sábado, 20 de março de 2021

O pão divino

 

“Moisés não vos deu o pão do Céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do Céu.”

Jesus (João, 6:32)

Toda arregimentação religiosa na Terra não tem escopo maior que o de preparar as almas, ante a grandeza da vida espiritual.

Templos de pedra arruínam-se.

Princípios dogmáticos desaparecem.

Cultos externos modificam-se.

Revelações ampliam-se.

Sacerdotes passam.

Todos os serviços da fé viva representam, de algum modo, aquele pão que Moisés dispensou aos hebreus, alimento valioso sem dúvida, mas que sustentava o corpo apenas por um dia, e cuja finalidade primordial é a de manter a sublime oportunidade da alma em busca do verdadeiro pão do Céu.

O Espiritismo Evangélico, nos dias que correm, é abençoado celeiro desse pão. Em suas linhas de trabalho, há mais certeza e esperança, mais entendimento e alegria.

Esteja, porém, cada companheiro convencido de que o esforço pessoal no pão divino para a renovação, purificação e engrandecimento da alma há de ser culto dominante no aprendiz ou prosseguiremos nas mesmas obscuridades mentais e emocionais de ontem.

Observações de ordem fenomênica destinam-se ao olvido.

Afirmativas doutrinárias elevam-se para o bem.

Horizontes do conhecimento dilatam-se ao infinito.

Processos de comunicação com o invisível progridem sempre. Médiuns sucedem-se uns aos outros.

Se procuras, pois, a própria felicidade, aplica-te com todas as energias ao aproveitamento do pão divino que desce do Céu para o teu coração, através da palavra dos benfeitores espirituais, e aprende a subir, com a mente inflamada de amor e luz, aos inesgotáveis celeiros do pão celestial.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 173

Prece de aceitação

 


Se eu pudesse, Jesus,

Queria estar contigo

Para ser a esperança realizada

De quem vai pelo mundo, estrada a estrada,

Entre a necessidade e o desabrigo...

Desejava seguir-te, humildemente,

Sem méritos embora,

Para erguer-me em consolo de quem chora

Mostrando o coração enfermo e descontente.

Queria acompanhar-te nos recintos,

Onde a dor leciona e aperfeiçoa

A fim de ser conforto junto dela

E, manejando a frase terna e boa

Afirmar como a vida é grande e bela!...

Se pudesse, Senhor, conversaria com todas as crianças

Para dizer que não te cansas de criar alegria...

E seria feliz ao converter-me em modesto recado,

Informando, Jesus, a todos os velhinhos

Que nunca estão sozinhos, porque segues conosco, lado a lado...

Se dispusesse de recursos, queria ser a vela pequenina,

Acesa no clarão do sol que levas,

De modo a socorrer aos que jazem nas trevas,

Fugindo sem razão, da bondade Divina...

Entretanto, Senhor, sei das deficiências que carrego...

Venho a ti como estou, por isto mesmo rogo:

Não me deixes a sós por onde vou...

Se não posso, Jesus, ser bondade, socorro, paz e luz,

Toma-me o coração e, perdoando a minha imperfeição,

Esquece tudo o que meu sonho almeja e ensina-me Senhor,

Com o teu imenso amor, o que queres que eu seja.


Maria Dolores / Chico Xavier – Livro: Recanto de Paz

quinta-feira, 11 de março de 2021

Almoço Beneficente Delivery

 


O Centro Espírita Joseph Gleber precisa de você!
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Um novo normal

 


Vivemos um período existencial caracterizado por comportamentos exóticos e agressivos sob muitos aspectos considerados.

Ao lado da pandemia exterminadora de Covid-19, há os impositivos de adaptação, a fim de evitarmos o contágio perigoso.

Padrões de conduta rigorosa nas linhas da higiene severa são impostos de forma a diminuir e mesmo evitar o contágio da peste, embora não levados em consideração, em face dos hábitos singulares de rebeldia das inumeráveis criaturas acostumadas a comportar-se conforme melhor lhes apraz.

As recomendações de cuidados nos relacionamentos são desconsideradas, e os grupos renitentes prosseguem desafiadores.

No desespero que se estabelece, como mecanismo de fuga surgem as condutas estranhas, alguns crimes recebendo legalidade e os blocos de desafiadores propondo um novo normal, mediante uma filosofia de negação do ético, assim como do moral, que faculta aos instintos básicos predominância. Tal reação desumaniza o indivíduo, que volve à condição primária da nudez agressiva, com toques exclusivamente sensuais, ao desrespeito à ordem, típico da ignorância e da brutalidade, não estabelecendo limites ao que denomina como liberdade, com total desrespeito ao direito do outro.

Tudo quanto anteriormente constituía dignidade, significava a identificação com valores de elevação e de compostura vem sendo derrubado, culminando em alienações e as agressões ao corpo, à emoção e à psique, e substituído pelo direito do prazer de cada cidadão viver conforme as suas aspirações.

Inevitavelmente, os exageros pelos cuidados com o corpo por grande parte da sociedade competem com o abandono a ele, dando lugar aos fantasmas que deambulam pelos antros infectos das drogas e do sexo pervertido.

As religiões são combatidas tenazmente em face dos males praticados por algumas delas no passado, e os seus líderes, fundadores e crentes são levados ao escárnio em situações deploráveis.

