Vale pensar no tempo que passa, celeremente, a exigir
providências efetivas para que o bem consiga alcançar o âmago da Humanidade,
onde dúvidas cruéis e pessimismo vêm desestruturando mentes, consumindo
vidas.
O Espiritismo é chamado à liça, a fim de apresentar o conjunto
das suas lições, a força dos seus ensinamentos, como opção nova para os pés
trôpegos de tantas criaturas.
Divulgá-lo é dever impostergável, conscientes que estamos da
sua importância.
Vivenciá-lo é compromisso intransferível, cientes que estamos
das verdades ínsitas nas suas propostas felizes.
Sem dúvida, não são muitos os que se sensibilizam com a
Doutrina vigorosa que o Espiritismo alberga. Poucos se deram conta de que há
muito a extrair-se do majestoso conteúdo espírita.
O Espiritismo, como entendemos na Pátria Espiritual,
assemelha-se a um imenso oceano, enquanto a maioria de nós, que nos
vinculamos aos seus contextos, mantemo-nos tão-só em suas praias.
Há muito o que aprender, para que melhor o possamos divulgar.
Há necessidade de estabelecermos ou mantermos grupos, pequenos ou grandes, de
companheiros entusiasmados com essa vertente das bênçãos de Deus, chegada à
Terra para renovar-nos o convite de Jesus para buscarmos a riqueza que não
pode ser usurpada.
Faz-se urgente a disseminação do Pensamento Espírita, sem
pieguices e acréscimos provenientes de vários contextos do Espiritualismo do
mundo que, em si mesmos, não correspondem às vistas da formosa Doutrina.
Espiritismo! Quanto te necessitamos. Quanto te buscamos,
muitas vezes sem utilizarmos eficiente roteiro ou metodologia adequada. O
tempo de agora é o mais apropriado a esse entendimento e a essas providências
divulgadoras.
O mundo carece mais do Espiritismo, do que de qualquer outra
coisa. Não foi sem razão que o Codificador indagou dos Imortais sobre a
possibilidade de a Doutrina Espírita vir a tornar-se crença geral ou se
permaneceria partilhada por pequenos grupos, por poucas pessoas. Os guias do
mundo informaram que estava chegado o tempo da expansão dos seus princípios.
Seria crença geral. Seus fundamentos estão vinculados às leis naturais.
Informaram que isso não se daria sem dificuldades, mas que se daria.
Assim, eis chegado o tempo do nosso esforço pessoal e
institucional para que isso possa dar-se. O tempo urge. Unamo-nos por
difundi-lo com maturidade, com alegria, com verdade, a fim de que os
espíritas – encarnados ou não – possamos cooperar com os empenhos de Jesus
Cristo, nessa quadra de graves definições e ajustes da Humanidade.
Camilo – Revista Reformador – Janeiro/2002
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sábado, 4 de janeiro de 2020
Carência de Luz
Caridade essencial
“E a caridade é esta: que andemos segundo os seus mandamentos.
Este é o mandamento, como já desde o princípio ouvistes; que andeis nele.” João
(II João, 6)
Em todos os lugares e situações da
vida, a caridade será sempre a fonte divina das bênçãos do Senhor.
Quem dá o pão ao faminto e água ao
sedento, remédio ao enfermo e luz ao ignorante, está colaborando na edificação
do Reino Divino, em qualquer setor da existência ou da fé religiosa a que foi
chamado.
A voz compassiva e fraternal que
ilumina o espírito é irmã das mãos que alimentam o corpo.
Assistência, medicação e ensinamento
constituem modalidades santas da caridade generosa que executa os programas
do bem. São vestiduras diferentes de uma virtude única. Conjugam-se e
completam-se num todo nobre e digno.
Ninguém pode assistir a outrem, com
eficiência, se não procurou a edificação de si mesmo; ninguém medicará, com
proveito, se não adquiriu o espírito de boa vontade para com os que
necessitam, e ninguém ensinará, com segurança, se não possui a seu favor os
atos de amor ao próximo, no que se refira à compreensão e ao auxílio
fraternais.
Em razão disso, as menores
manifestações de caridade, nascidas da sincera disposição de servir com
Jesus, são atividades sagradas e indiscutíveis. Em todos os lugares, serão
sempre sublimes luzes da fraternidade, disseminando alegria, esperança,
gratidão, conforto e intercessões benditas.
Antes, porém, da caridade que se
manifesta exteriormente nos variados setores da vida, pratiquemos a caridade
essencial, sem o que não poderemos efetuar a edificação e a redenção de nós
mesmos.
