o bem e a harmonia, pelos quais aqueles que não nos entendam, de
pronto, nos observem com diversa interpretação, compreendendo-nos o idioma
inarticulado do exemplo.
Oferece-nos o Cristo o modelo da tolerância ideal, em regressando
do túmulo ao encontro dos aprendizes desapontados. Longe de reportar-se à
deserção de Pedro ou à fraqueza de Judas, para dizer com a boca que os
desculpava, refere-se ao serviço da redenção, induzindo-os a recomeçar o
apostolado do bem eterno.
Tolerar é refletir o entendimento fraterno, e o perdão será sempre
profilaxia segura, garantindo, onde estiver, saúde e paz, renovação e
segurança.
Pelo Espírito Emmanuel, Do Livro:
Pensamento e Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Ando Devagar Porque já Tive Pressa
Ando devagar porque já tive pressa... Pressa de ter tantas coisas, de chegar a tantos lugares, pressa do ter, do parecer.
Mas hoje ando a passo lento, pois já entendo que a vida é uma busca de si mesmo, do ser: ser melhor, ser amável, ser amigo, ser sensível, ser compassivo, ser caridoso...
Hoje compreendo que é preciso paz para poder sorrir, pois o sorriso verdadeiro, a felicidade autêntica, vem da paz de espírito, a paz de consciência, de quem segue o caminho do bem a todo custo.
Entendo também que as chuvas são bem-vindas, e que sem elas não há floradas, pois é preciso chuva para florir.
A dor nos esculpe a alma, quando bem entendida, quando bem absorvida nos passos diários da lida.
Ando devagar porque já tive pressa... Pressa do sucesso a qualquer custo, pressa de ser popular, de ser o primeiro, de agradar a todos...
Mas hoje ando tranquilo, percebendo mais as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs, absorvendo a vida em toda sua plenitude.
O viver pode ser o mesmo, as circunstâncias podem permanecer inalteradas, mas minhas lentes são outras. Enxergo tudo de outra forma.
E o mais importante de tudo: descobri que para cumprir a vida, para cumprir meu papel, minha missão aqui, preciso compreender minha própria marcha.
Sêneca, antigo sábio, afirmou que nenhum vento é a favor para quem não sabe para onde ir. Então, compreender a marcha é fundamental. Precisamos saber para onde estamos indo, precisamos saber o que é nossa marcha, nossa vida.
Só então posso ir tocando em frente, com simplicidade e devoção, com alegria e coração.
Pois todos temos talento, todos carregamos o dom de ser capaz e ser feliz.
A felicidade não é para poucos, não, é para todos. E cada um a vai encontrando no seu tempo, no seu momento, da sua forma.
Ando devagar porque já tive pressa... Pressa de partir, já quis desistir de tudo, em alguns momentos, mas hoje ando como que em câmera lenta, com a coragem de quem quer ficar e ver tudo até o fim.
Carrego esse sorriso porque já chorei demais, mas isso não quer dizer que não voltarei a derramar alguma gota dos olhos. Significa apenas que os sorrisos serão a regra. A lágrima, exceção.
Ando devagar no passo curto dos meus filhos, pois se resolver andar acelerado, os deixarei para trás.
Ando devagar para perceber o sabiá cantador, pois se torno minha vida uma bomba-relógio, passo a não perceber a vida que passa ao largo de meus passos, e assim, os sabiás passam a não existir mais.
Ando devagar para ainda conseguir olhar onde piso, e não esmagar nada, nem ninguém com minha desatenção ou deselegância.
Ando devagar para pensar um tanto mais antes de agir, para escolher as palavras certas, para digerir uma ideia nova, para escolher um caminho, para silenciar a mim mesmo por alguns instantes.
Ando devagar... Porque já tive pressa.
O mundo é pleno de belezas para que se o percorra aos saltos, sem nos determos a descobrir as belezas das flores, o segredo das matas, o encanto das fontes.
Pensemos nisso!
Mas hoje ando a passo lento, pois já entendo que a vida é uma busca de si mesmo, do ser: ser melhor, ser amável, ser amigo, ser sensível, ser compassivo, ser caridoso...
