À semelhança do Setembro
Amarelo, quando houve o esforço para a prevenção do suicídio, repete-se o
Outubro Rosa com o objetivo de
prevenir-se, especialmente as mulheres, contra o câncer.
As estatísticas sobre o câncer são verdadeiramente
aterradoras, sendo a enfermidade que mais destrói existências femininas.
Todos os tipos de câncer são perigosos, especialmente o de
mama. Sutil ou brutal, surge de uma vez, quando já se encontra com metástase
em outros órgãos, ou suavemente, sem dar sinal de presença, torna-se um
ceifador perverso de vidas preciosas em todas as idades. Possui caráter
pandêmico e é cruel.
O doutor Bernie Siegel, insigne cancerologista e mestre da
Universidade de Yale (USA), afirma que o diagnóstico já constitui um fator de
gravidade, sendo responsável pela piora do paciente e mesmo pela sua
desencarnação.
Quando o enfermo o recebe, logo acredita que não poderá
recuperar a saúde e, não poucas vezes, permite-se entrar em depressão,
dificultando o tratamento.
O diagnóstico precoce, qual ocorre no extraordinário movimento
denominado Outubro Rosa, contribui
poderosamente para identificar-lhe a presença na mama, dando margem a uma
terapêutica valiosa e portadora de resultados salutares.
Após o exame realizado, a mulher já tem a tranquilidade de
constatar o seu bom estado de saúde acerca dessa enfermidade, e, sendo
registrada alguma ocorrência, pode iniciar o tratamento de imediato, assim se
facultando uma recuperação mais rápida.
Nem todas as mulheres, no entanto, preocupam-se em fazer o
autoexame de apalpar o seio e tentar encontrar alguma formação de algum
tumor, por ignorância, por medo injustificado ou mesmo por negligência...
Sempre paira a falsa ideia de que se encontra muito bem,
porque nada sente de preocupante, até quando surgem sintomas assustadores,
sendo mais complicada a recuperação.
Ademais, existem pequeníssimos pólipos cancerígenos que
somente podem ser detectados através da mamografia.
A vida física é um tesouro inimaginável, concedida por Deus
para a elevação moral e intelectual do Espírito no seu crescimento, no rumo
da Imortalidade.
Utilizar-se de todas as conquistas tecnológicas para
prolongá-la é um dever que não pode nem deve ser negligenciado.
A Misericórdia Divina proporciona o desenvolvimento científico
da Humanidade, a fim de tornar a existência mais saudável e, nas enfermidades
graves, algumas das quais irreversíveis, a contribuição para dar-lhe melhor
qualidade de vida, superando ou amenizando o sofrimento.
Saibamos, pois, cooperar com o progresso e estimulemos todas
as mulheres a manterem mais cuidado com a saúde, especialmente nestes
abençoados dias do Outubro Rosa, quando
a consciência desperta para o bem viver.
Divaldo Pereira
Franco - Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 5.10.2017 - Fonte:
www.divaldofranco.com.br
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sábado, 5 de outubro de 2019
Outubro rosa
O verbo é criador
“Mas o que sai da boca procede do coração, e isso contamina o homem.”
Jesus (Mateus, 15:18)
O ensinamento do Mestre, sob o véu
da letra, consubstancia profunda advertência.
Indispensável cuidar do coração,
como fonte emissora do verbo, para que não percamos a harmonia necessária à
própria felicidade.
O que sai do coração e da mente,
pela boca, é força viva e palpitante, envolvendo a criatura para o bem ou
para o mal, conforme a natureza da emissão.
Do íntimo dos tiranos, por esse
processo, origina-se o movimento inicial da guerra, movimento destruidor que
torna à fonte em que nasceu, lançando ruína e aniquilamento.
Da alma dos caluniadores, partem os
venenos que atormentam espíritos generosos, mas que voltam a eles mesmos,
escurecendo-lhes os horizontes mentais.
Do coração dos maus, dos perversos e
dos inconscientes, surgem, através do poder verbalista, os primórdios das
quedas, dos crimes e das injustiças; todavia, tais elementos perturbadores
não se articulam debalde para os próprios autores, porque dia chegará em que
colherão os frutos amargos da atividade infeliz a que deram impulso.
Assim também, a alegria semeada, por
intermédio das palavras salutares e construtivas, cresce e dá os seus
resultados.
