sábado, 4 de março de 2023

Mais Luz - Edição 620 - 05/03/2023

 

Confira conosco:

https://mailchi.mp/c1b90d1badec/especialmente-mulher

 

Especialmente à mulher – Emmanuel

Ante o Evangelho: A beneficência

Mensagem da Semana: Capacete da Esperança – Fonte Viva 94

Poema: Às filhas da Terra - Bittencourt Sampaio

Prece: Auta de Souza


Além de notícias de atividades, palestras, campanhas e muito mais...


Especialmente à mulher

 


Homem e mulher guardam idênticos direitos perante as Leis da Vida.

E ambos, análogas características de imortalidade; nos dois, os mesmos atributos do Espírito eterno.

Entretanto, a Sabedoria da Criação entregou à mulher as chaves da vida. Com ela, a repetição do berço, nos prodígios do renascimento.

O homem dominará a natureza, erguerá impérios, influenciará povos ou marcará época; no entanto, a humanização de tudo isso pertence à mulher que o embala nos vínculos de sua própria renovação.

Por muito poderosos hajam sido os conquistadores da Terra, no passado e no presente, e por mais cultos os filósofos que traçam as diretrizes da cultura humana, de nenhum deles a vida suprimiu a necessidade das entranhas femininas para que se lhes gerasse a existência; e ainda agora, quando a ciência do mundo se dispõe a intervir nos processos da reencarnação, procurando nova nidação dos recursos genéticos, a favor da gestação em proveta criadora, nenhum sistema de sublimação espiritual pode substituir a assistência materna, no trabalho do renascimento físico, porque unicamente o amor é a luz da civilização, conduzindo-a para a integração com Deus.

Se te encontras na experiência feminina, ante os impositivos da evolução, é natural te compreendas, no mesmo nível do homem relativamente à cultura e à inteligência, com a mesma segurança de competência. Mas para a demonstração disso, não busques os pontos de vivência em que a maioria dos homens falhou tantas vezes.

Para te mostrares tão eficiente quanto os melhores companheiros da Terra, não é necessário desças aos precipícios a que tantos se arrojaram na própria imprevidência.

Recorda que podes ombrear com todos eles em matéria de trabalho e habilitação, entendimento e responsabilidade, mas é preciso pensar que Deus não confiou aos homens os dons que te concedeu na perpetuação da vida e no sustento do amor.

 Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Caminhos de volta


quarta-feira, 1 de março de 2023

Campanha Abel Gomes - BAES

A Aliança Municipal Espírita (AME) de Teófilo Otoni recebeu da Associação Brasileira de Espíritas Esperantistas (BAES – Brazila Asocio de Esperanto-Spiritistoj) a doação de obras espíritas traduzidas para o Esperanto tais como: Kristana Agendo (Agenda Cristã), La Genezo (A Gênese), Kio estas Espiritismo? (O que é o Espiritismo), entre outras obras de natureza didática, e informativos.

Trata-se da “Campanha Abel Gomes”, desenvolvida pela Associação e que visa introduzir livros espíritas em Esperanto, principalmente em bibliotecas de casas espíritas que não os possuem.

A AME de Teófilo Otoni, na pessoa de seu vice-presidente Políbio Matos, recebe com muito carinho a doação e agradece à BAES, comprometendo-se a estruturar a área de Esperanto na cidade.

 

“Sim, o Esperanto é lição de fraternidade. Aprendamo-la, para sondar, na Terra, o pensamento daqueles que sofrem e trabalham noutros campos. Com muita propriedade digo: “aprendamo-la”, porque somos também companheiros vossos que, havendo conquistado a expressão universal do pensamento, vos desejamos o mesmo bem espiritual, de modo a organizarmos, na Terra, os melhores movimentos de unificação.”


Emmanuel (trecho da mensagem publicada em: 

Reformador, fevereiro de 1940).




 


Encontro dos trabalhadores e estudantes do C.E. Joseph Gleber


Nos caminhos da vida, cada companheiro portador de expressão intelectual um pouco mais alta converte-se naturalmente em voz imperiosa para os nossos ouvidos.

E cada pessoa que segue à frente de nós abre portas ao nosso espírito.

