sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Compaixão sempre

 


“Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; soltai e soltar-vos-ão.” — Jesus — Lucas, 6:37.

 

“Não esqueçais, meus queridos filhos, que o amor aproxima de Deus a criatura e o ódio a distancia dele.” — Cap. XII, 10.

 

Perante o companheiro que te parece malfeitor, silencia e ampara sempre.

Assim como existem pessoas, aparentemente sadias, carregando enfermidades que apenas no futuro se farão evidentes para a intervenção necessária, há criaturas supostamente normais, portadoras de estranhos desequilíbrios, aos quais se lhes debitam os gestos menos edificantes.

Compadece-te, pois, e estende os braços para a obra do auxílio.

Muitos daqueles que tombaram na indisciplina e na violência, acabando segregados nas casas de tratamento moral, guardam consigo os braseiros de angústia que lhes foram impostos, em dolorosos processos obsessivos, pelas mãos imponderáveis dos adversários desencarnados de outras existências… E quase todos os que esmoreceram no caminho das próprias obrigações, rendendo-se ao assalto da crueldade e do desespero, sustentaram, por tempo enorme, na intimidade do próprio ser, a agoniada tensão da resistência às forças do mal, sucumbindo, muitas vezes, à míngua de compreensão e de amor…

Para todos eles, os nossos irmãos caídos em delinquência, volvamos, assim, pensamento e ação tocados de simpatia, recordando Jesus, que não cogita de nossas imperfeições para sustentar-nos, e certos de que também nós, pela extensão das próprias fraquezas, não conseguimos, em verdade, saber em que obstáculos do caminho os nossos pés tropeçarão.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro da Esperança



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