sexta-feira, 8 de maio de 2020
Liberdade
“Não useis, porém,
da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela
caridade.” – Paulo (Gálatas, 5:13)
Em todos os tempos, a liberdade foi
utilizada pelos dominadores da Terra.
Em variados setores da evolução humana, os
mordomos do mundo aproveitam-na para o exercício da tirania, usam-na os servos
em explosões de revolta e descontentamento.
Quase todos os habitantes do Planeta
pretendem a exoneração de toda e qualquer responsabilidade, para se mergulharem
na escravidão aos delitos de toda sorte.
Ninguém, contudo, deveria recorrer ao
Evangelho para aviltar o sublime princípio.
A palavra do apóstolo aos gentios é bastante
expressiva. O maior valor da independência relativa de que desfrutamos reside
na possibilidade de nos servirmos uns aos outros, glorificando o bem.
O homem gozará sempre da liberdade
condicional e, dentro dela, pode alterar o curso da própria existência, pelo
bom ou mau uso de semelhante faculdade nas relações comuns.
É forçoso reconhecer, porém, que são muito
raros os que se decidem à aplicação dignificante dessa virtude superior.
Em quase todas as ocasiões, o perseguido,
com oportunidade de desculpar, mentaliza represálias violentas; o caluniado,
com ensejo de perdão divino, recorre à vingança; o incompreendido, no instante
azado de revelar fraternidade e benevolência, reclama reparações.
Onde se acham aqueles que se valem do
sofrimento, para intensificar o aprendizado com Jesus Cristo? Onde os que se sentem
suficientemente livres para converter espinhos em bênçãos? No entanto, o Pai
concede relativa liberdade a todos os filhos, observando-lhes a conduta.
Raríssimas são as criaturas que sabem elevar
o sentido da independência a expressões de voo espiritual para o Infinito. A
maioria dos homens cai, desastradamente, na primeira e nova concessão do Céu,
transformando, às vezes, elos de veludo em algemas de bronze.
No domínio das provas
Imaginemos um pai que, a pretexto de amor,
decidisse furtar um filho querido de toda relação com os revezes do mundo.
Semelhante rebento de tal devoção afetiva seria mantido em sistema de exceção.
Para evitar acidentes climáticos inevitáveis, descansaria exclusivamente na estufa, durante a fase de berço e, posto a cavaleiro, de perigos e vicissitudes, mal terminada a infância, encerrar-se-ia numa cidadela inexpugnável, onde somente prevalecesse a ternura paterna, a empolgá-lo de mimos.
Não frequentaria qualquer educandário, a fim de não aturar professores austeros ou sofrer a influência de colegas que não lhe respirassem o mesmo nível; alfabetizado, assim, no reduto doméstico, apreciaria unicamente os assuntos e heróis de ficção que o genitor lhe escolhesse.
Isolar-se-ia de todo o contato humano para não arrostar problemas e desconheceria todo o noticiário ambiente para não recolher informações que lhe desfigurassem a suavidade interior.
Candura inviolável e ignorância completa.
Santa inocência e inaptidão absoluta.
Chega, porém, o dia em que o genitor, naturalmente vinculado a interesses outros, se ausenta compulsoriamente do lar e, tangido pela necessidade, o moço é obrigado a entrar na corrente da vida comum.
Homem feito, sofre o conflito da readaptação, que lhe rasga a carne e a alma, para que se lhe recupere o tempo perdido, e o filho acaba, enxergando insânia e crueldade onde o pai supunha cultivar preservação e carinho.
A imagem ilustra claramente a necessidade da encarnação e da reencarnação do espírito nos mundos; inumeráveis da imensidade cósmica, de maneira a que se lhe apurem as qualidades e se lhe institua a responsabilidade na consciência.
Dificuldades e lutas semelham materiais didáticos na escola ou andaimes na construção; amealhada a cultura, ou levantado o edifício, desaparecem uns e outros.
Abençoemos, pois, as disciplinas e as provas com que a Infinita Sabedoria nos acrisolam as forças, enrijando-nos o caráter.
Ingenuidade é predicado encantador na personalidade, mas se o trabalho não a transfigura em tesouro de experiência, laboriosamente adquirido, não passará de flor preciosa a confundir-se no pó da terra, ao primeiro golpe de vento.
sábado, 2 de maio de 2020
Nem todos os aflitos
O teu dom
sexta-feira, 1 de maio de 2020
Indispensabilidade do trabalho
Dia do Trabalho
Obediência digna tem o nome de obrigação cumprida no dicionário da realidade.
Quem executa com alegria as tarefas consideradas menores, espontaneamente se promove às tarefas consideradas maiores.
A câmara fotográfica nos retrata por fora, mas o trabalho nos retrata por dentro.
Quem escarnece da obra que lhe honorifica a existência, desprestigia a si mesmo.
Servir além do próprio dever não é bajular e sim entesourar apoio e experiência, simpatia e cooperação.
Na formação e complementação de qualquer trabalho, é preciso compreender para sermos compreendidos.
Quando o trabalhador converte o trabalho em alegria, o trabalho se transforma na alegria do trabalhador."
"Cândido Chico" - Música em homenagem a Chico Xavier
Clipe desenvolvido pelo artista espírita Adriano Alves, música "Cândido Chico", de autoria de Cláudio Marins/Alessandra Castro.
Uma homenagem e uma reverência ao ser Chico Xavier.
#110anoschicoxavier