Trata-se da caridade de pensarmos,
falarmos e agirmos, segundo os ensinamentos do Divino Mestre, no Evangelho. É
a caridade de vivermos verdadeiramente n’Ele para que Ele viva em nós.
Sem esta, poderemos levar a efeito
grandes serviços externos, alcançar intercessões valiosas em nosso benefício,
espalhar notáveis obras de pedra, mas, dentro de nós mesmos, nos instantes de
supremo testemunho na fé, estaremos vazios e desolados, na condição de
mendigos de luz.
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Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier –
Lição 110
Morada dos bem-aventurados
Falemos das últimas espirais da glória, habitadas pelos
Espíritos puros. Ninguém as atinge antes de haver atravessado os ciclos dos
Espíritos errantes. Júpiter está no mais alto grau da escala. Quando um
Espírito, longamente purificado por sua estada nesse planeta, é julgado digno
da suprema felicidade, é disso advertido por um redobramento de ardor; um
fogo sutil anima todas as partes delicadas de sua inteligência, que parece
irradiar e tornar-se visível; deslumbrante, transfigurado, ele clareia a luz
que parecia tão radiosa aos olhos dos habitantes de Júpiter; seus irmãos
reconhecem o eleito do Senhor e, trêmulos, ajoelham-se ante a sua vontade.
Entretanto, o Espírito escolhido eleva-se, e os céus, na sua suprema
harmonia, lhe revelam belezas indescritíveis.
À medida que sobe, compreende, não mais como na erraticidade,
não mais vendo o conjunto das coisas criadas, como em Júpiter, mas abarcando
o infinito. Sua inteligência transfigurada eleva-se como uma flecha até Deus,
sem tremor e sem terror, como num foco imenso alimentado por mil objetos
diversos. O amor, nesses diversos Espíritos, reveste a cor de sua
personalidade; eles se reconhecem e se regozijam. Refletidas, suas virtudes
repercutem, por assim dizer, as delícias da visão de Deus e aumentam
incessantemente com a felicidade de cada eleito. Mar de amor que cada
afluente aumenta, essas forças puras não ficam mais inativas que as forças de
outras esferas. Logo investidos do dom da ubiquidade, abrangem ao mesmo tempo
os detalhes infinitos da vida humana, desde a sua eclosão até as últimas
etapas. Irresistível como a luz, sua vista penetra por toda parte
simultaneamente e, ativos como a força que os move, espalham a vontade do
Senhor. Como de uma cheia escapa a onda benfazeja, sua bondade universal
aquece os mundos e confunde o mal.
Esses diversos intérpretes têm como ministros de seu poder os
Espíritos já depurados. Assim, tudo se
eleva, tudo se aperfeiçoa e a caridade irradia sobre os mundos, que alimenta
em seu seio poderoso.
Os Espíritos puros têm como atributo a posse de tudo quanto é
bom e verdadeiro, porque possuem o próprio princípio, que é Deus. O próprio
pensamento humano limita tudo que abrange e não admite o infinito, que a
felicidade não limita. Depois de Deus, que pode haver? Deus ainda, sempre
Deus. O viajante vê os horizontes se sucederem aos horizontes e um é apenas
começo de outro; assim, o infinito se desdobra incessantemente. A maior
alegria dos Espíritos puros é precisamente essa extensão tão profunda quanto
a própria eternidade.
Do mesmo modo que não se descreve uma graça, uma chama e um
raio, não posso descrever os Espíritos puros. Mais vivos, mais belos e mais
resplandecentes que as mais etéreas imagens, uma palavra resume seu ser, seu
poder e seus prazeres: Amor! Preenchei com esta palavra o espaço que separa a
Terra do Céu, e ainda não tereis senão a ideia de uma gota de água no mar. Por
mais grosseiro que seja, só o amor terrestre pode vos dar ideia de sua divina
realidade.
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Georges - Revista Espírita - outubro/1860
sábado, 28 de dezembro de 2019
ANO NOVO – Novo Ano
Ao término de cada ano,
damos guarida à ideia de que o novo ano será melhor, mais luminoso, mais
profícuo. Novo Ano tivemos ontem, temo-lo agora, tê-lo-emos amanhã e depois,
depois e sempre.
