Bezerra de Menezes - 190 anos
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Bezerra de Menezes não fora, como alguns de seus
admiradores supõem, um despreocupado com o Dia de Amanhã, com a assistência à
família, com o seu e o Futuro dos seus queridos entes familiares.
Não.
Sabia, como poucos, ater-se à disciplina do necessário, a
desprezar o supérfluo, a não se apegar às coisas materiais com prejuízo de seu
evolvimento espiritual e da vitória de sua Missão.
Aceitava o pagamento dos clientes que lhe podiam pagar e dava
aos pobres e estropiados o que podia dar, inclusive algo de si mesmo.
Sua digna família jamais passou necessidade.
Todos os componentes de seu familistério lhe tiveram a
assistência permanente e o alimento espiritual de seus bons exemplos.
Preocupava-se, isto sim, com o Futuro de seu Espírito e
dos Espíritos daqueles que o Pai lhe confiou.
Dia a dia, examinava-se, revia-se interiormente, para se
certificar se era mais de Jesus e Jesus mais dele, se a distância psíquica
entre ele e o Mestre era menor, se cumpria, como prometera, sua Tarefa
testemunhal.
E tudo lhe corria bem.
As dívidas eram pagas pontualmente.
Nenhum compromisso deixava de ser cumprido.
Os Filhos eram educados cristãmente.
Jesus morava no seu Lar e dentro de seu Coração e dos
Corações de seus queridos entes familiares, norteando-lhes a existência e
fazendo-a vitoriosa.
Numa manhã, no entanto, houve no lar uma apreensão.
O celeiro estava vazio, sem víveres para o jantar...
Na véspera, Bezerra havia restituído a importância das
consultas aos seus clientes pobres, porque, por intuição, compreendera que
apenas, possuíam o necessário para a compra dos medicamentos. Agradecera a boa
intenção do Farmacêutico, mas achava que não podia guardar aquelas
importâncias...
Junto com a esposa, ciente e consciente da situação,
ficara a pensar.
Vestira e saíra, consolando a querida companheira e
dizendo-lhe:
— Não se preocupe, nada nos faltará, confiemos em Deus!
Ao regressar, à tardinha, encontra a esposa surpresa e um
pouco agastada, que lhe diz:
— Por que tamanho gasto! Não precisava preocupar-se
tanto, comprando alimentos demais e que podem estragar-se...
— Mas, que acontecera?!
— Logo assim que você saiu, explica-lhe a esposa,
recebemos uma carroça de alimentos...
E, levando-o à despensa, mostrou-lhe os sacos, os
embrulhos, os amarrados de víveres, que recebera...
Bezerra olhou para tudo aquilo e emocionou-se! Nada
comprara e quem, então, lhe teria enviado tão grande dádiva se não Deus,
através de seus bondosos Filhos!...
E, abraçado à querida consorte, refugiou-se a um canto da
Casa para a Prece de agradecimento ao Pai de Amor, que lhe vitoriava a Missão,
confirmando-lhe o Ideal Cristão e como a lhe dizer:
— Por preocupar-se tanto com o próximo, com todos meus
Filhos, eu preocupo-me com você e todos os seus, também meus Filhos!
Traduzia e opulentava para o vero Servidor a Lição de
Jesus, quando nos apontou os lírios dos campos, as aves que não ajuntam em
celeiros e se vestem e se alimentam e jamais passam fome...
Ramiro
Gama – Livro: Lindos casos de Bezerra de Menezes
“Nisto todos conhecerão
que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”. Jesus (João, 13:35)
Desde a vitória de Constantino, que
descerrou ao mundo cristão as portas da hegemonia política, temos ensaiado
diversas experiências para demonstrar na Terra a nossa condição de discípulos
de Jesus.
Organizamos concílios célebres,
formulando atrevidas conclusões acerca da natureza de Deus e da Alma, do
Universo e da Vida.
Incentivamos guerras arrasadoras que
implantaram a miséria e o terror naqueles que não podiam crer pelo diapasão da
nossa fé.
Disputamos o sepulcro do Divino
Mestre, brandindo a espada mortífera e ateando o fogo devorador.
Criamos comendas e cargos religiosos,
distribuindo o veneno e manejando o punhal.
Acendemos fogueiras e erigimos
cadafalsos, inventamos suplícios e construímos prisões para quantos
discordassem dos nossos pontos de vista.