O auxílio fraterno espalha
benefícios infinitos, e o perfume do bem, ainda quando derramado sobre os
ingratos, volta em ondas invisíveis a reconfortar a fronte que o emite.
O ato de bondade é invariável força
benéfica, em derredor de quem o mobiliza. Há imponderáveis energias
edificantes, em torno daqueles que mantêm viva a chama dos bons pensamentos a
iluminar o caminho alheio, por intermédio da conversação estimulante e sadia.
Os elementos psíquicos que
exteriorizamos pela boca são potências atuantes em nosso nome, fatores ativos
que agem sob nossa responsabilidade, em plano próximo ou remoto, de acordo
com as nossas intenções mais secretas.
É imprescindível vigiar a boca,
porque o verbo cria, insinua, inclina, modifica, renova ou destrói, por
dilatação viva de nossa personalidade.
Em todos os dias e acontecimentos da
vida, recordemos com o Divino Mestre de que a palavra procede do coração e,
por isso mesmo, contamina o homem.
Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico
Xavier – Lição 97
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Jesus, Educador de almas
Roteiro
seguro, Ele é o guia e modelo para a humanidade.
O maior educador de todos os tempos foi Jesus Cristo, e assim
afirmamos sem utilizar nenhum rótulo religioso, sem nos apoiarmos em nenhuma
doutrina religiosa, mas pelo fato incontestável que ele foi e é o
transformador da sociedade humana, ao nos legar ensinos e exemplos de ordem
moral da maior profundidade e importância.
Jesus não influenciou apenas sua época, pois tudo o que ensinou
e vivenciou marcou e marca a humanidade através dos tempos, sendo, portanto,
atemporal, e também universal, pois o código de ética ensinado não pertence a
este ou aquele povo, a esta ou aquela nação, nem a esta ou aquela religião,
mas pertence a todos, mesmo àqueles que nele não acreditam.
É verdade que os livros de pedagogia, e mesmo muitos de
história da educação, não tratam dele, e que raramente ele é estudado nos
cursos de formação de educadores, mas isso não nos impede de reconhecer Jesus
como Mestre, como aliás ele se anunciou.
O psiquiatra e estudioso Augusto Cury assim se expressa sobre
Jesus:
“O Mestre dos
mestres foi o mais ousado dos sonhadores. Ele fez de homens simples e
iletrados, arquitetos da vida. A estes, vendeu o sonho de um reino justo, em
um mundo de injustiça, de liberdade em uma terra de escravidão, de vida
eterna em um território onde imperava a morte, de felicidade em um país onde
reinava o ódio. Jesus Cristo tirou aqueles homens da plateia e os introduziu
no palco da vida. Fez deles autores de sua própria história. Ao encantá-los
com suas palavras e surpreendê-los com suas atitudes, ele tocou o
inconsciente dos seus discípulos, reeditou novas janelas em sua memória e
abalou os fundamentos da psicologia”.
Fazer sonhar é capacidade do verdadeiro educador. Saber
desenvolver as potencialidades do educando é capacidade do verdadeiro
educador, e essas duas coisas Jesus soube fazer o tempo todo, demonstrando
imensa humildade aliada a uma vibração superior de autoridade moral.
Os cursos de formação de educadores, seja a nível médio ou
superior, precisam dedicar tempo a estudar o educador Jesus, mas sem se
perderem em discussões teológicas, e sim estudando-o pedagogicamente,
entendendo os princípios de sua prática, sua metodologia de ensino e seus
objetivos. Aí sim, teremos educadores com melhor preparo não apenas para o
exercício do magistério, mas para aplicação correta da educação.
Jesus é um educador de almas, pois via em cada ser humano um
leque de possibilidades a desabrochar, utilizando o tempo como ferramenta
pedagógica, sabedor que cada um faz a sua caminhada, de acordo com a
assimilação que realiza dos estímulos que recebe.
Dotado de paciência e perseverança, não se furtou a educar o
povo em praça pública, através de histórias significativas, as chamadas
parábolas, e de ensinos diretos como os que encontramos no famoso Sermão do
Monte. E também realizou a educação individual das pessoas em colóquios
repletos de ensinos, fazendo o outro pensar, se avaliar e encontrar as
respostas por si mesmo.