Hoje compreendo que é preciso paz para poder sorrir, pois o sorriso verdadeiro, a felicidade autêntica, vem da paz de espírito, a paz de consciência, de quem segue o caminho do bem a todo custo.
Entendo também que as chuvas são bem-vindas, e que sem elas não há floradas, pois é preciso chuva para florir.
A dor nos esculpe a alma, quando bem entendida, quando bem absorvida nos passos diários da lida.
Ando devagar porque já tive pressa... Pressa do sucesso a qualquer custo, pressa de ser popular, de ser o primeiro, de agradar a todos...
Mas hoje ando tranquilo, percebendo mais as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs, absorvendo a vida em toda sua plenitude.
O viver pode ser o mesmo, as circunstâncias podem permanecer inalteradas, mas minhas lentes são outras. Enxergo tudo de outra forma.
E o mais importante de tudo: descobri que para cumprir a vida, para cumprir meu papel, minha missão aqui, preciso compreender minha própria marcha.
Sêneca, antigo sábio, afirmou que nenhum vento é a favor para quem não sabe para onde ir. Então, compreender a marcha é fundamental. Precisamos saber para onde estamos indo, precisamos saber o que é nossa marcha, nossa vida.
Só então posso ir tocando em frente, com simplicidade e devoção, com alegria e coração.
Pois todos temos talento, todos carregamos o dom de ser capaz e ser feliz.
A felicidade não é para poucos, não, é para todos. E cada um a vai encontrando no seu tempo, no seu momento, da sua forma.
Ando devagar porque já tive pressa... Pressa de partir, já quis desistir de tudo, em alguns momentos, mas hoje ando como que em câmera lenta, com a coragem de quem quer ficar e ver tudo até o fim.
Carrego esse sorriso porque já chorei demais, mas isso não quer dizer que não voltarei a derramar alguma gota dos olhos. Significa apenas que os sorrisos serão a regra. A lágrima, exceção.
Ando devagar no passo curto dos meus filhos, pois se resolver andar acelerado, os deixarei para trás.
Ando devagar para perceber o sabiá cantador, pois se torno minha vida uma bomba-relógio, passo a não perceber a vida que passa ao largo de meus passos, e assim, os sabiás passam a não existir mais.
Ando devagar para ainda conseguir olhar onde piso, e não esmagar nada, nem ninguém com minha desatenção ou deselegância.
Ando devagar para pensar um tanto mais antes de agir, para escolher as palavras certas, para digerir uma ideia nova, para escolher um caminho, para silenciar a mim mesmo por alguns instantes.
Ando devagar... Porque já tive pressa.
* * *
A vida é especialmente rica para que se passe por ela, às pressas, sem atentar para os detalhes.O mundo é pleno de belezas para que se o percorra aos saltos, sem nos determos a descobrir as belezas das flores, o segredo das matas, o encanto das fontes.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com base na canção Tocando em frente, de Almir Sater.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Caminho da Autoiluminação
O homem atinge um alto
nível de evolução quando consegue unir o sentimento e o conhecimento,
utilizando-os com sabedoria. Nesse estágio é-lhe mais fácil desenvolver a
paranormalidade, realizando o autodescobrimento e canalizando as energias
anímicas e mediúnicas para o serviço de consolidação do bem em si mesmo e na
sociedade.
O seu amadurecimento psicológico permite-lhe compreender toda a
magnitude das faculdades parapsíquicas, superando os impedimentos que
habitualmente se lhe antepões à educação.
Desse modo, a mediunidade põe-no em contato com o mundo espiritual
de onde procede a vida e para a qual retorna, quando cessado o seu ciclo
material, ensejando-lhe penetrar realidades que se demoram ignoradas,
incursionando com destreza além das vibrações densas do corpo carnal.
O exercício das faculdades mediúnicas, no entanto, se reveste de
critérios e cuidados, que somente quando levados em conta propiciam os
resultados pelos quais se anelam.
A mediunidade é inerente a todos os indivíduos em graus de
diferente intensidade. Como as demais, é uma faculdade amoral, manifestando-se
em bons e maus, nobres e delinquentes, pobres e ricos.
Pode expressar-se com alta potencialidade de recursos em pessoas
inescrupulosas, e quase passar despercebida em outras, portadoras de elevadas
virtudes.