Estimulamos insurreições que operaram
o embate de irmãos contra irmãos, em nome do Senhor que testemunhou na cruz o
devotamento à Humanidade inteira.
Edificamos palácios e basílicas,
famosos pela suntuosidade e beleza, pretendendo reverenciar-lhe a memória,
esquecidos de que ele, em verdade, não possuía uma pedra onde repousar a
cabeça.
E, ainda hoje, alimentamos a separação
e a discórdia, erguendo trincheiras de incompreensão e animosidade, uns contra
os outros, nos variados setores da interpretação.
Entretanto, a palavra do Cristo é
insofismável.
Não nos faremos titulares da Boa Nova
simplesmente através das atitudes exteriores.
Precisamos, sim, da cultura que
aprimora a inteligência, da justiça que sustenta a ordem, do progresso material
que enriquece o trabalho e de assembleias que favoreçam o estudo; no entanto,
toda a movimentação humana, sem a luz do amor, pode perder-se nas sombras.
Seremos admitidos ao aprendizado do
Evangelho, cultivando o Reino de Deus que começa na vida íntima.
Estendamos, assim, a fraternidade pura
e simples, amparando-nos mutuamente... Fraternidade que trabalha e ajuda,
compreende e perdoa, entre a humildade e o serviço que asseguram a vitória do
bem. Atendamo-la, onde estivermos, recordando a palavra do Senhor que afirmou
com clareza e segurança:
— "Nisto todos conhecerão que
sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros."
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 015
Nós Te rogamos, Pai de infinita
bondade e justiça, as bênçãos de Jesus Cristo, através do Espírito Bezerra de
Menezes e sua legião de companheiros. Que eles nos assistam, Senhor, consolando
os aflitos, curando os que se tornem merecedores, confortando aqueles que têm
provas e expiações por passar, esclarecendo aos que desejam obter conhecimento
espiritual e assistindo a todos os que apelem para o Teu infinito amor. Jesus,
divino portador da graça e da verdade, estende tuas mãos dadivosas em socorro
daqueles que te reconhecem como despenseiro fiel e prudente. Seja o nosso
divino modelo, através de tuas legiões consoladoras, de teus santos espíritos,
a fim de que a fé se eleve, a esperança aumente, a bondade se expanda e o amor
triunfe sobre todas as coisas.
Bezerra de Menezes, apóstolo do bem e
da paz, amigo dos humildes e dos enfermos, movimenta as tuas falanges amigas em
benefício daqueles que sofrem males físicos ou espirituais.
Bons espíritos, dignos obreiros do
Senhor, derramai as virtudes e as curas sobre a humanidade sofredora, a fim de
que as criaturas se tornem amigas da paz e do discernimento, da harmonia e do
perdão, semeando pelo mundo os divinos exemplos de Jesus Cristo.
.
Fonte: www.sbebm.org.br
Leia conosco mais essa edição do nosso Boletim Eletrônico Semanal:
Mais luz - Edição 540
Comunicamos que os testes realizados às quartas-feiras, para o retorno às reuniões públicas presenciais, foram um sucesso.
Assim, estendemos este retorno também às reuniões públicas das sextas-feiras.
E no último dia 20 deste mês de agosto, realizamos a palestra “Instituto de tratamento”, proferida pela expositora Nelma Matos, marcando o retorno do público também às sextas-feiras, além da transmissão no nosso canal YouTube: CEJOSEPHGLEBER.
Lembrando que mantivemos o controle do número limite de participantes que se candidataram à presença no salão da nossa Casa, via inscrição prévia, bem como do atendimento ao protocolo sanitário em vigor para a COVID-19.
Agradecemos a todos os colaboradores, que tornaram possível o retorno da atividade com boa vontade, serenidade e harmonia.
A nossa eterna gratidão aos Amigos Espirituais da Casa de Joseph Gleber, pelo costumeiro amparo.
C. E. JOSEPH GLEBER
DCSE – Gilson/Nilton
Deste-me, ó meu Deus, a inteligência
necessária a distinguir o que é bem do que é mal. Ora, do momento em que
reconheço que uma coisa é do mal, torno-me culpado, se não me esforçar por lhe resistir.
Preserva-me do orgulho que me poderia
impedir de perceber os meus defeitos e dos maus Espíritos que me possam incitar
a perseverar neles.