Novo Ano diz respeito à
sequência natural da vida, ocasião de nos reorganizarmos, raciocinarmos sobre
novas e atuais posições, como, por exemplo, melhor aproveitamento do tempo -
esse mercado de oportunidades que nos foi concedido para a construção do bem,
ótimo ensejo de semearmos o que iremos colher num futuro próximo. A hora que
passa é preciosa demais para que lhe percamos a grandeza. Elaboremos, pois, o
nosso calendário e aproveitemos os dias, as horas e os minutos para fazermos
o máximo que nos for possível na sementeira do bem. O tempo é irreversível,
não volta mais. Talvez, por isso mesmo, nos mundos felizes ou nos espaços
siderais o tempo seja inexistente e os Espíritos vivam num eterno presente.
O tempo diz respeito a
quem está em marcha e percebe que as coisas não são fixas ou permanentes. Eis
porque no ser inteligente há ânsia, há busca, há desejo de refazer,
recomeçar, repensar, esclarecer dúvidas ou incertezas. Vive-se ao sabor das
surpresas do caminho. Somos felizes ou infelizes, até o instante em que
percebemos a insatisfação ou por ela somos surpreendidos, ou despertamos para
a realidade do que efetivamente somos.
Julgamos então ser
nosso o equívoco quanto à felicidade que pensávamos haver alcançado, ou
concluímos que não éramos tão infelizes quanto supúnhamos, e, nesse sentido,
quanto mais imperfeito é o indivíduo, maior é a soma de suas insatisfações e
menos estável é a sua felicidade, que é algo que construímos dentro de nós e
que nada tem a ver com os bens materiais que são passageiros. A perfeição que
buscamos alcançar pelo exercício diuturno do Evangelho conduz-nos direta e
ininterruptamente aos gozos eternos e inconspurcáveis do Espírito. Perder
tempo é, pois, obstacular a caminhada no roteiro da Luz.
Ano Novo significa mais
um trecho que temos a percorrer em nossa caminhada na Crosta Planetária, uma
ótima oportunidade para um balanço total de nossa vida. Isso sugere a ideia
de viagem... Quando pensamos viajar, cogitamos logo de preparar a bagagem,
pondo tudo em ordem, separando as coisas necessárias para levar. Prevenimos o
numerário suficiente para as despesas, enfim, tomamos todas as medidas
cabíveis para nos assegurar uma ida e uma volta isentas de embaraços. O
Espiritismo, quando penetra em nossa intimidade, convida-nos a realizar duas
grandes viagens:
- a primeira, para
dentro de nós mesmos, em busca do autodescobrimento, através do qual
conheceremos os equívocos a serem corrigidos e as conquistas salutares a
serem ampliadas;
- a segunda, para fora
de nós, em busca do outro, dos carentes e necessitados de nosso amor e
compreensão que surgem com campo propício para a semeadura das descobertas
anteriores.
Diante do ano que
findou e de um que se inicia deve ser o bem, o amor a nossa meta. A
transformação moral definitiva começa no desejo íntimo e concretiza-se na
ação renovadora. Ninguém espere encontrar na vida um mar de rosas; necessário
se faz aprendermos a lidar com as nossas emoções e sentimentos.
O desafio, porém,
precisa ser enfrentado, mesmo à custa de lágrimas. A “boa luta”, a que Jesus
se referiu, começa na coragem de mergulharmos no imo de nós mesmos, para
alcançarmos o nosso propósito: vencer do princípio ao fim, do primeiro ao
último dia do Ano Novo, observando uma conduta reta e a mais elevada
possível, pensando tão somente no Bem que elegeremos para luz de nosso
caminho. O que importa, em essência, não é propriamente a passagem de um ano
para outro, coisa que sempre se deu e se dará à nossa revelia, e sim as condições
da bagagem espiritual com que entramos no Ano Novo: para que ele seja
realmente bom como o concebemos, precisamos renovar-nos.
Muita paz e um Ano Novo
repleto de realizações.
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Jurá Rodrigues - Revista
Reformador - janeiro/1999
Um ano maravilhoso
Diz Jesus (Lucas 4:18-19): O Espírito do Senhor está sobre
mim, pelo que me ungiu para evangelizar aos pobres. Enviou-me para apregoar
liberdade aos cativos, dar vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos e
anunciar o ano aceitável do Senhor.
Coletivamente,
envolvendo a Humanidade, podemos dizer que o ano aceitável do Senhor foi
aquele em que a mensagem de Jesus começou a ser transmitida, no ano trinta da
Era Cristã, segundo a cronologia estabelecida.
Individualmente, será
aquele em que estivermos dispostos a aceitar Jesus em plenitude, buscando colocar
em prática seus ensinamentos.
