quinta-feira, 11 de março de 2021
Almoço Beneficente Delivery
Um novo normal
Vivemos
um período existencial caracterizado por comportamentos exóticos e agressivos
sob muitos aspectos considerados.
Ao
lado da pandemia exterminadora de Covid-19, há os impositivos de adaptação, a
fim de evitarmos o contágio perigoso.
Padrões
de conduta rigorosa nas linhas da higiene severa são impostos de forma a
diminuir e mesmo evitar o contágio da peste, embora não levados em
consideração, em face dos hábitos singulares de rebeldia das inumeráveis
criaturas acostumadas a comportar-se conforme melhor lhes apraz.
As
recomendações de cuidados nos relacionamentos são desconsideradas, e os grupos
renitentes prosseguem desafiadores.
No
desespero que se estabelece, como mecanismo de fuga surgem as condutas
estranhas, alguns crimes recebendo legalidade e os blocos de desafiadores
propondo um novo normal, mediante uma filosofia de negação do ético, assim como
do moral, que faculta aos instintos básicos predominância. Tal reação
desumaniza o indivíduo, que volve à condição primária da nudez agressiva, com
toques exclusivamente sensuais, ao desrespeito à ordem, típico da ignorância e
da brutalidade, não estabelecendo limites ao que denomina como liberdade, com
total desrespeito ao direito do outro.
Tudo
quanto anteriormente constituía dignidade, significava a identificação com
valores de elevação e de compostura vem sendo derrubado, culminando em
alienações e as agressões ao corpo, à emoção e à psique, e substituído pelo
direito do prazer de cada cidadão viver conforme as suas aspirações.
Inevitavelmente,
os exageros pelos cuidados com o corpo por grande parte da sociedade competem
com o abandono a ele, dando lugar aos fantasmas que deambulam pelos antros
infectos das drogas e do sexo pervertido.
As
religiões são combatidas tenazmente em face dos males praticados por algumas
delas no passado, e os seus líderes, fundadores e crentes são levados ao
escárnio em situações deploráveis.
Numa
análise perfunctória das civilizações, observamos que antes da decadência de
algumas que dominaram o mundo ou parte dele, antes de serem consumidas pelos
desastres, viveram essas mesmas tragédias oriundas da decadência moral,
sucumbindo sob a desordem.
Jesus
Cristo propôs um novo normal, que oferecia paz e plenitude, mas que a sociedade
inverteu nas suas imposições apaixonadas e vis, chegando-se a este resultado
trágico. O fanatismo e o autoritarismo dos seus líderes mataram a beleza e a
estrutura do amor que lhes serviam de alicerce.
Na
atualidade, o Espiritismo ressuscita o Evangelho, e um novo normal restaura a
esperança de existência feliz.
Divaldo Pereira Franco
Artigo publicado no jornal A Tarde (BA), coluna Opinião, em 18 de fevereiro de 2021.
Fonte: www.febnet.org.br
Manjares
“Os manjares são
para o ventre, e o ventre para os manjares; Deus, porém, aniquilara tanto um
como os outros.” Paulo (I Coríntios, 6:13)
O
alimento do corpo e da alma, no que se refere ao pão e à emoção, representa
meio para a evolução e não o fim da evolução em si mesma.
Há
criaturas, no entanto, que fazem do prato e do continuísmo simplista da espécie
únicas razões de ser em toda a vida.
Trabalham
para comer e procriam sem pensar. Quando se lhes fala do espírito ou da
eternidade, bocejam despreocupadas, quando não trocam, aflitivamente, de
assunto.
Efetivamente,
a satisfação dos sentidos fisiológicos é para a alma o amparo que o solo e o
adubo constituem para a semente.
Todavia,
se a semente persiste em reter-se na cova para gozar as delícias do adubo,
contrariando a Divina Lei, nunca se lhe utilizará a colaboração preciosa.
Valioso
e indispensável à experiência física é o estômago.
Veneráveis
e sublimes são as faculdades criadoras.
Urge,
contudo, entender as necessidades do espírito imperecível.
Esclarecimento
pelo estudo, crescimento mental pelo trabalho e iluminação pela virtude
santificante são imperativos para o futuro estágio dos homens.
Quem
gasta o tempo consagrando todas as forças da alma às fantasias do corpo,
esquecendo-se de que o corpo deve permanecer a serviço da alma, cedo esbarrará
na perturbação, na inutilidade ou na sombra.