Surge em criaturas ignorantes, enquanto não é registrada nas
dotadas de cultura. É patrimônio da vida para crescimento do ser no rumo da sua
destinação espiritual. O uso que se lhe dê, responderá por acontecimentos
correspondentes no futuro do seu possuidor.
Uma correta educação da mediunidade tem início no estudo das suas
potencialidades: causas, aplicações e objetivos. Adquirida a consciência
mediúnica, o exercício sistemático, sem pressa, contribui para o equilíbrio das
suas manifestações.
Uma conduta saudável calcada nos princípios evangélicos atrai os
Bons Espíritos, que passam a cooperar em favor do medianeiro e da tarefa que
ele abraça, objetivando os melhores resultados possíveis do empreendimento.
O direcionamento das forças mediúnicas para fins elevados propicia
qualificação superior, resultando em investimento de sabor eterno.
Se te sentes portador de mediunidade, encara-a com sincero equilíbrio
e dispõe-te a aplicá-la bem.
O homem ditoso do futuro será um indivíduo PSI, um sensível e
consciente instrumento dos Espíritos, ele próprio lúcido e responsável pelos
acontecimentos da sua existência.
Desveste-te de quaisquer fantasias em torno dos fenômenos de que és
objeto e encara-os com realismo, dispondo-te a sua plena utilização.
Amadurece reflexões em torno deles e resguarda-os das frivolidades,
exibicionismos vãos, comercialização vil, recurso para a exaltação da
personalidade ou das paixões inferiores.
Sê paciente com os resultados e perseverante nas realizações. Toda
sementeira responde à medida que o tempo passa.
A educação da mediunidade requer tempo, experiência, ductibilidade
do indivíduo, como sucede com as demais faculdades e tendências culturais,
artísticas e mentais que exornam o homem.
Quem seja portador de cultura, de bondade e sinta a presença dos
fenômenos paranormais, está a um passo da realização integral, a caminho
próximo da autoiluminação.
Divaldo Franco/ Joanna de Ângelis
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Atualidade das obras de Kardec

A informação espírita é conteúdo valioso para nosso aprendizado por
muitas vidas.
A oportunidade do estudo sobre assuntos transcendentes deve ser
aproveitada por todos nós que conhecemos os ensinamentos espíritas enquanto
estamos a caminho na trajetória terrestre.
Boa parcela da humanidade só ficará sabendo sobre a realidade da
vida espiritual quando nela estiver inserida. Quando já houver chegado ao outro
lado da vida!
O Espiritismo nos enseja conhecer a realidade que nos aguarda após
a morte do corpo físico durante a própria encarnação. Enquanto estivermos a
caminho na trajetória material!
Isso é um alento. Mas, precisamos fazer a nossa parte. Esse
maravilhoso manancial de preciosos recursos não deve ser descurado por
negligência ou falta de interesse. Daí a importância de estudarmos a Doutrina
Espírita e a divulgarmos aos interessados em conhecê-la.
A melhor maneira de iniciarmos os estudos espíritas é começar pelas
obras fundamentais que integram a denominada Codificação Espírita. Dentre elas,
incluem-se: O livro dos espíritos, O livro dos médiuns, O evangelho segundo o
espiritismo, O céu e o inferno, A gênese.
Porém, há outras publicações oriundas dos escritos do Codificador
ou por ele compiladas, não menos importantes: O que é o espiritismo, Viagem
espírita em 1862, O espiritismo na sua expressão mais simples, Obras póstumas e
a Revista Espírita, dirigida pelo próprio Codificador (1858-1869).
Às vezes, ficamos na dúvida quanto à leitura de uma ou outra obra
espírita ou assim considerada. O procedimento mais adequado quanto à leitura e
estudo de obras espíritas, mediúnicas ou não, é a de que estejamos sempre
atualizados sobre os conceitos doutrinários originários das obras fundamentais
de Allan Kardec. Assim, poderemos comparar a leitura de novos textos com o
conteúdo assentado na Codificação.
Algumas informações só poderão ser confirmadas futuramente. Por
isso, a prudência e a cautela são sempre recomendáveis.