A orientação para essa
vivência está contida nas excelências do Evangelho, que tem a sua síntese no Sermão
da Montanha, o mais belo poema da Humanidade.
Nele temos o roteiro
perfeito para cumprir a vontade de Deus e edificar o Reino Divino na Terra.
E o próprio Sermão da
Montanha pode ser sintetizado, conforme a expressão de Jesus (Mateus, 7:12): Tudo o que quiserdes que os homens vos façam,
fazei-o assim também a eles.
Em favor dos homens,
representados por familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho,
transeuntes, e todos aqueles que cruzam nosso caminho, somos convocados a
fazer o melhor, tanto quanto gostaríamos que eles o fizessem por nós.
Isso nos remete aos
valores do perdão, da caridade, da solidariedade, da tolerância, da paciência
e das demais virtudes evangélicas, que o Mestre não se cansou de ensinar e
exemplificar ao longo de seu apostolado.
No empenho de servir os
carentes de todos os matizes, há que considerar nossa integração em grupos de
trabalho.
Aqueles que servem com
eficiência, que produzem em benefício da coletividade, invariavelmente estão
associados a outras pessoas, unidos por ideais comuns.
Há estímulos recíprocos
em que nos beneficiamos e somos beneficiados, em relação ao serviço.
Se nos propomos, por
exemplo, a visitar doentes num hospital, cumprindo solitariamente a tarefa, sempre
haverá certo constrangimento na abordagem dos pacientes.
Por outro lado,
dificilmente sustentaremos a assiduidade.
Se integrados num
movimento de solidariedade, haverá sempre a segurança do grupo e o estímulo dos
companheiros a nos cobrarem a presença.
Podemos estar dispostos
a atender eventualmente o pobre que bate à nossa porta, ajudar um colega de serviço,
atender à necessidade de um vizinho, visitar um doente…
Mas será sempre algo
por demais elementar para nos situar como legítimos servidores.
É preciso dar
regularidade e constância a esse empenho.
Para tanto, a melhor
alternativa é o Centro Espírita, a escola abençoada das Almas, onde, num
primeiro momento, aprendemos a raciocinar como Espíritos imortais em jornada de
aprendizado pela Terra.
E se houver empenho de
nossa parte nesse mister, logo perceberemos que ali está também a nossa abençoada
oficina de trabalho, onde, unidos em torno do ideal comum de servir,
integramo-nos nos abençoados serviços da solidariedade, que emprestam
significado e objetivo à existência.
Uma boa proposta para o
Ano Novo.
Integrando-nos nas
atividades da Casa Espírita, participando de suas campanhas, contribuindo
para seus serviços, estaremos fazendo de “2020”*
um ano aceitável do Senhor, aquele ano maravilhoso em que, despertando para
as realidades reveladas pela Doutrina Espírita, estejamos dispostos a
arregaçar as mangas, buscando a glória de servir.
*2005 no original
|
Richard Simonetti - Revista
Reformador – janeiro / 2005
Nisto conheceremos
“Nisto conhecemos o espírito da
verdade e o espírito do erro.” (I João, 4:6.)
Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações
humanas:
· perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa;
· esquecendo o mal para construir o bem;
· amparando com sinceridade aos que nos aborrecem;
· cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício
dos que nos perseguem e caluniam;
· olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos;
· guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração;
· perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem;
· negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos
passos;
· carregando nossas dificuldades como dádivas celestes;
· recebendo adversários por instrutores;
· bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera
Maior;
· convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade;
· descortinando ensejos de servir em toda parte;
· compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos
e ajudados;
· amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa
de recompensa; então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos
a estrada para a redenção divina.
|
Livro
Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 109
quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
Em busca do Mestre
Aos ouvidos da Alma atormentada, que lhe pedia a comunhão com
Jesus, respondeu, generoso, o mensageiro celestial:
- Sim, em verdade reconheces no Cristo o Senhor, mas não te
dispões a servi-lo...
Clamas por Ele, como sendo a Suma Compaixão, todavia, ainda te
acomodas com a maldade...
Não te cansas de anunciá-lo por Luz dos Séculos, entretanto,
não te afastas da sombra...
Dizes que Ele é o Amor Infinito, mas ainda te comprazes na
agressividade e no ódio...
Afirmas aceitá-lo por Príncipe da Paz e não vacilas em
favorecer a discórdia...
- Contudo - suplicou a Alma em pranto -, tenho fome de
consolo, no aflitivo caminho em que se me alongam as provações... Que fazer
para encontrar-lhe a presença redentora? ....