Para
a comunidade dos aprendizes aplicados e prudentes, todavia, brilha no Evangelho
o eloquente aviso de Paulo: “Os manjares são para o ventre e o ventre para os
manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros”.
Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 172
Prece
Senhor Jesus!
Dai-nos
o poder de operar a própria conversão,
Para
que o Teu Reino de Amor seja irradiado
Do
Centro de nós mesmos!
Contigo
em nós, converteremos
A
treva em claridade,
A dor
em alegria,
O ódio
em amor,
A
descrença em fé viva,
A
dúvida em certeza,
A
maldade em bondade,
A
ignorância em compreensão e sabedoria,
A
dureza em ternura,
A
fraqueza em força,
O
egoísmo em cântico fraterno,
O
orgulho em humildade,
O
torvo mal em Infinito Bem.
Sabemos,
Senhor,
Que,
de nós mesmos,
Somente
possuímos a inferioridade
De que
nos devemos desvencilhar,
Mas,
unidos a Ti,
Somos
galhos frutíferos na árvore dos séculos,
Que as
tempestades da experiência
Jamais
deceparão...
Assim,
pois, Mestre amoroso,
Digna-te
amparar-nos
A fim
de que nos elevemos,
Ao
encontro de tuas mãos sábias e compassivas,
Que
nos erguerão da inutilidade,
Para o
serviço da cooperação Divina,
Agora
e para sempre.
Assim
seja.
André Luiz / Chico Xavier – Livro: Vida e caminho
Nova temporada de Estudos FEB/ EAD
Atenção para a nova
temporada de Estudos FEB/ EAD. As inscrições vão até o dia 20 de março. O
estudo começará em 29 de março e irá até 23 de maio. As inscrições serão
encerradas antes, caso as vagas disponíveis sejam preenchidas. Faça sua
inscrição: http://ead.febnet.org.br/course/index.php?categoryid=26
segunda-feira, 8 de março de 2021
quinta-feira, 4 de março de 2021
Prece de amor

Amado Jesus!
Suplicando abençoes a nossa casa de fraternidade, esperamos por teu amparo, a fim de que saibamos colocar em ação o amor que nos deste.
Auxilia-nos a exercer a compaixão e o entendimento, ensinando-nos a esquecer o mal e a cultivar o bem, na paciência e na tolerância uns para com os outros.
Ajuda-nos a compreender e servir, para que a nossa fé não seja inútil.
Faze-nos aceitar na caridade o esquema de cada dia e induze-nos os braços ao trabalho edificante para que o nosso tempo não se torne vazio.
Sobretudo, Senhor, dá-nos humildade, a fim de que a humildade nos faça dóceis instrumentos nas tuas mãos.
E, agradecendo-te o privilégio do trabalho, em nosso templo de oração, louvamos a tua Infinita Bondade hoje e sempre.
Scheilla / Chico Xavier – Livro: Visão nova
No campo físico
“Semeia-se corpo
animal, ressuscitará corpo espiritual.” Paulo (I Coríntios, 15:44)
Ninguém
menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na
santidade.
A
imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o
espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.
A
sementeira comum é símbolo perfeito.
O
gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama,
o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na
folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.
Compreendamos,
pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo,
obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.
A
cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos
à lei que nos induz para o Alto.
Toda
criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação
de espiritualidade divina.
O
apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo “semeia-se”.
Quem
nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade
mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes
inesperados da natureza.
Quem
cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.
Mas,
o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere,
feliz, a colheita da glória espiritual.
Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 171
Deveres de agora
Enquanto
respeitáveis pesquisadores investigam, infatigáveis, o problema da imortalidade
da alma em laboratórios que obedecem às mais exigentes conquistas da técnica
moderna, vês desfilarem à míngua de compaixão os «filhos do Calvário».
Muitos
companheiros atilados, empolgados pela terminologia complexa sugerida na
sistemática da psicologia experimental, apresentam teses arrojadas, fixados a
conceitos respeitáveis, e tu observas os descendentes da «Casa do Caminho»,
tresmalhados e tristes na faina do sofrimento, deambulando sem rota.
Parece-te,
às vezes, que o complexo aparato dos laboratórios penetra o teu santuário de fé
para interpretar as manifestações espirituais em linguagem nova, fazendo exigências
a que se devem submeter os espíritos da caridade, de modo a atenderem
impositivos intelectuais, no mesmo momento em que entidades atribuladas do
além-túmulo batem angustiadas às portas da mediunidade, rogando palavras de
consolo em nome de Jesus.