Em Jesus temos o educador que trabalhou a inteligência
interpessoal, que priorizou o desenvolvimento do senso moral, e estimulou e
amparou todo aquele que com ele esteve, antecipando a pedagogia do afeto, ou
do sentimento, pois foi muito claro em afirmar e exemplificar que o amor é a
base de todo o processo educacional.
Assim se expressa J. Herculano Pires:
“Os fundamentos
pedagógicos do ensino de Jesus estão na sua concepção do mundo, abrangendo o
homem e a vida. Essa cosmovisão se opõe à concepção pagã e à concepção judaica.
Jesus, assim, não é apenas um reformador religioso, mas um filósofo na plena
acepção da palavra. Ele modifica a visão antiga do mundo e essa modificação
atinge a todas as filosofias do tempo, não obstante os pontos de concordância
existentes com várias delas. Bastaria isso para nos mostrar, à luz da Ciência
da Educação, a legitimidade da tese que inclui Jesus entre os grandes
educadores e pedagogos, colocando-o mesmo à frente de todos. Não se trata de
uma posição religiosa, mas de uma constatação científica”.
Por tudo isso Jesus é o maior educador da humanidade.
Marcus de Mário - Educador,
escritor, consultor, colaborador do Centro Espírita Humildade e Amor
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Fonte: Tribuna do Espiritismo - http://institutocairbarschutel.org
sexta-feira, 27 de setembro de 2019
quinta-feira, 26 de setembro de 2019
"Evolução em Dois Mundos" - Andrezinho e o espírito reencarnante
Andrezinho, avatar da Microcampanha “A Vida no Mundo Espiritual”, fala sobre as necessidades de aprendizado do espírito em uma nova encarnação. Este ensinamento está presente no capítulo 19 do livro “Evolução em Dois Mundos”, a décima obra da série.
O livro foi ditado por André Luiz a Chico Xavier e a Waldo Vieira, e completa 61 anos de lançamento em 2019.
Reverenciando Kardec
Antes de Kardec, embora não nos faltasse a crença em
Jesus, vivíamos na Terra atribulados por flagelos da mente, quais os que
expomos:
o combate recíproco e incessante entre os discípulos do
Evangelho;
o cárcere das interpretações literais;
o espírito de seita;
a intransigência delituosa;
a obsessão sem remédio;
o anátema nas áreas da filosofia e da ciência;
o cativeiro aos rituais;
a dependência quase absoluta dos templos de pedra para as
tarefas da edificação íntima;
a preocupação de hegemonia religiosa;
a tirania do medo, ante as sombrias perspectivas do
além-túmulo;
o pavor da morte, por suposto fim da vida.
Depois de Kardec, porém, com a fé raciocinada nos
ensinamentos de Jesus, o mundo encontra no Espiritismo Evangélico benefícios
incalculáveis, como sejam:
a libertação das consciências;
a luz para o caminho espiritual;
a dignificação do serviço ao próximo;
o discernimento;
o livre acesso ao estudo da lei de causa e efeito, com a
reencarnação explicando as origens do sofrimento e as desigualdades sociais;
o esclarecimento da mediunidade e a cura dos processos
obsessivos;
a certeza da vida após a morte;
o intercâmbio com os entes queridos domiciliados no Além;
a seara da esperança;
o clima da verdadeira compreensão humana;
o lar da fraternidade entre todas as criaturas;
a escola do Conhecimento Superior, desvendando
as trilhas da evolução e a multiplicidade das “moradas” nos
domínios do Universo.
Jesus – o amor.
Kardec – o raciocínio.
Jesus – o Mestre.
Kardec – o Apóstolo.
Seguir o Cristo de Deus, com a luz que Allan Kardec acende
em nossos corações, é a norma renovadora que nos fará alcançar a sublimação
do próprio espírito, em louvor da Vida Maior.
Emmanuel - Página recebida pelo médium Francisco Cândido
Xavier, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã, na noite de 24/1/1969,
em Uberaba, Minas Gerais.
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Diversidade
“E há diversidade de operações,
mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.” Paulo (I Coríntios, 12:6)
Sem luz espiritual no caminho, reduz-se a experiência humana a complicado
acervo de acontecimentos sem sentido.
Distantes da compreensão legítima, os corações fracos interpretam a
vida por mera penitência expiatória, enquanto os cérebros fortes observam na
luta planetária desordenada aventura.
A peregrinação terrena, todavia, é curso preparatório para a vida mais completa.
Cada espírito exercita-se no campo que lhe é próprio, dilatando a celeste herança
de que é portador.
