segunda-feira, 10 de abril de 2023
sábado, 8 de abril de 2023
Mais Luz - Edição 625 - 09/04/2023
Venha ler e refletir conosco: https://mailchi.mp/f7987c5651c3/verdadeiro-sentido-da-pscoa
PÁSCOA - "Qual o verdadeiro
sentido?" – Haroldo Dutra
Ante o Evangelho: Felicidade que
a prece proporciona
Mensagem da semana: Persiste e
segue – Fonte Viva 99
Poema: A cruz – João de Deus
Oração: Senhor Jesus! – Emmanuel
Projeto “Examinando o Livro da
Esperança” - Psicologia da caridade
PÁSCOA - "Qual o verdadeiro sentido?"
(...) “uma
grande celebração cujas raízes repousam no judaísmo, mas que foram absorvidas
pelo mundo cristão, pelo Cristianismo e depois de certo modo, deturpadas e se
transformaram na celebração atual da páscoa, com seus coelhinhos, com seus ovos
da páscoa, e com uma festa que quase não guarda nenhuma relação com a páscoa
genuína. 
O que é então
a páscoa? 
A páscoa é uma
celebração judaica do momento em que o povo foi libertado da escravidão no
Egito. 
É importante
salientar que quando nós falamos de páscoa, nós estamos num universo que é o da
religiosidade. Nós estamos no mundo religioso. E no universo da religiosidade
nós lidamos com símbolos, com metáforas. Por que isso? Porque religiosidade tem
a ver com o sentimento, e religiosidade tem a ver com a experiência pessoal,
com a experiência que a criatura faz de Deus, como ela experimenta Deus, como
ela experimenta a vida, como ela experimenta a si mesma diante da vida e diante
de Deus. 
É óbvio que é
impossível traduzir uma experiência tão subjetiva, tão espiritualmente rica com
a linguagem da ciência, que é uma linguagem matemática, uma linguagem analítica;
ou com a linguagem da filosofia, que é uma linguagem especulativa, cheia de um
vocabulário complexo e às vezes até prolixo. Por essa razão, a religiosidade
opta pela linguagem da metáfora, que é quase uma linguagem dos sonhos. Uma
linguagem onírica e, portanto, a páscoa tem muito dessa simbologia onírica do
sonho. 
O que diz a
páscoa? 
Que o povo
hebreu estava escravo há 400 anos no Egito. O Egito foi invadido então por um
anjo da morte. Mas naquelas casas que tivessem uma marca de sangue de um
cordeiro, o anjo pularia aquela casa. Como o verbo pular em hebraico é pesah,
daí vem páscoa. A páscoa então é o pulo do anjo, o pulo que ele dá nas casas
que tem a marca do cordeiro, e que, portanto, foram poupados da tragédia de
perderem o filho mais velho da casa. Essa é a simbologia. 
Por que o
cordeiro? E é interessante: na celebração da páscoa judaica o cordeiro ficava
uma semana com a família. Eles pegavam um cordeirinho e ele ficava dentro de
casa. Ali as crianças brincavam com o bichinho, criavam uma relação de afeto
com ele. Daí uma semana o animalzinho era quase que um membro da família,
então, ao entardecer da sexta-feira toda a família se reunia e o animal era
sacrificado. E tinha que ser assim, porque se alimentar do cordeiro da páscoa
precisava ser uma experiência de dor. É a experiência da perda de alguém amado,
então a páscoa tem a ver com essa experiência espiritual. A experiência da
libertação espiritual, mas que é uma experiência de desilusão, e você não se
desilude sem perder. Por isso esse choque do cordeirinho sendo imolado. 
