Nós te agradecemos todas as bênçãos
com que nos clareias a estrada e nos reconfortas a vida, mas, em particular,
nós te agradecemos os obstáculos que permites encontrar, no relacionamento uns
com os outros, através dos quais exercitamos a prática do amor que nos legaste.
Muito obrigado, Senhor, pelos irmãos
que nos buscam desesperados pelo sofrimento, a ponto de agredir-nos as portas.
Muito obrigado pelos companheiros que
tentam desacreditar as nossas palavras, através de experimentos desconcertantes
e descaridosos com os médiuns que nos servem de instrumentos e que são
criaturas humanas, tão falíveis, quanto nós, os espíritos humanos desencarnados
de nossa condição.
Muito obrigado pelos amigos que nos
esmiúçam os erros, involuntariamente cometidos no intercâmbio espiritual,
exigindo que a gramática do mundo funcione acima dos nossos corações, com os
quais te registramos a sabedoria e a misericórdia.
Muito obrigado pelos estudiosos que
nos criticam negativamente os comunicados, a fim de solaparem a fé e a
esperança dos cooperadores simples e dedicados à seara do bem que nos aceitam.
Muito obrigado pelos irmãos que
experimentam extremas dificuldades para cultivarem a tolerância recíproca.
Muito obrigado pelos companheiros que
cruzam os braços diante dos problemas de nossos núcleos de serviço e deixam-nos
ficar como estão para verem, afinal como ficam.
Muito obrigado pelas almas sensíveis e
queridas, que se entregam a melindres e queixas, ofertando-nos mais trabalho,
embora adiando realizações importantes que nos cabem fazer.
E muito obrigado por todas as
criaturas que chegam, até nós, tangidas por amargas provações e que nos atiram
reclamações injustas e referências infelizes, porque, por todos esses irmãos é
que aprendemos o amor que nos ensinaste – o amor pelo qual reconhecemos quanto
nos amas, apesar das imperfeições que trazemos e que nos compete podar, com o
teu auxílio, a fim de nos ajustarmos com mais segurança no caminho para Deus.
Meimei / Chico Xavier – Livro: Aulas da vida
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