A figura humana de Jesus confirma a Sua procedência e
realização como o Ser mais perfeito e integral jamais encontrado na Terra.
Toda a Sua vida se desenvolveu num plano de integração
profunda com a Consciência Divina, conservando a individualidade em um perfeito
equilíbrio psicofísico.
Como consequência, transmitia confiança, porque possuía
um caráter com transparência diamantina, que nunca se submetia às injunções
vigentes, características de uma cultura primitiva, na qual predominavam o
suborno das consciências, o conservadorismo hipócrita, uma legislação tão
arbitrária quanto parcial e a preocupação formalística com a aparência em
detrimento dos valores legítimos do indivíduo.
Portador de uma lídima coragem, se insurgia contra a
injustiça onde e contra quem se apresentasse, nunca se omitindo, mesmo quando o
consenso geral atribuía legalidade ao crime.
Paciente e pacífico, mantinha-se em serenidade nas
circunstâncias mais adversas, e jovial, nos momentos de alta emotividade,
demonstrando a inteireza dos valores íntimos em ritmo de harmonia constante.
Numa sociedade agressiva e perversa, elegeu o amor como a
solução para todos os questionamentos, e o perdão irrestrito como terapêutica
eficaz para todas as enfermidades.
Não apenas ministrava-o através de palavras, mas,
sobretudo, mediante atitudes claras e francas, arriscando-se por dilatá-lo
especialmente aos infelizes, aos detestados, aos segregados, aos carentes.
Em momento algum submeteu-se às conveniências perniciosas
de raça, ideologia, partido e religião, em detrimento do amor indistinto quanto
amplo a todos que O cercavam ou O encontravam.
*
Por amor, elegeu um samaritano desprezado, para dele
fazer o símbolo da solidariedade.
Com amor, liberou uma mulher equivocada, tirando-lhe o
complexo de culpa.
Pelo amor, atendeu à estrangeira siro-fenícia que Lhe
pedia socorro para a enfermidade humilhante.
De amor estavam repletos Seu coração e Suas mãos para
esparzi-lo com os espezinhados, fosse um cobrador de Impostos, uma adúltera, o
filho pródigo, a viúva necessitada, ou a mãe enlutada.
Sempre havia amor em Sua trajetória, iluminando as vidas
e amparando as necessidades dos corpos, das mentes, das almas.
*
Compadecia-se de todos; no entanto, mantinha a energia
que educa, edifica, disciplina e salva.
Chorou sobre Jerusalém, invectivou a farsa farisaica,
advertiu os distraídos, condenou a hipocrisia e deu a própria vida em
holocausto de amor.
Nunca se perdeu em sentimentalismos pueris ou
agressividades rudes.
O amor norteava-lhe os passos, as palavras e os
pensamentos.
Tornou-se e prossegue como sendo o símbolo do amor
integral em favor da humanidade, à qual auspicia um sentimento humano profundo
e libertador.
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco – Livro: Jesus e atualidade
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