quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
sábado, 18 de dezembro de 2021
Mais Luz - Edição 557
Leia conosco:
· Elegia do Natal
· Ante o Evangelho: Advento do
Espírito de Verdade
· Poema: Lembrança do Natal – Auta de
Souza
· Lavradores – Livro: Fonte Viva
· Oração de Natal
sexta-feira, 17 de dezembro de 2021
Elegia do Natal
Antes dEle tudo eram sombras de ignorância, de astúcia e
de perversidade.
O ser humano encontrava-se reduzido à condição de hilota,
estorcegando em sofrimentos inimagináveis.
O predomínio da força trabalhava em favor da hediondez e
do crime, enquanto os valores éticos permaneciam desconhecidos, e quando
identificados alguns, eram totalmente desrespeitados.
Nunca faltaram, porém, no planeta terrestre, as presenças
dos Espíritos nobres que desceram às escuras paisagens para acender a luz do
discernimento e oferecer as diretrizes da justiça.
Orgulhosos, aqueles que foram Seus contemporâneos,
fizeram-se surdos e cegos às Suas mensagens, permanecendo iludidos pela
prepotência, preferindo esmagar os povos que encontravam pela frente, sem
qualquer sentimento de humanidade ou de compaixão...
Os carros da guerra espalhavam o horror, enquanto a fome
e a hediondez campeavam à solta, esmagando vidas que não dispunham de
oportunidade de desenvolver-se.
A juventude louçã e as arbitrárias condições em que
alguns indivíduos se encontravam, deles faziam títeres e condutores insanos das
massas quase asselvajadas.
É certo que floresceram também a filosofia, as artes, o
espiritualismo e as musas desceram várias vezes do Olimpo de cada povo,
cantando a beleza, a sabedoria, a bondade e, vez que outra, o amor...
Generalizada a opressão, a sociedade podia ser dividida
em apenas três grupos: vencidos, vencedores e não conquistados...
As condições de primarismo então vigentes, tornavam a
existência humana de breve curso, durante o qual se deveria fruir de todos os
prazeres imagináveis, custassem todo e qualquer sacrifício exigido.
Honra e dignidade valiam o preço da vergonha.
Havia, sim, exceções, que constituíam oásis morais de
esperança no imenso deserto dos sentimentos.
As gerações sucediam-se enganadas e enganadoras, como
contínuas camadas de areia sopradas pelos ventos ardentes dos tempos de
desespero.
Foi nesse cenário moral torpe, embora a magia encantadora
da Natureza, que Jesus nasceu.
A sua chegada à Terra, precedida pelos cânticos
sinfônicos dos seres angélicos e dos mensageiros da paz, criou uma psicosfera
até então desconhecida, iniciando-se um período especial para a sociedade.
Espontâneo como as aragens perfumadas do amanhecer, Ele
chegou suavemente e se instalou nos corações.
Nobre como uma labareda crepitante, Ele deu início ao
incêndio que faria arder as construções do mal.
Gentil como o sorriso das flores, derramou claridades
diamantinas, vencendo a escuridão vigente.
Bom como um favo de mel, adoçou as vidas que defrontou
pelos caminhos, que passaram a cultivar a bondade e o amor em Sua memória.
Terno como a esperança, enriqueceu de alegria todos
aqueles que se Lhe acercaram.
O Seu Natal é o poema de alegria que vem dos Céus na
direção da Terra atormentada, tornando-se um hino de perene beleza, que se
sobrepõe à algazarra da zombaria e à balbúrdia do sofrimento...
Ninguém, que jamais se Lhe equipare, na forma como veio e
na maneira como permaneceu no meio da estúrdia e perturbada multidão.
A música dos seres celestes na Sua noite assinalou com
insuperável sonoridade o planeta.
É verdade que, depois dEle, ainda permaneceram idênticas
paisagens morais no mundo...
A diferença, porém, consiste no conhecimento que Ele
propiciou para que todos aqueles que desejem vida, tenham-na em abundância.