- Volta ao combate pela vitória do bem e não desfaleças! -
acrescentou o emissário celeste.
- Ele é teu Mestre, a Terra é tua escola, o corpo de carne a
tua ferramenta e a luta a nossa sublime oportunidade de aprender. Se já lhe
recolheste a lição, sê um traço dEle, cada dia... Ama sempre, ainda que a
fogueira da perseguição te elimine a esperança, estende os braços ao próximo,
sem esmorecer, ainda que o fel das circunstâncias adversas te envenene a taça
de solidariedade e carinho!...
Sê um raio de luz nas trevas e a mão abnegada que insiste no
socorro fraternal, ainda mesmo nos lugares e nas situações em que os outros
hajam desistido de auxiliar... Vai! Esquece-te e ajuda no silêncio, assim
como no silêncio recolhes dEle o alento de cada instante! Não pretendas improvisar
a santidade e nem esperes partilhar-lhe, de imediato, a glória sublime! Ouve!
Basta que sejas um traço do Senhor, onde estiveres!...
Aos olhos da Alma supliciada desapareceu a figura do excelso
dispensador dos Talentos Eternos.
Viu-se, de novo, religada ao corpo, sob desalento
inexprimível...
Contudo, ergueu-se, enxugou os olhos doridos e, calando-se,
procurou ser um traço do Mestre cada dia.
Correu, célere, o tempo.
Amou, tolerou, sofreu e engrandeceu-se...
O mundo feriu-a de mil modos, os invernos da experiência
enrugaram-lhe a face e pratearam-lhe os cabelos, mas um momento surgiu em que
os traços do Mestre como que se lhe gravaram no íntimo...
Viu Jesus, com todo o esplendor de sua beleza, no espelho da própria
mente, no entanto, não dispunha de palavras para transmitir aos outros
qualquer notícia do divino milagre...
Sabia tão somente que transportava no coração as estrelas da
alegria e os tesouros do amor.
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Chico Xavier / Meimei - Livro Instruções Pisicofônicas
“E A Vida Continua...”: Andrezinho e a Justiça Divina
O avatar da Microcampanha “A Vida no Mundo Espiritual”, Andrezinho, fala sobre as ações e escolhas dos seres em evolução e como funcionam os mecanismos da Justiça Divina. Tal ensinamento está presente no capítulo 13 do livro “E A Vida Continua...”, a décima terceira
obra da série.
obra da série.
Ditado por André Luiz e psicografado por Chico Xavier, o livro completa 51 anos de lançamento em 2019.
Operemos em Cristo
“E quanto fizerdes, por
palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por Ele
graças a Deus e Pai.” Paulo (Colossenses, 3:17)
A espera de resultados, depois de
expressões e ações reconhecidamente elevadas, pode provocar enormes prejuízos
em nossa romagem para a Suprema Luz.
Enquanto aguardamos manifestações
alheias de gratidão ou melhoria, somos suscetíveis de paralisar nossas
próprias obrigações, desviando-nos para o terreno escuro da maledicência ou
do julgamento precipitado.
Quanto seja possível, distribuamos o
bem, entregando nossas atividades ao Cristo, divino doador dos benefícios
terrestres.
É perigoso estabelecer padrões de
reconhecimento para corações alheios, ainda mesmo quando sejam preciosas
joias do nosso escrínio espiritual. Em nossa expectação ansiosa por enxergar
a soma de nossos gestos nobres, podemos parecer egoístas, ingratos e
maldizentes.
Copiemos o pomicultor sensato.
Preparemos a terra, auxiliando-a e
adubando-a.
Em seguida, lancemos ao solo sementes
e mudas valiosas.
O serviço mais importante caberá ao
Senhor da Vida. Ele cuidará das circunstâncias favoráveis no espaço e no
tempo, desenvolvendo-nos a sementeira, ou anularnos-á o serviço, através de
processos naturais, adiando a realização de nossos desejos, em virtude de
razões que desconhecemos.
O pomicultor equilibrado trabalha com
títulos de sincera confiança no Céu, ignorando, de maneira absoluta, se
colherá flores ou frutos de suas obras, no quadro do imediatismo humano.
Ampara-se, todavia, na Providência
Divina e trabalha sempre, a benefício de todos.
Cumpramos, assim, nossa tarefa, por
mais alta ou mais humilde, operando invariavelmente em nome de Jesus.
Junto d’Ele, sejam para nós a glória
de amar e o prazer de servir.
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Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier –
Lição 108
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