Com a vinda de
Jesus, o que ele faz? Ele convive três anos com seus discípulos; cura cegos;
cura paralíticos; janta todo dia na casinha de Simão Pedro; cura até mesmo a
sogra de Simão Pedro que morava com ele; trabalha com eles; acorda cedinho e
vai pescar com eles até o entardecer; convive com eles diariamente; participa
das suas dores; sofre as imperfeições de cada um deles; e no momento final dos
três anos, reúne os 12 e diz assim para eles: vocês vão me perder. Eu estou
agora me despedindo de vocês porque eu vou deixar o mundo corpóreo para voltar
ao mundo incorpóreo, e vocês vão experimentar uma tremenda tristeza, uma
profunda dor porque vocês criaram uma conexão emocional comigo. Eu não chamo
vocês mais de servos, eu chamo vocês de amigos porque tudo o que eu aprendi eu
compartilhei com vocês. Eu amei vocês da maneira maior que eu poderia amar; eu
amei tanto, que você Pedro, vai me negar, vai me trair, mas eu continuo te
amando e nada vai alterar o meu amor por você. Eu amo tanto você Judas, e mesmo
sabendo que você vai me trair, eu não estou te expulsando. Eu estou comendo com
você, e eu te perdoo, mas eu irei embora e vocês vão viver a maior experiência
de solidão, e de ascensão espiritual das suas vidas. 
Mas o que eu
posso prometer? Que do mundo espiritual eu estarei junto com vocês. Vou
ampará-los em todas as suas atividades. Estarei eu mesmo do mundo espiritual
comandando a expansão do Cristianismo, portanto, essa crise da morte é apenas
um portal para a imortalidade porque a vida não cessa no túmulo, e toda vez que
vocês se sentirem solitários, toda vez que vocês sentirem falta da minha
amizade, do meu amor, da minha dedicação, da minha presença, vocês vão se
reunir, vão celebrar a páscoa em minha memória, em memória da minha amizade, em
memória do meu amor, e sobretudo, em memória da libertação de que eu sou o
mensageiro, porque Jesus veio libertar o homem da escravidão da matéria, da
escravidão dos sentidos. 
Egito em
hebraico chama-se Mitsraim e Mitsraim em hebraico é estreiteza,
prisão. A matéria é opressora, os sentidos físicos são estreitos. A mensagem de
Jesus é libertadora porque ela vem trazer um amor incondicional, um amor que
ama independente de... Portanto, é um amor que liberta, então ele recomenda:
reúnam-se para celebrarem a páscoa, para celebrar o amor, para celebrar a minha
dedicação, e para celebrar a imortalidade da alma, a vida espiritual. 
Mas
infelizmente os séculos passaram, e nós transformamos a páscoa em coelhos e
ovinhos coloridos de chocolate, apagando completamente a dimensão espiritual e
a experiência religiosa que a páscoa propõe, que é uma experiência de Deus, é
uma experiência de solidão, é uma experiência de amar e de se sentir amado, não
importam as circunstâncias. 
Essa é a páscoa!”
Haroldo Dutra
Senhor Jesus!
Auxilia-nos,
perante os companheiros impelidos à desencarnação violenta, por força das
provas redentoras.
Sabemos que
nós mesmos, antes do berço terrestre, suplicamos das Leis Divinas as medidas
que nos atendam às exigências do refazimento espiritual. Entretanto, Senhor,
tão encharcados de lágrimas se nos revelam, por vezes, os caminhos do mundo,
que nada mais conseguimos realizar, nesses instantes, senão pedir-te socorro
para atravessá-los de ânimo firme.
Resguarda em
tua assistência compassiva todos os nossos irmãos surpreendidos pela morte, em
plena floração de trabalho e de esperança e acende-lhes nos corações, aturdidos
de espanto e retalhados de sofrimento, a luz divina da imortalidade oculta
neles próprios, a fim de que a mente se lhes distancie do quadro de agonia ou
desespero, transferindo-se para a visão da vida imperecível.
Não ignoramos
que colocas o lenitivo da misericórdia sobre todos os processos da justiça, mas
tocados pela dor dos corações que ficam na Terra — tantos deles tateando a
lousa ou investigando o silêncio, entre o pranto e o vazio — aqui estamos a
rogar-te alívio e proteção para cada um!… Dá-lhes a saber, em qualquer recanto
de fé ou pensamento a que se acolham, que é preciso nos levantemos de nossas
próprias inquietações e perplexidades, a cada dia, para continuar e recomeçar,
sustentar e valorizar as lutas de nossa evolução e aperfeiçoamento, no rumo da
Vida Maior que a todos nos aguarda, nos planos da União Sem Adeus.
E, enquanto o
buril da provação esculpe na pedra de nossas dificuldades, conquanto as nossas
lágrimas, novas formas de equilíbrio e rearmonização, embelezamento e
progresso, engrandece em teu amor aqueles que entrelaçam providências no amparo
aos companheiros ilhados na angústia. 