Alargou as fronteiras da vida para além da morte e fez-se
ponte para vencer o aparente abismo existente, facultando a conquista da
plenitude.
O Natal de Jesus é, desse modo, o momento culminante dos
esponsais do ser humano com a Consciência Cósmica.
A partir dessa ocasião sublime, a criatura humana passou
a dispor dos equipamentos e recursos específicos para a aquisição da
felicidade, em qualquer situação em que se encontre.
Já não lhe devem importar em demasia as coisas, a
aparência, os petrechos que ficam ao lado da disjunção cadavérica, mas os
tesouros inapreciados, que são os sentimentos edificantes, os pensamentos
ditosos, as ações amorosas.
Neste Natal, canta uma elegia de amor a Jesus,
celebrando-Lhe o aniversário com a tua transformação moral para melhor,
mantendo a tua aliança com Ele e levando-O em forma de bondade e de
misericórdia a todos aqueles que cambaleiam nas sombras da dor, da revolta e do
esquecimento social...
Comemora, pois o teu Natal, de forma diferente,
recordando-te da singela manjedoura que se transformou com Ele em um palácio
sideral.
Joanna de Angelis / Divaldo Franco – Livro: Atitudes Renovadas
Lavradores
“O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos”. Paulo (II Timóteo, 2:6)
Há lavradores de toda classe.
Existem aqueles que compram o campo e
exploram-no, através de rendeiros suarentos, sem nunca tocarem o solo com as
próprias mãos.
Encontramos em muitos lugares os que
relegam a enxada à ferrugem, cruzando os braços e imputando à chuva ou ao solo o
fracasso da sementeira que não vigiam.
Somos defrontados por muitos que
fiscalizam a plantação dos vizinhos, sem qualquer atenção para com os trabalhos
que lhes dizem respeito.
Temos diversos que falam
despropositadamente com referência a inutilidades mil, enquanto vermes
destruidores aniquilam as flores frágeis.
Vemos numerosos acusando a terra como
incapaz de qualquer produção, mas negando à gleba que lhes foi confiada a
bênção da gota d’água e o socorro do adubo.
Observamos muitos que se dizem
possuídos pela dor de cabeça, pelo resfriado ou pela indisposição e perdem a
sublime oportunidade de semear.
A Natureza, no entanto, retribui a
todos eles com o desengano, a dificuldade, a negação e o desapontamento.
Mas o agricultor que realmente
trabalha, cedo recolhe a graça do celeiro farto.
E assim ocorre na lavoura do espírito.
Ninguém logrará o resultado excelente,
sem esforçar-se, conferindo à obra do bem o melhor de si mesmo.
Paulo de Tarso, escrevendo numa época
de senhores e escravos, de superficialidade e favoritismo, não nos diz que o
semeador distinguido por César ou mais endinheirado seria o legítimo detentor
da colheita, mas asseverou, com indiscutível acerto, que o lavrador dedicado às
próprias obrigações será o primeiro a beneficiar-se com as vantagens do fruto.
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 031
Oração de Natal
Senhor Jesus!
Agradecemos o teu Natal repleto de
esperança e de luz que nos impele a sair de nós mesmos, ao encontro de
companheiros em necessidades maiores que as nossas.
Agradecemos-te o pão que nos deste
para repartir e o agasalho que nos enviaste para vestir os nossos irmãos
expostos à noite.
Entretanto, comparecemos diante de ti
rogando-te mais ainda...
