quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Incompreensão

 “Fiz-me fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos para, por todos os meios, chegar a salvar alguns”. Paulo (1 Coríntios, 9:22)

A incompreensão, indiscutivelmente, é assim como a treva perante a luz, entretanto, se a vocação da claridade te assinala o íntimo, prossegue combatendo as sombras, nos menores recantos de teu caminho.

Não te esqueças, porém, da lei do auxílio e observa-lhe os princípios, antes da ação.

Descer para ajudar é a arte divina de quantos alcançaram conscienciosamente a vida mais alta.

A luz ofuscante produz a cegueira.

Se as estrelas da sabedoria e do amor te povoam o coração, não humilhes quem passa sob o nevoeiro da ignorância e da maldade.

Gradua as manifestações de ti mesmo para que o teu socorro não se faça destrutivo.

Se a chuva alagasse indefinidamente o deserto, a pretexto de saciar-lhe a sede, e se o Sol queimasse o lago, sem medida, com a desculpa de subtrair-lhe o barro úmido, nunca teríamos clima adequado à produção de utilidades para a vida.

Não te faças demasiado superior diante dos inferiores ou excessivamente forte perante os fracos.

Das escolas não se ausentam todos os aprendizes, habilitados em massa, e sim alguns poucos cada ano.

Toda mordomia reclama noção de responsabilidade, mas exige também o senso das proporções.

Conserva a energia construtiva do exemplo respeitável, mas não olvides que a ciência de ensinar só triunfa integralmente no orientador que sabe amparar, esperar e repetir.

Não clames, pois, contra a incompreensão, usando inquietude e desencanto, vinagre e fel.

Há méritos celestiais naquele que desce ao pântano sem contaminar-se, na tarefa de salvação e reajustamento.

O bolo de matéria densa reveste-se de Iodo, quando arremessado ao poço lamacento, todavia, o raio de luz visita as entranhas do abismo e dele se retira sem alterar-se.

Que seria de nós se Jesus não houvesse apagado a própria claridade fazendo-se à semelhança de nossa fraqueza, para que lhe testemunhássemos a missão redentora? Aprendamos com ele a descer, auxiliando sem prejuízo de nós mesmos.

E, nesse sentido, não podemos esquecer a expressiva declaração de Paulo de Tarso quando afirma que, para a vitória do bem, se fez fraco para os fracos, fazendo-se tudo para todos, a fim de, por todos os meios, chegar a erguer alguns.

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 072

Prece do servidor

 


Senhor, ensina-nos a trilhar a luminosa estrada do auxílio,

Dá-nos força, para destruir a pesada fortaleza de nossos próprios erros,

Coragem, para abrir o caminho da libertação de nós mesmos,

E recurso para desobstruir o coração em favor dos nossos semelhantes, entregando-lhes enfim os

tesouros de amor, que nos confiastes,

Que por onde passemos,

A dor se faça menos angustiosa,

A ignorância menos agressiva,

O ódio menos cruel,

A terra menos densa,

O desânimo menos sombrio,

A incompreensão menos destruidora.

Se não possuímos ainda, Bens positivos com que possamos enriquecer a jornada terrestre,

Ajuda-nos a diminuir os males que nos rodeiam,

Que em teu nome, Distribuamos fraternidade e renovação,

Usando com alegria os dons sublimes e invisíveis do silêncio, da compreensão e da renúncia.

Senhor, Que nos ensinastes em palavras,

As supremas lições, Da simplicidade na manjedoura,

E do sacrifício na cruz,

Indicando-nos assim,

O roteiro da construção espiritual e da ressurreição divina,

Orienta-nos o passo incerto e ampara-nos os propósitos santificantes,

Para que a sua vontade, misericordiosa e justa,

Se faça,

Hoje e sempre, onde estivermos.

Assim seja!

Emmanuel / Chico Xavier - Livro: À Luz da Oração

domingo, 25 de setembro de 2022

Espiritismo e Política



“Então lhes disse:

“Dai, pois, o que é de César a César,

e o que é de Deus, a Deus’.”