Agradecemos,
ainda, a compreensão e a bondade que nos concedes em todos os irmãos nossos que
estendem os braços, cooperando na extinção das chamas da morte; que oferecem o
próprio sangue aos que desfalecem de exaustão; que umedecem com o bálsamo do
leite e da água pura os lábios e as gargantas ressequidas que emergem do
tumulto de cinza e sombra; que socorrem os feridos e mutilados para que se
restaurem; e os que pronunciam palavras de entendimento e paz, amor e esperança,
extinguindo a violência no nascedouro!…
Senhor Jesus!…
Confiamos em
ti e, ao entregarmo-nos em Tuas mãos, ensina-nos a reconhecer que fazes o
melhor ou permites se faça constantemente o melhor em nós e por nós, hoje e
sempre.
Emmanuel – Livro Diálogo dos vivos
Esta prece foi ditada por Emmanuel na ocasião do incêndio
do Edifício Joelma, em São Paulo, em fevereiro de 1972, e nós a transcrevemos aqui,
neste momento, por ocasião da desencarnação das quatro crianças na creche em
Blumenau (SC). Que o Senhor nos ampare a todos!
sexta-feira, 7 de abril de 2023
Projeto “Examinando o Livro da Esperança” - abril/2023
“Fazei aos
homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei
e os profetas.” — Jesus — Mateus, 7:12.
“Amar ao
próximo como a si mesmo, fazer pelos outros o que quereríamos que os outros
fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade porque resume todos
os deveres do homem para com o próximo.” — Cap. XI, 4.
Provavelmente, não existe em nenhum tópico da literatura
mundial figura mais expressiva que a do samaritano generoso, apresentada
por Jesus para definir a psicologia da caridade.
Esbarrando com
a vítima de malfeitores anônimos, semimorta na estrada, passaram dois
religiosos, pessoas das mais indicadas para o trato da beneficência, mas
seguiram de largo, receando complicações. 
Entretanto, o
samaritano que viajava, vê o infeliz e sente-se tocado de compaixão. Não sabe
quem é. Ignora-lhe a procedência. Não se restringe, porém, à emotividade. Para
e atende.
Balsamiza-lhe
as feridas que sangram, coloca-o sobre o cavalo e condu-lo à uma hospedaria,
sem os cálculos que o comodismo costuma traçar em nome da prudência.
Não se limita,
no entanto, a despejar o necessitado em porta alheia. Entra com ele na vivenda
e dispensa-lhe cuidados especiais.
No dia
imediato, ao partir, não se mostra indiferente. Paga-lhe as contas, abona-o
qual se lhe fora um familiar e compromete-se a resgatar-lhe os compromissos
posteriores, sem exigir-lhe o menor sinal de identidade e sem fixar-lhe
tributos de gratidão.
Ao
despedir-se, não prende o beneficiado em nenhuma recomendação e, no abrigo de
que se afasta, não estadeia demagogia de palavras ou atitudes, para atrair
influência pessoal.
No exercício
do bem, ofereceu o coração e as mãos, o tempo e o trabalho, o dinheiro e a
responsabilidade. Deu de si o que podia por si, sem nada pedir ou perguntar.
Sentiu e agiu,
auxiliou e passou.
Sempre que interessados em aprender a praticar a
misericórdia e a caridade, rememoremos o ensinamento do Cristo e façamos nós o mesmo.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro da Esperança – cap. 28
quinta-feira, 6 de abril de 2023
Persiste e segue
“Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os
joelhos desconjuntados.” — Paulo. (Hebreus, 12:12)
O lavrador
desatento quase sempre escuta as sugestões do cansaço. Interrompe o serviço, em
razão da tempestade, e a inundação lhe rouba a obra começada e lhe aniquila a
coragem incipiente. Descansa, em virtude dos calos que a enxada lhe ofereceu, e
os vermes se incumbem de anular-lhe o serviço.
Levanta as
mãos, no princípio, mas não sabe “tornar a levantá-las”, na continuidade da
tarefa, e perde a colheita.
