Silêncio…
Inércia… Morte… O fim de tudo…
Era o
estranho ideal que acalentara
Quando
vivi qual cego, surdo, mudo,
Ou
sonâmbulo em crise longa e rara.
Covarde e tresloucado, em transe agudo,
De
súbito fugi à vida amara
E
marchei, constrangido, para o estudo
Do
enigma que, em vão, me acabrunhara.
Mas não morri… Morreu-me o vaso impuro…
E,
distante da carne transitória,
Colho o
passado e planto o meu futuro.
Nem mistério, nem cinza à nossa frente…
Apenas o
homem louco de vanglória
Procurando
enganar-se inutilmente.
Galba de Paiva
/ Waldo Vieira
Livro: Antologia dos Imortais
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