— Jesus

(Mateus, 22:21 – Bíblia de Jerusalém)

A Federação Espírita Brasileira apresenta o seu mais novo opúsculo Espiritismo e política, conjunto de textos destinado ao Movimento Espírita com o intuito de oferecer reflexões acerca da vida em sociedade. Em momento oportuno, traz subsídios para se pensar o tema na atualidade. Estudemos e divulguemos o material que está disponível para download pelo link: clique aqui.

O tema foi anteriormente trabalhado pela FEB em duas ocasiões: em 1934, sob o mesmo nome, durante a gestão de Guillon Ribeiro (1875-1943) e, mais recentemente em 2014 no livro Espiritismo e política: contribuições para a evolução do ser e da sociedade de autoria de Aylton Paiva, contribuindo com mais refl­exões sobre a visão espiritual e social da humanidade. 

Programa Espiritismo Ontem e Hoje

Para complementar o assunto, no dia 29 de setembro às 19h o programa Espiritismo Ontem e Hoje, apresentado pelo vice-presidente da FEB, Geraldo Campetti, abordará este mesmo tema com a presença do presidente da FEB, Jorge Godinho, da também vice-presidente da FEB, Marta Antunes, da presidente da USE, Rosana Gaspar e do autor Aylton Paiva. Assista no Facebook FEBOficial e também pela FEBlives.

“Portanto, tudo o que vós quereis que os 
homens vos façam, fazei-lho também vós,
porque esta é a lei e os profetas.”
(Mateus, 7:12.)

Fonte: Texto extraído do site da FEB

sábado, 24 de setembro de 2022

Mais Luz - Edição 597 - 25/09/2022

 

Leia e reflita conosco: https://mailchi.mp/ca9ad381800e/aproveita

  • Suicídio – Emmanuel
  • Ante o Evangelho – O Suicídio e a loucura
  • Poema: Lutai – Francisca Júlia da Silva
  • Aproveita – Fonte Viva, 71
  • Oração: Agradecemos – Emmanuel

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Suicídio

Reunião pública de 3/7/59

Questão nº 957


No suicídio intencional, sem as atenuantes da moléstia ou da ignorância, há que considerar não somente o problema da infração ante as Leis Divinas, mas também o ato de violência que a criatura comete contra si mesma, através da premeditação mais profunda, com remorso mais amplo.

Atormentada de dor, a consciência desperta no nível de sombra a que se precipitou, suportando compulsoriamente as companhias que elegeu para si própria, pelo tempo indispensável à justa renovação.

Contudo, os resultados não se circunscrevem aos fenômenos de sofrimento íntimo, porque surgem os desequilíbrios consequentes nas sinergias do corpo espiritual, com impositivos de reajuste em existências próximas.

É assim que após determinado tempo de reeducação, nos círculos de trabalho fronteiriços da Terra, os suicidas são habitualmente reinternados no plano carnal, em regime de hospitalização na cela física, que lhes reflete as penas e angústias na forma de enfermidades e inibições.

Ser-nos-á fácil, desse modo, identificá-los, no berço em que repontam, entremostrando a expiação a que se acolhem.

Os que se envenenaram, conforme os tóxicos de que se valeram, renascem trazendo as afecções valvulares, os achaques do aparelho digestivo, as doenças do sangue e as disfunções endocrínicas, tanto quanto outros males de etiologia obscura; os que incendiaram a própria carne amargam as agruras da ictiose ou do pênfigo; os que se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas correntes de gás, exibem os processos mórbidos das vias respiratórias, como no caso do enfisema ou dos cistos pulmonares; os que se enforcaram carreiam consigo os dolorosos distúrbios do sistema nervoso, como sejam as neoplasias diversas e a paralisia cerebral infantil; os que estilhaçaram o crânio ou deitaram a própria cabeça sob rodas destruidoras, experimentam desarmonias da mesma espécie, notadamente as que se relacionam com o cretinismo, e os que se atiraram de grande altura reaparecem portando os padecimentos da distrofia muscular progressiva ou da osteíte difusa.