O viajor, por
sua vez, quando invigilante, não sabe chegar convenientemente ao termo da
jornada. Queixa-se da canícula e adormece na penumbra de ilusórios abrigos,
onde inesperados perigos o surpreendem. De outras vezes, salienta a importância
dos pés ensanguentados e deita-se às margens da senda, transformando-se em
mendigo comum.
Usa os joelhos
sadios, não se dispondo, todavia, a mobilizá-los quando desconjuntados e
feridos, e perde a alegria de alcançar a meta na ocasião prevista.
Assim acontece
conosco na jornada espiritual.
A luta é o
meio.
O
aprimoramento é o fim.
A desilusão
amarga.
A dificuldade
complica.
A ingratidão
dói.
A maldade
fere.
Todavia, se
abandonarmos o campo do coração por não sabermos levantar as mãos, de novo, no
esforço persistente, os vermes do desânimo proliferarão, precípites, no centro
de nossas mais caras esperanças, e se não quisermos marchar, de joelhos
desconjuntados, é possível sejamos retidos pela sombra de falsos refúgios,
durante séculos consecutivos.
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 99
sábado, 1 de abril de 2023
Mais Luz - Edição 624 - 02/04/2023
Venha ler e refletir conosco: https://mailchi.mp/0c58c04dc93e/chico-xavier-quem-voc
Chico Xavier, quem é você?
(Entrevista em 1977)
Ante o Evangelho: O orgulho e a
humildade
Mensagem da semana: Couraça da
Caridade – Fonte Viva 98
Poema: Supremacia da Caridade –
Casimiro Cunha
Oração por humildade - Meimei
sexta-feira, 31 de março de 2023
sábado, 25 de março de 2023
Mais Luz - Edição 623 - 26/03/2023
Confira conosco em mais uma edição do nosso "Mais Luz":
https://mailchi.mp/697e50b1fba4/em-honra-a-kardec
Em honra a Kardec – Emmanuel
Ante o Evangelho: O Espiritismo
Mensagem da Semana: A palavra da Cruz – Fonte Viva 97
Poema: Na desencarnação de Allan Kardec – Abel Gomes
Oração: Prece da gratidão – João de Deus
Projeto Examinando O Livro da esperança – Na luz da indulgência – Cap. 27
Agenda espírita e mais!
Chico Xavier, quem é você?
AUTOBIOGRAFIA
P. — Chico
Xavier, ao final deste Programa, que teve a pretensão de mostrar, se não toda,
pelo menos parte de sua vida, nós lhe perguntamos: Chico Xavier, quem é você?
R. — Meu caro
Tharsis, embora seja avesso às informações autobiográficas, não posso deixar de
me estender um tanto na resposta à questão que a sua bondade suscita.
Antes de tudo
rogo as suas desculpas de companheiro uberabense, de distinto jornalista do
nosso campo cultural, se vier a parecer pretensioso ou prolixo, o que realmente
não desejo.
A pergunta que
você me dirige não deixa de ser um tanto estranha, porque sendo eu um cidadão
como qualquer outro, pertenço ao gênero humano e não me consta seja de praxe
que esta ou aquela pessoa deva explicar quem venha ser, desde que esteja sempre
circulando, qual me acontece, no relacionamento comum.
Mas,
satisfazendo a sua curiosidade simpática, devo esclarecer ao prezado amigo que
sou uma pessoa como tantas outras, com muitos erros na vida e alguns poucos
acertos, sempre alimentando o sincero desejo de cumprir as minhas obrigações.
Não tenho
qualquer privilégio material ou espiritual. No setor da profissão, trabalhei 4
anos numa fábrica de tecidos, outros 4 anos num pequeno armazém, com setores anexos
de cozinha e horticultura; e outros 32 anos consecutivos no Ministério da
Agricultura, no qual me aposentei na condição de escriturário, somando ao todo
40 anos de trabalho profissional.
Em
mediunidade, especialmente na psicografia, completei agora, em 8 de julho
corrente, meio século de atividades ininterruptas.
Psicografei
até agora 150 livros, em nos referindo aos livros já publicados, que entreguei,
sem qualquer remuneração, às Editoras Espíritas Cristãs, com o que reconheço
estar cumprindo simplesmente um dever.