Se nos permites, nós te pedimos
socorro:
- para os corações desesperados;
- para os que se imobilizam no
orgulho, perguntando se existes;
- para os que se cristalizam na
sovinice, dando ideia de que trazem unicamente um cifrão por dentro da própria
alma;
- para os que se entregam à violência,
como se não tivessem de dar contas da selvageria com que arrasam a vida dos
semelhantes;
- para os que se confiam às paixões
descontroladas e envenenam corações sensíveis e afetuosos, para depois
atirá-los nos despenhadeiros do descrédito e do suicídio;
- para os que se transviam na vaidade
e se apresentam por donos da verdade com o objetivo de esmagar ou confundir os
outros;
- para os que se enquistam no egoísmo
da posse e se esquecem de que muitos companheiros de humanidade adoecem de
fome, depois de lhes baterem inutilmente às portas do coração;
- para os que abusam da autoridade,
pisando sobre a dor dos irmãos ainda fracos e necessitados;
- e para todos nós, Senhor, que te
buscamos, de alma e coração, conscientes de nossos próprios encargos, a fim de
que não nos falte a força precisa para amar-nos uns aos outros, no serviço que
nos confiaste, de modo que, realizando as tarefas de hoje, possamos encontrar
no tempo um amanhã mais feliz.
Augusto Cezar / Chico Xavier – Livro: Presença de Luz
sábado, 11 de dezembro de 2021
Mais Luz - Edição 556
Venha ler e refletir conosco:
- Jesus e amor
- Consolador prometido
- A Jesus
- Educa
- Mestre e Senhor
quinta-feira, 9 de dezembro de 2021
Jesus e amor
A figura humana de Jesus confirma a Sua procedência e
realização como o Ser mais perfeito e integral jamais encontrado na Terra.
Toda a Sua vida se desenvolveu num plano de integração
profunda com a Consciência Divina, conservando a individualidade em um perfeito
equilíbrio psicofísico.
Como consequência, transmitia confiança, porque possuía
um caráter com transparência diamantina, que nunca se submetia às injunções
vigentes, características de uma cultura primitiva, na qual predominavam o
suborno das consciências, o conservadorismo hipócrita, uma legislação tão
arbitrária quanto parcial e a preocupação formalística com a aparência em
detrimento dos valores legítimos do indivíduo.
Portador de uma lídima coragem, se insurgia contra a
injustiça onde e contra quem se apresentasse, nunca se omitindo, mesmo quando o
consenso geral atribuía legalidade ao crime.
Paciente e pacífico, mantinha-se em serenidade nas
circunstâncias mais adversas, e jovial, nos momentos de alta emotividade,
demonstrando a inteireza dos valores íntimos em ritmo de harmonia constante.
Numa sociedade agressiva e perversa, elegeu o amor como a
solução para todos os questionamentos, e o perdão irrestrito como terapêutica
eficaz para todas as enfermidades.
Não apenas ministrava-o através de palavras, mas,
sobretudo, mediante atitudes claras e francas, arriscando-se por dilatá-lo
especialmente aos infelizes, aos detestados, aos segregados, aos carentes.
Em momento algum submeteu-se às conveniências perniciosas
de raça, ideologia, partido e religião, em detrimento do amor indistinto quanto
amplo a todos que O cercavam ou O encontravam.
*
Por amor, elegeu um samaritano desprezado, para dele
fazer o símbolo da solidariedade.
Com amor, liberou uma mulher equivocada, tirando-lhe o
complexo de culpa.
Pelo amor, atendeu à estrangeira siro-fenícia que Lhe
pedia socorro para a enfermidade humilhante.
De amor estavam repletos Seu coração e Suas mãos para
esparzi-lo com os espezinhados, fosse um cobrador de Impostos, uma adúltera, o
filho pródigo, a viúva necessitada, ou a mãe enlutada.
Sempre havia amor em Sua trajetória, iluminando as vidas
e amparando as necessidades dos corpos, das mentes, das almas.
*
Compadecia-se de todos; no entanto, mantinha a energia
que educa, edifica, disciplina e salva.
Chorou sobre Jerusalém, invectivou a farsa farisaica,
advertiu os distraídos, condenou a hipocrisia e deu a própria vida em
holocausto de amor.
Nunca se perdeu em sentimentalismos pueris ou
agressividades rudes.
O amor norteava-lhe os passos, as palavras e os
pensamentos.