Momentos
difíceis atravessas, considerando a valiosa bibliografia que te chega às mãos,
sugerindo novas fórmulas de interpretação do amor em relação à comunicabilidade
dos Espíritos, embora enxameiem ao teu lado os órfãos, as viúvas, os
atribulados em abandono total, desejando comunicar-se contigo, espíritos também
que são encarnados no domicílio da matéria.
Todavia,
a mensagem cristã é tão suave e simples! Os ensinos do Rabi, que enflorescem as
mais caras evocações cristãs da Humanidade, são um convite vigoroso para a
manutenção do amor entre os homens! E os conceitos esflorados por Allan Kardec,
na admirável Doutrina Consoladora, refletem, todos eles, o impositivo da
transformação total do homem, à base do culto dos deveres de agora, todos os
dias, para alcançar o ápice da evolução impostergável de todos nós.
É
verdade que o homem então atinge as Altas Esferas sem as luminescências do
conhecimento; da mesma forma ninguém evolui realmente sem a santificação dos
sentimentos, através da conjugação do verbo amar, em todas as suas expressões.
Diante
do poviléu esfaimado e aturdido, o Senhor solicitou aos companheiros o repasto
de que dispunham, após o que multiplicou pães e peixes para todos eles; ao lado
da mulher surpreendida no delito conjugal fatigada pelos próprios desencantos e
humilhada pela massa em rebeldia, vitimada quase pela lapidação pública, o
Senhor, depois de exprobrar o comportamento dos adúlteros presentes, disse-lhe
com piedosa misericórdia: «Ninguém te condenou? Eu também não te condeno. Vai e
não tornes a pecar»; após ouvir o relatório minudente sobre o culto dos deveres
externos, apresentado por um jovem que ansiava encontrar o Reino de Deus e
fruí-lo, o Mestre foi peremptório: «Vende tudo o que tens, dá-o aos pobres, vem
e segue-me»; a obsidiada, que transformara o corpo em instrumento de aflição,
mas que se compungira ante a mensagem fascinante da Boa Nova, irrompendo,
desesperada, na casa de Simão, que O hospedava momentaneamente, d'Ele recebeu a
palavra de alento: «Por muito amares, os teus pecados te serão perdoados»; e ao
ladrão, que no momento extremo Lhe rogara oportunidade de aportar, também, na
Região da justiça, Ele acenou com a esperança próxima de recebê-lo
oportunamente no Paraíso ...
Em
todos os momentos da vida do incansável Seareiro do Amor, essas
pequenas-grandes lições de toda hora, deveres de todo momento, constituíram a
seara sublime da perene Boa Nova.
Dir-te-ão
muitos que já não há campo para aquela vida de odor evangélico, qual a dos
primeiros dias dos homens dos caminhos; falar-te-ão que é necessário aplicar a
inteligência e os favores do conhecimento moderno e explicarão quanto à
necessidade de utilizar a técnica para viver com tranquilidade e em plenitude
do gozo.
Sem
desconsideração às nobres conquistas do pensamento hodierno, ama, serve,
aprimora teus ensinamentos e renova-te incessantemente.
Não
descures de acender a luz do Evangelho na tua casa, não deixes de plantar uma
árvore generosa e frutífera no caminho, não recuses a palavra gentil ao
transeunte e, seguindo as pegadas de Jesus, embora a distância que medeia entre
ti e Ele, faze-te, mesmo assim, mensagem viva do Evangelho, coroado pela luz da
imortalidade, luz que haures na Revelação Espírita da atualidade, cumprindo com
os teus deveres agora, a fim de penetrares no Reino dos Céus, desde este
instante, mediante a tua integração no espírito vivo e atuante do Cristo.
Joanna de Ângelis /Divaldo Pereira Franco - Livro: Lampadário Espírita
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
Ajudar sempre
O
título deste artigo é breve, mas contém um padrão de conduta exemplar,
magnífico.
Com
efeito, o ensino máximo de Jesus Cristo está resumido na célebre sentença Amar
a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. (...)
De
cor e salteado, sabemos que quem ama ao próximo como a si mesmo, exatamente por
este motivo, estará amando a Deus sobre todas as coisas.
E
o que é amar ao próximo como a si mesmo? É fazer a ele somente o que gostaríamos
que ele nos fizesse. Simples assim.
Disso
resulta que Ajudar sempre vem ao encontro do ensinamento maior de Jesus,
o Cristo, dirigente do Planeta Terra, nosso Irmão, Mestre e querido Amigo de
todas as horas.
