Deste-me, ó meu Deus, a inteligência
necessária a distinguir o que é bem do que é mal. Ora, do momento em que
reconheço que uma coisa é do mal, torno-me culpado, se não me esforçar por lhe resistir.
Preserva-me do orgulho que me poderia
impedir de perceber os meus defeitos e dos maus Espíritos que me possam incitar
a perseverar neles.
Entre as minhas imperfeições,
reconheço que sou particularmente propenso a...; e, se não resisto a esse
pendor, é porque contraí o hábito de a ele ceder.
Não me criaste culpado, pois que és
justo, mas com igual aptidão para o bem e para o mal; se tomei o mau caminho,
foi por efeito do meu livre-arbítrio. Todavia, pela mesma razão que tive a
liberdade de fazer o mal, tenho a de fazer o bem e, conseguintemente, a de
mudar de caminho.
Meus atuais defeitos são restos das
imperfeições que conservei das minhas precedentes existências; são o meu pecado
original, de que me posso libertar pela ação da minha vontade e com a ajuda dos
Espíritos bons.
Bons Espíritos que me protegeis, e
sobretudo tu, meu anjo da guarda, dai-me forças para resistir às más sugestões
e para sair vitorioso da luta.
Os defeitos são barreiras que nos
separam de Deus e cada um que eu suprima será um passo dado na senda do
progresso que dele me há de aproximar.
O Senhor, em sua infinita
misericórdia, houve por bem conceder-me a existência atual, para que servisse
ao meu adiantamento. Bons Espíritos, ajudai-me a aproveitá-la, para que me não
fique perdida e para que, quando ao Senhor aprouver ma retirar, eu dela saia
melhor do que entrei. (Cap. V, item 5; cap. XVII, item 3) – Allan Kardec
Livro: Evangelho segundo o Espiritismo
Nenhum comentário:
Postar um comentário