Tornou-se e prossegue como sendo o símbolo do amor
integral em favor da humanidade, à qual auspicia um sentimento humano profundo
e libertador.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco – Livro: Jesus e atualidade
Educa
“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de
Deus habita em vós?”
Paulo (I Coríntios, 3:16)
Na semente minúscula reside o germe do
tronco benfeitor.
No coração da terra, há melodias da
fonte.
No bloco de pedra, há obras primas de
estatuária.
Entretanto, o pomar reclama esforço
ativo.
A corrente cristalina pede aquedutos
para transportar-se imaculada.
A joia de escultura pede milagres do
buril.
Também o espírito traz consigo o gene
da Divindade.
Deus está em nós, quanto estamos em
Deus.
Mas, para que a luz divina se destaque
da treva humana, é necessário que os processos educativos da vida nos trabalhem
no empedrado caminho dos milênios.
Somente o coração enobrecido no grande
entendimento pode vazar o heroísmo santificante.
Apenas o cérebro cultivado pode produzir
iluminadas formas de pensamento.
Só a grandeza espiritual consegue
gerar a palavra equilibrada, o verbo sublime e a voz consoladora.
Interpretemos a dor e o trabalho por
artistas celestes de nosso aperfeiçoamento.
Educa e transformarás a irracionalidade
em inteligência, a inteligência em humanidade e a humanidade em angelitude.
Educa e edificarás o paraíso na Terra.
Se sabemos que o Senhor habita em nós,
aperfeiçoemos a nossa vida, a fim de manifestá-lo.
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 030
Consolador prometido
Jesus promete outro consolador: o
Espírito de Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro para o
compreender, consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para
relembrar o que o Cristo há dito. Se, portanto, o Espírito de Verdade tinha de
vir mais tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não dissera tudo; se ele
vem relembrar o que o Cristo disse, é que o que este disse foi esquecido ou mal
compreendido.
O Espiritismo vem, na época predita,
cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele
chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas fazendo
compreender o que Jesus só disse por parábolas. Advertiu o Cristo: “Ouçam os
que têm ouvidos para ouvir.” O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos,
porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente
lançado sobre certos mistérios. Vem, finalmente, trazer a consolação suprema
aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim
útil a todas as dores.
Disse o Cristo: “Bem-aventurados os
aflitos, pois que serão consolados”. Mas como há de alguém sentir-se ditoso por
sofrer, se não sabe por que sofre? O Espiritismo mostra a causa dos sofrimentos
nas existências anteriores e na destinação da Terra, onde o homem expia o seu
passado. Mostra o objetivo dos sofrimentos, apontando-os como crises salutares
que produzem a cura e como meio de depuração que garante a felicidade nas existências
futuras. O homem compreende que mereceu sofrer e acha justo o sofrimento. Sabe
que este lhe auxilia o adiantamento e o aceita sem murmurar, como o obreiro
aceita o trabalho que lhe assegurará o salário. O Espiritismo lhe dá fé
inabalável no futuro e a dúvida pungente não mais se lhe apossa da alma.
Dando-lhe a ver do alto as coisas, a importância das vicissitudes terrenas
some-se no vasto e esplêndido horizonte que ele o faz descortinar, e a
perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a
coragem de ir até o termo do caminho.
Assim, o Espiritismo realiza o que
Jesus disse do Consolador Prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o
homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os
verdadeiros princípios da Lei de Deus e consola pela fé e pela esperança. (Allan Kardec)
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo VI – O Cristo consolador – item 4
Mestre e Senhor
Mestre e Senhor, depois de recebidas
numerosas expressões de tua misericórdia infinita, temos os corações
genuflexos, agradecendo a tua bondade.
Nada somos, nada temos senão boa
vontade, nada representamos senão instrumentos misérrimos de teu amor nas
Esferas espirituais que cercam o planeta, como também, quando encarnados,
envergando o envoltório perecível da vida material.