Numa análise perfunctória das civilizações, observamos que antes da decadência de algumas que dominaram o mundo ou parte dele, antes de serem consumidas pelos desastres, viveram essas mesmas tragédias oriundas da decadência moral, sucumbindo sob a desordem.

Jesus Cristo propôs um novo normal, que oferecia paz e plenitude, mas que a sociedade inverteu nas suas imposições apaixonadas e vis, chegando-se a este resultado trágico. O fanatismo e o autoritarismo dos seus líderes mataram a beleza e a estrutura do amor que lhes serviam de alicerce.

Na atualidade, o Espiritismo ressuscita o Evangelho, e um novo normal restaura a esperança de existência feliz.

Divaldo Pereira Franco

Artigo publicado no jornal A Tarde (BA), coluna Opinião, em 18 de fevereiro de 2021.

Fonte: www.febnet.org.br

Manjares

 

“Os manjares são para o ventre, e o ventre para os manjares; Deus, porém, aniquilara tanto um como os outros.” Paulo (I Coríntios, 6:13)

O alimento do corpo e da alma, no que se refere ao pão e à emoção, representa meio para a evolução e não o fim da evolução em si mesma.

Há criaturas, no entanto, que fazem do prato e do continuísmo simplista da espécie únicas razões de ser em toda a vida.

Trabalham para comer e procriam sem pensar. Quando se lhes fala do espírito ou da eternidade, bocejam despreocupadas, quando não trocam, aflitivamente, de assunto.

Efetivamente, a satisfação dos sentidos fisiológicos é para a alma o amparo que o solo e o adubo constituem para a semente.

Todavia, se a semente persiste em reter-se na cova para gozar as delícias do adubo, contrariando a Divina Lei, nunca se lhe utilizará a colaboração preciosa.

Valioso e indispensável à experiência física é o estômago.

Veneráveis e sublimes são as faculdades criadoras.

Urge, contudo, entender as necessidades do espírito imperecível.

Esclarecimento pelo estudo, crescimento mental pelo trabalho e iluminação pela virtude santificante são imperativos para o futuro estágio dos homens.

Quem gasta o tempo consagrando todas as forças da alma às fantasias do corpo, esquecendo-se de que o corpo deve permanecer a serviço da alma, cedo esbarrará na perturbação, na inutilidade ou na sombra.

Para a comunidade dos aprendizes aplicados e prudentes, todavia, brilha no Evangelho o eloquente aviso de Paulo: “Os manjares são para o ventre e o ventre para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros”.

 Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 172

Prece

 


Senhor Jesus!

Dai-nos o poder de operar a própria conversão,

Para que o Teu Reino de Amor seja irradiado

Do Centro de nós mesmos!

Contigo em nós, converteremos

A treva em claridade,

A dor em alegria,

O ódio em amor,

A descrença em fé viva,

A dúvida em certeza,

A maldade em bondade,

A ignorância em compreensão e sabedoria,

A dureza em ternura,

A fraqueza em força,

O egoísmo em cântico fraterno,

O orgulho em humildade,

O torvo mal em Infinito Bem.

Sabemos, Senhor,

Que, de nós mesmos,

Somente possuímos a inferioridade

De que nos devemos desvencilhar,

Mas, unidos a Ti,

Somos galhos frutíferos na árvore dos séculos,

Que as tempestades da experiência

Jamais deceparão...

Assim, pois, Mestre amoroso,

Digna-te amparar-nos

A fim de que nos elevemos,

Ao encontro de tuas mãos sábias e compassivas,

Que nos erguerão da inutilidade,

Para o serviço da cooperação Divina,

Agora e para sempre.

Assim seja.

André Luiz / Chico Xavier – Livro: Vida e caminho

Nova temporada de Estudos FEB/ EAD

 


Atenção para a nova temporada de Estudos FEB/ EAD. As inscrições vão até o dia 20 de março. O estudo começará em 29 de março e irá até 23 de maio. As inscrições serão encerradas antes, caso as vagas disponíveis sejam preenchidas. Faça sua inscrição: http://ead.febnet.org.br/course/index.php?categoryid=26


quinta-feira, 4 de março de 2021

Prece de amor

Amado Jesus!

Suplicando abençoes a nossa casa de fraternidade, esperamos por teu amparo, a fim de que saibamos colocar em ação o amor que nos deste.

Auxilia-nos a exercer a compaixão e o entendimento, ensinando-nos a esquecer o mal e a cultivar o bem, na paciência e na tolerância uns para com os outros.

Ajuda-nos a compreender e servir, para que a nossa fé não seja inútil.

Faze-nos aceitar na caridade o esquema de cada dia e induze-nos os braços ao trabalho edificante para que o nosso tempo não se torne vazio.

Sobretudo, Senhor, dá-nos humildade, a fim de que a humildade nos faça dóceis instrumentos nas tuas mãos.

E, agradecendo-te o privilégio do trabalho, em nosso templo de oração, louvamos a tua Infinita Bondade hoje e sempre.

Scheilla / Chico Xavier – Livro: Visão nova

No campo físico

 

“Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual.” Paulo (I Coríntios, 15:44)


Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo “semeia-se”.

Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 171