Em todos os livros e periódicos, publicados pelas mais diversas
editoras, encontramos boas e confiáveis informações. Têm sido comuns
informações ou revelações ainda não passíveis de confirmação. E outras, nas
quais já se podem observar flagrantes contradições com os princípios do
Espiritismo.
Não nos cabe julgar, condenar, criar um novo index prohibitorium. O ideal é que as editoras selecionem
adequadamente suas publicações. Enquanto isso não acontece, a seleção fica, na
maioria dos casos, com o próprio leitor. Daí a necessidade de estarmos
constantemente preparados para fazer as melhores escolhas.
“Ler tudo e reter o que é bom.” Essa recomendação do apóstolo Paulo
é válida e continua atual em nossos dias em que a oferta de informações é tão
vasta.
Todavia, não nos iludamos com o engodo de que a obra básica está
desatualizada. O que precisa ser atualizada é nossa ignorância diante de tanta
sabedoria exposta nesse manancial de luz e esclarecimento que são as obras
codificadas por Allan Kardec.
Quanto mais estudarmos, maiores serão nossas possibilidades de
compreensão da Verdade e de implantação do Reino de Deus na Terra a iniciar-se
pelo nosso próprio coração.
Fonte: www.febnet.org.br
sábado, 9 de novembro de 2013
As Provas e Expiações Como Mecanismos Evolutivos
Um dos princípios da Doutrina Espírita é a reencarnação, entendida
pelos orientadores espirituais como necessária à evolução humana, pois “uma só
existência corpórea é claramente insuficiente para que o Espírito possa
adquirir todo o bem que lhe falta e de desfazer de todo o mal que traz em si.”
Para nos auxiliar no processo ascensional, Deus nos concede o livre
arbítrio, uma vez que, se o homem “(…)
tem liberdade de pensar, tem também a de agir. (…).” Podemos, então, afirmar
que o ser humano é o árbitro do seu destino e que cada escolha,
independentemente das suas motivações ou justificativas, acionam a lei de causa
e efeito em qualquer plano de vida que se situe: o físico ou o espiritual.
O uso do livre arbítrio são
ações que provocam reações, no tempo e no espaço. As boas escolhas produzem
progresso evolutivo, enquanto as escolhas infelizes geram provações ou
expiações que se configuram como mecanismos evolutivos, moduladores da lei de
causa e efeito, claramente consubstanciada no planejamento reencarnatório de
cada indivíduo. Daí Emmanuel afirmar: “A lei das provas é uma das maiores
instituições universais para a distribuição dos benefícios divinos.”
Para melhor compreensão do assunto, Emmanuel especifica também a
diferença que há entre prova (ou
provação) e expiação: “A provação é a luta que ensina ao
discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação
espiritual. A expiação é pena imposta ao malfeitor que comete um crime.”
Percebe-se, portanto, que a prova assemelha-se a uma corrida de
obstáculos que tem o poder de impulsionar o progresso humano. As provas sempre
existirão, mesmo para Espíritos superiores, por se tratarem de desafios evolutivos.
A expiação, contudo, representa uma contenção temporária da liberdade
individual, necessária à reeducação do Espírito que, melhor utilizando o livre
arbítrio, reajusta-se às determinações das leis divinas.
As provações podem ser difíceis, não resta dúvida, mas, por seu
intermédio, o Espírito é colocado em situações que o afasta do estado de
inércia em que ora permanece ou se compraz, proporcionando-lhe, ao mesmo tempo,
oportunidades para que ele possa trabalhar a melhoria das suas atuais condições
de vida.
Nas expiações, o Espírito vê-se colocado prisioneiro das más ações
cometidas, pelo uso indevido do livre arbítrio.
Para que não se prejudique mais, renasce sob processos de contenção que,
obviamente, produzem sofrimentos, sobretudo se o ser espiritual ainda não
consegue apreender o valor da dor como instrumento de educação e cura
espirituais.