Muitos foram os corações que nos
buscavam ansiosos! Mas nós nos lembrávamos de quando distribuías as bênçãos de tua
bondade indefinível junto daqueles que se encontravam encarcerados nas
concepções do mundo. Recordávamos o tempo em que ias de Betsaida ou Cafarnaum
para Cesareia de Filipe abençoando as criancinhas. Eram velhos trêmulos, cujas
mãos enregeladas te pediam o calor da esperança, eram jovens simples e puros,
que solicitavam a verdade de teu Evangelho divino, crianças, que se agasalhavam
na tua ternura inesgotável… Rememorávamos tudo isso e suplicávamos a tua
assistência. Muito foi o que nos deste
dos celeiros infinitos da tua graça, não pelo que valemos ou merecemos, mas por
acréscimo de misericórdia, que nunca negaste aos espíritos de boa vontade.
Agora, Jesus, nós nos curvamos perante
a tua bondade! Dá-nos a força de compreender toda a tua exemplificação de
renúncia a caminho desse Reino de Deus, que constitui a esperança sagrada de
todas as criaturas. Concede, Mestre, que
os nossos amigos encarnados sintam a vibração de nosso esforço espiritual no
círculo fraterno.
Aos que nos buscaram, cheios de angústia
no coração, concede fortaleza para o encontro daquele bom ânimo que sempre
ensinaste aos teus discípulos. Dissipa as suas amarguras, como o sol radioso e
amigo das almas, desfazendo a neblina das ilusões e dos enganos fatais das
estradas terrestres!
Aos que vieram saturados de
conhecimentos científicos do mundo, muitas vezes submersos na suposta
infalibilidade do dogmatismo acadêmico, proporciona a claridade necessária para
que se façam simples e felizes, de modo a entenderem aquelas verdades aos
pequeninos.
A quantos chegaram atormentados pela
saudade de todos os que os precederam no caminho escuro e triste das
sepulturas, dá aquela luz maravilhosa da esperança em teu amor, para que,
recebendo a tua mensagem eterna no Evangelho, compreendam a redenção espiritual
que nos há de reunir um dia sob a árvore divina do teu desvelado amor no Plano
da vida imortal.
Que todos os trabalhadores de tua casa
se unam na fraternidade legítima e na edificação sincera do teu Reino de luz
imorredoura. Dá-lhes a fortaleza de
ânimo que realiza fortaleza recíproca, base segura de todas as obras do teu
amor. Eles são operários de teu jardim
no mundo, que se povoa de sombras antagônicas da destruição.
Seus esforços serão, muitas vezes,
perturbados pelos contrastes e surpresas do caminho, onde as multidões se
desorientam à distância da realização de seus ensinos. Por teu nome, hão de sofrer, naturalmente,
todas as hostilidades da estrada material, mas que todos eles se sintam unidos
contigo para a execução da tarefa divina.
Jesus, nós somos aquelas crianças que
te pedem proteção e amparo em todos os instantes da vida. No momento da
alegria, concede aos operários de tua oficina santa os recursos necessários
para a verdadeira compreensão, na vigilância e na oração que nos ensinaste. Nos
instantes de dor, sê a coragem da alma triste, que deverá despir todos os
desalentos do caminho para a perfeita união com os teus desígnios amorosos e
puros.
Mestre, seja a união fraternal de teus
trabalhadores o último apelo! Que os nossos irmãos desenvolvam a tarefa
santificada que lhes foi cometida sob a fraternidade verdadeira e sincera, onde
cada discípulo compreenderá sempre que o maior para o teu coração será sempre
aquele que se fizer o menor de todos os teus ensinos.
Que as tuas graças sejam para nós
novos motivos de esforço de redenção no sagrado caminho. E que todos nós, cooperadores do Plano
terrestre e operários da Esfera invisível, estejamos sempre unidos no teu
Evangelho para o mesmo trabalho de edificação, é a minha súplica humilde, são
os votos sinceros de meu coração de humilde servo.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Ação, Vida e Luz