O
título deste artigo é breve, mas contém um padrão de conduta exemplar,
magnífico.
Com
efeito, o ensino máximo de Jesus Cristo está resumido na célebre sentença Amar
a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. (...)
De
cor e salteado, sabemos que quem ama ao próximo como a si mesmo, exatamente por
este motivo, estará amando a Deus sobre todas as coisas.
E
o que é amar ao próximo como a si mesmo? É fazer a ele somente o que gostaríamos
que ele nos fizesse. Simples assim.
Disso
resulta que Ajudar sempre vem ao encontro do ensinamento maior de Jesus,
o Cristo, dirigente do Planeta Terra, nosso Irmão, Mestre e querido Amigo de
todas as horas.
Cremos
firmemente que esta orientação [de ajudar sempre e, como decorrência, nunca
prejudicar a quem quer que seja] seja excelente para transmitir aos nossos
filhos, que, se observada, fará com que eles sejam respeitosos e respeitados,
pessoas de Bem, voltadas para o Bem e para a sua prática, contribuindo assim
para o avanço moral da sociedade.
Além
disso, e como muito bem o sabemos, a semeadura é livre, mas a colheita
obrigatória, de modo que aquele que sempre procura ajudar, auxiliando em
tudo o que esteja ao seu alcance, e nunca, jamais, em hipótese alguma
prejudicar a outrem, seja qual for a circunstância ou a situação, sem sombra de
dúvida será o primeiro beneficiário desse admirável comportamento que, de forma
natural, também se estenderá, e favorecerá, a outras pessoas direta ou
indiretamente.
Registra
Carlos Torres Pastorino: Lembre-se de que colheremos, infalivelmente, aquilo
que houvermos semeado.
Se
estamos sofrendo, é porque estamos colhendo os frutos amargos das sementeiras
errôneas do passado.
Fique
alerta quanto ao momento presente!
Plante
apenas sementes de otimismo e de amor, para colher amanhã os frutos doces da
alegria e da felicidade.
Cada
um colhe, exatamente, aquilo que plantou. (Minutos de Sabedoria, 41ª ed.,Vozes,
mensagem n. 3)
Há
várias e incontáveis maneiras de ajudar, de auxiliar, a toda evidência. Muitas
vezes, o silêncio é uma delas. Não por acaso, costuma-se dizer que o
silêncio é uma prece. Quando os ânimos estão acirrados, nada melhor que
silenciar para favorecer a busca do entendimento.
Excelente
modo de ajudar é procurar ouvir. E saber ouvir nada mais é que dispensar
integral atenção ao interlocutor, tendo e demonstrando interesse pela
conversação, por seu conteúdo, a fim de que se encontre um caminho, uma
alternativa, um novo rumo e, preferencialmente, uma solução para a questão
apresentada. Pode parecer pouco, mas, para quem está aflito ou desorientado e,
tantas vezes, desesperado, é suficiente.
Toda
ajuda é bem-vinda. E não estamos aqui tratando apenas de auxílio pecuniário,
financeiro. Quando for o caso, um conselho, um apoio, uma sugestão, uma
orientação, uma palavra de esperança, podem ter grande significado para quem
deles necessita. Não é sem razão, portanto, que as Casas Espíritas brasileiras,
de um modo geral, têm entre as suas atividades o chamado atendimento
fraterno que tantos e tão bons serviços tem prestado àqueles que o buscam.
Mesmo
fora das Casas Espíritas, individualmente, estamos em condições de prestar
auxílio [independentemente de situação financeira, de nível social ou
intelectual, de raça, de cor, de crença], uma vez que tantas e tantas vezes
basta que fiquemos em silêncio ou que nos manifestemos, de conformidade com o
quadro apresentado, imbuídos da melhor das intenções, de boa-fé, com a vontade
de ser úteis, com o desejo de bem servir, sempre com qualidade e com amor.
Aconselha
o Espírito Joanes, através da psicografia do eminente médium Raul Teixeira: Na
sua atividade profissional diária, quando você se põe a servir à vida com os
recursos de que dispõe, a fim de que tudo se desenvolva ao seu derredor,
procure cientificar-se das suas obrigações.
Pense
no trabalho, desde o mais simples ao mais complexo, desde os esforços braçais
mais inexpressivos aos olhos comuns até as realizações mais grandiosas no campo
intelectual, e faça tudo da melhor forma, faça tudo com boa vontade.
Todo
trabalho é bênção de Deus para quem o realiza. Todo serviço é nobre desde que
operado em homenagem ao excelso bem. (Para uso diário, 6. ed., Fráter, cap. 11)
E
por trabalho não se devem entender somente as ocupações materiais, porquanto o
Espírito trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho. (O
Livro dos Espíritos, 33. ed. FEB, questão 675)
Vale
muito a pena repetir para enfatizar e consolidar: toda ocupação útil é trabalho
e todo trabalho é bênção de Deus para quem o realiza.
Procuremos
avançar, pois, ajudando sempre!
Antônio
Moris Cury/Revista Mundo Espírita-fevereiro/2016 – Fonte:
www.mundoespirita.com.br