Entre as minhas imperfeições,
reconheço que sou particularmente propenso a...; e, se não resisto a esse
pendor, é porque contraí o hábito de a ele ceder.
Não me criaste culpado, pois que és
justo, mas com igual aptidão para o bem e para o mal; se tomei o mau caminho,
foi por efeito do meu livre-arbítrio. Todavia, pela mesma razão que tive a
liberdade de fazer o mal, tenho a de fazer o bem e, conseguintemente, a de
mudar de caminho.
Meus atuais defeitos são restos das
imperfeições que conservei das minhas precedentes existências; são o meu pecado
original, de que me posso libertar pela ação da minha vontade e com a ajuda dos
Espíritos bons.
Bons Espíritos que me protegeis, e
sobretudo tu, meu anjo da guarda, dai-me forças para resistir às más sugestões
e para sair vitorioso da luta.
Os defeitos são barreiras que nos
separam de Deus e cada um que eu suprima será um passo dado na senda do
progresso que dele me há de aproximar.
O Senhor, em sua infinita
misericórdia, houve por bem conceder-me a existência atual, para que servisse
ao meu adiantamento. Bons Espíritos, ajudai-me a aproveitá-la, para que me não
fique perdida e para que, quando ao Senhor aprouver ma retirar, eu dela saia
melhor do que entrei. (Cap. V, item 5; cap. XVII, item 3) – Allan Kardec
Livro: Evangelho segundo o Espiritismo
“Disse-lhes: — Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?"
(Atos dos Apóstolos, 19:2)
A pergunta apostólica vibra ainda em todas as direções, com a maior oportunidade, nos círculos do Cristianismo.
Em toda parte, há pessoas que começam a crer e que já creem, nas mais variadas situações.
Aqui, alguém aceita aparentemente o
Evangelho para ser agradável às relações sociais.
Ali, um indagador procura o campo da
fé, tentando acertar problemas intelectuais que considera importantes.
Além, um enfermo recebe o socorro da
caridade e se declara seguidor da Boa Nova, guiando-se pelas impressões de
alívio físico.
Amanhã, todavia, ressurgem tão
insatisfeitos e tão desesperados quanto antes.
Nos arraiais do Espiritismo, tais
fenômenos são frequentes.
Encontramos grande número de
companheiros que se afirmam pessoas de fé, por haverem identificado a
sobrevivência de algum parente desencarnado, porque se livraram de alguma dor
de cabeça ou porque obtiveram solução para certos problemas da luta material;
contudo, amanhã prosseguem duvidando de amigos espirituais e de médiuns
respeitáveis, acolhem novas enfermidades ou se perdem através de novos
labirintos do aprendizado humano.
A interrogação de Paulo continua cheia
de atualidade.
Que espécie de espírito recebemos no
ato de crer na orientação de Jesus? O da fascinação? O da indolência? O da
pesquisa inútil? O da reprovação sistemática às experiências dos outros?
Se não abrigamos o espírito de
santificação que nos melhore e nos renove para o Cristo, a nossa fé representa
frágil candeia, suscetível de apagar-se ao primeiro golpe de vento.
Chico Xavier / Emmanuel – Fonte Viva – FEB – cap. 014
Vivemos uma época assinalada por duas significativas
realidades: o desenvolvimento científico e tecnológico e o vazio existencial.
As conquistas científicas e tecnológicas propiciam melhor qualidade de vida com
os avanços no campo da saúde, alimentação, energia, comunicação, acesso ao
conhecimento, entre outros. Em contraposição, o vazio existencial aparece no
cenário das relações interpessoais, expressando-se como uma sensação de perda
do sentido existencial que, em maior grau conduz a crises depressivas e, não
raro, ao suicídio. Tais constatações merecem do venerável Bezerra de Menezes as
seguintes ponderações dirigidas aos espiritas: “[…]. Naturalmente, essa
manifestação de fuga da realidade interfere no comportamento geral dos
seareiros da Verdade que, nada obstante, considerando serem servidores da
última hora, permitem-se os desvios que lhes diminuem a carga aflitiva.”
