“Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz.” Jesus (João, 16:33)
A
palavra do Cristo está sempre fundamentada no espírito de serviço, a fim de que
os discípulos não se enganem no capítulo da tranquilidade.
De
maneira geral, os aprendizes do Evangelho aguardam a paz, onde a calma reinante
nada significa além de estacionamento por vezes delituoso. No conceito da
maioria, a segurança reside em garantia financeira, em relações prestigiosas no
mundo, em salários astronômicos. Isso, no entanto, é secundário.
Tempestades
da noite costumam sanear a atmosfera do dia, angústias da morte renovam a visão
falsa da experiência terrestre.
Vale
mais permanecer em dia com a luta que guardar-se alguém no descanso provisório
e encontrá-la, amanhã, com a dolorosa surpresa de quem vive defrontado por
fantasmas.
A
Terra é escola de trabalho incessante.
Obstáculos
e sofrimentos são orientadores da criatura.
É
indispensável, portanto, renovar-se a concepção da paz, na mente do homem, para
ajustá-lo à missão que foi chamado a cumprir na obra divina, em favor de si
mesmo.
Conservar
a paz, em Cristo, não é deter a paz do mundo. É encontrar o tesouro eterno de
bênçãos nas obrigações de cada dia.
Não
é fugir ao serviço; é aceitá-lo onde, como e quando determine a vontade
d’Aquele que prossegue em ação redentora, junto de nós, em toda a Terra.
Muitos
homens costumam buscar a tranquilidade dos cadáveres, mas o discípulo fiel sabe
que possui deveres a cumprir em todos os instantes da existência.
Alcançando
semelhante zona de compreensão, conhece o segredo da paz em Jesus, com o máximo
de lutas na Terra. Para ele continuam batalhas, atritos, trabalho e testemunhos
no Planeta, entretanto, nenhuma situação externa lhe modifica a serenidade
interior, porque atingiu o luminoso caminho da tranquilidade fundamental.
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