Humberto
de Campos conta que apesar do movimento de emancipação percorrer todos os
departamentos de atividades políticas da pátria, era no Rio de Janeiro que
fervilhavam as ideias de liberdade e os espíritos desenvolviam suas ações junto
de todos os indivíduos, preparando a fase final do trabalho da independência,
através dos processos pacíficos.
Os patriotas viam no Príncipe D. Pedro I, a pessoa que deveria
exercer o papel de libertador, mas este hesitava em optar pela decisão da
separação definitiva, considerando as tradições e laços de família. Ordens
rigorosas vieram de Portugal determinando o regresso de D. Pedro I, porém sob a
assistência e estímulo da equipe do Espírito Ismael mentor espiritual do nosso
país, no dia 9 de janeiro de 1822, o Príncipe completou a obra de emancipação
política do Brasil, prometendo ao povo que aqui ficaria, contrariando as
decisões da Corte de Lisboa.
Reagindo a essa decisão , Jorge de Avilez, comandante das tropas
fiéis a Lisboa, ameaçou abrir luta com os brasileiros, ocupando o Morro do
Castelo. Diante do ocorrido, o povo carioca incorporou-se às tropas brasileiras
e se postou contra o inimigo. Nova intervenção do Espírito Ismael, e Avilez,
sem um tiro, obedeceu à intimação de D. Pedro I e retirou-se com suas tropas.
Mais tarde, D. Pedro encontrava-se em viagem a São Paulo a fim
de unificar o sentimento geral em favor da independência e comemorando o
acontecimento, as entidades espirituais sob a direção do Espírito Ismael
reuniam-se no Colégio de Piratininga, ouvindo deste que a independência já se
encontrava definitivamente proclamada desde 1808, porém em virtude dos últimos
acontecimentos e para não quebrar os costumes terrenos, foi escolhida uma data
para assinalar essa liberdade.
Dirigindo-se ao Espírito Tiradentes, presente no conclave,
comunicou-lhe que ele acompanharia o imperador em seu regresso ao Rio e ainda
nas terras paulistas auxiliaria seu coração no grito de liberdade.
Às margens do Ipiranga, D. Pedro I sem suspeitar que era
instrumento de um emissário espiritual que velava pela nossa pátria, deixou
escapar o grito de “Independência ou Morte”.
Eis porque o dia 7 de setembro passou à nossa memória como o Dia
da Pátria. Esse fato, despercebido da maioria dos estudiosos, representa a
adesão intuitiva do povo aos elevados desígnios do mundo espiritual.
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