A Força Divina está operando em todas as inteligências e
superintendendo todos os trabalhos.
É indispensável, portanto, guardarmos muito senso da obra evolutiva que
preside aos fenômenos do Universo.
Não existem milagres de construção repentina no plano do espírito, como
é impossível improvisar, de momento para outro, qualquer edificação de valor
na zona da matéria.
O serviço de iluminação da mente, com a elevação dos sentimentos e raciocínios,
demanda tempo, esforço, paciência e perseverança.
Daí, a multiplicidade de caracteres a se aprimorarem na oficina da vida
humana e, por isso mesmo, a organização de classes, padrões e esferas em
número infinito, obedecendo aos superiores desígnios do Pai.
É necessário, pois, que os discípulos da Revelação Nova, com o Cristianismo
redivivo, aprendam a valorizar a oportunidade do serviço de cada dia, sem
inquietudes, sem aflições. Todas as atividades terrestres, enquadradas no
bem, procedem da orientação divina que aproveita cada um de nós outros,
segundo a posição em que nos colocamos na ascensão espiritual.
Toda tarefa respeitável e edificante é de origem celeste. Cada homem e cada
mulher pode funcionar em campos diferentes, no entanto, em circunstância alguma
deveremos esquecer a indiscutível afirmação de Paulo, quando assevera que -“há
diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos”.
Livro
Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 96
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Ave, Allan Kardec
Nos programas de Deus, nos projetos da Vida, são poucas as
vezes em que o cérebro humano consegue penetrar, com o necessário
aprofundamento.
A Terra jazia sob névoa escura, no açodar de forças
desconexas. Mutilados os sentimentos; acirrados os temperamentos rebeldes;
ensombrada a Ciência, em face de absurdo materialismo; niilismo na Filosofia
e treda* vaidade nas academias, quanto nos salões culturais...
A cegueira da fé que se debatia por entre paredes frias, sob
as naves vazias dos templos mortiços. Apregoava-se o nome do Senhor,
mantendo-O, todavia, à distância das práticas religiosas...
Em meio a essa hecatombe, nos arraiais da cultura francesa, o
racionalismo penetrava de modo insopitável.
Bonaparte, o Corso, que fizera-se imperador, belicoso,
vociferando loucuras, após abaladas as bases dos seus compromissos mais
nobilitantes para com a existência, armava-se contra a Igreja, liderada por
Pio VII...
Eram dias atrozes, em que não parecia haver solução para os
enigmas do pensamento, para o questionamento da fé ou para as conclusões
filosóficas que, amadurecidas, conduzissem a mentalidade humana para as
reflexões acuradas...
O povo continuava relegado e a miséria grassava, desafiadora,
enquanto os intelectuais vaidosos se debatiam entre discussões intérminas,
que a lugar nenhum logravam conduzir.
É nesse momento que os corações sofredores do orbe lançam aos
Espaços Infinitos a sua litania* que atinge os Ouvidos Divinos. Nesse período
histórico, os ais da Humanidade rompem as distâncias mentais para comoverem
os Céus.
A programática celeste, desde muito, preparava o instante
ideal, para o advento da Luz.
Abrindo-se os Céus, lançam-se as Coortes dos Espíritos Nobres,
em alamedas de estrelas, espargindo lucidez nos ensinos de escol*.
Enviam batedores, achanadores, preparadores. As notícias
chegam a todos, como rastilho incendiado. A vila de Mr. Hyde explode
fenomênica e torna-se berço da Nova Era. As mesas contam, cantam,
movimentam-se, deixando estupefatos os observadores, quanto embalam os
frívolos de todos os tempos...
A América treme, a Europa se agita...
Atuam, diligentes, as Hostes do Consolador. Do gabinete
excelente, entre estudos profundos, vão buscar a personalidade gigantesca,
protagonista da epopeia futura... A Falange da Verdade prepara-se para
admoestar a vacuidade e estabelecer um império novo, agora sobre as
consciências, dinamizando o amor e burilando a cultura; dando razão à fé e
iluminando o conhecimento.
Inaugurando novo período para o pensamento humano, com a força
do ideal e o apoio de insuperável grandeza, surge como um Astro, pintando de
luz a escuridade da noite terrena, a figura apostolar de Léon Rivail.
