quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Decisão



Somos tangidos por fatos e problemas a exigirem a manifestação de nossa vontade em todas as circunstâncias.

Muito embora disponhamos de recursos infinitos de escolha para assumir gesto determinado ou desenvolver certa ação, invariavelmente, estamos constrangidos a optar por um só caminho, de cada vez, para expressar os desígnios pessoais na construção do destino.

 Conquanto possamos caminhar mil léguas, somente progredimos em substância avançando passo a passo.

 Daí a importância da existência terrena, temporária e limitada em muitos ângulos, porém rica e promissora quanto aos ensejos que nos faculta para automatizar o bem, no campo de nós mesmos, mediante a possibilidade de sermos bons para os outros.

 Decisão é necessidade permanente.

 Nossa vontade não pode ser multipartida.

 Ideia, verbo e atitude exprimem resoluções de nossas almas, a frutificarem bênçãos de alegria ou lições de reajuste no próprio íntimo.

 Vacilação é sintoma de fraqueza moral, tanto quanto desânimo é sinal de doença.

 Certeza no bem denuncia felicidade real e confiança de hoje indica serenidade futura.

 Progresso é fruto de escolha.

 Não há nobre desincumbência com flexibilidade de intenção.

 Afora tu mesmo, ninguém te decide o destino.

 Se a eventualidade da sementeira é infinita, a fatalidade da colheita é inalienável.

 Guardas contigo tesouros de experiências acumulados em milênios de luta que podem crescer, aqui e agora, a critério do teu alvitre.

 Recorda que o berço de teu espírito fulge longe da existência terrestre.

 O objetivo da perfeição é inevitável bênção de Deus e a perenidade da vida constitui o prazo de nosso burilamento, entretanto, o minuto que vives é o veículo da oportunidade para a seleção de valores, obedecendo a horário certo e revelando condições próprias, no ilimitado caminho da evolução.

 

André Luiz /Chico Xavier – Livro: Opinião espírita

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