Em O Céu e o Inferno, Allan Kardec lança outras luzes a respeito do
tema, quando explica que o arrependimento das faltas cometidas é o elemento
chave para liberar o Espírito das provações dolorosas e das expiações. O
Codificador, assim se expressa:
Arrependimento, expiação e reparação são as três condições
necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências. O
arrependimento suaviza as dores da expiação, abrindo pela esperança o caminho
da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a
causa. (Grifos no original)
Nesses termos, a libertação
do Espírito, ou reparação, indica ser a etapa final da expiação porque, perante
os códigos divinos, não nos é suficiente expiar uma falta, é preciso anulá-la,
definitivamente, da vida do Espírito imortal, pela prática do bem:
A reparação consiste em
fazer o bem a quem se havia feito o mal. Quem não repara os seus erros nesta vida
por fraqueza ou má vontade, achar-se-á numa existência posterior em contato com
as mesmas pessoas a quem prejudicou, e em condições voluntariamente escolhidas,
de modo a demonstrar-lhes o seu devotamento,
e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito.
Marta Antunes Moura
Fonte: www.febnet.org.br
sábado, 2 de novembro de 2013
Reflexão Para o Dia de Finados
Emmanuel
Na Terra, quando perdemos a companhia de seres amados, ante a visitação da morte sentimo-nos como se nos arrancassem o coração para que se faça alvejado fora do peito.
Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram, fome de escutar palavras que emudeceram.
E bastas vezes tudo o que nos resta no mundo íntimo é um veio de lágrimas estanques, sem recursos de evasão pelas fontes dos olhos.
Compreendemos, sim, neste Outro Lado da Vida, o suplício dos que vagueiam entre as paredes do lar ou se imobilizam no espaço exíguo de um túmulo, indagando porquê...
Se varas semelhantes sombras de saudade e distância, se o vazio te atormenta o espírito, asserena-te e ora, como saibas e como possas, desejando a paz e a segurança dos entes inesquecíveis que te antecederam na Vida Maior.
Lembra a criatura querida que não mais te compartilha as experiências no Plano Físico, não por pessoa que desapareceu para sempre e sim à feição de criatura invisível mas não de todo ausente.
Os que rumaram para outros caminhos, além das fronteiras que marcam a desencarnação, também lutam e amam, sofrem e se renovam.
Enfeita-lhes a memória com as melhores lembranças que consigas enfileirar e busca tranquilizá-los com o apoio de tua conformidade e de teu amor.
Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-lhes a imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo, ei-los que suportam angústia maior, de vez que passam a carregar as próprias aflições sobretaxadas com as tuas.
Compadece-te dos entes amados que te precederam na romagem da Grande Renovação.
Chora, quando não possas evitar o pranto que se te derrama da alma; no entanto, converte quanto possível as próprias lágrimas em bênçãos de trabalho e preces de esperança, porquanto eles todos te ouvem o coração na Vida Superior, sequiosos de se reunirem contigo para o reencontro no trabalho do próprio aperfeiçoamento, à procura do amor sem adeus.
Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram, fome de escutar palavras que emudeceram.
E bastas vezes tudo o que nos resta no mundo íntimo é um veio de lágrimas estanques, sem recursos de evasão pelas fontes dos olhos.
Compreendemos, sim, neste Outro Lado da Vida, o suplício dos que vagueiam entre as paredes do lar ou se imobilizam no espaço exíguo de um túmulo, indagando porquê...
Se varas semelhantes sombras de saudade e distância, se o vazio te atormenta o espírito, asserena-te e ora, como saibas e como possas, desejando a paz e a segurança dos entes inesquecíveis que te antecederam na Vida Maior.
Lembra a criatura querida que não mais te compartilha as experiências no Plano Físico, não por pessoa que desapareceu para sempre e sim à feição de criatura invisível mas não de todo ausente.
Os que rumaram para outros caminhos, além das fronteiras que marcam a desencarnação, também lutam e amam, sofrem e se renovam.
Enfeita-lhes a memória com as melhores lembranças que consigas enfileirar e busca tranquilizá-los com o apoio de tua conformidade e de teu amor.
Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-lhes a imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo, ei-los que suportam angústia maior, de vez que passam a carregar as próprias aflições sobretaxadas com as tuas.
Compadece-te dos entes amados que te precederam na romagem da Grande Renovação.
Chora, quando não possas evitar o pranto que se te derrama da alma; no entanto, converte quanto possível as próprias lágrimas em bênçãos de trabalho e preces de esperança, porquanto eles todos te ouvem o coração na Vida Superior, sequiosos de se reunirem contigo para o reencontro no trabalho do próprio aperfeiçoamento, à procura do amor sem adeus.