Não mais se discutem as afirmativas revoltosas de Chaumette,
tentando substituir, pela Razão convertida em nova divindade ateísta, que ele
fazia representada por jovem figura do meretrício parisiense, a força
ideológica dos representantes da Notre Dame.
Já não se levantam questões em redor de Danton, de Marat, de
Robespierre, nos seus ideais revolucionários.
Bruxuleavam as chamas inquisidoras, nos seus últimos
estertores. A letra morta, que Lutero tivera a coragem de retirar da
escuridão da cripta para a claridade do dia, já não alimentava, devidamente,
as almas carecentes, tornando-se necessário ajuntar o espírito vivificante
que motiva à vida.
Agora é uma nova luta que se trava na Terra.
Os Imortais lançam-se das imensidões e aportam o orbe. O
Missionário escolhido identifica-se com a Missão. Concebe sua pujança e
olvida os próprios interesses, adotando o criptônimo* que lhe correspondia ao
antigo nome, quando cantara a fraternidade, sob carvalhos seculares, nas
florestas gaulesas, na condição de grave sacerdote, Allan Kardec.
Impondo-se portentoso trabalho, Kardec organiza os ditos dos
Espíritos do Senhor. A Codificação do Espiritismo fulgura para o mundo.
Não mais deuses de pedra insinuando-se como verdadeiros, para
as consciências atreladas à ignorância...
O Senhor dos Mundos, expulso, antes, do território francês,
retorna, convertido na Inteligência Suprema, causadora de tudo quanto existe,
nas Vozes gloriosas dos Céus...
Nunca mais os numes* belicosos, nem o senhor dos exércitos,
caprichoso, destruindo os seus adversários, para consumi-los,
aterradoramente...
Com Kardec, na formidável Codificação, os filhos de Deus são
imortais por essência. Indestrutíveis, deverão retornar ao plano das lutas,
sempre que necessário, até coroarem-se com a fulguração evolutiva.
Em passos lentos, se vai despegando a criatura do pavor e das
superstições, elucidada quanto à realidade do Espírito, galgando os roteiros
da fé refletida, raciocinada, de modo a poder vivê-la, senti-la, sofrê-la, se
preciso.
Jesus Cristo volve aos caminhos das ovelhas perdidas da Casa
de Israel. Convoca os Espíritos corajosos a seguirem-No. Deixa que falem ao
mundo, aqueles que se supunham mortos ou eram tidos como tais. A mediunidade
é ponte levadiça, unindo a Terra aos Estuários Divinos, atendendo aos
sofredores em quaisquer condições e coletando as messes luminosas do Mais
Alto.
A interpretação das lições do Nazareno faz-se clara. O
entendimento das verdades do Evangelho, com o Espiritismo, é palpável.
A mensagem consola e orienta, propõe que se amem as criaturas
e que, ao mesmo tempo, desenvolvam-se, instruam-se. E a vida se faz lógica,
compreensível.
Com Allan Kardec, a Doutrina Espírita avança. Ao decaído,
estende a mão que socorre e o arrimo que o apruma, em nome da caridade. Aos
que estão de pé, fala-lhes de sua missão no mundo, sem que se percam na
inutilidade vaidosa ou nos labirintos da impiedade. A ninguém promete
salvação, embora faculte paz pelos compromissos devidamente atendidos.
Ninguém vai ameaçado com os terrores infernais, entretanto, todos tomam posse
das noções de responsabilidade à frente dos próprios atos.
E, quando o Bandeirante da Verdade tomba, rompendo as cadeias
que o detinham no chão terrestre, prossegue além, vencidas as pelejas
humanas, atendendo aos serviços de Jesus, cuidando das almas sofridas e em
processo de brunimento* que ainda se acham vinculadas aos processos
planetários.
Legítimo Benfeitor da Humanidade, na vibração que a tua
memória enseja, dizemos:
- Ave, Allan Kardec! Teus discípulos novos e singelos,
saudamos-te, nos umbrais da Era Nova, que impulsionaste com tua luta.
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Camilo / Psicografia de J. Raul Teixeira - Fonte: www.raulteixeira.com.br
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03
DE OUTUBRO DE 2019 – 215 ANOS DE NASCIMENTO DE ALLAN KARDEC
*treda: traiçoeira
*litania: ladainha
(forma de oração)
*escol: melhor
qualidade
*criptônimo:
pseudônimo
*numes: divindades
*brunimento:
iluminação (figurado)
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