Materialmente,
tenho atravessado longos períodos de moléstia física. Sou portador de luxação
no olho esquerdo desde muitos anos e, em verdade, tenho recebido muito auxílio
dos amigos espirituais nos tratamentos de saúde a que tenho me submetido, mas
já passei por cinco cirurgias de grande porte, sempre pelas mãos de médicos
cirurgiões humanos e amigos, submetendo-me a instruções médicas e a regimes
hospitalares, como sucede a qualquer doente comum. A mediunidade não me deu
imunidades contra doenças e tentações naturais na existência humana, porque
ainda agora, numa ocorrência muito natural a qualquer pessoa com 67 janeiros de
idade física, sou portador de um processo de angina, que me obriga a tratamento
diário muito complexo.
Segundo você
mesmo, caro amigo, pode observar, sou uma pessoa demasiadamente comum, sem
pretensões a qualquer destaque, que nada fiz por merecer.
Devo
esclarecer a você que não tenho o privilégio de viver o tempo ao meu dispor, de
vez que, como acontece a qualquer pessoa que preza os compromissos, o relógio
tem muita importância em minha vida, conquanto me sinta muito feliz quando
possa sustentar essa ou aquela conversação com os amigos, o que para mim não é
um prazer muito acessível, em virtude das muitas tarefas a que estou vinculado.
Para clarear,
tanto quanto possível, a minha resposta à sua pergunta, esclareço que em
matéria de estudos tive apenas o curso primário, na cidade de Pedro Leopoldo,
onde nasci. Mas, naturalmente, ouvindo instruções e escrevendo instruções com o
Espírito de Emmanuel e outros Espíritos amigos, desde 1927, é impossível que a
minha inteligência, mesmo estreita quanto é, não obtivesse alguma evolução e
algum aprimoramento em meio século de trabalho espiritual incessante.
Esclareço
ainda a você que pertenço, morfologicamente, ao sexo masculino, e qual ocorre
com as pessoas que sentem e pensam muito sobre as próprias responsabilidades,
psicologicamente tenho os conflitos naturais, inerentes a essas mesmas pessoas,
conflitos estes que procuro asserenar, tanto quanto possível, com o apoio da
religião, pois não creio que possamos vencer as nossas tendências inferiores ou
animalizantes sem fé em Deus, sem a prática de uma religião que nos controle os
impulsos e nos eduque os sentimentos.
Passei por
muitas lutas espirituais, desde tenra idade, em matéria de faculdades
mediúnicas. Mas, com a Doutrina Espírita, em que Allan Kardec explica os
ensinamentos de Jesus, há precisamente meio século, encontrei nas tarefas
espíritas o equilíbrio possível, de que eu necessitava, para viver e conviver
com os meus irmãos em humanidade e para trabalhar como qualquer cidadão que
deseja ser útil à sua família e ao seu grupo social.
Informo ainda
a você que o trabalho mediúnico foi sempre muito intenso em minha vida, e que
continuo solteiro, sentindo-me feliz nessa condição.
Aproveito
ainda o ensejo para dizer ao bom amigo que sou muito grato aos companheiros e
autoridades que se referem, com tanta generosidade e carinho, ao meio século de
serviço mediúnico que completei agora, mas esclareço a você, meu caro Tharsis,
que se algum apontamento elogioso aparece aqui e ali, esse apontamento pertence
ao Espírito de Emmanuel, e a outros Benfeitores Espirituais que se comunicam
por meu intermédio, em minha condição simples de medianeiro espírita, e que de
mim mesmo não passo de um médium muito falho em tudo, precisando sempre das
preces e das vibrações de apoio das pessoas amigas, espíritas ou não espíritas,
que possam fazer a caridade de orar em meu favor, para que eu possa cumprir o
meu dever.
A você, meu
caro amigo Tharsis, muito obrigado.
Francisco
Cândido Xavier – Livro: Entender conversando
Entrevista
concedida ao jornalista e radialista Tharsis Bastos de Barros, para um Programa
comemorativo dos 50 anos de atividades mediúnicas ininterruptas de Francisco C.
Xavier, intitulado: “Especial com Chico Xavier”, e levado ao ar pela Rádio Sete
Colinas, de Uberaba, MG, em fins de julho de 1977. 
NASCIMENTO
CHICO XAVIER – 02/04/1910




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