(Do livro “Na Era do Espírito”, Emmanuel, Francisco C. Xavier)
A Evangelização da Criança
“É notável
verificar que as crianças educadas nos princípios espíritas adquirem uma
capacidade de raciocinar precoce, que as torna infinitamente mais fáceis de
serem conduzidas. Nós as vimos em grande número, de todas as idades e dos dois
sexos, nas diversas famílias onde fomos recebidos. Isto, não as priva da
natural alegria, nem da jovialidade. Todavia, não existe nelas essa
turbulência, essa teimosia, esses caprichos que tornam tantas outras
insuportáveis.” (Allan Kardec - Viagem Espírita em 1862 - pág. 30).
Interessante a observação feita pelo Codificador, em suas viagens
por várias cidades da França, em 1862, com relação ao comportamento das
crianças educadas nos princípios da moral espírita, que é a moral do Cristo.
Naquela época, em que o Espiritismo estava no seu nascedouro, sua
influência na família e como consequência, na educação da criança, já se fazia
notar. Cumpria-se a recomendação: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os
impeçais”.
Jesus, assim dizendo, não endereçava suas palavras somente àqueles
que, defendendo a sua tranquilidade, tentavam afastar dele aquele bando de
crianças. As palavras do Mestre nunca foram proferidas somente para o momento,
mas também para a eternidade. Com isso, Jesus fazia a recomendação a todos nós,
a fim de que nunca fôssemos o empeço, impedindo que as crianças chegassem até
Ele.
Entretanto, passados quase dois mil anos, desde que suas palavras
foram proferidas, nós, os educadores, agindo como Marta, a irmã de Lázaro,
ainda estamos distraídos, desprezando a melhor parte e com isso, relegando a
segundo plano a evangelização da criança, esquecidos de que Ele é “O Caminho, a Verdade e a Vida”, e
ninguém chegará ao Pai senão por Ele.
A maioria dos pais só procura cuidar do corpo e do intelecto, como
se esses fossem os mais importantes, esquecendo-se de alimentar o Espírito com
as luzes do Evangelho, para que este, que é imortal, possa melhor aproveitar a
presente oportunidade de evolução, errando menos, sendo melhor e mais útil a si
próprio, à família, à comunidade e à Pátria, e como consequência, à própria
Humanidade, de que ele é membro integrante, como cidadão do Universo.
Quando procuramos valorizar a necessidade da evangelização da
criança, não queremos dizer que a do jovem ou mesmo a do adulto não o sejam:
todavia, sabemos que é na fase da infância que o Espírito é mais acessível às
impressões que recebe, capazes de lhe auxiliar o adiantamento. Em vista disso,
não podem os pais se descuidarem desse mister, ou seja, o encaminhamento de
seus filhos às atividades de Evangelização da corrente religiosa que professem,
considerando-a tão importante como a de um curso regular, aulas de natação ou
dança, e que não devem ser faltadas por motivos fúteis.
Divaldo Pereira Franco, médium e orador espírita, em entrevista
concedida a dirigentes e trabalhadores espíritas (Diálogo – Edição USE/SP),
afirmou:
“Se nós damos a melhor alimentação, o melhor colégio, dentro de
nossas possibilidades, aos filhos, porque não lhes damos a melhor religião, que
é aquela que já elegemos? Percam umas praiazinhas, mas salvem os filhos; o que
adianta os levar à praia hoje e depois ficarem chorando, perguntando a Deus o
porquê.”
Quando falamos em evangelizar a criança, não nos estamos referindo
a levá-la somente à atividade específica no templo religioso ou do Centro
Espírita, e sim, desencadear todo um processo de aproximação da mesma com o
Evangelho de Jesus, como a sua filosofia de vida.
É óbvio que neste processo se inclui a vivência e o comportamento
cristãos dos pais no lar, sem isso, nada ou muito pouco se conseguirá. Por
isso, Divaldo P. Franco na entrevista anteriormente citada, afirmou: “Se,
todavia, os pais são espíritas em casa, eles irão felizes às aulas de evangelização
e de juventude, porque estão impregnados do exemplo”.
