“… que vosso amor
cresça cada vez mais no pleno conhecimento e em todo o discernimento.” — Paulo.
(Filipenses, 1:9)
O amor é a força divina do Universo.
É imprescindível, porém, muita vigilância para que não
a desviemos na justa aplicação.
Quando um homem se devota, de maneira absoluta, aos
seus cofres perecíveis, essa energia, no coração dele, denomina-se “avareza”; quando
se atormenta, de modo exclusivo, pela defesa do que possui, julgando-se o
centro da vida, no lugar em que se encontra, essa mesma força converte-se nele
em “egoísmo”; quando só vê motivos para louvar o que representa, o que sente e
o que faz, com manifesto desrespeito pelos valores alheios, o sentimento que
predomina em sua órbita chama-se “inveja”.
*O ódio é, comumente, o amor envenenado de ontem.
O ciúme é o amor vestido de espinhos dilacerantes.
A soberba é o amor desvairado a si próprio. *
Paulo, escrevendo a amorosa comunidade filipense,
formula indicação de elevado alcance. Assegura que “o amor deve crescer, cada
vez mais, no conhecimento e no discernimento, a fim de que o aprendiz possa
aprovar as coisas que são excelentes.”
Instruamo-nos, pois, para conhecer.
Eduquemo-nos para discernir.
Cultura intelectual e aprimoramento moral são
imperativos da vida, possibilitando-nos a manifestação do amor, no império da
sublimação que nos aproxima de Deus.
Atendamos ao conselho apostólico e cresçamos em valores
espirituais para a eternidade, porque, muitas vezes, o nosso amor é
simplesmente querer e tão somente com o “querer” é possível desfigurar,
impensadamente, os mais belos quadros da vida.
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 91
* Essa mensagem foi publicada originalmente no Reformador em junho de
1950, página 122, pela FEB e posteriormente no presente livro. Tanto no
Reformador quanto no livro “Segue-me” a lição está completa; nesse, porém,
estão ausentes os parágrafos 4, 5 e 6 e
o versículo estudado é Filipenses, 1:9, enquanto no livro Segue-me o versículo
citado é 1:10; no Reformador a citação é Filipenses, 1:9,10.