Os tempos atuais são marcados por conflitos e
entrechoques nas relações humanas, mais ou menos acentuados em diferentes
partes do Planeta: atos de heroísmo e solidariedade e crimes hediondos; indiferentismo, com fuga da realidade, diante
de doenças que têm conduzido milhares de pessoas à morte, e ações beneméritas,
de onde menos se espera, destinadas a amenizar o sofrimento existente; manifestações ideológicas exacerbadas de
pessoas e grupos, político-partidárias ou não, mescladas por vozes contrárias,
que promovem paz e a concórdia; manifestações religiosas imprudentes, voltadas
para a prática do igrejismo e registros
responsáveis que apontam para as
consequências espirituais das escolhas humanas, sobretudo as que valorizam o
amor a Deus e ao próximo. Neste sentido, o benfeitor Emmanuel, aconselha-nos
adotarmos um comportamento mais proativo, e, como medida de harmonia
espiritual, propõe lançarmos um olhar mais além, de contemplar mais longe:
Transfere a observação para o teu campo de experiência
diária e não olvides que as situações externas serão retratadas em teu plano
interior, segundo o material de reflexão que acolhes na consciência. Se
perseverares na cólera, todas as forças em torno te parecerão iradas. Se
preferes a tristeza, anotarás o desalento, em cada trecho do caminho. Se
duvidas de ti próprio, ninguém confia em teu esforço. Se te habituaste às
perturbações e aos atritos, dificilmente saberás viver em paz contigo mesmo.
Respirarás na zona superior ou inferior, torturada ou
tranquila, em que colocas a própria mente. […].
Não resta dúvida que o denominado mundo atual é complexo,
volátil, pleno de desafios como assinala o psicanalista brasileiro, Marcio de
F. Giovannetti, presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo:
Se há algo que permanece hoje em nosso mundo é a ideia de
pós. Tudo o mais parece extremamente provisório. A palavra atual parece
significar hoje e apenas hoje. Aqui e agora. Ou melhor, apenas agora, pois a
própria ideia de “aqui” é absolutamente questionável diante da internet ou de
um aparelho de televisão.
[…]
Em uma palavra, poderíamos dizer que o que há de mais
característico no mundo de hoje é o desaparecimento da permanência. Tudo se
volatiliza. Tudo é descartável. Mas, paradoxalmente, há um aumento da
expectativa do tempo da vida humana. Quanto mais tempo vive o homem, menor o
tempo de cada uma de suas coisas, sejam elas artefatos, produções culturais ou
conceitos científicos. Ser estranho esse, o homem…
Compreender a diversidade existente no mundo, conhecer e
respeitar opiniões diferentes — ainda que contrários ao próprio entendimento —
são desafios da vida em sociedade, sobretudo quando acontecem no ambiente
familiar ou profissional. Assim, no processo de autoiluminação, faz-se
necessário buscar o autodomínio, esforçando-se em manter relacionamentos
saudáveis e verdadeiros com as pessoas que fazem parte do nosso convívio
social, aprendendo a lidar com as divergências de forma respeitosa, sem emissão
de juízos de valor. Joanna de Ângelis oferece-nos oportunas orientações a
respeito:
Em teu esforço de autoiluminação, tem em vista que a
paciência, é fator primordial para o êxito.
[…]
No exercício da paciência, faz-se imprescindível o
autocontrole que demonstra a eficácia da ciência da paz.
[…]
Persevera naquilo que crês, pois sabes que o amor é a
única solução para todas as dificuldades humanas. O que não conseguires hoje,
lograrás amanhã, se souberes permanecer firme e sem desalento.
Ante os conflitos do mundo atual, afirma Bezerra de
Menezes, “[…] é natural que surjam divergências, opiniões variadas, procurando
melhor metodologia para o serviço da Luz. O direito de discordar, de discrepar,
é inerente a toda a consciência livre. Mas, tenhamos cuidado para não
dissentir, para não dividir, para não gerar fossos profundos ou abismos aparentemente
intransponíveis”. E conclui com bondade:
Que o Espírito de união, de fraternidade, leve-nos todos,
desencarnados e encarnados, à pacificação […].
O amor é o instrumento hábil para todas as decisões. Desarmados os corações, formaremos o grupo dos seres amados do ideal da Nova Era.
[…].
Nunca olvidemos, em nossas preocupações, que a Barca
terrestre tem um Nauta que a conduz com segurança ao porto da paz.
Marta Antunes de Moura / Vice-presidente da Federação Espírita Brasileira – Fonte: febnet.org.br