Poderíamos substituir o termo “espírita” por cristão, na
abrangência necessária à aproximação do educando com o Cristo, como único
caminho de levá-lo ao conhecimento da verdade e salvar-lhe a vida, não
excluindo desse processo as chamadas religiões não cristãs, porque se aceitamos
que Jesus Cristo é o governante do nosso planeta, todos os missionários que
aqui vieram, trazendo informações das coisas espirituais, o fizeram em Seu nome
e mesmo que os homens as neguem, essas lições são as do Cristo de Deus.
A finalidade de toda religião deve ser a de tornar os indivíduos
espiritualistas; quem raciocina como sendo espírito eterno, passa a ver o
mundo, seus semelhantes e a própria vida de modo diferente, passa a colocar na
imortalidade o objetivo maior a ser alcançado. Quanto mais cedo a criatura
tiver essas noções, mais corretamente conduzirá seus passos e menos dissabores
terá na vida. Daí a importância da Evangelização Infantil.
Se queres tornar teu filho
Um verdadeiro cristão,
Desde cedo mostra o trilho
De sua evangelização
Lydienio Barreto de Menezes
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Palestras CEJG - Novembro/13
HORA
|
T
E M A
|
FACILITADOR
|
|
01 - SEX
|
20:00
|
A IMORTALIDADE DA ALMA
|
CRISTALINO BATISTA
|
03- DOM
|
08:30
|
A IMORTALIDADE DA ALMA
|
MACILÉA OLIVEIRA
|
06 - QUA
|
20:00
|
LE-254 a 256: PERCEPÇÕES,
SENSAÇÕES, SOFRIMENTO...
|
MACILENE OLIVEIRA
|
08 - SEX
|
20:00
|
PEDI E OBTEREIS
|
CÉSAR HENRIQUE
|
10 - DOM
|
08:30
|
NÃO JULGUEIS PARA NÃO SERDES
JULGADOS
|
MYRIAN OLIVEIRA
|
13 - QUA
|
20:00
|
LE-257: ENSAIO
TEÓRICO DA SENSAÇÃO NOS ESPÍRITOS
|
MARCO AURÉLIO
|
15 - SEX
|
20:00
|
A PARÁBOLA DA OVELHA E DA DRACMA
PERDIDA
|
MACILÉA OLIVEIRA
|
17 –DOM
|
08:30
|
OS INIMIGOS DESENCARNADOS
(OBSESSÃO)
|
CHAMES CONCEIÇÃO
|
20 - QUA
|
20:00
|
LE-258 a 259: ESCOLHA
DAS PROVAS
|
FABIANO MOURA
|
22 - SEX
|
20:00
|
AS TRÊS REVELAÇÕES: MOISÉS,
JESUS E KARDEC
|
REGINA COELI
|
24 - DOM
|
08:30
|
RETRIBUIR O MAL COM O BEM
|
VALDENICE MEIRA
|
27 - QUA
|
20:00
|
LE-260 a 262: ESCOLHA
DAS PROVAS
|
POLÍBIO MATOS
|
29 - SEX
|
20:00
|
MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO
|
VIRGÍNIA BARBOSA
|
XXIV Semana Espírita de Teófilo Otoni
Ante um clima festivo e de confraternizações, realizou-se no período de 22 a 26 de outubro de 2013, no auditório da CDL desta cidade, a XXIV Semana Espírita de Teófilo Otoni, promovida pela Aliança Municipal Espírita de Teófilo Otoni, tendo como tema central: ANTE OS TEMPOS NOVOS.
A Arte Espírita, através da música antecipava as exposições das palestras e seminário, facilitadas pelos convidados: Welerson Santos (BH); Márcio Tadeu Pires (BH); Ricardo Ferreira (Vit. Conquista-BA), Abigail Guimarães (Vit. Conquista-BA), Kleiton Scofield (T. Otoni-MG) e César Henrique Pereira (T. Otoni–MG).
Bem representada, a comunidade espírita de Teófilo Otoni e região pode apossar-se de patamar de conhecimentos trazidos pelos expositores, de harmonia com os preceitos doutrinários do Espiritismo.
No mês que assinala o natalício do Codificador Allan Kardec, o presente foi nosso.
Nilton Maia – DCSE/CEJG
Assinar:
Postagens (Atom)