Ainda que não percebamos, várias pessoas nos abrem portas, cada dia, por meio da palavra falada ou escrita, da ação ou do exemplo.

Muita vez, perderemos longo tempo para retomar o caminho que nos é próprio.

Não nos esqueçamos de que Jesus é a única porta de verdadeira libertação.


 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Palestras CEJG - Março/2023

 


Capacete da Esperança

 “Tendo por capacete a esperança na salvação.” — Paulo. (1 Tessalonicenses, 5:8)

 

O capacete é a defesa da cabeça em que a vida situa a sede de manifestação do pensamento e Paulo não podia lembrar outro símbolo mais adequado à vestidura do cérebro cristão, além do capacete da esperança na salvação.

Se o sentimento, muitas vezes, está sujeito aos ataques da cólera violenta, o raciocínio, em muitas ocasiões, sofre o assédio do desânimo, à frente da luta pela vitória do bem, que não pode esmorecer em tempo algum.

Raios anestesiantes são desfechados sobre o ânimo dos aprendizes por todas as forças contrárias ao Evangelho salvador.

A exigência de todos e a indiferença de muitos procuram cristalizar a energia do discípulo, dispersando-lhe os impulsos nobres ou neutralizando-lhe os ideais de renovação.

Contudo, é imprescindível esperar sempre o desenvolvimento dos princípios latentes do bem, ainda mesmo quando o mal transitório estenda raízes em todas as direções.

É necessário esperar o fortalecimento do fraco, à maneira do lavrador que não perde a confiança nos grelos tenros; aguardar a alegria e a coragem dos tristes, com a mesma expectativa do floricultor que conta com revelações de perfume e beleza no jardim cheio de ramos nus.

É imperioso reconhecer, todavia, que a serenidade do cristão nunca representa atitude inoperante, por agir e melhorar continuadamente pessoas, coisas e situações, em todas as particularidades do caminho.

Por isso mesmo, talvez, o apóstolo não se refere à touca protetora.

Chapéu, quase sempre, indica passeio, descanso, lazer, quando não defina convenção no traje exterior, de acordo com a moda estabelecida.

Capacete, porém, é indumentária de luta, esforço, defensiva.

E o discípulo de Jesus é um combatente efetivo contra o mal, que não dispõe de muito tempo para cogitar de si mesmo, nem pode exigir demasiado repouso, quando sabe que o próprio Mestre permanece em trabalho ativo e edificante.

Resguardemos, pois, o nosso pensamento com o capacete da esperança fiel e prossigamos para a vitória suprema do bem.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 94


sábado, 25 de fevereiro de 2023

Mais Luz - Edição 619 - 26/02/2023

 

Venha ler e refletir conosco: 

https://mailchi.mp/48c64f171ccb/a-conscincia-o-sentido-ntimo 


A consciência – O sentido íntimo – Léon Denis

Ante o Evangelho:  Verdadeira pureza. Mãos não lavadas

Altar íntimo – Fonte Viva 93

Poema: “Themis divina” – F. Xavier

Oração: Petição do aprendiz – Bezerra de Menezes

 

COEZMUC 2023

 


Aconteceu no último feriado de carnaval (18 a 22/02/2023) mais uma edição da Confraternização Espírita da Zona do Mucuri – COEZMUC.

Este ano o tema foi Conflitos Existenciais, baseado na extraordinária obra de Joanna de Ângelis.

Foram dias de muito estudo, reflexão, oração e integração entre os participantes.

Assuntos como fugas psicológicas e vazio existencial; medo; culpa e ressentimento; ansiedade; coragem; imortalidade e amor; foram abordados de maneira brilhante pelas equipes de estudos, artes, maternagem e integração.

Os temas são escolhidos pelos confraternistas quando da inscrição para o evento, pela sugestão da maioria.

Em 2024 será: No caminho da regeneração.

Este é um encontro realizado sob regime de imersão (não pode sair do local) e destinado às famílias espíritas da cidade e da região, conforme regulamento.

Atualmente está sob a organização da Aliança Municipal Espírita de Teófilo Otoni – AME/TO.

Confira no vídeo alguns momentos bem como a chamada para o próximo evento.