Cremos
firmemente que esta orientação [de ajudar sempre e, como decorrência, nunca
prejudicar a quem quer que seja] seja excelente para transmitir aos nossos
filhos, que, se observada, fará com que eles sejam respeitosos e respeitados,
pessoas de Bem, voltadas para o Bem e para a sua prática, contribuindo assim
para o avanço moral da sociedade.
Além
disso, e como muito bem o sabemos, a semeadura é livre, mas a colheita
obrigatória, de modo que aquele que sempre procura ajudar, auxiliando em
tudo o que esteja ao seu alcance, e nunca, jamais, em hipótese alguma
prejudicar a outrem, seja qual for a circunstância ou a situação, sem sombra de
dúvida será o primeiro beneficiário desse admirável comportamento que, de forma
natural, também se estenderá, e favorecerá, a outras pessoas direta ou
indiretamente.
Registra
Carlos Torres Pastorino: Lembre-se de que colheremos, infalivelmente, aquilo
que houvermos semeado.
Se
estamos sofrendo, é porque estamos colhendo os frutos amargos das sementeiras
errôneas do passado.
Fique
alerta quanto ao momento presente!
Plante
apenas sementes de otimismo e de amor, para colher amanhã os frutos doces da
alegria e da felicidade.
Cada
um colhe, exatamente, aquilo que plantou. (Minutos de Sabedoria, 41ª ed.,Vozes,
mensagem n. 3)
Há
várias e incontáveis maneiras de ajudar, de auxiliar, a toda evidência. Muitas
vezes, o silêncio é uma delas. Não por acaso, costuma-se dizer que o
silêncio é uma prece. Quando os ânimos estão acirrados, nada melhor que
silenciar para favorecer a busca do entendimento.
Excelente
modo de ajudar é procurar ouvir. E saber ouvir nada mais é que dispensar
integral atenção ao interlocutor, tendo e demonstrando interesse pela
conversação, por seu conteúdo, a fim de que se encontre um caminho, uma
alternativa, um novo rumo e, preferencialmente, uma solução para a questão
apresentada. Pode parecer pouco, mas, para quem está aflito ou desorientado e,
tantas vezes, desesperado, é suficiente.
Toda
ajuda é bem-vinda. E não estamos aqui tratando apenas de auxílio pecuniário,
financeiro. Quando for o caso, um conselho, um apoio, uma sugestão, uma
orientação, uma palavra de esperança, podem ter grande significado para quem
deles necessita. Não é sem razão, portanto, que as Casas Espíritas brasileiras,
de um modo geral, têm entre as suas atividades o chamado atendimento
fraterno que tantos e tão bons serviços tem prestado àqueles que o buscam.
Mesmo
fora das Casas Espíritas, individualmente, estamos em condições de prestar
auxílio [independentemente de situação financeira, de nível social ou
intelectual, de raça, de cor, de crença], uma vez que tantas e tantas vezes
basta que fiquemos em silêncio ou que nos manifestemos, de conformidade com o
quadro apresentado, imbuídos da melhor das intenções, de boa-fé, com a vontade
de ser úteis, com o desejo de bem servir, sempre com qualidade e com amor.
Aconselha
o Espírito Joanes, através da psicografia do eminente médium Raul Teixeira: Na
sua atividade profissional diária, quando você se põe a servir à vida com os
recursos de que dispõe, a fim de que tudo se desenvolva ao seu derredor,
procure cientificar-se das suas obrigações.
Pense
no trabalho, desde o mais simples ao mais complexo, desde os esforços braçais
mais inexpressivos aos olhos comuns até as realizações mais grandiosas no campo
intelectual, e faça tudo da melhor forma, faça tudo com boa vontade.
Todo
trabalho é bênção de Deus para quem o realiza. Todo serviço é nobre desde que
operado em homenagem ao excelso bem. (Para uso diário, 6. ed., Fráter, cap. 11)
E
por trabalho não se devem entender somente as ocupações materiais, porquanto o
Espírito trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho. (O
Livro dos Espíritos, 33. ed. FEB, questão 675)
Vale
muito a pena repetir para enfatizar e consolidar: toda ocupação útil é trabalho
e todo trabalho é bênção de Deus para quem o realiza.
Procuremos
avançar, pois, ajudando sempre!
Antônio Moris Cury/Revista Mundo Espírita-fevereiro/2016 – Fonte: www.mundoespirita.com.br