Segundo o tipo de suicídio, direto ou indireto, surgem as distonias orgânicas derivadas, que correspondem a diversas calamidades congênitas, inclusive a mutilação e o câncer, a surdez e a mudez, a cegueira e a loucura, a representarem terapêutica providencial na cura da alma.

Junto de semelhantes quadros de provação regenerativa, funciona a ciência médica por missionária da redenção, conseguindo ajudar e melhorar os enfermos de conformidade com os créditos morais que atingiram ou segundo o merecimento de que disponham.

Guarda, pois, a existência como dom inefável, porque teu corpo é sempre instrumento divino, para que nele aprendas a crescer para a luz e a viver para o amor, ante a glória de Deus.

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Religião dos Espíritos

 



Aproveita

 “Se alguém diz: — eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama o seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu”? (1 João, 4:20)


A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina.

Aproveita as lutas e dificuldades da senda para a expansão de ti mesmo, dilatando o teu círculo de relações e de ação.

Aprendamos para esclarecer.

Entesouremos para ajudar.

Engrandeçamo-nos para proteger.

Eduquemo-nos para servir.

Com o ato de fazer e dar alguma coisa, a alma se estende sempre mais além.

Guardando a bênção recebida para si somente, o espírito, muitas vezes, apenas se adorna, mas, espalhando a riqueza de que é portador, cresce constantemente.

Na prestação de serviço aos semelhantes, incorpora-se, naturalmente, ao coro das alegrias que provoca.

No ensinamento ao aprendiz, liga-se aos benefícios da lição.

Na criação das boas obras, no trabalho, na virtude ou na arte, vive no progresso, na santificação ou na beleza com que a experiência individual e coletiva se alarga e aperfeiçoa.

Na distribuição de pensamentos sadios e elevados, converte-se em fonte viva de graça e contentamento para todos.

No concurso espontâneo, dentro do ministério do bem, une-se à prosperidade comum.

Dá, pois, de ti mesmo, de tuas forças e recursos, agindo sem cessar, na instituição de valores novos, auxiliando os outros, a benefício de ti mesmo.

O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.

Aproveita a gloriosa oportunidade de expansão que a esfera física te confere e ajuda a quem passa, sem cogitar de pagamento de qualquer natureza.

O próximo é a nossa ponte de ligação com Deus.

Se buscas o Pai, ajuda ao teu irmão, amparando-vos reciprocamente, porque, segundo a palavra iluminada do evangelista, "se alguém diz: — eu amo a Deus, e aborrece o semelhante, é mentiroso, pois quem não ama o companheiro com quem convive, como pode amar a Deus, a quem ainda não conhece?

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 071

Agradecemos

 


Senhor Jesus!

Nós te agradecemos:

Pela coragem de facear as dificuldades criadas por nós mesmos;

Pelas provas que nos aperfeiçoam o raciocínio e nos abrandam o coração;

Pela fé na imortalidade;

Pelo privilégio de servir;

Pelo dom de saber que somos responsáveis pelas próprias ações;

Pelos recursos nutrientes e curativos que trazemos em nós;

Pelo reconforto de reconhecer que a nossa felicidade tem o tamanho da felicidade que fizermos para os outros;

Pelo discernimento que nos permite diferençar aquilo que nos é útil daquilo que não nos serve;

Pelo amparo da afeição no qual nossas vidas se alimentam em permuta constante;

Pela bênção da oração que nos faculta apoio interior para a solução de nossos problemas;

Pela tranquilidade de consciência que ninguém nos pode subtrair…

Por tudo isso, e por todos os demais tesouros de esperança e amor, alegria e paz de que nos enriqueces a existência, sê bendito, Senhor, ao mesmo tempo que te louvamos a Infinita Misericórdia, hoje e para sempre.

Emmanuel / Chico Xavier - Livro: Coragem