A consciência – O sentido íntimo

 


A alma é, como nos demonstraram os ensinos precedentes, uma emanação, uma partícula do Absoluto. Suas vidas têm por objetivo a manifestação cada vez mais grandiosa do que nela há de divino, o aumento do domínio que está destinado a exercer dentro e fora de si, por meio de seus sentidos e energias latentes.

Pode-se alcançar esse resultado por processos diferentes, pela Ciência ou pela meditação, pelo trabalho ou pelo exercício moral. O melhor processo consiste em utilizar todos esses modos de aplicação, em completá-los uns pelos outros; o mais eficaz, porém, de todos, é o exame íntimo, a introspecção.

Acrescentemos o desapego das coisas materiais, a firme vontade de melhorar a nossa união com Deus em espírito e verdade, e veremos que toda religião verdadeira, toda filosofia profunda aí vai buscar sua origem e nessas fórmulas se resume. O resto, doutrinas culturais, ritos e práticas não são mais do que o vestuário externo que encobre, aos olhos das turbas, a alma das religiões.

Victor Hugo escrevia no Post scriptum de ma vie: “É dentro de nós que devemos olhar o exterior... Inclinando-nos sobre esse poço, o nosso espírito, avistamos, a uma distância de abismo, em estreito círculo, o mundo imenso.”

Dizia também Emerson: “A alma é superior ao que se pode saber dela e mais sábia do que qualquer uma de suas obras”.

As profundezas da alma ligam-na à grande Alma universal e eterna, de que ela é uma como vibração. Essa origem e essa participação da natureza divina explicam as necessidades irresistíveis do Espírito em evolução adiantada: necessidade de infinito, de justiça, de luz; necessidade de sondar todos os mistérios, de estancar a sede nos mananciais vivos e inexauríveis cuja existência ele pressente, mas que não consegue descobrir no plano de suas vidas terrestres.

Daí provêm nossas mais altas aspirações, nosso desejo de saber, jamais satisfeito, nosso sentimento do belo e do bem; daí os clarões repentinos que iluminam de tempos em tempos as trevas da existência e os pressentimentos, a previsão do futuro, relâmpagos fugitivos no abismo do tempo, que luzem às vezes para certas inteligências.

Sob a superfície do “eu”, superfície agitada pelos desejos, esperanças e temores, está o santuário que encerra a consciência integral, calma, pacífica, serena, o princípio da sabedoria e da razão, de que a maior parte dos homens só tem conhecimento por surdas impulsões ou vagos reflexos entrevistos.

Todo o segredo da felicidade, da perfeição, está na identificação, na fusão em nós desses dois planos ou focos psíquicos; a causa de todos os nossos males, de todas as nossas misérias morais está na sua oposição.

Na Crítica da Razão Pura, o grande filósofo Emmanuel Kant demonstrou que a razão humana, isto é, a razão superficial de que falamos, por si mesma nada podia perceber, nada provar do que respeita às realidades do mundo transcendental, às origens da vida, ao espírito, à alma, a Deus.

Dessa argumentação infere-se, lógica e necessariamente, a consequência de que existe em nós um princípio, uma razão mais profunda que, por meio da revelação interior, nos inicia nas verdades e leis do mundo espiritual.

William James faz a mesma afirmação, nestes termos: “O “eu” consciente faz um só com um “eu” maior, do qual lhe vem o resgate”.

E, mais adiante:

“Os prolongamentos do “eu” consciente dilatam-se muito além do mundo da sensação e da razão, em certa região que se pode chamar mística ou sobrenatural. Quando nossas tendências para o ideal têm sua origem nessa região – é o caso da maior parte delas, porque somos possuídos por elas de maneira que não podemos perceber – ali temos raízes mais profundas do que no mundo visível, pois nossas mais altas aspirações são centro da nossa personalidade. Mas, esse mundo invisível não é somente ideal, produz efeitos no mundo visível. Pela comunhão com o invisível, o “eu” finito transforma-se; tornamo-nos homens novos e nossa regeneração, modificando nosso proceder, repercute no mundo material. Como, pois, recusar o nome de realidade ao que produz efeitos no seio de uma outra realidade? Com que direito diriam os filósofos que não é real o mundo invisível?” (...)

 

Léon Denis – O problema do ser, do destino e da dor – cap. XXI